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7 de outubro de 2013

O PLANEJAMENTO E A ADMINISTRAÇÃO – UMA NOVA GESTÃO

Para atingir e manter uma posição de excelência em suas atividades fim, qualquer universidade precisa de uma gestão das atividades meio que também seja de excelência. Neste aspecto, temos muito que aperfeiçoar na UFMG. Mesmo com uma legislação restritiva, é possível implantar novos instrumentos de gestão e introduzir novos procedimentos com o auxílio das tecnologias de informação, que desburocratize e simplifique o trabalho em todos os níveis.

Como a maioria das atividades meio da universidade é realizada por servidores técnico-administrativos, a prioridade é o desenvolvimento de uma política de recursos humanos que valorize os servidores. Assim será possível contar com toda a capacidade e competência humana para que novos processos e novas tecnologias facilitadoras possam ser implantadas.

Compras e Gestão de Contratos

Um setor estratégico dentre as atividades administrativas desenvolvidas pela universidade é o setor de compras, incluindo importações. A grande maioria das nossas atividades depende de comprar algum material para atividades administrativas, para laboratórios de pesquisa e ensino, equipamentos, material permanente e serviços de terceiros.

Boa parte da infraestrutura de serviços é implementada através de empresas terceirizadas, que devem ser comprados, total ou parcialmente.Toda aquisição gera um contrato de fornecimento que é acompanhado cuidadosamente.Centenas de servidores da universidade, de todas as unidades acadêmicas e administrativas, trabalham na gestão destes contratos, com enorme responsabilidade sobre a aplicação de vultosos recursos financeiros. Somente com a participação de servidores valorizados e bem capacitados, será possível a implementação de novos sistemas de gestão e novas tecnologias que otimizem nossos processos de compras e gestão de contratos.

A Infraestrutura Física

A UFMG é reconhecida como uma das universidades brasileiras que apresenta uma boa infraestrutura, no que se refere a instalações prediais e laboratoriais e também em relação à urbanização e conservação dos seus campi. No entanto, é preciso reconhecer a existência de grandes diferenças entre nossas instalações e a presença de vários passivos na infraestrutura existente. Além de obras novas e de expansão de atividades de pesquisa, existem algumas prioridades em infraestrura, que incluem a conclusão de obras já em execução:

-conclusão dos novos prédios da Faculdade de Direito e da Escola de Arquitetura;

- recuperação dos passivos de prédios antigos, com prioridade para as áreas que são utilizadas para pesquisa;

-projeto e implantação progressiva para recuperação de todo passivo relativo a acessibilidade na universidade, para prédios e áreas externas;

-conclusão do plano diretor do Campus Saúde e posterior reordenamento e expansão;

-conclusão do plano diretor do Campus Montes Claros e posterior expansão;

-projeto e implantação de sistema de ciclovias e bicicletários; implantação de novos espaços de convivência nos campi; projeto de revitalização do CEU; conclusão do processo de licenciamento ambiental do Campus Pampulha dentre outras.

O Trânsito e a Mobilidade

Esta é uma questão que tem sido motivo de inúmeras reclamações e aborrecimentos por parte da comunidade. Trata-se de um problema complexo, que, só pode ser amenizado. Temos a convicção de que a grande causa dos problemas é externa à universidade e se subordina à questão de mobilidade urbana, à falta de transporte público adequado na nossa cidade, o que força uma excessiva utilização de automóveis particulares.

Para uma solução satisfatória, a saída é a criação de soluções de mobilidade por parte da cidade, envolvendo a Prefeitura de Belo Horizonte e os governos estadual e federal para tornar o transporte público mais atrativo do que a utilização de carros. Mesmo que seja uma solução que pode demorar mais de uma década para ser implantada, a administração central da UFMG terá que tratar o assunto como uma prioridade nas suas relações com a gestão municipal.

Na falta de uma solução imediata, teremos que tomar medidas internas que apontam para o estabelecimento de restrições e controle, que podem ser de vários níveis. Tais decisões sempre envolvem grande polêmica, e para isso, precisaremos começar uma ampla discussão na comunidade sobre as alternativas possíveis.

As Fundações

Temos convicção que a Fundep e as outras Fundações de Apoio da UFMG são fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa e da extensão na universidade. Sem elas inúmeros projetos de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação não poderiam ser realizados.

No entanto, recente legislação restritiva à atuação das fundações tem dificultado muito a gestão dessas instituições, que estão perdendo a flexibilidade e agilidade que tinham no apoio dado a nossos projetos. Neste cenário, cabem à UFMG duas linhas de atuação: internamente, dar condições às fundações para obter o melhor desempenho possível em função da nova legislação com total transparência em seus convênios; externamente, liderar uma luta conjunta com outras universidades para esclarecer as instâncias governamentais e outros órgãos de controle sobre a importância do papel das fundações, para aperfeiçoar o marco legislativo.

O Orçamento

Além da divulgação de todos os detalhes da execução orçamentária da universidade, feito há anos pela Proplan, é necessário que todos os gestores da universidade tenham clareza em relação aos mecanismos de elaboração do orçamento das universidades federais no âmbito do MEC, e de seus impactos para a UFMG, em particular no acompanhamento e aperfeiçoamento dos Planos de Desenvolvimento da universidade (PDI e PDTI).

Outra questão que merece discussão na universidade é a sua estrutura administrativa. Com o crescimento das nossas atividades nas duas últimas décadas, a universidade teve que experimentar diversas alternativas de organização na Administração Central sem um exame do Conselho Universitário, responsável pela definição da estrutura universitária. O resultado é a existência atual de várias diretorias e departamentos em caráter informal, o que causa transtornos administrativos para os setores da UFMG. Esta informalidade exige ações para regulamentar as diversas instâncias administrativas que devem ser implementadas.

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