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319 opiniões enviadas

  1. 319
    Carlos disse:

    Li agora há pouco o artigo de Míriam Leitão: Teses e Truques. Sei que estou meio atarsado, já que o artigo é de 2006, mas gostaria de parabenizá-la pela sua clareza na exposição da sua defesa das cotas raciais. O título, por si só, já diz tudo: “Teses e Truques”. Os truques, muito bem explanados pela autora, evidenciam as verdadeiras intenções dos detratores da política de cotas.
    Apenas para complementar, um dos truques que agora vem sendo usado por aqueles que se dizem contra a racialização e contra a política de cotas raciais é se posicionar contra a existência de raças biológicas, idéia enterrada faz tempo, e imputar a crença numa ideia falida àqueles que defendem as cotas, para com isso acusá-los de estarem promovendo o tal racialismo.

  2. 318
    Márvio Vidal Ferreira disse:

    Digníssimo senhor reitor Ronaldo Pena!
    é com muitíssima satisfação que recebo seu texto \” os dez mitos sobre as cotas\”.
    Por um periodo muito longo, a sociedade elitista brasileira se nega discutir um novo perfil de sociedade. É tardio o entendimento desta de que é impossivel um pais crescer, perpetuando todas as formas de desigualdades. Porém, na sociedade atual são nitidas essas formas, que não é meramente por questões: economicas, sociais, etnicas ou culturais.
    No Brasil, vivemos um a política extremamente racista e preconceituosa, muito mais forte na questão racial do que em qualquer uma outra; exemplo: nossa sociedade nunca se manisfestou contraria a nenhuma política direcionada, como para: mulheres, indígenas, idosos, adolescentes, deficientes. Mas hoje, o que está em pauta são as cotas raciais (diga-se de passagem, que o movimento negro brasileiro sempre tem suas reinvidicações divididas com outros setores) \”para uma sociedade que se diz não ser racista e discriminatória\”. É bastante contraditório ir contra as cotas, mesmo esta sociedade sabendo que historicamente que o negro foi neste pais o único a sofrer todos os percausos; pejorativos e deplorativos desde a \”abolição\” da escravatura no Brasil, inclusive com criação de instituição especifica para sua marginalização, que é o caso da Polícia Militar. E é fato, que a discusão sobre as cotas está posta desde sua adessão pelo Estado do Rio de Janeiro em 2001/2003. Por mais que nossa mídia tenha incitado a população com suas falácias, ela está ai, está em algumas universidades, está no Congresso e na pauta do Palácio do Planalto. Por isso, o parabenizo pela iniciativa de trabalhar na construção do que é imerativo para a construção de uma sociedade mais justa e igual. Que venha a adequação no sistema de seleção, Vestibular, Provão e etc….

    Márvio Vidal Ferreira

  3. 317
    viviane disse:

    Pessaos portadoras de necessidades espiciais deveria ter o mesmo respeito e deveria ter as mesma oportujnidades pois afina solmos normais.

    Viviane

  4. 316
    Delza Eloy de Sanatana Gonçalves disse:

    Esse debate é ridículo. Vocês deveriam se envergonhar.

    Delza Eloy de Sanatana Gonçalves

  5. 315
    Porf. João Batista do Nascimento disse:

    Pesquiso faz mais de dez anos provas de matemática de vestibulares, inclusive UFMG e já envei versão para reitor da UFMG e coordenadora do sistema. Nesse provo como os sistemas de vestibulares prejudicam o educando da rede pública e favorecem quem paga pré-vestibular. Ao ponto de quem só estudou na rede pública, ao abrir a prova transparecerá um idiota. Quem fizer três meses de pré-vestibular, só não passa por pouco. Há vários fenômenos nisso, tais como:

    1) Quando termina a prova o aluno de pré-vestibular tem quem explique vírgula por vírgulas, o que é certo e o que o sistema acha que certo, tendo ou não fundamento;

    2) Se aluno pobre que fez a prova acessar depois a página da UFMG tentando saber o que queriam que ele soubesse para responder, se encontrar e/ou não estiver o link corrompido (já tentei da última prova em três computadores em locais diferente e diz isso), só terá prova e gabarito. Ou seja, não sabia e vai continuar sem, portanto é método de exclusção;
    3) Para saber de algumas dessas, essas só irão, se for, para o livro didático da rede pública só daqui a cinco anos, enquanto no dia seguinte todas as listas de pré-vestibulares já tem todas e resolvidas. Como sempre tem iguais e/ou parecida dos vestibulares anteriores, o banquete é muito bem servido.
    ]

  6. 314
    Gisella Martins Petricosky disse:

    Sou totalmente contra inclusão social, Sou contra cotas, a vaga na universidade deve ser para aquele que se esforçou, deu o melhor de sí, e não pra qualquer ‘’pobrinho'’, que tem sua vaga garantida nas melhores faculdades do país, só porque é pobre e de escola púlblica, quem quizer vagas em universidades que conquiste-as, e não dependa do governo, cotas é atestado de inferioridade, Cotista pra mim é ‘’incompetente'’
    O ensino Púlblico Brasileiro é précario sim, o governo tem a melhorar isso, e não colocar cotas para essas pessoas inclusive ‘’negros'’ isso é racismo, sou totalmente contra, eles estão afirmando que negro é burro?? como assim?
    O incrível é que o Ministro da Educação Fernando Haddad aprova essa política de cotas, isso é um absurdo.
    Gisella Martins

  7. 313
    fERNANDA DE ALMEIDA CRUZ CUNHA disse:

    O sistema de cotas é uma estrátegia para acabar com tanto preconceito nesta sociedade exclusivista, na qual você vale pela cor da pele, posição social. A sociedade elitista não quer sentar no mesmo banco dos excluídos, esquecem que toda sociedade contribui para manutenção da UFMG. Declaro que luto pela minha bolsa na faculdade através das cotas p/ negros, mas o asunto é tão mascarado que nunca consegui, vou fazer 35 anos de idade e não consegui fazer faculdade, por não ter condições financeiras, até no prouni é difícil conseguir a cota, aonde está, só Deus sabe não é

    Fernanda de Almeida Cruz Cunha

  8. 312
    Erúzia Morais Costa disse:

    A construção coletiva do modelo da inclusão é tarefa de todos. A educação inclusiva tem a incumbência de contemplar objetivos individuais de cada aluno, desvinculando-se do entendimento das quais todos os alunos devem atingir os mesmos objetivos.
    O professor necessitará de apoio pedagógico, e este é o sustentáculo das escolas inclusivas, objetivando que a aprendizagem ocorra com sucesso. O respeito e valorização à diversidade exigem que estabelecimentos de ensino e profissionais estudem e reflitam sobre inclusão, visando oferecer melhores condições de acesso e permanência na escolarização.
    Mais do que aceitar um aluno portador de deficiência no sistema regular de ensino precisa-se da interlocução entre escola regular e escola especial, principalmente no início adaptando o aluno e as escolas à nova realidade, de forma que seja construída uma estrutura viável ao desenvolvimento da criança. Estabelecendo um trabalho de adaptação, viabiliza-se a transição de um modelo educacional para outro, se concretizando mediante a sua inclusão em eventos de planejamento, avaliação e monitoramento da ação pedagógica de ambas as modalidades de ensino.

    Erúzia Morais Costa

  9. 311
    Diogo disse:

    Quando é que vocês vão parar de selecionar as opiniões aqui? O Faculdade hipócrita!

    Diogo

  10. 310
    Orestes disse:

    ABSURDO!!!
    Total incompetência para resolver os problemas. Ao invés de resolver um problema estão criando mais problemas. RAÇA???? Rendimento seria mais justo.
    Esse novo sistema que estão implantando só não funcionar por um simples motivo. Incompetência dos orgãos reguladores. Vão chamar negro de branco e rico de pobre. Basta recordar o caso da UNB.

    Orestes

  11. 309
    Lucimara disse:

    Na verdade, esta inclusão social é para inglês ver,pois a UFMG não dispobiliza mais cursos noturnos, dificultando o estudante trabalhar e estudar. E também indefere a cota de supletivo, excluindo este alunado.

    Lucimara

  12. 308
    Diogo Bechler disse:

    Invistam 100% na educação básica. Mas sejam Humanos, 50% é muita injustiça.

    Diogo Bechler

  13. 307
    ELIANE ARRUDA SILVA disse:

    Há muito que escuto falar sobre \”cotas\” para negros nas universidades. Minha opinião é que o que certamente vai ocasionar e já está ocasionando é uma maior discriminação como as pessoas de cor negra, pois, não vai ser difícil que nos corredores das universidades haja olhares de despreso e desdém com os negros. Não concordo com o sistema de \”cotas\” para negros, pois, no nosso país, não é só o negro que é discriminado, mas, principalmente o pobre de maneira geral. Não se resolve questão social com esse tipo de atitude. O que precisamos de oportunidades iguais para todos. Concordo sim, que haja reserva de vagas nas universidades federais para os pobres, que nunca tiveram a oportunidade de frequentar colégio particular ou mesmo pagar um cursinho de boa qualidade. O simples fato de ser negro, não quer dizer que seja fator para não entrar em uma universidade pública, pois, temos em nossa sociedade pessoas negras que possuem condições financeiras abastadas e que têm acesso a bons colégios, além de frequentarem cursinhos preparatórios para o vestibualr. De maneira que, essas pessoas estariam sendo \”beneficiadas\” com esse sistema de cota. Como dissse anteriormente, o que deveria existir era um número determinado de vagas para os vestibulandos que são comprovadamente pobres, e não para uma determinada etnia. Desculpem, não posso concordar com essa idéia absurda. SER NEGRO NÃO É SINÔNIMO DE FALTA DE CAPACIDADE, PARA DISPUTAR DE IGUAL PARA IGUAL COM OS \”BRANCOS\” (QUEM É BRANCO NO BRASIL?) UMA VAGA NAS UNIVERSIDADES. NÃO POSSO ACEITAR A IDÉIA DE QUE ALGÚEM QUE TIRE A MESMA NOTA QUE OUTRO, MAS, QUE PELO SIMPLES FATO DE SER DE UM GRUPO ÉTNICO, TENHA A PREFERÊNCIA EM DETRIMENTO DE OUTREM. ISSO SIM, É DISCRIMINAÇÃO E DAS GRANDES.

