Envie sua opinião

 

Preencha os campos abaixo

319 opiniões enviadas

Veja outras opiniões (5 por página): « 6413 12 11 10 9 [8] 7 6 5 4 31 » Mostrar todas

  1. 40
    Moisés Coimbra Pereira disse:

    Instituição de Cotas nas Universidades públicas. Justo ou Injusto? Certo ou errado? Existem argumentos formidáveis, tanto a favor quanto contra. Mas não quero me delinear nesse caminho. Pois tenho certeza de que o grupo que perderia parte das vagas com a instuição das Cotas sempre as achará injustas e erradas, conquanto o grupo que será beneficiado por elas, e por isso as reivindicam, serão de opinião favorável às mesmas.

    Mas, para não ficar em cima do muro, mesmo porque corro o risco de cair de cima dele, quero falar um pouco de Democracia.

    Como é sabido, numa democracia a opinião que deve prevalecer é aquela conferida pela maioria. Na nossa sociedade quem é a maioria? Jovens de classes abastadas, estudantes de escolas particulares, na sua maioria branca ou jovens da periferia, estudantes de escolas públicas e predominantemente pardos e negros?

    Evidentemente a maioria são esses segundos. Pontanto, democraticamente falando, a intituição das cotas nesse momento é o \”melhorzinho que está tendo\”, uma vez que se percebe que essa reivindicação é a da maioria.

    Moisés Coimbra Pereira

  2. 39
    Eliane Cristina de Sousa disse:

    Pensemos a inclusão social com todo cuidado que a questão requer e não apenas como mais um modismo. A discussão é fácil, a teoria é fácil. Difícil é agir a favor da inclusão e contra os episódios de exclusão vivenciados em esferas menores e no dia a dia. Posicionamento desta ordem demanda trabalho, responsabilidade atuante, revisão e mudança de paradigmas, e, ainda, o desembolso de uns para favorecimento de outros. O discurso é facilitado quando se colocam os “pobres” como objeto (haja pobre para tanta gente bem intencionada – para os políticos, para as igrejas, para as entidades filantrópicas e agora também as universidades). Que o sistema educacional brasileiro é parte essencial para a transformação desta realidade no país é notório e não é de hoje.

    Que é exatamente a área educacional o maior palco de ações excludentes e desigualdade social, não há mais como negligenciar. O que fazer para minimizar este quadro? Tornemos então legítima qualquer discussão, porém, muito cuidado para com o discurso de Inclusão Social de cima para baixo. A Inclusão, ou, ao menos a não realização de ações excludentes, há de ser realizada dentro de nossas mentes e lares, inicialmente, e depois levada a termo extramuros. Para daí, termos a concepção internalizada de inclusão que refletirá em ações cotidianas, das mais simples às mais elaboradas e alterará toda a concepção fossilizada que nossa sociedade apresenta. Do contrário, soará apenas como mais uma satisfação plástica a ser dada para a sociedade que nos mantém. Não engana ninguém e nem leva a transformações significativas!

    Sou servidora da UFMG há 12 anos e mãe do Leandro, aluno do CDC que não terá mais uma escola boa e de qualidade a partir de dezembro de 2006 dentro da Universidade e conto com um auxílio escolar no valor de R$ 89,00.

    Eliane Cristina de Sousa

  3. 38
    Clayton Ramos Pereira disse:

    Gostaria de propor outra forma de inclusão:

    1) Criação de um curso pré-vestibular (cursinho) gerido pela própia UFMG;

    2) As vagas do cursinho, seriam dadas por sorteio;

    3) Bolsa de estudo dada aos alunos durante o cursinho (provas ao longo do cursinho para determinar quem levará as bolsas);

    4) Trabalho remunerado de 4 à 6 horas por dia na própia UFMG, durante o cursinho;

    5) Trabalho remunerado durante o curso de graduação;

    6) Banheiros para se tomar banho;

    7) Vestibular por meritocracia.

    Clayton Ramos Pereira

  4. 37
    Marlene disse:

    Realmente o tema em questão é bastante actual e a necessitar de medidas de actuação urgentes. Sou Portuguesa, e gostaria de dar a minha opinião se me permitem sobre a realidade brasileira, que é diferente um pouco da portugesa a nivel social, mas também temos de ter em conta que Portugal é um país com muito menos população que o Brasil. No entanto, penso que o Brasil é um país de fortes contrastes, por um lado os muito ricos, e por outro os extremamente pobres!! Considero que a educação é a chave de sucesso para o futuro do Brasil, e deveriam criar planos de apoio aos mais carenciados de forma a poderem ter acesso a um ensino de qualidade. Há que incluir com QUALIDADE os mais desfavorecidos! As quotas que falam para os «negros» acho descabido uma vez que isso sim é uma forma de racismo ao mais alto nível!! Mesmos os próprios individuos se achariam diferentes!! E os outros desfavorecidos do Brasil?? OS MAIS CARENCIADOS NÃO DEVEM SER DEVIDIDOS POR RAÇAS!! Isso é a meu ver inconcebivel!
    Não me posso estender muito mais na minha opinião devido a não ter total noção da vossa realidade, mas gostaria que realmente houvesse mais apoio para todos terem acesso a uma educação de qualidade!! Isso é o futuro de todos os países!!
    Sou licenciada em serviço social, e já me candidatei várias vezes para exercer funções no Brasil, porque gostaria de conhecer outra realidade social, daí tambem o motivo de deixar aqui a minha opinião.
    Desde já agradeço!!
    E um bem haja para todos!!

    Marlene

  5. 36
    Lúcio Manga! disse:

    Incluir é, por construção do verbo palavra, algo que está fora. Daí o erro de se entender a gentileza do abuso social como uma esmola caridosa da formação acadêmica ou seja lá em que situação for.
    Ora, nessa sociedade calculada, não há espaço para quem está fora da conta. E negar isso é a nossa impropriedade. Penso que há uma urgência maior do que essa de levar o indivíduo para a universidade. É preciso incluir os indigentes da saúe pública amontoados nos hospitais; incluir os presos sociais… os que roubaram pela necessidade do momento e não pelo crime em si… ; incluir os que estão no esgoto da piramide social.
    Acredito que há uma sociedade muito mais abandonada. Uma sociedade que ninguém se lembra.
    Aos que lutam por cotas nas Universidades valeria uma visita a miséria… é ela quem determina uma conjugação mais significativa do verbo INCLUIR.

    Lúcio Manga

Veja outras opiniões (5 por página): « 6413 12 11 10 9 [8] 7 6 5 4 31 » Mostrar todas

Desenvolvido por Núcleo Web - Cedecom UFMG, com uso do software WordPress