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3 marcos da arquitetura de Belo Horizonte

Conheça um símbolo do art déco, um clássico modernista e uma singular obra contemporânea

 

06 de maio de 2025

 

Por Sarah Lima, 

estudante de Arquitetura e Urbanismo e bolsista do Núcleo de Expografia do Espaço do Conhecimento UFMG

 

No texto sobre os 7 marcos da arquitetura de BH, você pôde conhecer um pouco da história de Belo Horizonte por meio de suas construções. Nosso passeio, do conjunto moderno da Pampulha até a Praça da Liberdade, nos permitiu viajar no tempo e saber mais sobre esses marcos arquitetônicos. Hoje, iremos explorar mais três exemplares da arquitetura belo-horizontina: um símbolo do art déco, um clássico modernista e uma singular obra contemporânea. 

 

Cine Theatro Brasil

Cine Theatro Brasil, no centro de Belo Horizonte. (Créditos: Reprodução/Fever).

 

Construído em 1932, o Cine Theatro Brasil foi por anos considerado o maior cinema do país, marcando sua imponência em uma localização peculiar: a esquina de uma rotatória no hipercentro da cidade. Um símbolo do art déco em Belo Horizonte, com volumes geométricos bem definidos e fachadas revestidas em pó de pedra, o edifício se destaca por sua elegância e pioneirismo, sendo um dos primeiros a usar concreto armado na capital mineira. 

 

Além de ser um marco arquitetônico, o Cine Theatro Brasil também desempenha um papel cultural importante. Foi palco da primeira exposição modernista de BH, em 1936, abraçando a vanguarda artística. Após um período de decadência e fechamento nos anos 90, o edifício foi restaurado e hoje exibe programação de teatro, música, cinema e exposições, que mantém viva sua vocação artística.

 

Edifício JK

Edifício JK, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. (Créditos: Viva JK – Reprodução/Folha de S.Paulo).

 

Desde a década de 1950, o icônico projeto do arquiteto Oscar Niemeyer integra a paisagem do centro de Belo Horizonte. A obra se destaca como um marco da construção civil e da organização social, histórica e cultural da cidade. O complexo é formado por dois edifícios: um de 23 andares, com a fachada direcionada para a Rua Timbiras, e outro de 36 andares, voltado para a Rua Guajajaras. Ainda hoje é o prédio mais alto da capital mineira, ocupando o 122º lugar no ranking dos edifícios mais altos do Brasil. 

 

Com aproximadamente 5.000 habitantes, o complexo foi concebido como uma proposta inovadora para a convivência urbana, combinando usos residenciais e coletivos. O projeto original conta com um museu de arte moderna, repartições públicas e residências para seus funcionários, além de comércio e uma grande área de lazer.

 

Galeria de Arte Minas

Concebida para receber exposições temporárias de artes visuais, a Galeria de Arte Minas se destaca pela ênfase na produção contemporânea e por sua arquitetura que dialoga com o espaço expositivo. Ocupando parte da edificação destinada ao Centro de Cultura Minas, o interior da galeria apresenta um domínio do branco, superfícies contínuas e um projeto luminotécnico minucioso, capaz de criar diferentes ambiências: desde a penumbra com focos de luz até uma iluminação difusa que transforma as percepções espaciais. Essa versatilidade faz da Galeria de Arte Minas um lugar singular para a contemplação artística. A galeria foi inaugurada em 2013, com uma exposição que celebrou os 100 anos da renomada artista Tomie Ohtake.

 

Estes são alguns marcos da arquitetura belo-horizontina! Caso você queira continuar explorando o cenário do coração de Minas Gerais, não perca a exposição “MetropoliTRAMAS”, no 2º andar do Espaço do Conhecimento UFMG. Cada instalação celebra a pluralidade de culturas e vivências metropolitanas, por meio de suas complexidades, prazeres e tensões. A entrada é livre e gratuita, durante todos os dias de funcionamento do museu (terça a domingo, das 10h às 17h, e sábados, das 10h às 21h). 

 

Para saber mais:

Cine Theatro Brasil

Edifício JK 

Galeria de Arte Minas