![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() ![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
|
![]() |
![]() |
|||
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
|||
![]() |
||||
![]() |
![]() |
|||
![]() |
![]() |
Primeira
página![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Segunda
página ![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Terceira
página![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Quarta
página ![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Quinta
página ![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Sexta
página ![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Setima
página ![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Oitava
página ![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
Edições
Anteriores ![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
|||
![]() |
Trabalhadores brasileiros demoram a "pendurar as chuteiras"
Estudo mostra que número de aposentados que continuam trabalhando é
maior entre pobres e profissionais mais instruídos
e
um lado, homens com alta escolaridade e bem- remunerados; de outro, profissionais
com pouco estudo e proventos miseráveis. Esse é o perfil de
um grupo de trabalhadores cada vez mais numeroso no Brasil do século
21: o dos aposentados que permanecem no mercado de trabalho. Um estudo da
pesquisadora Vânia Cristina Liberato, transformado em dissertação
de mestrado em Demografia defendida na Face, revela que, na duas últimas
décadas, o índice de aposentados que resistem em "pendurar
as chuteiras" aumentou de 25% para 32%.
Valendo-se de dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílio (PNADs) de 1981 a 2001, o estudo mostra que tal opção está associada à idade, à escolaridade e ao valor do benefício. "Entre os homens mais escolarizados e mais jovens e entre aqueles que recebem os menores benefícios, a probabilidade de continuar na ativa é maior" afirma Vânia Liberato.
Mas a causa principal do crescimento da taxa de atividade nos anos 80 e 90 entre os aposentados é mesmo o valor do benefício, que, no caso do sistema público (INSS), não é reajustado de acordo com a variação do salário mínimo. "Nos últimos 20 anos, o poder de compra dos aposentados diminuiu muito", diz a autora.
Segundo a pesquisadora, os aposentados que recebem os menores benefícios precisam continuar trabalhando para completar a renda familiar. Já os mais escolarizados - e, por isso, mais bem-remunerados - permanecem no mercado atraídos pelos altos salários. Um fenômeno que Vânia Liberato chama de "efeito substituição": o profissional troca o lazer por mais tempo de dedicação ao trabalho.
Para Vânia Liberato, a permanência
de aposentados no mercado de trabalho não deixa de ser uma distorção
num país que apresenta baixos índices de crescimento econômico
e de geração de empregos. "Isso provoca uma concorrência
entre jovens e velhos por oportunidades de emprego e pres-siona o mercado
de trabalho", conclui a pesquisadora.