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Nº 1552 - Ano 33
16.10.2006

Jovens pesquisadores exibem sua produção na “vitrine” do conhecimento



ais de 1.300 trabalhos de iniciação científica, 165 de graduação e 121 de extensão. Esses números exprimem um representativo painel da produção acadêmica da Universidade, que será exibido durante o evento UFMG Conhecimento e Cultura, no campus Pampulha, no período de 16 a 20 de outubro. Debaixo do seu “guarda-chuva”, estão a XV Semana de Iniciação Científica, a X Semana de Graduação e o IX Encontro de Extensão, além da VII Reunião Anual da UFMG Jovem.

“Trata-se de um grande espelho da produção científica dos alunos da UFMG”, resume o coordenador-geral do evento, professor Carlos Alberto Pereira Tavares, pró-reitor de Pesquisa. Segundo ele, o evento reúne trabalhos produzidos por estudantes que manterão, num futuro próximo, a excelência científica da Universidade. “São jovens que estão se dirigindo para a carreira acadêmica e que começam a construir um currículo diferenciado”, aponta o professor.

Mais antigo dos eventos acadêmicos voltados para a exibição de trabalhos do corpo discente da UFMG, a Semana de Iniciação Científica inscreveu 1.325 projetos, desenvolvidos por 520 bolsistas do CNPq, 310 da Fapemig e 485 voluntários. Esses trabalhos serão inicialmente apresentados na Praça de Serviços, no saguão do ICB e no quarto andar do ICEx e avaliados por uma comissão examinadora central. As notas dadas por essa comissão somadas às outras atribuídas por avaliadores das unidades definirão os trabalhos que serão levados para a mostra final, no dia 20 de outubro, na Reitoria.

Lá, o último “funil” selecionará os melhores trabalhos em três grandes áreas: Ciências da Vida, Exatas e Humanas. Esses projetos passarão pelo crivo de uma comissão de três avaliadores do CNPq, formada por pesquisadores da USP, UFRJ e Fundação Osvaldo Cruz. Ao final, serão escolhidos, no máximo, cinco trabalhos por área.

Experiências sistematizadas
Para a pró-reitora de Extensão, Angela Dalben, o Encontro de Extensão – outro braço do UFMG Conhecimento e Cultura – é uma oportunidade que os bolsistas têm para “sistematizar suas próprias experiências”. A área de Extensão, analisa Dalben, tem a particularidade de gerar trabalhos de forte caráter aplicado, envolvendo diretamente as comunidades beneficiadas pelos projetos. “É a chance que os alunos têm de refletir sobre a própria formação”, completa. Os projetos de extensão envolvem cerca de 300 bolsistas, custeados com recursos da UFMG. Há, ainda, bolsas financiadas pelos ministérios da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Além da mostra regular de trabalhos, a Pró-Reitoria de Extensão organizou duas mesas-redondas para discutir projetos considerados diferenciados, “seja em função da metodologia empregada, seja em função de sua abrangência”, ressalta Angela Dalben. Nesta terça, dia 17, às 9h, no auditório da Reitoria, as discussões vão girar em torno das Ações Afirmativas, desdobradas em três projetos: violência nas escolas, mídias comunitárias e o programa Xacriabá – este último com ações de educação, saúde e meio ambiente desenvolvidas no município de São João das Missões, Norte de Minas. No dia seguinte, no mesmo horário e local, serão discutidos projetos do Núcleo de Estudos sobre o Trabalho Humano (Nesth), da Rede Lê de Inclusão Digital e o de Humanização do Atendimento, do Hospital das Clínicas.

Outro eixo do evento é a Semana da Graduação, que envolverá 165 trabalhos, desenvolvidos por alunos vinculados a quatro frentes: os programas de Incentivo à Docência (PID), de Aprimoramento Discente (PAD), Acadêmico Especial (PAE) e Especial de Treinamento (PET). Os três primeiros são bancados com recursos da UFMG, enquanto o último recebe recursos do Ministério da Educação.

Serão premiados dez trabalhos, sendo três de cada grande área do conhecimento – Ciências da Vida, Exatas e Humanas – e um de caráter interdisciplinar.

Atrações para jovens

O evento UFMG Conhecimento e Cultura também reserva atividades para a juventude. Nos dias 19 e 20, o campus Pampulha sediará a sétima edição da UFMG Jovem – conhecimento para todos. Voltada a escolas dos ensinos fundamental, médio e profissionalizante de Minas Gerais, ela promoverá, em tempo integral, atividades educativas e gratuitas.

