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No 2º dia do ECVJ, rodas destacam pluralidade da comunicação

Por Polo Jequitinhonha em

Direitos humanos, territorialidades e empreendedorismo foram alguns dos temas abordados na manhã deste sábado
Diálogo. Oficineiros debatem temas diversos. Foto: Isabelle Chagas.

Depois de um intenso dia de oficinas e apresentações culturais, a manhã deste sábado (2) reuniu os(as) comunicadores em cinco rodas de conversa com o objetivo de construir espaços de diálogo ainda mais horizontalizados. Ao chegarem ao pátio central da Unimontes, os(as) participantes inscritos na atividade Território de Batuque – Plano de autonomia para as comunidades iam se integrando à roda de danças e cantos formada sob a grande árvore central. Esse contato inicial, permeado de intimidade e afeto, foi o primeiro passo para a discussão sobre os direitos de comunidades tradicionais, como os quilombos.

Na sala ao lado, o nome de Marielle Franco, vereadora brutalmente assassinada em março de 2018, ecoou na conversa Comunicação como direito humano no Brasil. Segundo a mediadora Raquel Baster, a ideia foi mostrar que o acesso à comunicação perpassa todos os outros direitos. “Nós trabalhamos a partir da própria experiência dos participantes para que eles possam entender que a produção de informação é uma questão política, ainda mais quando se trata de uma realidade à margem dos grandes centros, como o Vale do Jequitinhonha”, ela contou.

Mulher. Mãe e filha participam do Encontro. Foto: Isabelle Chagas.

A importância do acesso aos direitos básicos para o exercício da cidadania e reafirmação da identidade também foi tema do debate Comunicação e diversidade, que atraiu o maior número de inscritos(as) da programação. O respeito às diferenças de gênero, sexualidade, raça e etnia foram as pautas que mais suscitaram o interesse dos(as) 39 participantes.

O mapeamento de projetos realizados pelos(as) jovens do Vale, como rádios comunitárias, grupos de comunicação e teatro, além dos famosos festivais, guiou a conversa Caminhos do Jequitinhonha. Segundo o idealizador da proposta, Guidyon Augusto, “o intuito é fazer pensar formas de reconhecimento e pertencimento ao território aliados à comunicação e ao turismo”.

Do outro lado da casa, a curiosidade e a empolgação deram o tom da roda Empreendedorismo na comunicação, baseada na troca de experiências com os fundadores do escritório Casa Preta Coworking, de Almenara. “Eu já tinha pesquisado várias coisas na internet, como formas de relacionamento com o público, mas ver a aplicação prática disso tudo é muito diferente”, destacou Ítalo Medina, um dos participantes da atividade, que trabalha com produção audiovisual.

E não para por aí: a programação do 8º Encontro de Comunicadores do Vale do Jequitinhonha ainda trará muitas atrações. O evento termina amanhã (3), domingo, quando será anunciada a próxima cidade a receber a 9ª edição do ECVJ.


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