    Eliane

  14. 306
    Cristina Ferber Vieira Lessa disse:

    A Inclusão Social deve ser debatida interminavelmente, uma vez que a cada dia obtemos mais informações a respeito das diversidades existentes. Um exemplo que posso dar é da existência praticamente ignorada de surdos que fazem uso da língua portuguesa como sua língua materna. A maioria das pessoas acham que todos os surdos utilizam Libras, entretanto, a verdade é que 2/3 de surdos utilizam a língua portuguesa e muitos nem conhecem a Língua de Sinais. Eu mesma sou um exemplo disso e conheço muitas outras pessoas assim. Umas fazem leitura labial, outras utilizam aparelhos auditivos e outros preferem fazer implante coclear. Há um grupo que prefere usar todos os três recursos concomitantemente para se comunicar. Assim, se o tema inclusão tiver data para encerrar, onde colocaremos as nossa informações sobre a diversidade? Parabenizo a mensagem do Sr. Reitor e espero que as portas das Universidades mantenham-se abertas para nós. Obrigada.

    http://sulp-surdosusuariosdalinguaportuguesa.blogspot.com/

    Cristina Ferber Vieira Lessa

  15. 305
    Arlene Flor Coimbra Amorim disse:

    Concordo plenamente com a declaração de que o problema da educação tem que ser resolvido na base um ensino fundamental de qualidade para todos .O sistema de cotas acirra a discriminação racial. Sendo branca e pobre, trabalhei a noite para cursar uma faculdade federal, meu marido e eu conquistamos tudo o que temos com nosso trabalho; a educação de nossos filhos sempre foi prioridade, demos a eles o melhor que podíamos e agora vemos diminuídas as chances de que ingressem em uma boa universidade.  Estão sendo penalizados pelo nosso esforço porque são brancos e cursaram escolas particulares. Uma injustiça não se corrige com outra é preciso pensar de forma mais ampla, criar alternativas para que negros possam cursar uma boa faculdade sem excluir os brancos de classe ecônomica mais baixa que também sonham com uma vaga nas universidades federais.É crucial pensar também na qualidade dos profissionais que serão formados pela política de cotas ,enxertados por força de lei em Universidades responsáveis pela formação da elite cultural.O termo \”elite\” tem sido usado muitas vezes de forma pejorativa ,mas todos os países que se destacam no cenário mundial ,só o cinseguiram depois de investir pesadamente em ensino ,garimpando talentos individuais e formando uma elite acadêmica, cujo trabalho reverte em qualidade de vida para toda a população.

     Arlene Flor Coimbra Amorim

  16. 304
    José Augusto disse:

    Eu concordo com o que o Ramon Rodrigues Ramalho disse. Acho que o \”menos pior\” seriam cotas sociais e não raciais para acesso à Universidade. O problema da educação é dinheiro. Quem tem uma boa condição econômica pode se dedicar aos estudos e se preparar para o vestibular. Quem é pobre e precisa trabalhar e não pode/consegue estudar em boas escolas ou mesmo não consegue estudar.

    A prova do vestibular tem exatamente as mesmas questões e respostas para qualquer aluno, seja ele branco ou negro. Assim, quem tem condições de estudar e se preparar pode competir com os demais. Como disse, é uma questão de dinheiro.

    Isto independe da cor da pele do aluno. Os negros não são 100% dos pobres deste país. Existem pobres não negros. Em menor quantidade, mas existem e também são cidadãos brasileiros. Assim como existem negros de classe média ou ricos, também em menor quantidade, mas existem.

    Eu parto do princípio que todos querem uma sociedade justa, para todos os seus segmentos, sem vantagens para alguns, nem discriminação para outros.

    Uma das justificativas das cotas raciais é que a participação de negros na universidade é pequena. Pois então o governo deveria ajudar a TODOS com cotas socioeconomicas. Se a maioria dos pobres é negra, então a maioria dos beneficiados seriam os negros, mas sem discriminar os pobres não negros.

    Outra estatística que alguns utilizam é que os alunos que têm acesso à universidade pelo sistema de cotas têm desempenho semelhante aos não cotistas. Se tem desempenho igual, não precisariam então de reserva de vagas baseada na cor da pela para entrar.

    Outro item importante, a Constituição, diz que são objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade. (Titulo I, Dos Princípios Fundamentais, artigo 3o).

    Portanto, não pode o governo criar leis que façam a separação dos brasileiros pela cor da pele. Ao criar cotas raciais, o governo está impedindo que um aluno não negro, seja ele pobre ou rico, tenha acesso à universidade por causa da cor de sua pele (preconceito de origem, raça e cor).

    O uso de cotas é a forma mais rápida e barata que o governo encontrou para compensar sua incompetência e corrupção para cuidar do ensino fundamental no Brasil. É muito mais fácil cirar um sistema de reserva de vagas baseado em qualquer critério do que fornecer boa educação aos milhões de crianças deste país.

    Se a sociedade entende que algum sistema de cotas deve ser criado, então não devemos cair na armadilha das cotas raciais. O correto seria utilizar cotas socio-econômicas. Estas sim beneficiariam a maioria de pobres negros sem discriminar os demais.

    José Augusto

  17. 303
    adriana aparecida -dandir disse:

    Concordo com o parecer do aluno abaixo e acrescento que a Universidade Federal de Minas (Gerais) deveria priorizar a sociedade com baixa renda.

    Adriana Aparecida

  18. 302
    LUIZA ROCHA disse:

    \”SOMOS IGUAIS NAS DIFERENÇAS\” 60 ANOS DOS DIREITOS HUMANOS,ENTÃO PRA QUE COTA, TEMOS QUE DA O MELHOR DE NÓS. SOU CONTRA ESSA VANTAGEM ,TANTO É, QUE , OS ALUNOS DAS ESCOLAS PARTICULARES TÊM O MINIMO DE CHANCE,DA UNIVERSIDADE´PÚBLICA, E ESSA GALERA ESTUDA, ENQUANTO OS ALGUNS ALUNOS DA REDE PÚBLICAS FAZEM A PROVA POR FAZER, TANTO FAZ, COMO TANTO FEZ,ACHO ISSO ABSURDO.E COM ISSO MAS NA FRENTE VÃO SER UNS PESSIMOS PROFISSIONAIS, SOU ALUNA DA REDE PÚBLICA, MAS SOU CONTRA A COTA.

    LUIZ ROCHA

  19. 301
    Lara Jhullian disse:

    Diante deste espaço, venho mostrar minha alegria ao saber da aprovação das cotas para estudantes de escolas púlblicas. Apesar das controvérsias sobre tal aprovação, essa é a única forma de nós estudantes que almejam cursar uma universidade federal competirmos em pé de igualdade com os estudantes oriundos de escolas particulares.
    \” Para alguns foi dada a escada inteira, para outros apenas o primeiro degral, mas, estes também precisam alcançar o topo.\”

    Lara Jhullian

  20. 300
    Marcelo Meirelles Martinns disse:

    Hoje estou de frente ao computador para fazer um trabalho sobre cotas para negros nas universidades. Ao pesquisar me deparei com esse Saint falando de exclusão. Tem tudo haver com o meu trabalho, pois as cotas acabam compensando anos de exclusão dos negros. Eu possuía uma visão contraria as cotas devido à falta de informação, não de qualquer informação, mas de uma informação que me levasse a refletir realmente nas desigualdades sociais desse país. Pego-me nesse momento com uma certeza que as cotas são extremamente necessárias devido ao racismo velado existente nesse país multi-racial.
    “Ora, a cota não é a questão. Ela é apenas o momento revelador, em que reaparece com força o maior dos erros nacionais: negar o problema para fugir dele”. (Miriam Leitão)

    Marcelo Meirelles Martins

  21. 299
    thales godoy disse:

    Isso é ridículo. Se todos devemos ser iguais cotas não deveriam ser implantadas. Não somos ricos, nossos pais se esforçam a vida toda para pagar uma escola digna e agora vão ter que pagar faculdade, por que o governo sucateará as federais assim como fez com a escola pública. COTAS NUNCA! O governo deve reformar a educação pública para que os alunos se tornem competitivos, e não enfiá-los na faculdade. COTAS NUNCA!!

    Thales Godoy

  22. 298
    bianca disse:

    Se vocês tivessem crescido vendo sua mãe virar 48h sem dormir num hospital, fazendo plantão atrás de plantão para conseguir pagar um colégio decente para vocês; se vocês tivessem crescido numa cidade e num país onde infelizmente as escolas públicas tem um ensino de baixa qualidade, uma estrutura precária, professores mal remunerados e currículos insatisfatórios por causa de greves recorrentes; se vocês tivessem nascido no sul do Brasil, onde a maioria da população, inclusive a de baixa renda, é de origem étnica branca; e se, mesmo com todas essas dificuldades, vocês conseguissem passar em primeiro lugar num vestibular de uma das melhores universidades federais do país e, depois de formados, fossem profissionais muito bem sucedidos, eu duvido que aprovariam tamanho absurdo chamado sistema de cotas! Pensem nisso. Ao apoiar o sistema de cotas, vocês estão fomentando a intolerância racial no país, a richa entre brancos x negros x mestiços; vocês estão prejudicando os filhos de pais de baixa renda que muitas vezes tiraram dinheiro do conforto e até da comida para pagar colégio; vocês estão prejudicando filhos de pais de baixa renda que se esforçaram e, muitas vezes, se humilharam para conseguir uma bolsa de estudos num colégio particular; vocês estão valorizando filhos de muitos pais de classe média alta, proprietários de bons imóveis e bons carros e que, mesmo assim, colocam os filhos em escola pública, porque não valorizam os estudos; vocês estão mascarando e postergando o problema maior, que é a baixa qualidade e a falta de estrutura do ensino básico no país; e talvez o pior de tudo, vocês estão destruindo uma das poucas coisas que ainda prestam nesse país: a excelente qualidade das universidades federais! Pensem nisso. Desculpem-me a sinceridade, mas isso mais parece coisa de gente recalcada do que de gente financeiramente carente. Mais parece coisa de politicagem, coisa de quem quer garantir votos miseráveis, coisa de quem prefere manipular seus eleitores miseráveis e ignorantes, do que oferecê-los meios honestos de evoluir e contribuir para a evolução do país. Não falo por mim, porque apesar da origem pobre, a batalha honesta da minha família me oportunizou uma carreira promissora. Falo pela causa. Universidade pública, de qualidade e gratuita PARA TODOS!!! Pensem nisso.

