MOBILIZAR pela CIÊNCIA

Alunos da UFMG e de escolas públicas mineiras mostram sua produção científica no campus Pampulha

Foca Lisboa

Estandes de edição anterior da UFMG Jovem: visibilidade para trabalhos de pesquisadores iniciantes

Zirlene Lemos* e Patrícia Ester Mendonça Soares**

A química do amor, a vida de Marie Curie e o decaimento radioativo com chocolates configuram temas de trabalhos que serão apresentados durante a XII UFMG Jovem e a V Feira de Ciências da Educação Básica de Minas Gerais (Feceb-MG). Na ocasião, jovens pesquisadores de escolas públicas e particulares, acompanhados por professores, terão a oportunidade de mostrar seus experimentos. Com abertura marcada para 19 de outubro, às 18h, no auditório da Reitoria, o evento ocupará as dependências da Praça de Serviços, no campus Pampulha.

O espaço, que comportará 62 estandes, será palco de apresentações de trabalhos, oficinas, lançamento de livros, premiações e atrações culturais, além de abrigar a Olimpíada Mineira da Química e a Mostra de Ciências na UFMG. “Este ano fomos surpreendidos com o número de inscritos. Apesar das dificuldades no calendário das escolas estaduais, a feira teve uma boa adesão, o que comprova mais uma vez o interesse delas em manter um bom desenvolvimento científico de alunos e professores”, destaca a titular da Diretoria de Divulgação Científica da UFMG, professora Silvania Sousa do Nascimento.

Ela observa que há, no mundo todo, uma preocupação com o afastamento dos jovens da ciência. “Não só das ciências experimentais, como física e química, como também das ciências humanas, fundamentais para o desenvolvimento de qualquer país. Esse evento é uma tentativa de mobilizar a juventude em torno da ciência”, resume a diretora.

As duas mostras são realizadas pela Diretoria de Divulgação Científica (DDC), vinculada à Pró-reitoria de Extensão. Enquanto o Programa UFMG Jovem – Conhecimento para Todos é uma reunião anual que divulga atividades desenvolvidas por estudantes do Centro Pedagógico, do Colégio Técnico e de cursos de graduação da UFMG, a Feceb-MG apresenta um panorama de trabalhos feitos por alunos de escolas de educação básica de todo o Estado.

Luxo do lixo

Um dos trabalhos inscritos na mostra científica da UFMG Jovem é o Ateliê do Lixo, iniciativa do Centro Pedagógico que permite a confecção de jogo de damas, embalagens para presentes e adereços a partir de materiais recicláveis. Fruto de ação de extensão coordenada pela professora de Ciências Ana Cristina Ribeiro Vaz, é um trabalho desenvolvido com alunos de graduação de diferentes cursos da Universidade junto ao próprio CP e a estudantes do ensino infantil e fundamental de Belo Horizonte e Contagem.

Da rede pública de Belo Horizonte e de cidades da região metropolitana já confirmaram presença representantes de 43 escolas. De acordo com Silvania Nascimento, ainda há alguns pontos em aberto para esta edição. “Devido ao novo calendário das escolas estaduais e também à realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que acontece nos dias 22 e 23 de outubro em todo o Brasil , as escolas estaduais do interior enfrentarão dificuldades para encaminhar seus estudantes. Em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, organizaremos uma edição especial da Feceb-MG para as escolas do interior”, explica.

Para a diretora, a feira dá visibilidade aos trabalhos científicos. “Esse é um momento em muitos professores da educação básica incentivam seus alunos à iniciação científica por caminhos muitas vezes diferentes daqueles da academia, mas nem por isso menos interessantes”, ressalta Silvania.

O evento, que integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, premiará os melhores trabalhos. Já os três melhores projetos que relacionarem a química à sustentabilidade, aos recursos hídricos e à preservação ambiental receberão o prêmio Amigo das Águas, concedido pela Copasa.

A íntegra da programação pode ser conferida em www.ufmg.br/ufmgjovem.

*Jornalista e **bolsista da Assessoria de Comunicação da Pró-reitoria de Extensão