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Nº 1734 - Ano 37
18.04.2011

Uma RELAÇÃO muito DELICADA

Controle de zoonoses no campus Pampulha depende de ações institucionais e individuais

Com 3,4 milhões de metros quadrados mantidos sob preservação, o campus Pampulha oferece a sensação de conforto a quem se depara com suas extensas e bem conservadas áreas verdes. No entanto, o ambiente aberto, inserido no contexto urbano, cria condições que exigem cuidados especiais para evitar ou minimizar impactos ambientais provocados pela ocupação humana.

O controle de zoonoses é um exemplo dessa delicada relação com a natureza, como lembra o professor Raphael Tobias de Vasconcelos Barros, diretor de Gestão Ambiental da UFMG. Segundo ele, além de possuir uma fauna de mamíferos e de aves adaptada ao convívio com humanos, o campus pode, em determinadas circunstâncias, oferecer ambiente para a proliferação de mosquitos e de animais peçonhentos, como escorpiões e aranhas.

Em sua opinião, é preciso conjugar ações institucionais e atitudes individuais de cada usuário do campus. “Resíduos sólidos e entulhos são abrigos que favorecem a proliferação desses animais”, alerta Barros, que cita riscos de transmissão de doenças pela urina de ratos ou pela picada de mosquitos. Segundo ele, cabe à Universidade melhorar a condição de infraestrutura, ao tampar ralos e fechar frestas nos prédios para evitar a entrada de animais, além de promover a frequente limpeza e manutenção em bueiros, canaletas de drenagem e outros ambientes.

“Já à comunidade acadêmica cabem pequenas atitudes, que fazem a diferença e que estão perfeitamente dentro do espírito da campanha Bocados de Gentileza”, afirma o professor, ao lembrar, por exemplo, que embalagens e outros objetos jogados em locais inadequados podem se tornar foco para multiplicação do Aedes egypti, mosquito transmissor da dengue. “Sobretudo quando esses objetos estão em trilhas e caminhos de difícil acesso para as equipes de limpeza”, ressalta. No caso do controle de escorpiões, algumas práticas estão sendo estudadas. “Uma das hipóteses é a criação de galinhas d’angola, predadores naturais do escorpião”, diz.

Raphael Tobias Barros lembra ainda que a UFMG está inserida na Regional Pampulha, sob a responsabilidade sanitária da Prefeitura de Belo Horizonte. “Equipes de técnicos visitam regularmente o campus para procedimentos como a borrifação de produtos que impedem a eclosão de larvas, mas nenhuma ação exime os usuários do campus de adotar cuidados e de agir responsavelmente”, afirma.

Com relação ao descarte de resíduos, Raphael Barros informa que o assunto, até há bem pouco tempo tratado como de natureza institucional, agora é regulamentado por lei, a 12.305/10, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

UFMG transfere antigo prédio da ENGENHARIA para o TRT

O reitor Clélio Campolina participou, na tarde da última quarta-feira, dia 13, de solenidade de assinatura de termo de transferência e incorporação, ao patrimônio da União, dos prédios do antigo complexo da Escola de Engenharia, localizado na região central de Belo Horizonte.

Na solenidade, que aconteceu na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) 3ª Região de Minas Gerais, também foi assinado termo de entrega dos prédios, firmado entre a União – por intermédio da Secretaria do Patrimônio da União, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – e o TRT. Assinaram os documentos o reitor Clélio Campolina, o presidente do TRT-MG, desembargador ­­Eduardo Augusto Lobato, e o superintendente estadual do Patrimônio da União no Estado de Minas Gerais, Rogério Veiga Aranha.

Após reforma e modernização das instalações, o complexo de prédios abrigará o Fórum da Justiça do Trabalho da capital, que reunirá 40 varas e alguns setores administrativos. Além da localização central, o complexo oferece espaço para melhores condições de atendimento ao público que recorre à primeira instância da Justiça do Trabalho em Minas Gerais.

Fundada em 1911, a Escola de Engenharia foi uma das quatro unidades acadêmicas que em 1927 deram origem à UFMG, na época denominada Universidade de Minas Gerais. Localizada inicialmente na então avenida do Comércio, hoje Santos Dumont, a Escola foi transferida para o campus Pampulha em março de 2010, em um complexo de prédios com 60 mil metros quadrados de área construída que abriga aproximadamente sete mil pessoas entre alunos, professores e funcionários.