    Bianca

  23. 297
    Júlio César Medeiros disse:

    Francamente, fiquei extremamente decepcionado com este texto. Taí uma Universidade da qual nem perto quero passar.
    lamentável ….
    Júlio César Medeiros S. Pereira
    Ms em história social pela UFRJ

    ps. negro

  24. 296
    Michel Rimes disse:

    Sou pobre, branco e oriundo de escolar particular (de ensino fraco e bolsista).
    E eu? Como que eu fico nessa história?
    Não acho justo!

    Michel Rimes

  25. 295
    leonardo disse:

    Sobre os argumentos dos 10 mitos contra cotas.
    1- Não falou nada. Tirou um \”portanto\” de umas frases que não falavam nada.

    2- Criticou sem dar um solução falando que o vestibular é injusto. Solução melhor?

    3- Falou que é um erro e não explicou o por quê. Quando você constrói uma casa, você começa pelo alicerce ou pelo telhado? Lógica, meu rapaz. Simultâneo onde? Onde que estão melhorando o ensino básico? Inocência é um problema.

    4- Baseado em fontes tendenciosas. Já vi todas essas pesquisas. Elas são SEMPRE financiadas pela \”associação dos cotistas unidos\”, \”grêmio cotista\”, \”ministério de assistencialismo\”, \”grupo eu adoro cotas\”. Além disso, se eles vão tão bem na universidade, pra que cotas? Não é só ter força de vontade? Então estuda pro vestibular

    5- Realmente é um mito. A maioria da população é ignorante e acha cotas uma esmola merecida

    6- Falou que o vestibular discrimina os negros. Até onde eu sei a prova é entregue em branco pra todos. Não falou como saber quem é negro nessa população miscigenada, ou seja, texto contraditório. Baseado no PRETO + BRANCO = NEGRO

    7- Não disse nada. Só desmentiu o \”mito\”. Não falou como que essas novas cotas vão se mostrar contrárias a esse \”mito\”

    8- Só desmentiu e falou que o racismo já existe. ÓBVIO. Não falou como as cotas vão ajudar a acabar com o racismo. Todos os contra cotas já mostraram argumentos que mostram que as cotas são sim racistas.

    9- Falou que vai dar cota para o acesso. E para a permanência, vai dar um supletivozinho (estratégias efetivas de permanência) enquanto a pessoa está na faculdade. Não era mais fácil dar esse supletivozinho de qualidade no ensino básico? O Brasil tá rico mesmo, né! Vamos continuar jogando dinheiro no lixo.

    10- Entre os cotistas não há esse sentimento. Afinal eles estão se dando bem, querem nem saber se tão falando mal deles. Jeitinho brasileiro, né? Mas entre os outros negros estudiosos que acreditam no valor do estudo sim. Incompetentes. Coitadistas. É orgulho ser cotista? Então coloca no currículo. Vai todo mundo ter orgulho pra você. Eu nunca contrataria um cotista.

    Leonardo

  26. 294
    Elizabete Soares disse:

    Escrever sobre inclusão social é como que colocar para fora do peito toda mágoa de uma pessoa excluída. Temos que ser forteS, enfrentar o problema. Mesmo que o problema não tenha solução. É claro que às vezes aparecem em nossas vidas pessoas que fazem a diferença, pessoas que nos dão colo, acolhem, nos aceitam como somos.
    Estar excluído não é ser excluído.
    Um desejo de um mundo melhor para todos.
    Elizabete Soares

  27. 293
    Ana Terra Araújo disse:

    Nesta semana visitei o Centro de Apoio ao Deficiente Visual da Fafich [Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas]. Fiquei feliz ao conhecer essa iniciativa, contudo fiquei muito triste ao saber que há pouco apoio e incentivo para o processo de inclusão. O CDV existe desde 1992 e ainda não é institucionalizado e não recebe verbas destinadas para o projeto. Fiquei triste em saber que nesses 16 anos somente 12 alunos cegos foram atendidos pelo projeto. Isso significa que ou não está havendo inclusão no vestibular para deficientes visuais, ou na UFMG os alunos deficientes não procuram o serviço, porque não o conhecem ou não têm incentivos. Fiquei mais triste ao saber que o CDV ainda está elaborando as obras do vestibular 2009 da UFMG. Faltam menos de dois meses para o vestibular e as obras ainda não estão prontas? Isso é motivo de indignação. Isso mostra quão pouco apoio o CDV recebe. A universidade deveria disponibilizar desde a divulgação, os livros em Braile ou gravados para que as pessoas possam ter acesso nas bibliotecas e nas livrarias. Como incluir sem oferecer meios para isso?

    Ana Terra Araújo

  28. 292
    Maria disse:

    Isso é uma porcaria.

    Maria

  29. 291
    libéria gontijo disse:

    A inclusão social é a resposta a uma sociedade injusta e preconceituosa, onde o homem é produto do meio. Buscar uma sociedade mais igualitária é dever de todos nós, portanto falar em inclusão é mexer com os brios de todos, hoje quem não é excluído de alguma forma dentro desta \”sociedade\”? Não deixemos que inclusão social se torne mais uma palavra no nossso dicionário intelectual de discursos \”politicamente corretos\”. Certamente onde existe inclusão há também a exclusão, não podemos fechar os olhos para a hipótese que para incluir é preciso excluir. Essa questão social precisa ser respeitada e trabalhada de forma a buscar sempre um resolução adequada a cada problema sem deixar a vaidade do poder estragar essa brilhante questão. Um ser incluído é mais feliz e nós dar melhores retornos, pois a vida é feita de causa e efeito bateu levou, então devemos cuidar para sermos cuidados.

    Libéria Gontijo

  30. 290
    Jorge Nunes disse:

    JÁ EMITI A MINHA OPINIÃO NESTE ESPAÇO. VOLTO A FAZÊ-LO. SEMPRE NO MESMO SENTIDO. O NEGRO, O MULATO, O PARDO, EMFIM TODOS OS ESCUROS DO BRASIL, TEMOS QUE TRABALHAR COM AFINCO, ESTUDAR COM AFINCO, PARA SAIRMOS DA POBREZA, PARA SAIRMOS DA IGNORÂNCIA, PARA DEIXARMOS DE MOLEZA.
    NÓS TEMOS UMA HERANÇA DE FRACOS DE INDOLENTES, POIS FICAMOS COMO ESCRAVOS NUM PAÍS DE DIMENSÃO CONTINENTAL POR 350 ANOS. ABSURDO! FALTOU CORAGEM PARA LUTAR, CORAGEM PARA ENFRENTAR.
    CONTINUAMOS DO MESMO MODO, FICAMOS CHORANDO, CHORAMINGANDO, PEDINDO, MENDIGANDO.
    TEMOS QUE REAGIR, TEMOS QUE TRABALHAR, ESTUDAR, ADQUIRIR RIQUEZA, CONHECIMENTO, SABEDORIA. TEMOS QUE OCUPAR OS CARGOS PÚBLICOS RELEVANTES. TEMOS QUE TER PODER. E O PODER TEM QUEM O CONQUISTA. ELE NÃO VEM DE GRAÇA. ELE NÃO É DADO.
    NÓS, NEGROS QUE ADQUIRIMOS CONHECIMENTOS, NÓS QUE PROSPERAMOS, TEMOS A OBRIGAÇÃO DE DIZER PARA TODOS OS ESCUROS DO BRASIL QUE PRECISAMOS FICAR RICOS, PRECISAMOS DE CONHECIMENTOS ATUAIS, TEMOS DE DEIXAR DE SERMOS APENAS TOCADORES DE TAMBORES.
    NÃO PODEMOS CONTINUAR COMO ALGUNS QUEREM BUSCANDO UMA IDENTIDADE COM A AFRICA. UM CONTINENTE ATRASADO QUE NADA TEM A NOS HONRAR.
    NÓS ESTAMOS NA AMÉRICA, NÓS FAZEMOS PARTE DA AMÉRICA. VAMOS FAZER PARTE DE UM POVO DO NOVO MUNDO, COM UM NOVO PENSAMENTO. VAMOS SER UM POVO DE HONRA, DE DIGNIDADE. UM POVO COM CAPACIDADE DE TRABALHO E DE LUTA.
    ESCUROS DO BRASIL, FIQUEM RICOS. FIQUEM SÁBIOS. FIQUEM CORAJOSOS. SEJAMOS CONQUISTADORES.
    JORGE NUNES - EMPRESÁRIO RURAL

  31. 289
    Caroline Guedes Bispo disse:

    Eu acho que o Brasil, por ser um país tão lindo e cheio de riquezas e culturas diversificadas, não deve ter inclusão social. Então, vamos protestar mais pelos nossos direitos.
    Eu gostei muito do site.

    Caroline Guedes Bispo

  32. 288
    Ana Cláudia de Assis disse:

    Acho de suma importância que universidades federais sejam mais inclusivas. Devido ao ensino deficiente no Brasil é difícil hoje exigirmos dos nossos estudantes do ensino médio da rede estadual uma desenvoltura didática ao nível do vestibular das universidades públicas. Sei que tem que ser exigido, no entanto não sei se será correspondido. Acho necessário as cotas para que muitos possma cursar uma universidade e ter a possibilidade, como eu tive, de ter um bom emprego e uma maior abertura intelectual.

    Ana Cláudia de Assis

  33. 287
    Léo Ravi Cavalcante Pinheiro disse:

    Bom, tenho 21 anos, moro em Olinda, Pernambuco, estava \’\'navegando\’\’ pela rede e lí a mensagem do Reitor. Minha opinião é a seguinte:
    Ele defende a questão da desigualdade usando argumentos de escravidão e afrodescendência. Quantas pessoas se encaixam nesta definição?
    Para quê definições sobre o modelo de evolução social, sobre a miséria, sobre vida, conceitos pré-estabelecidos para servirem de apoio a idéias, teses, preconceitos? Quantos de nós participam de atividades sociais? Quantos são sociáveis com qualquer pessoa passando na rua? Quantos se elevaram à seus medos para poder ajudar os outros, não com opiniões, mas com exemplos?
    Qualquer um que tem cérebro e conta com a ajuda do olho, ou do ouvido, ou das mãos, ou da boca, sabe o que é bom, o que trás felicidades coletivas.
    Esses projetos sociais estão sendo discutidos por pessoas com opinião própria?
    E o que está sendo opinião própria, hoje em dia?

