Período da residência: 03 de março a 31 de dezembro de 2025
Departamento de Clínica Médica – Faculdade de Medicina da UFMG
Luciana Diniz Silva possui graduação em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 1995), residência médica em Clínica médica pelo Hospital Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (1997) e em Gastroenterologia pelo Hospital Governador Israel Pinheiro-IPSEMG (1999), mestrado e doutorado em Medicina (Gastroenterologia) pela UFMG (2002 e 2006, respectivamente). Especialização em nutrologia pela Universidade de São Paulo (USP) (2020-2022). Atualmente, é professora associada do Departamento de Clínica Médica e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto da Faculdade de Medicina, UFMG. Coordenadora de Grupo de Pesquisa do Instituto de Estudos Avançados e Transdisciplinares (IEAT), UFMG (2023 – 2025). Atua em pesquisa, com ênfase nos temas: Sarcopenia na hepatite viral crônica B e C; A história do corpo e o corpo na história: composição corporal, eugenia e resistência à diversidade étnica. É membro da Associação Brasileira de Educação Médica, da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC), da Sociedade Brasileira de História da Medicina (SBHM), da American Association for the History of Medicine.
ANÁLISE HISTÓRICA, CULTURAL E SOCIAL DA IMAGEM CORPORAL OBTIDA DO ACERVO DO CENTRO DE MEMÓRIA DA MEDICINA (CEMEMOR) – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS: EUGENIA E RESISTÊNCIA À DIVERSIDADE ÉTNICA
Diante da relevância atribuída à imagem corporal em nossa sociedade, alunos e professores de vários cursos da UFMG, em conjunto, fizeram a pesquisa e a seleção, no Centro de Memória da Medicina de Minas Gerais, de obras que abordassem a estética e os padrões do corpo humano, assim como os ideais pré-determinados para a beleza física e intelectual. Nessa investigação inicial, deparou-se com vasto material de cunho eugenista. Estimulados pela riqueza do cervo, os pesquisadores almejam descrever e refletir criticamente sobre a imagem corporal constituída como “padrão” no século XX. Ainda, busca-se investigar como as práticas médicas, o estudo da anatomia e o aprimoramento da ciência ocorridos no século XX influenciaram na determinação do “corpo padrão” na sociedade brasileira. Dentre os objetivos específicos, seguem-se: Desenvolver um arcabouço teórico, na perspectiva de Michel Foucault; Investigar a influência do pensamento médico eugênico na definição e na estruturação do corpo “padrão” do brasileiro do século XX. Para alcançarmos esses objetivos, pretende-se elaborar uma pesquisa documental, no recorte de 1911 a 1949. A seleção inicial de itens do acervo será baseada no plano de análise das fontes pela visão de tríplice abordagem. Posteriormente, esse material será digitalizado e, em sequência, será projetado para professores e alunos advindos da Faculdade de Medicina, Escola de Belas Artes, Departamentos de Filosofia e História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, em reuniões transdisciplinares, gravadas por meio de plataforma digital. Ao longo do tempo, as consequências da exigência de “dimensões ideais” de corpos desconectada da identidade étnica e cultural de uma população podem ser catastróficas.