Data: 24 de agosto de 2020
Local: Evento Online

No momento, os índices de infestação de mosquitos (local de reprodução, abundância de mosquitos, etc.) apresentam um desempenho ruim na avaliação do risco geográfico de doenças transmitidas por estes vetores. Encontrar melhores medidas pode ter um impacto significativo na morbidade e mortalidade de doenças transmitidas por insetos vetores, que afetam milhões de pessoas a cada ano.

Durante nosso trabalho em projetar ferramentas para intervenções geograficamente direcionadas, desenvolvemos um índice vetorial baseado na dinâmica populacional do vetor, a taxa intrínseca de crescimento, um índice que responde por parâmetros populacionais como taxa de fertilidade, mortalidade dependente de densidade e mortalidade independente de densidade. Mostramos que a taxa de crescimento intrínseco é mais robusta do que os mapas (comuns) de abundância ou ocorrência de mosquitos. Além disso, o emprego da taxa intrínseca de crescimento permite a produção de mapas dinâmicos que descrevem a distribuição e a dinâmica populacional nos mosquitos, adicionando um novo nível de informação ao mapa clássico de distribuição de doenças transmitidas por vetores.

Nossos resultados são promissores e, por esse motivo, queremos estimular comunidades científicas (entomologistas, epidemiologistas, biomatemáticos e bioestatísticos) e gerentes de saúde pública a analisar o uso potencial de nossos métodos ou métodos semelhantes para a saúde pública de precisão, um tópico que inscritos na agenda das principais organizações e financiadores de saúde.

Palestrantes:
Luigi Sedda – Spatial Epidemiologist – Lancaster University
Dario Brock Ramalho – Subsecretario de Vigilância em Saúde (MG)

Moderador:
João Marques – Departamento de Bioquímica e Imunologia (ICB/UFMG)