    Léo Ravi Cavalcante Pinheiro

    Que outras perguntas devem ser feitas para se chegar a uma resposta?

  34. 286
    Lucimara disse:

    Digo sim as cotas porque:

    . Fui demasiadamente tratada com descaso ao tentar entrar em um cursinho frequentado pela elite. Estava
    bem claro que não seria bem-vinda lá, mesmo pagando. Sou negra, roupa muito simples, esperança no peito, sai de lá e nem notaram minha retirada.

    . O sistema de cotas é uma estrátegia para acabar com tanto preconceito nesta sociedade exclusivista, na qual você vale pela cor da pele, posição social. A sociedade elitista não quer sentar no mesmo banco dos excluídos, esquecem que toda sociedade contribui para manutenção da UFMG. Em um depoimento de um candidato a vaga no orkut
    ele foi claro: - \”Vamos lanchar com farofeiros…\”. Mas [ele] se esquece que seus futuros clientes serão na verdade os desfavorecidos (excluídos) e aqueles que ajudaram a mante-lo na UFMG.
    A inteligência não tem cor, mas o preconceito sim.

    Lucimara

  35. 285
    douglas souto do nascimento disse:

    Certamente que concordo com a inclusão social, e é até necessário, mas não adianta só separar vagas para o aluno e o Estado não preparar o estudante para as mesmas. É dever do Estado dar uma educação decente desde as séries iniciais para assim não se preocupar com cotas e qualquer outro beneficio individual.

    Douglas Souto do Nascimento

  36. 284
    maurício disse:

    Eu acho que devemos seguir os emergentes. Na Índia, o sistema é de castas sociais. Pelo que vejo é isso que perseguimos: castas por origem racial: tantos por cento para afro-descendentes, arianos, amarelos, índios e qualquer outra raça. Deviam colocar na constituição para seguirmos o sistema indiano. E assim acabarmos com o sistema de méritos para o vestibular e profissional. Afinal, em vez de resolvermos o problema qué é a má qualidade do ensino público, vamos acabar com a excelência da universidade pública e acabamos com esta discussão boba….

    Maurício

  37. 283
    guilherme flávio petrini maia de lima disse:

    Igualdade, liberdade e fraternidade.

    Guilherme Flávio Petrini Maia de Lima

  38. 282
    Lilian Freitas disse:

    Engaçado, vendo a opinião da Marina Monteiro Ferreira, em 17/05/2007, vejo o quanto o sistema é injusto e cruel. Ela alega que a escravidão acabou, logo, os negros não precisam de atitudes paliativas para conseguirem uma vaga, e que ela não é negra, mas sua mãe trabalhou como empregada doméstica para fazer a faculdade, luta para garantir educação para as filhas e agora, com as cotas, vai ser difícil para Marina conseguir uma vaga, que os negros vão dar uma \\\”estudadinha\\\” e será mais fácil para eles passarem com 15% de vagas para negros.
    Marina, será que eles venceram?
    O objetivo das elites, sem neurose ou perseguição contra ricos, é justamente deixar o povo se digladiar por bobagens enquanto as melhores oportunidades são sugadas - pasmem!!! - por eles! Pelos filhos deles, perpetuando a concentração de renda em suas famílias. E a maioria deles pensa assim não por ruindade, mas seguindo o seu raciocínio, se você, que é humilde, passa dificuldades financeiras, não sabe olhar com compaixão (não é pena, ou fazer caridade, mas uma tentativa de se colocar no lugar do outro para tentar compreender e não apenas julgar com frieza) para pessoas que vivem situação semelhante, com o agravante de terem a cor da pele diferente, que por mais que você queira dizer ser um fato histórico superado, aina sofrem discriminação pela cor e principalmente pela condição social - imagine os ricos, o que vão pensar????!!!! Eles que não sabem o que é ter que estudar e se matar de trabalhar e de noite não ter forças para continuar estudando, acordar de madrugada para tentar estudar mais um pouco…chegar em casa do cursinho e não ter janta…aí tem que estudar com fome…esquecer que está com fome…quantos brasileiros, negros, pardos, brancos, passam por isso!!! Existem pessoas que não querem estudar, fazem corpo mole, é claro, mas isso dos dois lados, é do ser humano ter fraquezas e ela se manifesta de diferentes formas em cada um, independente de cor da pele - mas isso não é motivo para colocarmos todos no mesmo grupo, generalizar a situação. Não é justo julgarmos as pessoas sem conhecer a história delas. Não é justo o fato de ter uma oportunidade para um grupo e só porque não deram para o meu grupo, então é melhor que não tenha nada para ninguém.
    Se você alega que eles não estão em situação de igualdade porque não se esforçam, não batalham, não estudam e por isso o Governo precisa adotar medidas que \\\”dêem de graça oportunidades para eles\\\”, imagine o que pensam os ricos!!!!! Para eles, a citação bíblica \\\”não jogue suas pérolas aos porcos\\\” é deturpada para que tenham consciência limpa, eles a utilizam para garantir a exclusão - porque melhorar o ensino para quem não teve uma boa formação na escola fundamental e no ensino médio? Pobre só quer saber de pagode, de cerveja, não sabem se esforçar, juntar dinheiro, esbanjam o pouco que tem, não sabem batalhar como os italianos, os portugueses, que chegaram aqui sem nada e trabalharam duro para construir um patrimônio.
    De uma certa forma, temos que reconhecer nossas limitações e defeitos, mas se as pessoas pararem para pensar, o problema da desigualdade no Brasil é cultural, não podemos exigir que as pessoas sejam diferentes quando foram criadas assim…viram seus pais, os pais viram os avós agirem dessa forma. São poucos exemplos, como a mãe da Marina, de família humilde, mas que desde cedo sabia muito bem o valor da educação e que precisariam se esforçar, estudar, para modificar seu padrão de vida. A maioria se desestimula…acha que não vai dar em nada…se acostuma com pouco, se acomoda. Está errado? Sim, mas não podemos criticar e julgar o caso por encerrado, não tentar ajudar essas pessoas. Temos que parar de perpetuar o ódio, o egoísmo, o individualismo. Dos dois lados!
    Respeito muito aqueles que têm fortuna honestamente, que são herdeiros, mas que seus pais, seus avós, trabalharam muito, começaram do nada e construíram um império. Muitos pobres têm raiva de rico, acham que todos prosperaram explorando seus empregados, que todo rico é mesquinho, ou que conseguiu dinheiro de forma ilícita. Sabemos que isso não é verdade. Fico pensando nos alunos de classe abastada, que entram na faculdade facilmente porque sempre estudaram em escolas boas…não podemos hostilizá-los. Na verdade, a culpa de o sistema ser assim é de todos nós…do Governo, por não investir no que deveria, nossa, porque não sabemos nos articular para exigir condições melhores, das elites, por não usar sua influência para ajudar no processo de mudança…Fico muito chateada quando leio no jornal que o responsável pelo Teatro Municipal quer acabar com o projeto de espetáculo a R$ 1,00 nos primeiros domingos do mês porque não há público! Em palavras polidas, ele disse que as pessoas humildes não se interessam por esse tipo de produção cultural - eis o \\\”jogar pérolas aos porcos\\\” sendo citado nas entrelinhas. É injusto pensar assim, porque tudo o que o Governo faz, que as elites fazem, é de cima para baixo, decidem sem a menor articulação com aqueles que deveriam ser atores do processo, opinar em primeiro plano, porque afinal, não são o público-alvo? Não são os maiores interessados? Depois eles reclamam que o povo não sabe aproveitar, não se interessa. O mínimo que eles poderiam fazer é mudar as coisas gradativamente e inserir políticas de educação nas escolas, campanhas publicitárias na TV, para aguçarem a curiosidade das pessoas, incentivarem o acesso à cultura. Se eu nunca vi meu pai levar a família para o Municipal, se ele nunca viu meu avô fazer isso, ir ao teatro, levar a família para uma biblioteca, fazer leituras juntos - como eu, do nada, vou fazer isso com meus filhos? Ah, mas precisamos melhorar, querer sempre o melhor para nossos filhos - mas gente, não podemos querer que todos tenham o mesmo pensamento. Há pessoas que vivem num grau de alienação tão grande, até para sofrerem menos, vivem um dia depois do outro na luta para garantir o pão, que é muito complicado olharem algo que não seja pão. E eu posso simplesmente dizer que tentar mudar isso, dar chance a essas pessoas de conhecer uma realidade diferente é inútil? Claro que não posso! Tenho que tentar fazer minha parte e cobrar do Governo, das entidades públicas, das igrejas, dos intelectuais, professores desse país.
    E o que isso tem haver com o sistema de cotas? Tudo! Porque é o mesmo fenômeno. O Governo vem, decide aplicar o sistema de cotas (\\\”Ah, mas nós conversamos com os representantes dos professores, com alguns membros da sociedade civil, aprovamos no Congresso) - mas e daí, cadê o debate disso na mídia, nas escolas, com pessoas que vivem o problema podendo entender melhor o que esse sistema de cotas significa e muda na vida de quem realmente importa, que são as pessoas atingidas, os estudantes - todos, independente da cor? Esse blog é uma forma de debate, tudo bem, mas qual o poder decisório dele?
    Enquanto não soubermos como nos articular, como fazer a voz ser ouvida, continuaremos sempre submissos às decisões do Governo, de intelectuais, pesquisadores que não vivem a realidade.
    Se nós, parcela oprimida, que ganha salário mínimo, ao menor sinal de descontentamento, ao invés de nos unirmos para lutar por condições melhores de vida, começamos a nos atacar, como poderemos fazer a diferença?
    O pensamento de escassez, da \\\”farinha pouca, meu pirão primeiro\\\”, só complica as coisas. Na minha opinião, sistema de cotas não é o ideal, realmente, o ideal seria o Governo melhorar a escola pública, ampliar as vagas nas faculdades, pagar melhor os professores - mas enquanto isso não é feito, se tiver que disponibilizar cotas e se essas cotas não me favorecem…que seja!!!!!! É melhor do que não ter nada para ninguém! Não vou desistir e deixar de cobrar condições iguais para a Marina e para todas as pessoas que não foram contempladas. Enfim…tantas pessoas lutaram (e lutam) pela reforma na educação, Paulo Freire que o diga…mesmo assim, investir em educação nesse país é um bicho de sete cabeças, porque os Governantes só querem atuar em áreas que dão visibilidade política em seus próprios mandatos e educação é investimento a longo prazo. Então, a criatura não quer brigar no Congresso para tentar aprovar uma reformulação do sistema educacional…dá muito trabalho e os frutos desse esforço vão ser colhidos em três gestões depois da sua (ou mais)…ele pensa: porque eu vou dar cartaz para outro político de uma idéia que é minha? Muitos pensaram diferente, mas caíram pelo mesmo problema: o político que entrou depois dele pensou: se eu continuar com esse projeto, o povo não vai esquecer que quem começou foi o fulano de tal…

    Atualmente, vemos o quanto esse sistema de exclusão está arruinando vidas…de ambos…tanto ricos quanto pobres. Os ricos se fecham em seus condomínios e em seus carros blindados, mas vemos o quanto isso não é garantia de segurança. A classe média perdeu totalmente o referencial, está em cima do muro. A violência não é um dado apenas social, mas do caráter da pessoa, fatores psicológicos, mas podemos observar que a educação de qualidade pode mudar, ou pelo menos atenuar isso no indivíduo. Quando negamos a uma parcela da população o acesso a esses bens, tanto a educação, quanto a cultura, estamos semeando problemas e os noticiários dos jornais não deixam isso ficar camuflado. Até quando vamos nos omitir? Cada um de nós tem sua responsabilidade para tentar mudar, nem que seja aos poucos, trabalho de formiga mesmo. O problema é que não conseguimos acreditar em mudanças. Somos uma geração totalmente desencantada da vida…sem objetivos…a geração de 60 teve suas utopias, exagerou em várias coisas - sofreu muito também, muita repressão - mas pelo menos tinham sonhos, tinham planos…e a gente, tem o quê? Não temos nada, nem ao menos um olhar de compreensão para um semelhante. Vivemos no nosso egoísmo, cada um achando que precisa furar o olho do outro pra se dar bem…as chances são poucas, então vamos puxar o tapete do outro e chegar na frente.
    Sobre a questão do preconceito, vendo a opinião do Gerson Marques, em 25/5, concordo em vários pontos, com uma ressalva…há muito preconceito social, mais até do que racial. Acho que nenhum homem faria objeção de a filha se casar com o filho do Pelé, desde que o rapaz fosse herdeiro universal. Ele poderia ser azul, se quisesse! Netinhos azuis, mas com dinheiro no bolso e dando orgulho ao vovô. Coisa linda!!!!!! :-)

    Vamos tentar mudar…primeiro, a nós mesmos, nossos preconceitos, nossas limitações, nossa falta de garra, de atitude…e depois tentar influenciar a nossa volta.

    Lilian Freitas

  39. 281
    Marcos Vinicius Nunes Lefundes disse:

    Bom, meu ponto de vista em relação à reserva de vagas para estudantes de escola pública, independente da cor, é necessário, pois é injusto e desumano colocar um estudante, vítima de um ensino defazado, de escola pública, para competir com outro da rede particular e também é fato que o vestibular não qualifica ou desqualifica nínguem para um curso superior. Enfim,c onsidero justo e coerente a adoção de um sistema de reserva de vagas para as universidades públicas de nosso país, que ainda se encontram elitizadas.

    Marcos Vinicius Nunes Lefundes

  40. 280
    Lara Jhullian disse:

     O bônus aprovado pelo reitor da UFMG é um grande avanço para igualar o número de universitários oriundos de escolas públicas e privadas, mas com certeza as cotas se fazem necessárias.

    Lara Jhullian
    Estudante do 2° ano da E. E. Betânia Tolentino Silveira

  41. 279
    joao guilherme disse:

     

    A desigualdade social tem sido pouco discutida em diversas localidades, tal que, sugestões dadas pelo Reitor são fundamentais, mas precisamos melhorar mais. Precisamos praticar a igualdade social principalmente para os nossos jovens!

    Pois, os jovens são de fato e devem ser encorajados a ser sujeitos ativos, protagonistas e artifices da renovação social.

    Eu, como aluno do ensino medio de escola publica, gostaria de um novo olhar com alunos de escolas publicas, pois são muito desvalorizados, muitas vezes pelos seus educadores e os governantes.

     

    João Guilherme

  42. 278
    Aparecida Bonfim disse:

    Acredito que toda espécie de seleção feita por cor, religião, posição social, posição cultural já demonstra racismo e a lei de cota para negros nas Universidades , ou até mesmo para alunos de escola pública , também é um ato descriminatório. Muitas vezes esses professores das escolas particulares são os mesmos da escola pública; o que diferencia é simplesmente a cobrança dos responsáveis por esse alunos. Isso não significa que toda escola particular é de conduta respeitável , há muitas escolas que para garantir o número de alunos os pais é que ditam a regras. Estou pagando e se o professor não respeitar essa regra ele é dispensado por motivos alegadas que não convecem ninguém.
    Esta na hora de se respeitar a educação.

    Aparecida Bonfim

  43. 277
    Joao Victor disse:

    Eu tenho um amigo que estudou em escola estadual, e hoje esta egresso em uma univesidade federal e somente conseguiu realizar este sonho pois teve o auxilio de cotas para alunos de escola pública e a ajuda do ENEM. Eu infelizmente não tive tanta sorte e como não posso pagar um cursinho e tenho que trabalhar, talvez nunca possar engressar em uma universidade pública, que tambem é meu sonho. Mas o que eu queria falar é que esse amigo meu hoje tem um desempenho melhor do que de alguns alunos de escolas particulares. Isso mostra que a universidade não perdeu nada em questao de qualidade, ali´ss ganhou um bom aluno que da valor realmente aos estudos.

    Joao Victor

  44. 276
    Elizabeth Maria disse:

    Sou contra o sistema de cotas, pois acho que ela fere a constituição quando afirma que todos são iguais e a educação é um direito de TODOS E DEVER DO ESTADO. O Estado deveria estar preocupado em melhorar a escola pública e não criar medidas paliativas que prejudicam alguns pais que muitas vezes, com muito sacrifício, colocam os seus filhos em escolas particulres. Se a educação pública fosse de qualidade, com certeza os meus filhos estariam estudando nela. Mas, se querem democratizar a universidade pública, porque não oferecem essa oportunidade baseado em um estudo socioeconômico do canditato? Assim , independente de ser negro, branco, índio ou a escola de origem , as oportunidades seriam iguais para todos.

    Elizabeth Maria

  45. 275
    marco antnio disse:

    Leticia, me desculpe. Claro que temos de ter orgulho de sermos negros, mas quando os proprios negros se dizem morenos, marrom bombom…sou neggro sim, qual o problema? Sou negro como Machado de Assis, André Rebouças, Cruz e Souza, até FHC (Fernando Henrique Cardoso) disse que era mulato. Sou negro sim e dai?

    Marco Antônio

  46. 274
    marco antnio disse:

    Quando fui tirar minha carteira de identidade no antigo Ministério do Exército, em cutis colocaram pd cl ,ou seja, parda clara. Convenhamos, embora tenha cabelos lisos, tenho orgulho de ser negro, mas não admito entrar em qualquer universidade ou faculdade usando a cor de minha pele como fator prepondereante. Entrei e me formei por usar o celébro, não a derme.

    Marco Antônio

  47. 273
    denise disse:

    Sou negra com muito orgulho.  As pessoas têm que entender que somos gente orgulhosa de ter nossa cor. Temos que lutar sim, temos nosso direito na sociedade e com certeza vamos juntos para acabar com a descriminaçao racial.

    Denise Santos

  48. 272
    leticia disse:

    Eu sou a favor (das cotas) porque quando nós negros temos uma chance não podemos desperdiçar.

    Letícia

  49. 271
    Geraldo Milagre disse:

    Tá bom, vamos criar uma quota para os negros, outra para os brancos, outra para os judeus, outra para os índios, outra para os asiáticos (ah, não! tem de ser uma para os chineses, outra para os japoneses, outra para os coreanos etc, porque japonês não é tudo igual), outra para os mulatos, outra para os morenos… Talvez seja melhor criar uma escala de 0,00 a 9,99 indicando a variação de cor da pessoa entre o branco norueguês e o preto africando, daí organizamos a entrada em universidades, empregos e qualquer lugar de acesso público por graduação de cor.

    Geraldo Milagre

  50. 270
    Gerson Marques disse:

    Sou leitor regular deste blog. Há algum tempo tenho ficado incomodado com o debate travado aqui sobre este assunto das cotas. É incrível como em um espaço de tão alto nível, coordenado por um dos melhores jornalistas do Brasil, tem sido tratada sempre por uma só viés.
    De cara quero dizer que sou negro, sempre estudei em escolas particulares e fiz universidade publica; meus filhos também são negros, estudam em escolas particulares e abominam qualquer possibilidade de cursarem universidade que não seja pública.
    Um dos principais argumentos dos contrários às cotas é a citação do artigo 5º da Constituição, com isso tentam escamotear para um parágrafo escrito em papel um fato real. Neste país não são todos iguais, nem perante à lei nem perante à cultura social: existe sim, distinção de cor.
    Apesar da Constituição assim tratar esta questão, a realidade posta é completamente diferente e isso não dá o direito a pessoas inteligentes e bem informadas se escudarem neste artigo como se a simples existência dele por si acabaria com o preconceito e o racismo presente de forma tão evidente em nossa sociedade.
    O mérito acadêmico deveria ser de fato o único requisito a ser contemplado, isso se não tivéssemos um desnível tão grande entre a educação publica e gratuita e as escolas pagas. Nem por isso, conforme pesquisas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os alunos cotistas ficam abaixo da média, pelo contrario, em media estão acima. No universo de 54 universidades públicas que nos últimos oito anos adotaram o sistema de cotas no País, em ao menos quatro, distribuídas pelos principais Estados, alunos negros apresentam desempenho próximo, similar ou até melhor em relação aos não-cotistas. Resultados iniciais do aproveitamento de cotistas na Unicamp, Universidade Federal da Bahia (UFBa), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), divulgados pelo Ipea.

