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Nº 1757 - Ano 38
14.11.2011

Mérito RECONHECIDO

UFMG vence Prêmio Jovem Cientista em duas categorias

Ana Rita Araújo

A evolução na área de patentes e proteção intelectual e a ampliação dos programas de extensão foram fatores determinantes para a escolha da UFMG como vencedora na categoria Mérito Institucional, na XXV edição do Prêmio Jovem Cientista, anunciado em Brasília no dia 8 de novembro. Já a pesquisadora Uende Aparecida Figueiredo Gomes conquistou o primeiro lugar na categoria Graduado, com trabalho orientado pelo professor Léo Heller, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com empresas, o prêmio destacou trabalhos com o tema Cidades sustentáveis também nas categorias Estudante do ensino superior; Estudante do ensino médio e Menção Honrosa ao pesquisador doutor.

Instituição com o maior número de trabalhos de valor científico entre as concorrentes, a UFMG receberá R$ 35 mil e Uende Gomes, R$ 30 mil. Na solenidade, o reitor Clélio Campolina salientou que o êxito da Universidade é fruto de trabalho coletivo. “Temos aqui o resultado do esforço da comunidade universitária com a preocupação central em desenvolver pesquisas com rigor teórico e voltadas para o interesse social. O prêmio mostra que a ciência tem que estar a serviço da comunidade”, observou.

Ao destacar o volume de trabalhos apresentados pela UFMG, o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, ressaltou que o prêmio Jovem Cientista mostra que é possível fazer ciência de qualidade, com reconhecimento nacional e internacional, inspirada em problemas importantes do Brasil.

Produção intensa

Para o pró-reitor de Pesquisa, Renato de Lima Santos, a conquista na categoria Mérito Institucional reflete a qualidade do trabalho de cerca de 800 grupos de pesquisa, que responderam em 2010 por mais de 12 mil publicações e por número recorde de patentes – 60 depósitos, em um total de 418 registros nacionais.

Com cerca de 3,5 mil projetos de pesquisa em praticamente todas as áreas do conhecimento, a UFMG tem, na opinião do pró-reitor, “produção intensa compatível com a premiação”. Em 2010, 25 dos programas de mestrado e doutorado da Instituição foram classificados pelo Ministério da Educação como de padrão internacional. Recentemente, a UFMG ficou entre as dez melhores universidades da América Latina e foi eleita a terceira melhor do Brasil, de acordo com a Quacquarelli Symonds World University Rankings, empresa especializada em estudos sobre ensino superior.

O investimento no ensino inclusivo se revela na política de bônus, que acresce à nota de candidatos ao vestibular oriundos de escolas públicas o percentual de 10% – e 15% aos que, nesse grupo, se autodeclaram pretos ou pardos. Além disso, a Universidade tem investido na ampliação de vagas nos cursos noturnos, destinadas principalmente aos estudantes de menor poder aquisitivo que precisam trabalhar durante o dia. A instituição conta com 50 mil alunos, incluindo graduação e pós-graduação, e as modalidades presencial e a distância.

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