Diálogo, esforço para reduzir desigualdades, ampliação da relação universidade-comunidade, ressignificação do trabalho e mudanças de processos acadêmicos. Esses princípios nortearam a quinta edição do Encontro da Comissão Própria de Avaliação da UFMG, que reuniu, nesta sexta-feira, dia 30, coordenadores de colegiados de cursos e do Núcleo Docente Estruturante (NDE) da Universidade. No período da manhã, o encontro, realizado na Face e organizado pela Diretoria de Avaliação Institucional, discutiu detalhes das propostas de formação em extensão e a reconfiguração dos currículos de graduação com troncos comuns. Na abertura dos trabalhos, a diretora de Avaliação Institucional da UFMG e coordenadora da CPA, Cristina Alvim, lembrou que os encontros da comissão são realizados desde 2104, sempre com base em um tema. “Agora temos como prioridade a avaliação da extensão e da graduação. E aqui vamos refletir e elaborar propostas", anunciou. Em sua exposição, a pró-reitora de Extensão, Benigna Maria de Oliveira, discorreu sobre os desafios de cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina que 10% dos créditos exigidos para a integralização dos cursos de graduação sejam obtidos pela participação dos estudantes em ações de extensão universitária. “O curso de Medicina, por exemplo, tem 8 mil horas. Onde vamos colocar 800 horas em programas e projetos de extensão?”, ponderou. Nesse sentido, ela acredita que o modelo de tronco comum de formação pode contribuir para construção de uma nova formação acadêmica. “Além de compartilhar disciplinas, espaços e professores, quem sabe não podemos ter uma interdisciplinaridade verdadeira, pensando a nossa prática de outra forma?”, sugeriu. Benigna também apresentou números da extensão universitária, destacando a importância de buscar a indissociabilidade entre pesquisa e extensão, e convidou à reflexão coletiva. “Temos condição de chegar aos 10%? De fazer interação com os cursos? De que maneira? Temos ações de extensão na Universidade para fazer isso?", ponderou. O pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, afirmou que a extensão ocupa papel central na proposta de reconfiguração dos currículos com troncos comuns: “A extensão não será incluída como um trajeto optativo. Ela deve ser parte constituinte do currículo previsto para todos os estudantes, e precisamos encontrar caminhos para que isso se efetive”. Na sequência, a diretora da Faculdade de Educação, Juliane Corrêa, apresentou os percursos integrativos. "Ao integrar o tronco comum com a formação em extensão, vamos partir do que temos, que é o nosso próprio campo de atuação. Não vamos inventar coisas”, disse ela. O encontro também contou com apresentação de quatro projetos aprovados no edital de Formação em Extensão nas áreas de desenvolvimento comunitário, saúde odontológica, direito à moradia e licenciatura no campo. Finalizando as apresentações, a professora Ana Maria Sette Câmara, do Departamento de Fisioterapia da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional e membro da CPA, expôs resultados do Programa de Educação Tutorial (PET) Saúde. Mapeamento Na próxima sexta-feira, 7, também às 13h30, ocorrerá nova oficina para os cursos de licenciaturas, no auditório da Reitoria, no campus Pampulha. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-5516 ou pelo e-mail info@dai.ufmg.br.
As atividades foram retomadas no período da tarde com oficinas que buscaram mapear as atividades já desenvolvidas nos cursos de graduação e identificar temas comuns, transversais, presentes nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e nos currículos dos cursos de graduação, com potencial para contribuir com o desenvolvimento da formação em extensão e com o tronco comum. Ao fim, os participantes encaminharam propostas às pró-reitorias de Extensão e de Graduação.