A UFMG perderia R$ 774 milhões de recursos orçamentários na última década, caso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241), que limita o crescimento das despesas primárias da União, começasse a vigorar em 2006. O cálculo é resultado de levantamento feito pela Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento com base na comparação entre o valor nominal das despesas de custeio e capital executadas pela UFMG no período de 2006 a 2015 e simulação dos gastos em conformidade com as regras da PEC 241 (leia matéria com detalhes sobre o cálculo). Em entrevista concedida nesta quinta-feira, 13, à Rádio UFMG Educativa, o reitor Jaime Ramírez explica que a simulação de perdas revela o “impacto devastador” da medida em todas as dimensões de atuação da Universidade: graduação, extensão, pesquisa e assistência estudantil. No caso da assistência estudantil, Jaime Ramírez lembrou que, por definição legal, metade dos estudantes que a Universidade recebe a cada ano são oriundos de escola pública. Trata-se, segundo ele, de jovens de destacado desempenho acadêmico, mas com comprovada vulnerabilidade socioeconômica. “Se a Universidade receber recursos calculados com base apenas no índice da inflação do ano anterior, isso provocará evasão em um futuro muito próximo”, advertiu. Ouça a entrevista conduzida pela jornalista Tacyana Arce: