Envie sua opinião

 

Preencha os campos abaixo

319 opiniões enviadas

Veja outras opiniões (5 por página): « 6411 10 9 8 7 6 5 [4] 3 2 1 » Mostrar todas

  1. 20
    Andreia disse:

    É muito fácil falar que os alunos provenientes de escolas públicas apresentam as mesmas condições de concorrerem a uma vaga ao curso de Medicina e Direito no vestibular da UFMG. Infelizmente a realidade é outra, pois a cada ano que se passa o processo seletivo torna-se cada vez mais dependente de conhecimentos específicos e complexos. Toma-se por base a prova de lingua estrangeira, que favorece em muito o aluno da classe media alta, ja que grande parte dessa pratica ou pelos menos estuda outra língua desde a infância. É fato que só o sistema de cotas nada adianta se não houver políticas de melhoria para o ensino fundamental e básico, mas é preciso encontrar uma solução que beneficie a grande massa de jovens que já formaram ou estão concluindo o ensino médio. Enquanto isso não ocorre, só nos resta aguardar e acreditar que ainda exista pessoas que sensibilizem-se com a causa dos menos desfavorecidos.

    Andreia

  2. 19
    ramon rodrigues ramalho disse:

    Sobre a questão das cotas gostaria de ressaltar:
    1- a exclusão do negro da sociedade no Brasil não se dá devido ao preconceito racial, mas primieramente devido ao preconceito econômico. O brasileiro tem preconceito contra a pobreza. Ricos negros sofrem descriminação somente quando são confundidos com negros pobres e os brancos pobres, como ficam?
    Assim, as cotas deveriam estar vinculadas à condição social do indivíduo, ou no mínimo ao tipo de escola que estudou a maior parte da vida, pública ou privada.
    2- a inserção de pessoas mais pobres não irá diminuir muito o nível da acadêmia, pois ele já é baixo, e essas pessoas, de classes socias que só raramente frequentam universidade, podem mesmo servir de estimulante para discussões e conhecimento. Essas pessoas podem colocar pontos de vista diferentes e carregam uma bagagem cultural diversificada.
    grato
    ramon

  3. 18
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    As opiniões do debate sobre inclusão social na UFMG (e, por extensão, em todas as universidades públicas) apresentam, obrigatoriamente, dois planos: o nível do princípio básico e o nível da conseqüência primária. O primeiro plano diz respeito à intenção da qual surgiu aquele argumento. Assim, a negação do acesso por cotas, raciais ou escolares, por exemplo, surge do princípio da meritrocracia, enquanto o acesso por cotas parte de um óbvio princípio excludente e classificatório. Esse plano representa a idéia básica por trás do argumento, a favor ou contra cotas. Já o outro nível, o da conseqüência primária, permite analisar os fatos que, supostamente, ocorreriam se adotados um ou outro modelo. Desse modo, a conseqüência primária da adoção de cotas de entrada poderia ser prejuízo acadêmico, maior representatividade da sociedade no ensino superior, ou outra qualquer. Já a conseqüência primária da não adoção de cotas, em um ambiente sem a abertura de novas vagas, provavelmente é a manutenção da qualidade acadêmica com um trade-off em relação à inclusão social.

    Do ponto de vista do princípio básico, podemos notar o seguinte fato: a adoção de cotas é classificatória e separa, por raça ou origem escolar, o vestibulando. Esse tipo de atitude, denominado eufemisticamente de \”ação afirmativa\”, apenas afirma que seus idealizadores não conseguem visualizar o ambiente em que estão pisando, muito menos um futuro próximo. Acreditam eles que deve-se promover um auxílio, injusto com os demais concorrentes, para que a sociedade seja melhor representada no ensino superior. No entanto, a sociedade a ser representada parte da idéia deles. Além disso, esquece-se do vestibulando, que, apesar de ter conseguido nota classificatória, foi retirado de sua vaga adquirida por direito e recebe, como prêmio de consolação, a satisfação de contribuir para a formação de alguém que não conhece, nunca viu e que possivelmente nunca lhe trará benefício.

    O nível da conseqüência primária traz um quadro parecido para o defensor do acesso por cotas. De início, já se tem uma desculpa para não aumentar o número de vagas: a representatividade já estaria garantida. Se as cotas forem raciais, temos aí a prática, pela instituição (no caso, a UFMG), de classificação racial dos vestibulandos, o que já é, por si só, uma prática absurda e anti-científica. Será que o concorrente, ao preencher a ficha de inscrição no vestibular, terá de escolher a sua \”raça\”? Ou, talvez, uma comissão avaliará as feições morfológicas do candidato e debaterá sobre a composição étnica de seu genoma? Essa linha de pensamento, a da cota racial, é tão anti-científica que pode-se encontrar freqüentemente o termo \”afro-descendente\” para determinar a população brasileira cuja pele é mais escura. No entanto, filhos de marroquinos também são afro-descendentes. Assim como o são os loiros sul-africanos descendentes dos boeres. A maior parte dos brasileiros apresenta
    algum ascendente negro, e isso não é problema para ninguém. O gargalo se encontra na falta de educação formal de alguns grupos sociais, e no pensamento de que a abertura da universidade às poucas pessoas oriundas desses grupos que terminaram o ensino médio vai mudar o Brasil para melhor. Porque os que realmente terminam o terceiro ano do ensino médio, sendo originados de bolsões de pobreza ou da classe média baixa, são poucos; infelizmente, desses vencedores, menos ainda estão em condições de cursar, com aproveitamento semelhante aos atuais estudantes, cursos universitários (especialmente aqueles mais puxados, como medicina, medicina veterinária, odontologia…). Sem dúvida há os capazes, mas o esperado fluxo de negros desfavorecidos no caso de adoção de cotas raciais certamente não é o melhor meio de garimpá-los.

    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo

  4. 17
    Heloisa Figueiredo disse:

    A inclusáo social é feita por ações sistemáticas e permanentes. A melhor inclusão social é a educação de qualidade. A Constituição diz que todos têm direito à educação. O que falta é qualificar a educação das escolas públicas. Por que a escola particular (!) oferece ensino de melhor qualidade? Melhores professores? Melhores livros? A escola pública, se nãoo tiver os melhores professores poderá vir a tê-los. A univesridade pública deveria criar soluções para qualificar os professores de escolas públicas e o governo deveria incentivar, através do salário, estes professores. Pois se os alunos de escolas públicas não se saem bem nos vestibulares é por falta de mérito e mérito se conquista. A conquista vem por diferentes meios e o melhor deles é ter em sala de aula professores e livros bons. Livros, estáo aí, para ricos e pobres, basta prover; as bibliotecas e professores também temos. Um professor bom, motivado é capaz de ensinar 35 a 40 alunos/sala e o efeito multiplicador da qualificação do mestre é permanente. As cotas visam pessoas específicas e determinam a promoção por outros fatores que não o mérito e o ensino. A promoção pelo saber dignifica e melhora a sociedade por inteiro e não em partes.

    Heloisa Figueiredo

  5. 16
    Mariana disse:

    Sou totalmente contra a reserva de vagas … ao invés de promover a inclusão social isso estimula o preconceito … se todas as pessoas são iguais, todas devem ter a mesma chance e não serem prejudicadas ou privilegiadas desse jeito …

    Mariana

Veja outras opiniões (5 por página): « 6411 10 9 8 7 6 5 [4] 3 2 1 » Mostrar todas

Desenvolvido por Núcleo Web - Cedecom UFMG, com uso do software WordPress