Apesar da detecção cada vez mais precoce do câncer de mama, mulheres com mais de 70 anos apresentam diagnóstico tardio quando comparado ao das mais jovens. O motivo, segundo especialistas, seria a redução do vínculo de mulheres idosas com o ginecologista após a menopausa e, consequentemente, dos exames preventivos. Essa realidade levou o Hospital das Clínicas da UFMG a enfatizar a terceira idade em ações de prevenção ao câncer por meio do evento Nós e o outubro: o câncer de mama e o envelhecimento, que será realizado nesta sexta-feira, 14, e no próximo dia 27, quinta-feira. Na programação de amanhã, das 9h às 12h, ocorrerá a roda de conversas O câncer de mama e o envelhecimento, com participação da jornalista Kátia Soares, do blog Viver Bem até os 100, da psico-oncologista Marília Aguiar, do geriatra Edgar Gabriel Nunes, do mastologista Gabriel de Almeida Junior e da integrante da ONG Pérolas de Minas Mary Romeros. Apresentação do Trio de Músicos da Orquestra da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) encerrará as atividades. No dia 27, das 9h às 12h, será realizado um aulão de ginástica no Ginásio Jenny Faria com profissionais do Laboratório do Movimento da UFMG, como forma de evidenciar a importância da prática de exercícios físicos. A programação do dia também reserva intervenções teatrais, distribuição de fôlder informativo e oficina criativa. Nos dois dias, serão distribuídos laços rosas, confeccionados por grupo de idosas em tratamento no hospital. Todas as atividades serão no Instituto Jenny de Andrade Faria, anexo do HC especializado na saúde do idoso e da mulher. O câncer de mama é o segundo de maior ocorrência entre as mulheres em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa para 2016 é de 57.960 novos casos no Brasil. A doença é relativamente rara antes dos 35 anos, mas cresce progressivamente, principalmente após os 50 anos.