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Nº 1427 - Ano 30 - 19.2.2004

Rádio UFMG
já tem coordenador


Expectativa é de que emissora entre no ar no segundo semestre

Ana Rita Araújo



Rádio UFMG, cujo funcionamento foi autorizado em janeiro pelo Ministério das Comunicações, já tem coordenador. É o jornalista e radialista Elias Santos, que desde a semana passada integra a equipe de profissionais do Centro de Comunicação (Cedecom), responsável pela implantação e operação da emissora.

Dedicado inicialmente ao acompanhamento do projeto técnico, compra e instalação de equipamentos – transmissores e estúdios – o coordenador será também responsável pela elaboração da programação da emissora, a ser veiculada na Região Metropolitana de Belo Horizonte em freqüência modulada (FM). A previsão é de que a Rádio UFMG entre no ar no segundo semestre deste ano, concretizando um anseio de mais de 20 anos. A concessão do canal foi viabilizada por um convênio assinado com a Radiobrás, pois a legislação vigente impede que órgãos federais sejam concessionários diretos de radiodifusão.

Graduado pela UFMG em 1994, Elias Santos traz a experiência de sete anos de trabalho na Rádio Inconfidência e de atividades desenvolvidas na organização não-governamental Associação Imagem Comunitária, que prepara jovens comunicadores de nove regiões de Belo Horizonte para atuar em uma rede de meios de comunicação formada por rádio, TV, Internet, mídia impressa e agência de notícias. Elias também tem um programa semanal na TV Horizonte, o Caleidoscópio.

“Mais do que divulgar a produção da UFMG, a rádio universitária abre campo para experimentação e pesquisas”, diz o coordenador. Segundo ele, há possibilidades de projetos não só em Comunicação, mas em áreas como a Engenharia Elétrica, por exemplo, que pode desenvolver pesquisas sobre transmissão. Entre as propostas do coordenador da Rádio UFMG está a realização de oficinas que habilitem a própria comunidade universitária para a criação de produtos radiofônicos.

“Não queremos formar profissionais – esse é o papel do curso de graduação – mas preparar cidadãos mais críticos em relação aos meios de comunicação”, ressalta Elias Santos, ao lembrar que, por serem de concessão pública, as emissoras de rádio devem permitir a participação da sociedade na definição dos produtos que veiculam. “Devemos partir dessa utopia, apesar das limitações”, defende.

Foto: Elias Santos: experimentação e pesquisa


Professor do DCC publica seu quarto livro nos EUA

Fiorenza Carnielli

O professor e chefe do Departamento de Ciência da Computação (DCC), Virgílio Almeida, acaba e publicar seu quarto livro nos Estados Unidos. Sob o título Performance by Desing, a obra é resultado de dois anos de trabalho em conjunto com os professores Daniel Menasce e Larry Dowdy.

O livro apresenta modelos matemáticos do desempenho de computadores e ensina a projetar sistemas com rapidez. A primeira parte é dedicada a estudos de casos. “Mostrando os resultados, convidamos o leitor para a segunda parte do livro, que é teórica e mais pesada”, explica Almeida.

O professor afirma que a obra tanto pode ser usada com fins acadêmicos, principalmente para cursos de pós-graduação, como é importante referência para profissionais, o que é confirmado por leitores do site amazon.com.

“Se você é novo nessa área, esta deveria ser sua primeira leitura. Se você ensina sobre o tema, este é o texto ideal para basear um currículo que prepare os alunos para o mundo real”, recomenda Mike Tarrani, leitor de Deltona, Estados Unidos.

Como o livro é escrito em parceria com autores americanos, sua publicação original é em língua inglesa. Virgílio Almeida afirma que há um público muito grande nos Estados Unidos interessado no tema, além do inglês ser o idioma “oficial” da informática. Da escrita à publicação do livro, todo o processo foi feito por meio da internet.

Almeida tem mais três livros publicados nos EUA, também escritos em parceria com autores americanos. Capacity Planning for Web Services, publicado originalmente em setembro de 2001, foi lançado no Brasil pela Editora Campus no final de 2003. “O curioso foi que a editora brasileira comprou os direitos da obra sem saber que um dos seus autores era brasileiro”, diz Almeida. Além da edição em português, o mesmo livro foi traduzido para o russo. “Fiquei surpreso ao receber um exemplar em russo acompanhado de uma carta da editora me parabenizando pela obra”, diz o professor.

Foto: Virgílio: livro traduzido para o russo