    As cotas são um medida válida e contribuem de forma afirmativa para a construção de uma verdadeira identidade nacional, elas são assim, como nos Estados Unidos, uma atitude de racismo inverso necessário, como lá a correção de uma injustiça histórica.
    Dizer que as cotas baixam o nível das universidades é repetir o velho preconceito, algo assim como dizer a presença de negros na nossa universidade branca mancha nosso currículos.
    Dizer também que a sociedade brasileira é contra as cotas é o mesmo que dizer: - Nós, a sociedade branca, que tivemos acesso à educação nas universidades públicas, somos contra as cotas porque tiram vagas de nossos filhos brancos. A sociedade brasileira é uma pluralidade complexa, enorme multicultura e multirracial, nunca neste país é possível falar de forma unânime em nome da sociedade brasileira, não somos uma unidade, dobre a língua quando falar em nome da “sociedade brasileira”.
    No parágrafo seis deste manifesto anticotas, consta outra barbaridade preconceituosa e vulgar ao dizer que a miscigenação impede definir quem é branco ou quem é negro. Para saber quem é um negro basta saber se você aceita que sua filha \”branquinha\” se case com aquele rapaz que ela conheceu lá na Bahia durante o verão enquanto dançavam lambada em uma cabana de praia em Porto Seguro. Os nativos de Porto são mestiços de índios e negros, bons lambadeiros e sensuais na ginga, normalmente adoram dançar e tirar um sarro com as \”branquinhas paulistas e gaúchas\”, que adoram se aventurar por praias baianas no litoral. Mais daí a você se tornar sogro de um mestiço são mais quinhentos anos não é verdade?
    Não seja bobinho repetindo estas asneiras. No Brasil somos brancos, negros, índios e mestiços; não existe nada de mais nisso a não ser a falta de respeito e o preconceito embutido em nossas relações de sociedade. Um negro jogador de futebol ou cantor ainda são possíveis e aceitáveis, se for assim pardinho ou quase branquinho melhor, pode até casar com sua filha, mas como serão nossos netos? É medíocre este comportamento de nossas elites, que negam sua condição de classe somente da \”boca para fora\” na tentativa insólita de querer parecer ser o que não somos.
    Nossa sociedade é racista, é assim há quinhentos anos. Os números, as estatísticas, os fatos e a história nada nega esta afirmativa. Negar isso é querer varrer para baixo do tapete uma verdade histórica insofismável, real e cruel. A verdade é que os negros deste país são enormemente cordiais, são enormemente altivos e nunca agiram da mesma forma como foram tratados, se assim agissem viveríamos em uma sociedade conflituosa e rasgada ao meio. Se não somos é por que os negros relevaram a chibata, as correntes, os estupros de nossas irmãs e filhas pelo senhor branco; se não somos uma sociedade dividida é por que fizemos de conta que aceitamos a historinha da princesa Izabel.
    Dizer que as cotas podem nos estigmatizar como incompetentes é pura presunção racial de quem se sente superior. A estigma já existe e não fomos nós que a inventamos. O que vocês não podem esconder é que apesar dos grilhões, dos navios negreiros e da miséria induzida nós demos a este país reis e rainhas como Pelé, Gilberto Gil, Machado de Assis, Zumbi, Marina Silva, Milton Nascimento, Dorival Caymmi, Elza Soares, Nilton Santos, entre tantos outros.
    As universidades públicas são um patrimônio da nação e assim devem ser acessadas por todos em igualdade de condições e não somente por aqueles que podem pagar escolas e cursinhos particulares e caros. Mas também temos certeza que chegará um dia em que todos de fato neste país serão iguais não só perante a lei, mas principalmente perante a nós mesmos.

    Gerson Marques
    gerson-marques@uol.com.br

  51. 269
    ingrid fernandes disse:

    Concordo plenamente!

    Ingrid Fernandes

  52. 268
    ana disse:

    Não tem porque ter preconceito. Quem estuda em colégio público merece ter essas cotas.

    Ana

  53. 267
    Thiago Carvalho Goulart disse:

    Segundo o artigo 4º do Estatuto Geral da UFMG é vedada à universidade adotar
    medidas baseadas em preconceitos de qualquer natureza.
    Tendo em vista, a definição da Larousse Cultural para a palavra preconceito, que diz:
    \” PRECONCEITO: s.m. 2. Julgamento FAVORÁVEL ou desfavorável relativo a alguém ou algo, formado de antemão, A partir de certas circunstâncias, fatos, APARÊNCIAS.\” Preconceito, pode sim ser uma descriminação favorável. E, estando isso proibido no Estatuto da universidade, está concomitantemente proibido a sua prática dentro desta.

    Thiago Carvalho Goulart

    Thiago Carvalho

  54. 266
    Lara Jhullian disse:

    Infelizmente, vivemos numa sociedade onde não há igualdade de direitos, e isso muito me aflige. Sou estudante de escola pública do interior de Minas e almejo passar no vestibular de Medicina da UFMG, mas sinto triste por saber a dificuldade que terei para ingressar na universidade, que apesar de pública possui a maioria dos aprovados de escolas privadas.
    Por isso, inclusão social se constitui em um debate necessário nas escolas e principalmente nas universidades, a fim de mudar o futuro de milhões de brasileiros como eu, que continuarei lutando em meio aos desafios para me incluir a sociedade.

    Lara Jhullian

    Nota de esclarecimento

    Favor ler matéria publicada no site da UFMG, cujo link é http://www.ufmg.br/online/arquivos/008586.shtml

  55. 265
    Ana Caroline Rocha Silveira disse:

    As cotas vêm sendo implantadas em diversas universidades brasileiras, estaduais e federais, como uma maneira de compensar o péssimo ensino público, no qual jovens sem condições de ingresso em escolas particulares, são submetidos atualmente no Brasil. E como forma de amenizar uma realidade cheia de preconceitos e dificuldades enfrentada por vários negros desde a época da escravatura.
    As cotas universitárias são uma medida de emergência. Pois, enquanto o ensino público no Brasil for colocado pelos governantes em segundo plano, infelizmente, os jovens que nestas escolas estudam  não terão grandes chances de competir com outros jovens formados em escolas particulares. Não por não terem capacidade, mas por não estarem dotados dos conhecimentos necessários para competir de igual para igual com candidatos de instituições particulares.
    E, é normal que vários jovens sejam contra as cotas, pois elas diminuem a quantidade de vagas para o sistema universal, o que conseqüentemente, diminui as chances das pessoas que não se enquadram nos sistemas de cotas de passar no vestibular.
    Mas esta, na maioria das vezes, é uma opinião de pessoas que não vivem em meio à realidade enfrentada, todos os dias, por jovens que vêm nas cotas uma oportunidade de ingresso as universidades.
    Sou a favor das cotas, mesmo não me enquadrando em nenhuma delas.

    Ana Caroline Rocha Silveira, 17 anos
    Estudante do 3º Ano do Ensino Médio - Collegium Prisma
    Montes Claros - MG

  56. 264
    Marina Monteiro Ferreira disse:

    É muito fácil para um negro dizer que ainda sofre preconceito. Difícil é ele provar que isso interfere na sua educação. Será que ele não é tratado do mesmo modo que os brancos nas escolas públicas? Se o intuito das cotas é corrigir injustiças com os antepassados, então corrijam as injustiças com os meus também. Minha mãe fez faculdade enquanto trabalhava como empregada doméstica e dá graças a Deus por isso…ela passava fome. Hoje, mesmo ganhando um péssimo salário de professora ela ainda consegue economizar e pagar um ensino com a mínima qualidade para suas quatro filhas (lógico que não todas juntas). Garanto que como minha mãe, muitas famílias se esforçam para educar bem seus filhos.
    É justo que os negros tenham melhores oportunidades que eu? Ainda existe escravidão até hoje? Se não existe, se eles têm os mesmo direitos, então eles também podem lutar como todos. Além disso, entrar numa boa universidade já era uma dificuldade enorme, era preciso abrir mão de uma vida para conseguir estudar o bastante…Agora ficou praticamente impossível. Vai ser preciso no mínimo ser superdotado para consegui fazer 100% ou quase isso enquanto os negros podem pagar um bom cursinho e passar tranquilamente, já que eles terão 15% a mais de oportunidade. Isso é justiça?

    Marina Monteiro Ferreira

  57. 263
    Priscila disse:

    Na universidade não é o momento de tornar realidade a inclusão social. Ela deve ser feita na escola primária e secundária. Essa é a obrigação do governo: fornecer ensino de qualidade para que todos possam competir por vagas nas universidades públicas. A UFMG é um centro de excelência. Tenho receio que a qualidade do ensino caia. Além disso, pode surgir o sentimento de preconceito entre os alunos, o que só prejudica uma sociedade. Se a UFMG deseja contribuir para a nclusão social. abra novas vagas no CP e Coltec. Dobre ou triplique a sua capacidade de ensino. Com ensino de qualidade, diferenças sociais ou de cor são minimizadas.

    Priscila

  58. 262
    Arigson Britto disse:

    Sou professor e psicopedagogo, convivo diariamente com cidadãos que são nomenclaturados, por defecientes e que pouco fazem jus aos seus direitos de cidadãos incluídos numa sociedade em que os políticos usam para fazer campanha, e depois esquececem dos que lhe potaram no poder.

    Arigson Britto

  59. 261
    CAIO disse:

    É a melhor maneira de fazer com quem tem alguma dificiência aprenda.

    Caio

  60. 260
    CAIO disse:

    Sou a favor porque os que têm alguma deficiência precisam de um cuidado melhor.

    Caio

  61. 259
    Rosana Marcolino disse:

    Acho que a reserva de cotas nas universidades é injusta. Deveria sim haver cursinhos pré-vestibulares de qualidade e isentos de mensalidade para carentes e, assim, esses alunos estariam em condiçoes de competir e acompanhar um curso superior.

