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Oficina no ECVJ discute técnicas de apuração e integração de usuários

Por Leonardo Soares em

Atividade é ministrada por Angelina Nunes, integrante da Abraji

Diante da pluralidade de mídias que nos rodeia, articular diferentes formas de comunicação mostra-se essencial para o estabelecimento de uma alternativa à mídia existente. A quebra do senso comum e dos discursos disseminados a respeito do Vale do Jequitinhonha, assim como o olhar diferenciado sobre os acontecimentos da região, são apenas alguns dos pontos possíveis a serem trabalhados. Mas, para que isso ocorra, a integração de comunicadores de diferentes regiões é fundamental. Ministrada por Angelina Nunes, integrante da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a Oficina de Jornalismo Investigativo mostrou, hoje (1), meios de pesquisa para a produção de matérias jornalísticas aos comunicadores.

Oficina. Participantes aprendem sobre jornalismo investigativo. Foto: Isabelle Chagas.

Além disso, tipos diferentes de plataformas, a linguagem a ser usada em cada uma delas e o planejamento por meio da divisão de tarefas foram temas abordados. Neste último tópico, foi apresentado o conceito de apuração coletiva, no qual vários usuários se mobilizam a fim de levantar dados e informações a respeito de determinada matéria. Angelina Nunes também falou de ética jornalística, que pode ser alcançada, dentre outras formas, pela verificação de documentos que atestem a exatidão da informação, sondagem telefônica e, no caso de órgãos públicos, pela Lei de Acesso à Informação (LAI), importante ferramenta de consulta pública aos atos governamentais.

“Desde que começamos, hoje de manhã, estamos falando sobre formação de rede. Por exemplo, se alguém faz um trabalho em uma cidade próxima a de outra pessoa, essas pessoas podem se juntar e, com isso, produzir um bom material. Após a boa apuração, que é a base de tudo, é que percebemos em qual mídia determinada matéria se encaixa. Ninguém tem uma verdade absoluta. Eu tenho experiência, eles [os participantes] também e, juntos, a gente constrói uma pauta”, disse a jornalista. Uma pesquisa profunda, para ela, parte de uma entrevista com qualidade, uso de banco de dados e fontes confiáveis, além de checagem e rechecagem. Os comunicadores do Vale, certamente, terão muito a aprender com a oficina, que continua amanhã.


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