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319 opiniões enviadas

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  1. 5
    Meirilene da Silva Pereira disse:

    Bom Dia!
    Muito interessante e importante esse meio de acesso ao público social. Mas acredito que precisamos começar tendo uma ótima base, e pode começar com a a implantação do Curso de Serviço Social, aí sim acredito que estaremos começando bem.

    Essa questão de inclusão social, é algo para ser tratado na raiz. Por que até hoje uma Faculdade Federal não possui esse curso ainda? Espero ser respondita essa pergunta.

    Obrigada pela atenção.

    Muito Obrigada!

    Meirilene da Silva Pereira, auxiliar administrativo, - aluna do curso de Serviço Social da UNA 

     

  2. 4
    Cantidio Lelis Pereira disse:

    Democracia é tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, com o objetivo primordial de dar oportunidades a todos de construirem suas vidas dignamente.
    Quando se propõe um sistema de quota, não estaremos na contramão da democracia ?
    Com este sistema, estamos admitindo que cor é uma desigualdade. Não é esta a segregação que se combateu e se combate há anos? Não somos todos nós uma mistura de raças? Hoje, a exclusão já não se alicerça simplesmente na questão racial, como querem muitos defender, mas principalmente em critérios culturais, sociais e econômicos. Defendo sim, a inclusão social na educação de base, ou seja, que todos tenham acesso ao ensino fundamental de qualidade, para que, o mérito e o esforço individual possam ser, realmente, o diferenciador, a seleção justa e igualitária.

    Cantidio Lelis Pereira, analista de tecnologia da Informação

  3. 3
    Diego Souza Silva disse:

    Gostei muito da colocação do Reitor a respeito do contraste social infelizmenre presente na sociedade brasileira. Sou a favor da criação de quotas para estudante de ensino público, não acho necessária a criação de quotas para negros. Digo isso pois sou negro, sei que realmente a carência brasileira se encontra nas camadas sociais mais baixas que dependem de um ensino público extremamente deficiente.
    Sou negro, e isso fortalece meu argumento de que não há necessidade alguma da criação de reservas de vagas para minha raça em específico. Tenho consciência absoluta e devo admitir que a quantidade de negros em escolas particulares é notavelmente menor do que a de brancos ou pardos, todavia não é algo que exija tais atitudes por parte das Universidades Federais e Estaduais, já que não é algo tão \”primordial\” quanto as de criar reservas para alunos vindos de escolas públicas.
    Infelizmente, como negro devo admitir também que muitos (negros) partem da prerrogativa de terem vagas reservadas para ficarem despreocupados e alheios aos estudos.
    Agradeço desde já a atenção e espero que minha opinião tenha mais um peso (mesmo que pequeno) nesse debate.

    Diego Souza Silva, estudande do ensino médio

  4. 2
    Maurilio Sebastião Martins disse:

    Há algum tempo venho acompanhando, de forma intensa e bem próxima, o debate que se trava sobre qual procedimento tomar para amenizar a desigualdade gritante que existe hoje nas universidades públicas brasileiras, onde quem predomina é o filho das classes mais favorecidas economicamente (principalmente naqueles cursos mais valorizados pela nossa sociedade) relegando ao restante a frustração de nunca poder fazer parte do corpo discente daquela instituição ou a de se contentar com aqueles cursos que são ofertados no período noturno (quase todos de licenciatura). Assusta-me o fato de que, nesse tempo todo, muito se gritou e pouco se agiu, ou quando agiram, fizeram isto de forma equivocada. E nós, estudantes que não tiveram o privilégio de nascermos em familias abastadas, prosseguimos em nossa via-crucis, que passa por financiamentos pelo FIES (que é outra tarefa hercúlea), mensalidades exorbitantes, transportes caríssimos etc., para não citarmos a falta de estrutura e de professores qualificados que é marca registrada em muitas faculdades. Mas o que fazer, se é só isso que nos resta? Estudei na UFMG por alguns períodos, em um curso noturno, que não condizia em nada com o que eu sempre gostei, e fiz isso por que era a minha única forma de fazer parte de um corpo acadêmico, por que trabalhava para me manter e ajudar em minha casa. Comunicação Social era um sonho distante para mim, pois é um curso que só funciona em regime diurno. Mas por quê? É um curso tão extenso assim? Ou será que já não faz parte de uma lógica incutida de que é um curso para a elite? Se tiverem outros argumentos, que me apresentem.
    Por isso, por fazer parte desse processo, é que sugiro aqui, não como uma receita ou como uma fórmula, mas como uma visão de quem está dentro do \”olho do furacão\”, que uma das melhores coisas a se fazer para colocar jovens como eu, como meus amigos de bairro, os jovens que lutam para estudar e aqueles que possuem afinidades com algumas áreas mas se sentem amputados em seus sonhos por conta desses muitos fatores supracitados, é prepará-los antes de entrar na universidade. É dar lhes condições mínimas de prestar um vestibular. Uma das idéias, já adotada por uma federal do interior do Rio Grande do Sul, é a universidade custear um pré-vestibular, usando da sua estrutura e de parte de seu corpo docente (fazendo uso também dos alunos formandos como estagiários). Além disso, o que poderia ocorrer também era uma cota para alunos oriundos de escola pública, mas não para ensino superior e sim para o Pré-Vestibular e para uma nova modalidade que seria criada nas escolas técnicas federais: o ensino médio voltado para esse público. Digo isso, por que em pesquisa recente divulgada pela revista Veja sobre as melhores escolas da cidade, as escolas federais (o CEFET em questão) figurou entre as primeiras. Ou seja, o correto seria dar condições aos alunos vindos da periferia e dos aglomerados preparando-os em escolas capacitadas e com uma metodologia específica. E essas escolas federais podem fazer esse papel muito bem.
    Como o espaço físico dentro das universidades não suportaria todo o contigente de alunos, poderia-se fazer um projeto de capacitação de professores e estender o cursinho através de parcerias com instituições de fins-não- lucrativos. Pensemos, então, uma escola dentro das universidades federais voltada, pelo menos em metade de suas vagas, para aqueles que não possuem condição de pagar escola particular ou cursinhos. Depois, esses mesmos alunos ainda teriam preferência em frequentar o cursinho, de um ano, preparatório para o vestibular. E mesmo aqueles que não conseguirem vaga nessas duas modalidades, poderiam se beneficiar da estrutura da universidade, através de palestras proferidas por profissionais das universidades federias e envolvidos no projeto, cursos para os professores, capacitação de monitores, intercâmbio entre alunos em fase de graduação para atuarem como monitores etc. Esses cursinhos, gratuitos, teriam o selo de um ensino de qualidade e vinculado a melhor instituição de ensino superior do estado. Isso, por si só, já serve como estimulo e a UFMG passaria, a partir de decisões como essas, a fazer parte de nossa realidade e não mais ser esse sonho distante que é hoje. Pensem bem. Isso é importante para muitos que pensam como eu, só que nesse momento não possuem sequer um computador para escreverem depoimentos como esse.

