Parceira do Vale

m dos maiores programas de extensão da UFMG, o Pólo do
Jequitinhonha aglutina 38 projetos desenvolvidos em 30 das 56 cidades da região. A proposta é trabalhar sempre em parceria com as comunidades do próprio Vale. O Programa vai além da busca do conhecimento acadêmico, pois põe em prática a produção da Universidade. "Uma universidade só se realiza inteiramente se de fato utilizar seu ensino e pesquisa em benefício de toda a sociedade", enfatizou a reitora Ana Lúcia Gazzola. Segundo o ministro das Cidades, Olívio Dutra, o Brasil tem regiões muito ricas e com potencialidades enormes, como é o caso do Vale. "O problema é que o povo tem sido desrespeitado e esquecido", ressaltou Dutra.

Em Itinga, o Pólo do Jequitinhonha desenvolve os projetos Lixo e cidadania e Criação de cabras. O primeiro busca erradicar o trabalho infantil nos "lixões" e organizar os catadores em associações ou cooperativas. O segundo atua no combate à desnutrição, através do estímulo à criação de cabras, cuja carne e leite apresentam enorme potencial nutritivo e protéico.

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ituado no nordeste de Minas, o Vale é banhado pelo rio Jequitinhonha. A região é caracterizada pelo contraste de realidades. De um lado, a riqueza mineral de seu subsolo, o patrimônio histórico-cultural, o artesanato e os múltiplos atrativos turísticos. De outro, o cenário de extrema pobreza da população local. Todos os municípios apresentam graves dificuldades nas áreas de saúde, saneamento e educação. A região caracteriza-se por intenso fluxo migratório, pequena oferta de emprego e a menor taxa de urbanização de Minas Gerais.

A caravana contra a fome materializou uma idéia do presidente Lula, que, durante a campanha eleitoral, prometeu levar seus assessores aos bolsões de miséria do país."Os ministros tomarão suas decisões com a cabeça voltada para as regiões pobres do país, como o Vale do Jequitinhonha", garantiu José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil.