Na tarde dessa sexta-feira, 10, foi realizada a última mesa-redonda do 4º Seminário de Internacionalização, evento que discute relações entre instituições de países do bloco Brics e da América Latina. A mesa Programas em rede: relatos de iniciativas contou com a mediação do professor Rômulo Monte Alto e com a participação dos professores Daisy Cunha e Nilo Nascimento. A professora Daisy Cunha, vinculada ao Doutorado Latino-americano em Educação, discorreu sobre as dificuldades de se manter um programa de abrangência internacional. Ela citou a diferença entre oferta e demanda de vagas, infraestrutura para vistos nos países de origem, moradia e acolhimento estudantil e falta de financiamento e de bolsas. “Para que o programa seja enraizado nas instituições, com credibilidade e eficácia no uso dos recursos, é preciso estabelecer laços entre elas”, defendeu. Na sequência, o professor Nilo de Oliveira Nascimento, da Escola de Engenharia, falou da necessidade de preparar e envolver todos os setores das instituições para garantir, em longo prazo, a continuidade e o caráter inovador de programas desenvolvidos em perspectiva multilateral. “Nossas carreiras ainda são pouco atrativas e, para garantir que programas funcionem bem, é preciso que o servidor técnico administrativo também se integre na iniciativa de internacionalização", argumentou o professor. Especialista na área de saneamento, Nilo lidera um dos três programas de pós-graduação da UFMG aprovados em edital da Capes para integrar a Universidade em Rede do Brics. Seu grupo desenvolverá pesquisas para reduzir e otimizar o consumo de água nos países do bloco. Novos formatos Após a mesa-redonda, foi realizada sessão plenária de encerramento com apresentação de relatos de Fábio Alves e do diretor do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat), Estevam Las Casas.
Segundo o diretor de Relações Internacionais Fábio Alves, os desafios da internacionalização devem ser encarados não como impeditivos, mas como possibilidades de criação de novos mecanismos. “O que está sendo colocado aqui é que precisamos de novos formatos que tornem os programas de pós-graduação mais interessantes, para que possamos avançar nessa perspectiva de multilateralidade”, acrescenta.
Mesa da plenária final do seminário: da esquerda para a direita, Gilberto Libânio, Estevam Las Casas, Fábio Alves, Paulo Baeta e Rômulo Monte Alto