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Nº 1330 - Ano 28 - 05.12.2001

UFMG e Prefeitura discutem criação de parque tecnológico

esenvolver em Belo Horizonte um pólo de geração de tecnologia. Esse é um dos objetivos da parceria que poderá ser firmada entre a UFMG e a Prefeitura para a construção de um Parque Tecnológico na capital mineira. O prefeito em exercício, Fernando Pimentel, esteve na Universidade no dia 26 de novembro, e, em uma reunião com o reitor Francisco César de Sá Barreto, pró-reitores e diretores de unidades, formalizou o interesse da Prefeitura pelo projeto. A concretização da iniciativa depende do aval do Conselho Universitário. O projeto também foi apresentado em audiência pública realizada no dia 28 de novembro, na Câmara Municipal.

Segundo Pimentel, o Parque Tecnológico é projeto antigo da Prefeitura, que, em outras oportunidades, buscou várias alternativas para viabilizá-lo. "Chegamos à conclusão de que não há opção melhor para a cidade do que o convênio com a UFMG", diz Pimentel, que também é professor da Face. O local funcionará como pólo de desenvolvimento voltado para a produção de bens e serviços de elevado valor agregado.

O pró-reitor de Pesquisa, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, explica que o Parque busca criar um ambiente de inovação através do agrupamento de empresas de tecnologia de ponta, associadas a centros de pesquisa. O projeto prevê ainda a construção de um centro de convenções e de um hotel nas imediações do Parque. Uma área de preservação ambiental aberta ao público também fará parte das instalações.

No início deste ano, UFMG e Prefeitura instituíram comissão para elaborar os estudos de viabilidade da obra. De acordo com a proposta, o Parque Tecnológico seria construído em um terreno pertencente à UFMG, na região conhecida como Triângulo das Bermudas, localizada entre o Engenho Nogueira, a Avenida Carlos Luz e a BR-262, próxima ao Anel Rodoviário. O terreno possui uma área edificável de cerca de 260 mil metros quadrados e seria cedido à PBH em regime de comodato.

Inovação

Além de disponibilizar a área para instalação do projeto, a UFMG forneceria a base tecnológica e controlaria seu uso, para preservar o ambiente de inovação, marca principal deste tipo de empreendimento. "É isso que distingue um parque tecnológico de um distrito industrial de alta tecnologia", ressalta o professor Beirão.

Em contrapartida, a Universidade, que não disponiblizará recursos financeiros, receberá divisas pelo aluguel da área e pela realização de benfeitorias do espaço. Beirão enfatiza, porém, que o projeto do Parque Tecnológico interessa à UFMG principalmente por causa de seu caráter acadêmico. Para ele, a iniciativa facilita a transformação do conhecimento gerado na Universidade em produto, através da interação de áreas tecnológicas acadêmicas e as empresas. Além disso, o Parque deve criar oportunidades de emprego para estudantes de graduação e de pós-graduação e ajudá-los a se desenvolver em suas áreas de atuação profissional. Já a Prefeitura ficaria responsável pela urbanização da área. O projeto também deverá contar com o apoio estatal, além de financiadores como a Finep e o CNPq.

Os dirigentes da UFMG e do município acreditam que o projeto trará ganhos consideráveis para os dois lados. "Será uma parceria sólida entre instituições sérias", prevê Pimentel, que afirma ser este o principal projeto voltado para o desenvolvimento econômico em estudo na capital mineira. Segundo ele, o investimento em alta tecnologia é uma vocação de Belo Horizonte, até porque "aqui está instalada a UFMG, uma das universidades mais importantes do país nessa área." O prefeito também acredita que o empreendimento abrirá novas frentes de trabalho para profissionais de alta qualificação. Sua expectativa é de que o Parque seja implantado até o final de 2004.

O reitor Francisco César de Sá Barreto também é um entusiasta da idéia. "A UFMG consolidou uma competência científica e tecnológica que a obriga a buscar novos patamares. Ela precisa desse espaço para crescer academicamente", ressalta Sá Barreto.

 


Schwartzman é indicado para o Conselho Nacional de Educação

professor Jacques Schwartzman, diretor executivo da Fundep, foi indicado
pelo ministro Paulo Renato Souza para compor a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. Sua nomeação foi publicada no Diário Oficial da União de 20 de novembro. Instância assessora do Conselho, a Câmara é formada por 12 membros, escolhidos pelo Ministro, que prestam assessoria em questões relacionadas ao ensino superior, sem, no entanto, representar suas instituições de origem.

Além de Schwartzman, outros dois professores da UFMG participam do Conselho Nacional de Educação: o reitor Francisco César de Sá Barreto e Carlos Roberto Jamil Cury, professor aposentado da Faculdade de Educação. Schwartzman é vinculado ao departamento de Economia da Face desde 1970 e vem realizando pesquisas na área de Educação há cerca de 10 anos. Ex-diretor da Unidade, Schwartzman foi coordenador dos cursos de graduação e de pós em Economia, chefe de departamento por dois mandatos e pró-reitor de Planejamento da UFMG.

"Espero dar alguma contribuição nas questões discutidas pelo Conselho. Sobretudo neste momento, em que as universidades públicas passam por uma séria crise, é necessário pensar para onde vai o ensino superior brasileiro", diz Schwartzman.