Um debate sobre as políticas de educação e cultura no Brasil após a breve fusão dos dois ministérios responsáveis pelas duas áreas e o retorno à configuração anterior após mobilização da classe artística reuniu professores na manhã de hoje, 31, no Espaço de Leitura da Biblioteca Universitária. A discussão envolveu os professores Luciano Mendes de Faria Filho, da Faculdade de Educação (FaE), e Marília de Abreu Martins de Paiva, da Escola de Ciência da Informação (ECI), com mediação da professora Dalgiza Andrade, também da ECI. Para o professor Luciano Mendes, a unificação dos dois ministérios significava, na prática, o “combate unificado às políticas dos governos anteriores que eram direcionadas ao respeito às diferenças, à luta contra as desigualdades e ao reconhecimento da questão LGBT e da dimensão racial”. A professora Marília de Abreu comemorou a volta do Ministério da Cultura: “O status de ministério é importante, porque envolve recursos, pessoal e projetos próprios. O orçamento é pequeno, sim, mas há mais garantias de que não seja extirpado em um ministério próprio. Incorporados no MEC, os recursos da cultura tendem as ser os primeiros a serem cortados, como já ocorreu anteriormente”. Mobilização por avanços Nesta quarta-feira, às 11h30, a Escola de Belas Artes sediará o debate Educação pública e gratuita ameaçada, do qual participarão os professores Bernardo Jefferson (FaE), Evandro Lemos (EBA) e Jacintho Brandão (Fale), com mediação de Adolfo Cifuentas (EBA). À noite, a partir das 19h, o grupo Professores da UFMG pela Democracia se reúne na Faculdade de Direito. A série culminará com um grande ato no dia 8 de junho, em local e horário a serem definidos. Ouça a matéria da Rádio UFMG Educativa sobre o debate de hoje.
O debate realizado nesta terça-feira integra série de eventos organizados na UFMG em favor da democracia e dos avanços conquistados pelas universidades nos últimos anos. Na noite de ontem, o professor Marcos Pimenta, do Departamento de Física da UFMG, falou sobre a importância do Ministério de Ciência e Tecnologia, recentemente incorporado à pasta das Comunicações, em entrevista ao programa Pensar a Educação Pensar o Brasil, veiculado na Rádio UFMG Educativa.