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Nº 1926 - Ano 42
25.01.2016

O presente é uma lembrança

Em sua 10ª edição, Festival de Verão propõe debate sobre o tempo e a memória

Ewerton Martins Ribeiro

Neste ano, a UFMG realiza a décima edição do seu Festival de Verão, que oferecerá 15 oficinas de iniciação, contemplando as três grandes áreas de conhecimento em que a Universidade atua, além de projetos especiais. Também serão ministradas seis palestras inspiradas no tema desta edição, Tempo e memória (leia mais sobre as palestras na página 8).

O evento será realizado de 31 de janeiro a 4 de fevereiro, na semana que antecede o Carnaval, e ocupará os três principais equipamentos culturais mantidos pela UFMG em Belo Horizonte: Centro Cultural (Avenida Santos Dumont, 174, Praça da Estação, Centro), Conservatório (Avenida Afonso Pena, 1.534, Centro) e Espaço do Conhecimento (Praça da Liberdade, 700). Uma única oficina, que relaciona tempo e astronomia, terá lugar no Observatório Astronômico Frei Rosário, em Caeté.

As oficinas são as únicas atividades pagas – R$ 20 cada. As inscrições podem ser feitas até a véspera de cada atividade ou até as vagas se esgotarem. Para se matricular, o interessado deve procurar o posto de atendimento que a Fundep mantém na Praça de Serviços ou acessar o site da Fundação. Todo o procedimento de matrícula pode ser feito pela internet.

As informações sobre cada oficina e demais atividades estão disponíveis no site do evento. Dúvidas sobre o Festival podem ser esclarecidas pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3409-6410.

Aperitivo para a folia

Outro destaque é a programação cultural, que, a exemplo da edição do ano passado, contará com um bloco de carnaval no último dia do evento, configurando prévia da festa que tomará conta das ruas da capital na semana seguinte.

Além de apresentações teatrais, exposições e visitas guiadas, haverá, ao fim de cada dia, apresentação artística em um dos equipamentos culturais da Universidade. Estão previstas, entre outras, apresentações de tambores africanos, de cantos indígenas, do Coral de Trombones da UFMG e das Meninas de Sinhá, grupo que recupera canções brasileiras antigas, de domínio público. No encerramento do Festival, 4, às 18h30, o Conservatório receberá o Bloco Magnólia Brass Band, agremiação carnavalesca que replica, em Belo Horizonte, a experiência do carnaval de New Orleans, com o melhor do jazz americano.

Na flor da maturidade

Fernando Pessoa sugeriu que a memória é a consciência inserida no tempo. De fato, ao mobilizar as dimensões "tempo" e "memória" para esta edição, a organização do Festival buscou revisitar a trajetória percorrida pelo evento nesses últimos dez anos com o objetivo de perscrutar possibilidades de interação entre educação e cultura. "Pensamos em uma temática que pudesse estar relacionada com a história do Festival", conta a professora Denise Pedron, coordenadora geral do evento. "Queríamos trabalhar a perspectiva do presente e da memória também como ficções, algo que se constrói. No momento em que você atualiza a memória, você a reconstrói", explica.

"O Festival de Verão da UFMG é parte de trabalho incessante que temos feito para levar adiante a ideia de que a Universidade é parte da cidade. Nesta edição, alcançamos a maturidade do evento", afirma a professora Leda Maria Martins, titular da Diretoria de Ação Cultural da UFMG, responsável pela organização do evento.

A trajetória percorrida, lembra a diretora, levou o Festival a chegar à décima edição consolidado no roteiro cultural e artístico de Belo Horizonte. "É um evento que alia o conhecimento ao lúdico, à alegria, à beleza, à leveza; ele vai ao encontro do entendimento de que a produção de conhecimento pode se dar de diversas formas", diz. Denise Pedron complementa: "A ideia é que uma dessas formas seja a vivência dos participantes".