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319 opiniões enviadas

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  1. 30
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    Eu já escrevi minha opinião, está na página 4.

    Gostaria apenas de acrescentar o que acho devido. Alguém aqui trouxe o argumento pró-cotas de que o estudante de escola pública não tem acesso à vaga na universidade federal por alguns motivos, dentre eles pela presença de uma prova de língua estrangeira.

    Ao contrário de ser, como pretende o opinador citado, esta uma prova de que as cotas são necessárias, é mais um argumento contra elas, pois o aluno que não tem noção de língua estrangeira apresenta a tendência de ser um estudante com menor absorção de conhecimento. Não sei na área do conhecimento de você leitor, mas eu, um estudante de medicina veterinária, sei que é vários conceitos, novos e velhos, estão em material em idioma estrangeiro, notadamente o inglês. E a ciência hoje se faz nesta língua, não importa aonde no mundo você esteja. Por isso, acredito, o idioma inglês deve sim ser cobrado no vestibular, e não deve haver também restrições quanto a isso nas disciplinas dos cursos (digo, quanto a cobrar interpretação de textos em inglês). Não se rebaixa o nível acadêmico da universidade para pessoas mais diversas entrarem. Antes, proponho que a escola de ensino fundamental e médio seja menos mal tratada pelos sucessivos governos, e, ao invés de formarem quadros de recursos humanos mal preparados para a vida atual e futura, graduem o estudante com espírito empreendedor e curioso, com o conhecimento básico que lhe formará a base do saber universitário.

    É curioso pensar que os “cotistas” procuram, através da discriminação racial e social, selecionar grupos para tomar as vagas de injustiçados que, preparados, passaram em provas vestibulares comprobatórias, se não de seu preparo para a vida acadêmica, pelo menos para o raciocínio que lhes exigem tais testes.

    Mais uma vez, infelizmente, os defensores das cotas, sejam elas para “negros” ou para oriundos de escolas públicas, usam argumentos que, contorcidos, trazem para seu lado alguns adeptos incautos. Daí, a necessidade do debate.

  2. 29
    Laila Vieira de Oliveira disse:

    Acho que a frase não deveria ser uma interrogação e sim uma afirmação. O debate sobre inclusão social deve ser, a todo dia, fomentado dentro da Universidade, pois é aqui, que toda a comunidade acadêmica pode discutir os problemas e propor soluções.
    É impressionante como esse tipo de discussão fica restrito e ainda é pouco direcionado ao estudante, professor,reitor, pesquisador e todos os funcionários. Quem está dentro da Universidade sabe o lugar que ocupa, muitas vezes privilegiado em relação à toda a sociedade. A diferença entre número de vagas e concorrentes à tais vagas é enorme; o acesso ao vestibular, a realização das provas, a preparação para elas é totalmente discrepante. Não é possível que isso ainda seja uma pergunta no site da UFMG! Não é cada um dentro de sua unidade, dentro da sua sala de aula, seu trabalho ou laboratório de pesquisa que, resolveremos este tipo de problema. Há sim muito o que fazer, mas é preciso começar algum dia. Discutindo o que será melhor, como por exemplo, ir à raiz do problema, pelo menos o educacional. Entretando há necessidades que não podem esperar, então o que for urgente deve ser direcionado aos órgãos competentes e deve haver vontade política e pressão da comunidade para que realmente seja feito.
    Qual o papel da reitoria? Dos estudantes? Da FUMP? Da pró reitoria de assistência estudantil que ainda não existe na UFMG? Só conhecendo a realidade do estudante é que será possível verdadeira inclusão e condições de permanência na universidade.
    A inclusão só acontecerá realmente quando cada um de nós descobrir qual o nosso papel, quando o realizarmos e quando lutarmos para que os nossos dirigentes realizem o seu.

