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319 opiniões enviadas

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  1. 35
    Cristiano Aiala Ferreira disse:

    É uma questão muito delicada, cujo resultado irá influir na vida de quase todos os alunos de Minas Gerais. A decisão deverá atentar para a possibilidade de aumentar ainda mais o preconceito, embora latente, de nossos jovens. Não tem de visar a tão almejada isonomia entre raças, pois essa virá apenas com a mudança de mentalidade, mas sim criar condições iguais para os vestibulandos, através de cotas para estudantes oriundos de escolas públicas. Não devemos cometer os mesmos erros de outras universidades públicas, que acirraram uma disputa racial infrutífera para a nossa sociedade. Se o governo federal investe pouco na solução mais apropriada - a melhoria na educação BÁSICA pública - temos de criar a solução de cima para baixo: a implementação de cotas em universidades públicas para estudantes de escolas públicas, e só.

     Cristiano Aiala Ferreira

  2. 34
    Sergio disse:

    Não basta apenas incluir por meio de cotas, tem que dar um suporte depois que o aluno entra na Universidade, para que não haja uma desistência por parte do aluno carente, porque o processo de resistência de exclusão dentro da Universidade ainda é muito grande.

    Sergio

  3. 33
    Warley Matias de Souza disse:

    As cotas vão eliminar toda a defasagem escolar e social do indivíduo beneficiado? Não. As cotas vão fazer com que a Universidade possa experimentar a ilusória sensação de dever cumprido? Talvez sim. Afinal de contas, qual os benefícios das cotas? Dar ao indivíduo beneficiado a ilusão de que está sendo valorizado? As cotas, com certeza, servem para engrossar os números das pesquisas nacionais que provarão por A + B que a porcentagem de negros e pobres brasileiros cursando o ensino superior aumentou consideravelmente. Mas os números não falarão das dificuldades desses indivíduos jogados na Universidade porque algumas pessoas precisam dormir à noite com a falsa sensação de desejo cumprido ou porque alguns políticos querem dar uma resposta à sociedade ou porque há brasileiros que querem fazer bonito lá fora, mostrando os números surpreendentes da inclusão social brasileira ou, ainda, porque há muitas pessoas querendo desviar os olhos do grande problema: a qualidade dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas brasileiras.

    Talvez eu peque, aqui, por desconhecer a rede burocrática em que a universidade pública está inserida. Mas, em minhas inquietações em torno do assunto, pensei que, talvez, a Universidade pudesse incluir esses indivíduos, vitimados pelo cruel sistema de exclusão que domina nosso país, de uma maneira talvez mais justa e eficaz.

    É a Universidade o lugar do conhecimento, onde podemos adquiri-lo e compartilhá-lo. Estão envolvidos nesse processo não somente professores e pesquisadores, mas alunos. E o conhecimento que esses alunos já adquiriram devem e podem ser aproveitados enquanto eles ainda estão na Universidade. A Universidade possui também uma estrutura não completamente utilizada. Em algumas faculdades, encontramos salas vazias, em determinados períodos do dia, que poderiam estar sendo ocupadas por grupos de estudantes em busca do conhecimento.

    A proposta que, a meu ver, não tem nada de utópica, é:

    1- A Universidade deve selecionar indivíduos dentro do perfil contemplado pelas chamadas “cotas”;
    2- A seleção deve ser feita não a partir de testes que avaliam o conhecimento, mas a partir de níveis de carência;
    3- Esses indivíduos selecionados terão um período de um a dois anos em que serão preparados para o vestibular por alunos voluntários, utilizando, obviamente, a estrutura da Universidade;
    4- Após esse período, a Universidade concederá a cada um desses indivíduos uma pontuação extra que os beneficiará tanto na primeira quanto na segunda etapa do vestibular.

    Obviamente, a proposta está longe da perfeição, mas me parece mais justa que o sistema de cotas. E é uma opção paliativa que envolve maior participação social. Mas não elimina o verdadeiro problema: a péssima qualidade dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas brasileiras. Não podemos esquecer isso e devemos pensar em ações que eliminem a defasagem desses ensinos que, na formação humana do cidadão, cumprem (deveriam) um papel socializador talvez muito mais importante que o do ensino superior.

    Warley Matias de Souza

  4. 32
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    Eu já escrevi minha opinião, está na página 4.

    Gostaria apenas de acrescentar o que acho devido. Alguém aqui trouxe o argumento pró-cotas de que o estudante de escola pública não tem acesso à vaga na universidade federal por alguns motivos, dentre eles pela presença de uma prova de língua estrangeira.

    Ao contrário de ser, como pretende o opinador citado, esta uma prova de que as cotas são necessárias, é mais um argumento contra elas, pois o aluno que não tem noção de língua estrangeira apresenta a tendência de ser um estudante com menor absorção de conhecimento. Não sei na área do conhecimento de você, leitor, mas eu, um estudante de medicina veterinária, sei que vários conceitos, novos e velhos, estão em material em idioma estrangeiro, notadamente o inglês. E a ciência hoje se faz nesta língua, não importa aonde no mundo você esteja. Por isso, acredito, o idioma inglês deve, sim, ser cobrado no vestibular, e não deve haver também restrições quanto a isso nas disciplinas dos cursos (digo, quanto a cobrar interpretação de textos em inglês). Não se rebaixa o nível acadêmico da universidade para pessoas mais diversas entrarem. Antes, proponho que a escola de ensino fundamental e médio seja menos mal tratada pelos sucessivos governos, e, ao invés de formarem quadros de recursos humanos mal preparados para a vida atual e futura, graduem o estudante com espírito empreendedor e curioso, com o conhecimento básico que lhe formará a base do saber universitário.

    É curioso pensar que os \”cotistas\” procuram, através da discriminação racial e social, selecionar grupos para tomar as vagas de injustiçados que, preparados, passaram em provas vestibulares comprobatórias, se não de seu preparo para a vida acadêmica, pelo menos para o raciocínio que lhes exigem tais testes.

    Mais uma vez, infelizmente, os defensores das cotas, sejam elas para \”negros\” ou para oriundos de escolas públicas, usam argumentos que, contorcidos, trazem para seu lado alguns adeptos incautos. Daí, a necessidade do debate.

    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo

  5. 31
    TAMIRIS RODRIGUES disse:

    Infelizmente fazer um curso superior hoje é para poucos!!!
    Eu tenho um sonho: fazer Medicina na UFMG, mas como estudei em escolas públicas todo o período anterior, eu teria que fazer um cursinho pré-vestibular, mas não tenho condições!!! Creio que assim como eu existem milhões de pessoas que querem e não podem. Mas o diferencial entre todos nós é que eu jamais desisto!!!!!!!!!
    E um dia estarei aí para provar para mim e para todos que eu sou capaz.

    Até breve!!!!!!

    Tamiris Rodrigues

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