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A UFMG teve, no mês de março, 16 propostas de financiamento para Institutos Nacionais de Tecnologia (INCTs) aprovadas na Chamada INCT – MCTI/CNPq/Capes/FAPs 16/2014. Porém, o recebimento dos recursos para instalação dos institutos e a própria manutenção daqueles que já estão em funcionamento, ainda é incerto. Os R$ 641 milhões previstos para financiamento, por meio do CNPq, em 2016, ainda não estão garantidos pelo governo federal. Ouça reportagem da Rádio UFMG Educativa (104,5 FM): Coordenador do INCT em Nanobiofarmacêutica, o professor Robson Santos, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do ICB, demonstra preocupação com a possibilidade de ficar sem recursos para manutenção do Instituto, que funciona desde 2008 e produz modelos de animais para testes de medicamentos humanos, com 80 patentes já registradas. “Estamos trabalhando com verbas residuais. Nosso nível de atividade está muito baixo. Se não houver a renovação [dos recursos], seremos obrigados a parar, o que considero um desastre do ponto de vista científico, pois leva-se anos para desenvolver um network produtivo, trabalho que pode ser anulado pela falta de suporte continuado”, explica. O diretor da Escola de Veterinária, Renato de Lima Santos, é um dos pesquisadores envolvidos na implantação do INCT em Saúde Animal e Zoonoses, também contemplada pelo edital. No entanto, os recursos ainda não foram liberados. “Precisamos investir em infraestrutura, sobretudo para aquisição de equipamentos de grande porte, o que pode ocorrer com o advento desse INCT. Outro ganho que esperamos é ter um conjunto de bolsas, que permitirão manter uma equipe de estudantes e pós-doutorandos, aglutinando competências na área”, explica. O funcionamento de dois INCTs sediados na UFMG – internet e nanobiofarmacêutica – é mostrado em reportagem da TV UFMG. Assista acima. Leia mais sobre as incertezas que envolvem o financiamento da ciência e tecnologia no Brasil na edição temática do Boletim UFMG que circula nesta semana.