Projeto “Mídias Quilombolas” realizou sua primeira oficina com o tema fotografia em julho de 2022.

Por Giovanna Ribeiro em

O projeto “Comunicação e Juventude Quilombola no Vale do Jequitinhonha: identidade, memória e autonomia”, realizou entre os dias 28 de julho de 2022 a 01 de agosto de 2022, a primeira oficina de fotografia nos municípios de Berilo, Chapada do Norte e Francisco Badaró, com os jovens quilombolas. O projeto recebeu carinhosamente o apelido de “Mídias Quilombolas” e tem como objetivo promover a capacitação comunicativa de jovens quilombolas, visando ampliar sua competência para desenvolver iniciativas relacionadas com a afirmação da identidade quilombola, preservação da memória de suas comunidades e autonomia narrativa acerca de si e dos seus coletivos. O “Mídias Quilombolas” está vinculado ao Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha e faz parte de um dos projetos vigentes do Programa.

As oficinas aconteceram de maneira presencial nas comunidades das 9:00 às 16:00 com intervalos para lanches e almoço. No dia 29 de julho foi realizada na comunidade de Caitetu do Meio, Berilo; dia 30 de julho a equipe se dividiu e as oficinas foram ministradas a em Santo Izidoro, Berilo, e Moça Santa, Chapada do Norte; dia 31 de julho a última oficina aconteceu em Tocoiós, em Francisco Badaró. A oficina de fotografia teve sua programação da seguinte maneira:

Na parte da manhã foi realizado a apresentação da equipe, do projeto e dos jovens; entrega do material didático; discussões sobre fotos que chamaram atenção deles na exposição feita pelos oficineiros; houve uma  discussão  teórica sobre enquadramentos, deriva fotográfica e foto performance, e também uma prática da deriva fotográfica realizada pelos jovens, caminhando pela sua comunidade.

Na parte da tarde houve uma dinâmica após o almoço, e em seguida um momento para comentário sobre as fotos tiradas pelos jovens, tanto pela câmera quanto pelo celular, e o momento da foto performance de cada um, finalizando com um lanche.

A proposta da oficina foi de devolver para os jovens quilombolas  as fotos por eles tiradas, para ficarem como registro. Ademais, o objetivo da oficina é disponibilizar técnicas e ferramentas para serem aplicadas no cotidiano de cada jovem quilombola com os recursos disponíveis nas comunidades. Logo, a prática da deriva fotográfica foi realizada com os celulares também, uma vez que eles não possuem uma câmera fotográfica, assim, foi imprescindível mostrar para eles que também é possível registrar fotografias belas usando apenas o celular.

Foto 1: Oficina em Tocoiós, Francisco Badaró

Foto 2: Oficina em Moça Santa, Chapada do Norte
Foto 3: Oficina em Santo Izidoro, Berilo
Foto 4: Oficina em Caitetu do Meio, Berilo

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