    Cordialmente

    Maurilio Martins
    Bolsista integral do PROUNI e aluno do curso de Cinema do Centro Universitário UNA

  5. 1
    Carlos Lúcio Custódio disse:

    Parabéns à direção da universidade pela democratização do debate!

    Acho importantíssimo haver cotas distribuídas pelas classes sociais.

    Não concordo com os discursos copiados da sociedade norte-americana, de cultura anglo-saxônica, baseados em conceitos de raça. Lá nos EUA negro é negro e não gosta de branco. Branco é branco e não gosta de negro. Eles se matam. Não gostam de imigrantes também. São xenófobos.

    Na nossa terrinha com cultura de origem latino-lusitana, somos um povo misturado (branco/preto/índio etc…). Não somos xenófobos. O estrangeiro é bem-vindo no Brasil e o recebemos com muita cortesia e curiosidade sobre seu exotismo.

    O preconceito dominante no Brasil não é contra o negro, o homossexual, o índio, a mulher; embora exista espalhado por aí. O preconceito aqui é contra o pobre, o sem condição. (Como disse famoso carnavalesco: Quem gosta de pobre é filósofo. Pobre gosta e de luxo, riqueza e beleza.)

    O que exclui o cidadão pobre de entrar na universidade pública é uma prova baseada no puro conhecimento. Ele recebeu este conhecimento muito mal no ensino básico e médio público, não podendo pagar escola particular igual ao cidadão de classe mais alta que pôde pagar.

    Aí está a desigualdade. Para os cursos melhores e em quase todos eles, quem vem de classes mais altas consegue entrar, indiferentemente da cor de sua pele. Quem vem de classes mais baixas, só teve ensino público e aí só vai poder estudar em universidades pagas, pois já estará em idade de pagar seus próprios estudos (alguns, nem todos!)

    Senhores dirigentes da UFMG, querem torná-la democrática? Façam cotas em todos os cursos baseadas na classe social.

    Por exemplo: Estratifiquemos a sociedade do Brasil em 3 classes: Alta (uns 10% por exemplo), Média (uns 30% por exemplo) e Baixa (uns 60% por exemplo). Reservem 10% das vagas de cada curso para a classe alta, 30% para a classe média e 60% para a classe baixa.

    Aí vejo justiça social e inclusão.

    A cor da pele não diz nada.

    Sou mestiço (pele morena no meu conceito). Na Escola de Veterinária da UFMG onde me formei, em 5 anos de passagem só conheci dois estudantes de veterinária negros. Todos dois pobres. Em minha sala (60 alunos) só havia uns 10 a 15 no total que eram pobres, incluindo a minha pessoa. O resto todo era \”filhinho de papai\”, que poderia pagar qualquer escola particular. Tinha até filho de presidente de multinacional.

    Justiça social é pela condição social, não pela pele de alguém.

    Muito obrigado!

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