    Rosana Marcolino

  62. 258
    Mônica Figueiredo Brandão disse:

    Caro Henrique Guzella,

    Suponho que você esteja fazendo o curso de Direito, mas no papel é tudo muito lindo. Por exemplo, o SUS funciona perfeitamente bem, mas na vida real é outra coisa. Sei disso porque sou portadora de deficiência física (me locomovo por cadeira de rodas, atualmente) e trombo com o preconceito a toda hora. Só para você ter uma idéia, o Chevrollet Hall, agora é que está mudando, porque antigamente só tinha o acesso para o portador de deficiência física, mas não tinha o lugar reservado (e olha que eu vou lá desde o show da Norah Jones). Você já reparou que em TODA a casa de espatáculos é a mesma coisa? A inclusão é tanta que somos obrigados a ficar nos cantinhos e a ter um torcicolo para assistir qualquer show ou peça de teatro, simplesmente porque eles nos colocam nos piores lugares (não estou falando aqui de casas de espetáculo ribinbas, não. Falo do Chevrollet Hall e do Palácio das Artes!). Em dezembro fomos (eu e minha mãe) ao Cirque du Soleil, na frente da Escola de Veterinária alí, na Pampulha, onde era o C.E.U. (Centro Esportivo Universitário) e não podemos ir no \”Tapis Rouge\” por quê??? Eles alegaram que não havia meio de entrar e eu fui PESSOALMENTE olhar: havia sim e foi um caso de puro preconceito. Recebo SEMPRE pedidos de desculpas em TODOS os lugares que eu vou. Agora, cansei, sabe!!! Ficar brigando SEMPRE não é a minha praia… Se isso servir de consolo para algum deficiente físico que não sai de casa. :-)

    Mônica Figueiredo Brandão

  63. 257
    Mônica Figueiredo Brandão disse:

    Eu concordo em gênero, grau, número e pessoa com o Marcos, só queria ressaltar aqui um outro ponto importantíssimo que na minha opinião deve ser colocado o PROUNI não seria uma forma de reforçar esse PRECONCEITO RACIAL? Digamos, por que um aluno negro teria benefícios? Inferioridade intelectual? Por que um aluno pobre teria previlégios? Seria ele um retardado à ponto de não conseguir uma bolsa? Posso estar sendo radical, mas só no Brasil mesmo é que acontece isso… Bolsa escola, bolsa família, PROUNI… Eu não sei mas tenho comigo que o Lula está é \”dando esmola\” para o povo e reforçando essa questão tão debatida do \”preconceito\”.

    Mônica Figueiredo Brandão

  64. 256
    Maria Cristina Silva disse:

    Acrescento ainda que há, sim, necessidade de se debater essa temática por um bom tempo. Porque existem pessoas que são contra as cotas por desconhecerem a história de seu próprio país, que sempre explorou aqueles que continuam com sequelas dessa esploração. O resultado de tudo isso é buscar diversas formas de reparar/amenizar tanta desigualdade social.

    Maria Cristina Silva

  65. 255
    Maria Cristina Silva disse:

    Ao se falar de inclusão social, devemos ter a clareza das possibilidades de cada aluno dentro dessa categoria. Isso porque o desfavorecimento financeiro abrange variados patamares. Tenho amigos que receberam bolsa integral do PROUNI em universidades privadas, e nem assim conseguiram se manter dentro da instituição, mostrando-nos à todo momento que a perspectiva que esse aluno tem ao entrar na universidade - que é em princípio: arrumar um bom emprego; com um ótimo salário logo de imediato e poder adequar trabalho, estudo e renda, são espectativas que tão logo caem por terra. Isso dentro do perfil socioeconômico do aluno excluído do sistema capitalista, que por si só já exclui. Portanto, acredito que manter um aluno carente dentro de uma instituição que não foi feita para ele, necessita de um enorme esforço e boa vontade daqueles que ditam as normas e regras da exclusividade de alguns.

    Maria Cristina Silva

  66. 254
    Marcos disse:

    Sou completamente contra colocar alunos da rede pública pelo sistema de cotas nas universidades federais por alguns motivos.
    1 - Existem, sim, pais que dão muito suor para manter um filho em uma escola particular para garantir sua formação e podem não ter dinheiro para pagar uma faculdade particular.
    2 - Existem, sim, pessoas que têm condições financeiras e que estudam em colégios públicos.
    3 - Pelo que ouvi, no sistema de cotas, a percentagem de vagas garantidas pelas cotas TEM QUE SER atingida, ou seja, a nota do vestibular só selecionará quem será inscrito, mas ela com certeza será muito inferior à nota dos outros candidatos.
    4 - Não faz sentido \”dar o peixe\” ao invés de \”ensinar a pescar\”! Ou seja, o aluno devia ser preparado para o vestibular na escola pública! Se o ensino nos colégios públicos é ruim, pra que abaixar o nível das universidades? O que vai ocorrer possivelmente com muitos alunos (não podemos generalizar, pois há sim gente suando e MUITO na rede pública): muitos vão entrar pelo sistema de cotas, vão tomar bomba e não vão completar o curso. Enquanto isso, a vaga do estudante que não teve o direito a uma vaga pelas cotas e que lutou pela sua vaga é colocada em risco.

    As cotas para alunos egressos da rede pública e também as cotas raciais GENERALIZAM o aluno. Acredito que a inclusão social deve ser feita, sim! Mas não deve ser feita a generalização. O aluno da rede pública nem sempre é pobre; existem negros com condições sociais mais favoráveis do que a maior parte da população negra; o aluno do colégio particular nem sempre é rico.

    Sou a favor da inclusão social através de FATORES JUSTOS, e o maior deles é a renda. E sou a favor, também, da utilização de nota classificatória para o processo seletivo de cotistas. O aluno que se inscreve no sistema de cotas devia ter uma nota mínima a ser atingida para que sua vaga fosse cedida.

    Justiça só é atingida com equilíbrio, e a generalização nunca poderá ser o melhor caminho.

    Marcos

  67. 253
    Agnes disse:

    Vendo dos dois lados socias: o rico não quer perder sua vaga se ele estudou a vida inteira em um colégio particular para ingressar numa universidade pública, que é a unica que oferece um verdadeiro ensino, porém, o pobre, sem base para o vestibular devido ao baixo ensino oferecido pelas escolas públicas, necessita de algo justo em sua vida, as cotas. Quando tornam-se alunos destas universidades tornam-se iguais falando em educação e consciência e saindo de lá também devido à educação adquirida e assim abre caminhos para a vida deste pobre, que poder ter uma condição de vida melhor e quem sabe se igualar social, politica e economicamente. Sabendo que as opiniões das pessoas acima mostram a possibilidade de melhora nos ensinos de ensino médio e fundamental públicos, cabe ao péssimo governo que temos a fazê-lo, pois se podem fazer a cota, podem investir na escola porque o dinheiro não falta! Enquanto isso, haverá essa discussão..

    Agnes

  68. 252
    Luceclilde De Boaventura disse:

    Acho que o sistema de cotas para negros no Brasil é uma grande bobagem e um desrespeito com os estudantes, pois muitas das vezes o negro tem preconceito contra si mesmo. O Brasil está tentando \”maquilar\”  a situação de uma educação horrorosa criando meios faciltadores para a entrada dos negros na universidade. Em vez de nos enganarmos, devíamos tentar resolver os problemas de educação básica no país, encarando-os com seriedade e não fugindo deles.

    Luceclilde De Boaventura

  69. 251
    selma disse:

    Fico muito feliz ao ver alguma coisa ser planejada para tentar corrigir um pouco da injustiça que pode ser percebida por qualquer um ao vistitar o Campus da UFMG, pois é muito raro ver alguem que aparenta uma condição mais simples.

    Espero que o curso de Medicina abra também as suas portas e deixe de ser um sonho apenas para aqueles que nasceram em berço de ouro.

    Selma

  70. 250
    Elizabete Soares disse:

    Quando li pela primeira vez a palavra inclusão social senti na pele seu significado. Pois tenho vitiligo, e em minha opinião é díficil conviver com esta doença. Participei algumas vezes de palestras sobre o vitiligo e eles teimavam em falar que não era doença e o que tínhamos era sim um problema. Mas, minha opinião é realidade pura, é uma doença. Somos descriminados sim.
    Pois todos falam bonito, falam que aceitam a pessoa como ela é, mas na hora do vamos ver, não aceitam não! Sei disto porque estou vivendo um momento de discriminação e para ser sincera estou fazendo que nem a autora do livro que li quando tinha 16 aninhos, ELEONOR POTTER (do livro POLYIANNA menina e moça), estou tentando tirar os pontos positivos desta situação, quanto mais díficil de achar pontos positivos mais díficil fica este tal jogo do contente. Tenho disposição, garra e gosto de enfrentar desafios. No momento meu maior desafio está em aprender a linguagem LIBRAS, quero falar aos que não ouvem. Gostaria de aprender a alfabetizá-los. Recentemente também aprendi o programa photoshop, este também foi para mim um desafio.
    Agradeço.

    Elizabete Soares

  71. 249
    ANA CAROLINA OLIVEIRA POLONI disse:

    A inclusão social resolve os problemas atuais para a desigualdade.

    Ana Carolina Oliveira

  72. 248
    Claudina disse:

    É muito boa a idéia do reitor, mas deve-se lembrar que os alunos carentes que entram na UFMG não permanecem por não conseguirem se manter, então a universidade também deve dar apoio financeiro a estes alunos para a permanência dos mesmos na faculdade.
    Claudina

    Nota de esclarecimento

    Prezada Claudina, este é exatamente o objetivo da Fundação Universitária Mendes Pimentel (FUMP), ou seja, a prestação de assistência aos estudantes. Para mais informações acesse o site  http://www.fump.ufmg.br/.

     

  73. 247
    eliseu disse:

    Importante para resolvermos os problemas atuais para automaticamente combatermos a desigualdade em todos os aspectos.

    Eliseu Amaral

  74. 246
    eliseu disse:

    Importante para resolvermos os problemas atuais para automaticamente a desigualdade em todos os aspectos.

    Eliseu Amaral 

  75. 245
    LUCIENE DE JESUS LANA disse:

    Seria importante se as universidades federais aderissem. O Pro-Uni abriu as portas para aqueles que precisam do curso superior para ter uma vida mais digna.

    Eu estudei a vida toda em escola públcia e sei o quanto é difícil entrar em uma universidade federal. A gente sai do ensino médio para o mercado de trabalho para ajudar a família; pegamos a primeira oportunidade que vem pela frente e os estudos ficam em segundo plano. Infelizmente.