A abertura será realizada no Centro Pedagógico (CP) por participantes do Programa Saúde do Adolescente, do Hospital das Clínicas, em duas apresentações. Disque Adolescente ilustra, a partir de pequenas cenas, os problema sociais enfrentados pelos jovens, enquanto Eu, pai? discorre sobre a paternidade na adolescência.

Foca Lisboa

A peça Passarim contará a trajetória do inventor Santos Dumont

O evento também traz grupos de capoeira, dança, percussão, o coral do CP e as peças sobre Santos Dumont, O pequeno aviador e Passarim: o mineiro voador, ambas da série teatral do Centro de Difusão da Ciência (CDC).

Esta edição conta ainda com 29 oficinas para estudantes e professores, 37 exposições interativas, mostra de pôsteres e dez palestras ministradas por professores da UFMG, da PUC-MG e da Universidade de São Carlos. O Colégio Técnico também abre espaço, nas duas datas, às 11h30, para relatos de experiências sobre o Projeto de Educação de Jovens e Adultos, da Faculdade de Educação, e sobre o projeto de gestão colegiada em desenvolvimento no CP.


Ciência no Parque

A ciência também pode ser um poderoso fator de integração nacional. É o que pretende provar a 3a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece entre os dias 16 e 23 de outubro. Serão realizados cerca de dois mil eventos, promovidos por 643 instituições em todo o território nacional. Entre elas a UFMG, que concentrará sua programação no Parque Municipal, entre 18 e 22, tendo como eixo Ciência, arte e sociedade.

Os centros de estudo e espaços de ciência da Rede de Museus da UFMG apresentarão vídeos de suas áreas de atuação, além de atividades específicas. A Estação Ecológica abre a programação com oficinas de educação ambiental, seguida por exposições interativas e oficinas produzidas pelos museus de História Natural e Jardim Botânico e de Ciências Morfológicas, pelo Laboratório de História e Educação em Saúde, e pelos centros de Referência em Cartografia Histórica e de Memória da Engenharia.

O Museu de História Natural e Jardim Botânico levará exposição de plantas aromáticas e medicinais, além de ministrar duas oficinas de preparação de remédios. As oficinas acontecem às 11h e às 15h do dia 19, e a exposição tem início no dia 20 e se encerra no dia 22. “Trata-se de um projeto de sucesso desenvolvido no Museu, com cursos de extensão que abordam todo o processo de fabricação dos chás, desde o cultivo”, diz o diretor Fabrício Fernandino. Ele ressalta que, além do alcance social, a iniciativa resgata a cultura secular dos medicamentos caseiros, estimula a preservação da natureza e promove divulgação científica.

O Centro de Difusão da Ciência (CDC) exibirá o vídeo Saúde: mitos e verdades, produzido a partir de depoimento do professor Enio Cardillo, sobre saúde na alimentação, e da professora Maria das Graças Lins Brandão, sobre plantas medicinais. O conteúdo do depoimento do professor Cardillo foi transformado em cartilha, assinada por Jessica Rocha, a ser distribuída pelo Centro. O Parque Municipal também será palco da peça Passarim: o mineiro voador, que conta a trajetória do inventor mineiro Santos Dumont. O espetáculo foi produzido pelo CDC em parceria com o Teatro Universitário (TU).

Os interessados nas atividades do evento não precisam se inscrever. Outras informações no endereço eletrônico www.semanact2006.mct.gov.br.


Divulgação científica em pauta

Com a participação de jornalistas, professores e dirigentes de agências públicas de fomento à pesquisa, a UFMG realiza, nesta terça-feira, 17 de outubro, o evento Ciência em Pauta. A promoção é do projeto Fazer Ciência, do ICB, dedicado a ampliar a divulgação da produção científica da Universidade na área de ciências biológicas.

“Há diversas formas de realizar a divulgação científica. E, no ICB, a experiência pioneira é a do Museu de Ciências Morfológicas”, diz a professora do departamento de Farmacologia da Unidade e coordenadora do projeto, Janete Nogueira Francischi.

O objetivo do evento é refletir sobre a importância da divulgação científica para públicos não especializados, o papel das agências de fomento na produção e difusão de conhecimento e a função da imprensa na popularização e valorização da ciência, de seus procedimentos e resultados.

A abertura do evento está programada para 10h, com a mesa-redonda A divulgação científica como retorno, à sociedade, de investimentos públicos em ciência. A partir das 14h, o tema em debate será Olhares sobre a popularização da ciência: a produção, a divulgação e a reflexão. As atividades acontecem no Anfiteatro I do ICB, no campus Pampulha.