    Laila Vieira de Oliveira, aluna do 3º período de Letras

  3. 28
    Thiago Nascimento disse:

    A reserva de vagas a oriundos de escolas pública é o mínimo que deve ser feito no campo social da educação. A escolarização de uma elite que pode pagar seus estudos, mas onera cofres públicos com sua vaidade é a perpetuação das desigualdades sociais.
    Vim de escola pública e lutei muito para entrar numa faculdade, ou seja, me degladiei com feras para sobreviver e conquistar direitos. É injusto ver que tão bons alunos poderiam nascer e tão bons profissionais poderiam florecer se não fosse a gana de poucos, que se respaldam na meritocracia para esconder seus ideais de perpetuação da expoliação social.
    As cotas devem ser discutidas já. Sou contra cotas étnicas, pois são deveras preconceituosas, mas sou a favor de cotas para egressos de escolas públicas, que são verdadeiros celeiros de multietnicidade e potenciais acadêmicos que são constantemente usurpados de seus direitos com base numa seleção, ainda desigual e favoritista.

    Thiago Nascimento

  4. 27
    marcelo jose goncalves disse:

    Há dez anos atras tentei meu primeiro vestibular na UFMG para o curso de Medicina.  Não foi bem. Formado em escola pública, onde sempre estudei, percebi que não tinha condições de disputar uma vaga com os outros candidatos.
    Estudei durante 2 anos em um cursinho da minha cidade, Ponte Nova (MG), mas ainda assim não foi o suficiente. Agora sabendo dessa mudança, penso porque não tentar novamente.
    Seria ideal se fosse adotado o sistema de cotas como na Universidade Federal de Juiz de Fora, mas não exatamente como esta, que divide em três categorias:
    1- Alunos que sempre estudaram em escolas particulares;
    2- Alunos que estudaram por sete anos em escolas públicas;
    3- Alunos que estudaram por sete anos em escolas públicas e que se autodeclaram negros.
    Penso que o sistema de cotas deveria ser dividido em duas categorias:
    1- Alunos que cursaram o ensino básico e fundamental em escolas particulares e aqueles que cursaram o ensino básico em escolas particulares e o fundamental em escolas federais com Cefets;
    2- Alunos que cursaram o ensino basico em escolas públicas municipais e que cursaram o ensino fundamental em escolas estaduais ou federais como Cefets;
    Mas surge uma pergunta, qual seria a porcentagem da cota?
    A minha resposta seria.
    Utilizando os dados das secretarias estaduais de educação, calcularia-se a porcentagem de alunos matriculas nas respectivas instituições de ensino, denvendo-se ter o cuidado de agrupá-los de acordo com o sistema de cota adotado - este resultado seria o valor da porcentagem da cota.
    Vejo que isto trará um outro benefício, que é a maior participação dos pais dos alunos da rede pública para a melhoria das escolas públicas, porque eles ficariam motivados em cobrar de pessoas mais próximas como professores e diretores, e estes por sua vez cobrariam dos gestores.
    Espero que governantes, gestores, reitores e a sociedade tenham a sensibilidade de atender este anseio da grande maioria da população brasileira que vive em um país democrático.

    Marcelo José Gonçalves

  5. 26
    Thiago Nascimento disse:

    A reserva de vagas a oriundos de escolas pública é o mínimo que deve ser feito no campo social da educação. A escolarização de uma elite que pode pagar seus estudos, mas onera cofres públicos com sua vaidade é a perpetuação das desigualdades sociais.
    Vim de escola pública e lute muito para entrar numa faculdade, ou seja, me degladiei com feras para sobreviver e conquistar direitos. É injusto ver que tão bons alunos poderiam nascer e tão bons profissionais poderiam florecer se não fosse a gana de poucos, que se respaldam na meritocracia para esconder seus ideais de perpetuação da expoliação social.
    As cotas devem ser discutidas já. Sou contra cotas etnicas, pois são deveras preconceituosas, mas sou a favor de cotas para egressos de escolas públicas, que são verdadeiros celeiros de multietnicidade e potenciais acadêmicos que são constantemente usurpados de seus direitos com base numa seleção, ainda desigual e favoritista.

    Thiago Nascimento

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