O espetáculo Cachorro enterrado vivo é a atração de amanhã, 13, no projeto Quarta Doze e Trinta. A produção independente será apresentada a partir do meio-dia e meia, no campus Pampulha. A entrada é gratuita. A montagem apresenta quatro personagens – um cachorro, um casal e um operário – e levanta uma série de questionamentos sobre o caráter e o comportamento de cada um deles. O desaparecimento da mulher conduz a narrativa. Ela é conhecida apenas por meio de um áudio e dos discursos do cão e do marido dela. Os personagens masculinos são representados por Leonardo Fernandes. A peça provoca reflexão sobre os limites da crueldade humana e as distinções entre instinto e razão. E trata de memória, abandono e solidão. Os promotores lembram que "a memória não é uma especificidade humana, a noção de perda existe em várias espécies: um cão e um homem que dividem uma vida dividem a mesma dor". O espetáculo passou por espaços como o CCBB de BH e o Festival de Inverno de Ouro Preto, com ótima repercussão de público e crítica. Para explorar melhor os recursos a luz e cenografia, o palco desta semana será o Auditório da Reitoria. O Quarta Doze e Trinta é realizado pela Diretoria de Ação Cultural da UFMG.
O ponto de partida do texto é uma notícia sobre um cachorro que fora sepultado vivo em Registro, no interior de São Paulo, e acabou resgatado. O texto de Daniela Carvalho é encenado com direção de Marcelo Fonseca e interpretação de Leonardo Fernandes.