Universidade de Bonn Em sua exposição, em inglês, Moser demonstrará como autores antropológicos do iluminismo (Immanuel Kant, Johann Gottfried Herder) e da modernidade (Claude Lévi-Strauss e Bruno Latour) se valem da figura do globo – ou do mundo "como um todo". O professor analisará retórica específica de globalidade e sua função dentro da antropologia pós-iluminista e apresentará estudo de caso sobre as modalidades do imaginário global. Moser se inspira no argumento do sociólogo Roland Robertson, segundo o qual globalização não envolve apenas a “compressão do mundo” - em termos espaciais e temporais – como resultado de processos econômicos, políticos e tecnológicos de integração, mas também a “intensificação da consciência do mundo como um todo". Como extensão desse pensamento, Moser defende a tese de que, desde que os homens habitam o mundo, a ideia totalizante de globo não se adapta à percepção humana, sendo resultado de uma representação cultural. Os discursos sobre a globalização dependem, portanto, de um ‘imaginário global’, formado por tropos, figuras e narrativas que possibilitam às pessoas conceber o mundo como uma totalidade. Moser é chefe do Departamento de Literatura Comparada da Universidade de Bonn e presidente da Associação Alemã de Literatura Comparada.
O professor Christian Moser, da Universidade de Bonn (Alemanha), ministra nesta segunda-feira, 24, no auditório 2001 da Faculdade de Letras (Fale), a conferência Globalização e barbarismo: a criação do mundo nas narrativas pós-iluministas da sociedade civil. A atividade, que terá início às 17h30, é promovida pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários (Poslit) da Fale e pelo Núcleo Walter Benjamin.