    Luciene de Jesus Lana 

  76. 244
    Henrique Guzella disse:

    Reforço minha opinião com artigos e incisos constitucionais transcritos:

    Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
    IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

    Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
    II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

    Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
    V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

     Henrique Guzella

  77. 243
    Henrique Guzell disse:

    \”Cotas: a inclusão que exclui\”
    O título acima é de uma comunidade do orkut que discute exatamente a validade dessa medida. É oportuna que esteja sendo feita uma discussão nesta universidade sobre este tema e deixo aqui fatos e opiniões.
    Primeiro devemos levar em conta que a discussão de cotas racias já deveria estar encerrada: a Constituição não permite discriminação racial em nenhuma hipótese. Estudos do mundo inteiro já comprovam a inexistência de raças na espécie humana. Em um país miscigenado como o nosso não é facil classificar as pessoas pela cor da pele, além de ser proibido impor essa classificação aos habitantes deste país.
    Sobre a reservas a estudantes de escola pública devemos deixar bem claro que adotar cotas a essas pessoas nada fará para melhorar o ensino básico, além de querer admitir que não há outra solução mais viável ao problema. Pré-vestibulares extensivos gratuitos promovidos pela universidade seria umas das ótimas soluções aos alunos interessados de fazer o vestibular. Mesmos alunos de escolas privadas admitem que os \”cursinhos\” fazem-nos reaprender e enfatizar matérias não bem aprendidas no decorrer do Ensino Médio.
    E por último, bônus ou cotas retirariam a razão da existência do vestibular: o de promover os que têm capacidade de entrar e cursar o Ensino Superior integralmente, independente que cor, sexo, opção sexual e posição social esses felizardos pertençam. Aos que têm posição social desfavorecida, a UFMG já tem políticas sociais eficientes na resolução de muitos problemas.

    Henrique Guzell

  78. 242
    Bárbara Teixeira de Almeida disse:

    O sistema de cotas é, na minha opinião, algo absurdo. As cotas para negros e índios apenas reforçam a idéia do racismo, além de dar a todos a idéia de que negros e índios não conseguiriam ingressar em uma universidade federal por capacidade própria. Quanto aos alunos de escolas públicas, as cotas apenas transferem o problema da deficiência do ensino público no país. Creio que a solução é investir no ensino fundamental e médio das escolas públicas, dando assim a chance de ingressar em uma instituição federal de cursos superiores.

    Bárbara Teixeira de Almeida

  79. 241
    Lucília disse:

    É um despropósito termos um sistema de cotas para negros uma vez que no Brasil não existem quaisquer barreiras institucionais para o acesso dos mesmos à universidade. A questão não é racial ou institucional, mas social. Somente a real melhoria da escola pública (o que certamente exigirá mais gastos do que a implantação das polítcas compensatórias de acesso), nos níveis fundamental e médio, trará igualdade de condições para ingresso no ensino superior público. É uma ilusão pensar que conseguiremos igualdade de oportunidades criando privilégios com base na cor da pele. Este tipo de privilégio é injusto com aqueles que demonstram maior mérito acadêmico, porém têm sua oportunidade negada por que outras pessoas, com menor mérito acadêmico mas que declaram-se \”negros\”, passam à sua frente por meio do sistema de cotas. Alías, esta categoria já é em si uma falácia, num país em que a herança negra não escolhe a cor da pele. Em meu registro de nascimento consta que sou branca, mas meu avô era negro, analfabeto e muito pobre. Eu sempre estudei em escola pública, mas, grife-se, sempre estudei e estudei muito. Isso para mim fez a diferença. Mesmo que a cor da minha pele fosse escura, eu jamais aceitaria concorrer a uma vaga em universidade por um sistema de cotas, pois estaria assinando meu atestado de incapacidade.

    Lucília

  80. 240
    Carlos Alberto Peres disse:

    Com certeza, o sistema de cotas já é racismo. Somente um sistema de educação em todos os níveis pode levar o povo a não votar em promessas de governos incompetentes, como esse que ai está. Movido puramente pelo fator sorte e amparado no 171.

    Carlos Alberto Peres

  81. 239
    valdirene maria de souza disse:

    Bem, gostaria de dizer que me sinto completamente perdida, pois tenho 31 anos e a algum tempo já terminei o 2º grau e gostaria de cursar a faculdade de gastronomia, mas me sinto de mãos atadas pois sou diarísta, pago aluguel, sou mãe solteira de um príncipe de 6 anos e não disponho de R$730,00 mensais para cursar o que eu tenho vocação para fazer. Como fazer então mais uma vez devo desistir do meu sonho e continuar a viver uma vida que não é a que eu quiz para mim. Quero lutar mais não sei com que armas.

    Valdirene Maria de Souza

  82. 238
    fabiola disse:

    Eu acho muito justo ter reserva de vagas para nos alunos de classe baixa, pois não temos condição de pagar faculdade e competir com pessoas ricas que estudaram em escolas particulares a vida toda.
    Fabiola

  83. 237
    Joana Alves Miranda disse:

    A sociedade brasileira tem de parar de tapar o sol com a peneira. Não vamos esquecer, da derrubada da inflação na época Collor, com uma inexplicável equação matemática (inflação = 0). Quero dizer que temos de lutar por ensino público de melhor qualidade do que o ensino particular. A cota nas universidades não soluciona o problema do pobre conseguir ingressar nela. Quero recordar que o Ensino Municipal de Belo Horizonte também decidiu acabar com o índice de reprovação, simplesmente, através de uma frase: A aprovação é automática. Agiram como o Collor, só que na educação.

    Joana Alves Miranda

  84. 236
    Priscila Augusta Lima disse:

    O tema inclusão envolve também as pessoas portadoras de Necessidades Educacionais Especiais. Gostaria de lembrar as alterações já promovidas pela UFMG para favorecer a acessibilidades destas pessoas tanto no acesso às provas pelo vestibular, quanto nas adaptações do espaço físico entre outros projetos. Atualmente a FALE [Faculdade de Letras] desenvolve o curso de Libras.

    Sugiro dois pequenos textos publicados no Boletim na página opinião: o primeiro no boletim número 1476 de 17 /03/2005 - \\\”È possivel construir uma sociedade Inclusiva?\\\” O segundo no boletim 1560 de 11/12/2006 - \\\”Uma reflexão sobre o ensino-aprendizagem de Libras nas Universidades\\\”.
    No boletim 1533 de 01/06 /2006 na página 08 foi informada a publicação do livro Educação Inclusiva e Igualdade Social, desta professora da FAE.

    A Universidade tem diversas ações de incusão envolvendo também os portadores de deficiências e ou Necessidades Educacionais Especiais.

    Priscila Augusta Lima

     

    OBS: Os textos sugeridos pela internauta (Priscila Augusta Lima) serão acrescentados ao site na seção \\\”Artigos\\\” e \”Outros Arquivos\”.

  85. 235
    DarkErarassex disse:

    Thanks for the interesting and informative site. That’s definitely what I’ve been looking for.
    Best jewelry links!

  86. 234
    Claudia disse:

    Os judeus viveram sete anos em regime de discriminação e trabalhos forçados. Recentemente, conseguiram convencer a sociedade  que aquela escravidão foi um atentado à Ética. Hoje, são destinados mais de 4 bilhões, como indenização para seus descendentes.O povo afrodescendente viveu no Brasil, aproximadamente, 350 anos de discriminação e trabalhos forçados. Para nós brasileiros, aquela escravidão foi ou não um atentado à ética? Por termos convicção de que foi um atentado e por sabermos da grande população afrodescendente que possuímos (45,3%IBGE-200), a sociedade brasileira, sabiamente, está optando por políticas de inclusão como uma forma de indenização.

    Cláudia

  87. 233
    luciana meireles Amâncio Santos disse:

    Como vestibulanda e oriunda do ensino público, deixo aqui registrada minha indignação frente às atitudes que vêm sendo tomadas com títulos de \”reforma da educação\”. Sistemas de cotas raciais, Prouni, e, agora, a decisão da UFMG de beneficiar estudantes de escolas estaduais soam como \”atos beneméritos\” a pessoas que deveriam ser mais respeitadas. Acredito ser digno de um cargo universitário um aluno com verdadeira carga cultural adquirida de seus estudos, levando-o a empregar tais conhecimentos em busca do seu desenvolvimento intelectual em prol da humanidade.
    Quero estudar na UFMG, sempre tive esse sonho. Tenho orgunho das minhas origens e valores… Devo merecer a vaga por minha capacidade de fazer as provas, e obter o desempenho necessário para o ingresso. Não quero ter lugar na sociedade pela cor da minha pele, ou porque estudei em escola pública. Se quizessem de verdade, ampliar o sistema de ensino universitário, abririam novas turmas, contratariam novos professores e construiriam novas infra-estruturas. Quanto aumentar o número de pobres no ensino universitário federal, é só melhorar o ensino fundamental e médio.

    Luciana Meireles Amâncio Santos

  88. 232
    Vanessa Lopes disse:

    A inclusão social é um debate necessário, visto que o abismo que separa pobres e ricos permite que poucos tenham acesso à educação no Brasil. O principal papel das universidades federais é possibilitar que os jovens marginalizados possam ascender socialmente e participar de todos os benefícios que uma universidade de excelência como a UFMG disponibiliza. O ideal é que programas de cotas sejam estabelecidos mas que transceda a questão do negro ou índio, utilizando como parâmetro a renda familiar.

    Vanessa Lopes

  89. 231
    Clayton Ramos Pereira disse:

    O vestibular nunca pôde selecionar as pessoas pelo caráter. De maneira que ele não é suficiente para impedir a entrada de pessoas racistas para dentro desta instituição, como alunos.
    Muitas destas pessoas se tornaram professores, afinal nada impede uma pessoa racista de ser um bom aluno e estudioso a ponto de passar nos concursos. De fato, os pobres e negros tendem a sererm menos racistas e menos eletistas, já que eles são as vítimas mais diretas destes males. Na outra extremidade estão os brancos e ricos, ou mesmo a classe média que tem sua opinião sobre os pobres baseda em leituras e não em vivência.
    No Brasil existe o racismo sutil, aquele de que somos vítimas e não conseguimos provar sua existência individualmente, mas pode ser detectado por meio de estudos geográficos e estatísticos.
    A UFMG sempre foi e ainda é eletista. A maioria de seus alunos não são pobres e nem negros. É sempre o ponto de vista do branco e rico que impera nela. Desde a amizade entre os alunos a mesmo o namoro, ou ainda as relações entre alunos e professores. Se se é branco e da classe média tem se sempre um amigo que te liga dando dicas de como estudar a respeito de uma disciplina ou professor, mas se se é negro tem que ser, o aluno, extremamente bom, nota A, e além de tudo carismático com os colegas e professores.
    O racismo está na nossa cultura brasileira.Temos no Brasil, hoje, para cada aluno em uma instituição pública de ensino superior, outros três em instituições privadas. A nossa nova classe média é composta principalmente, de pessoas que não estudaram em uma federal. E elas se perguntam: Por que pagar impostos tão caros para manter uma instituição que não me é útil, se ainda tive de pagar a mensalidade em uma particular ?
    Sou funcionário público. Eu ganho para servir ao público, e assim eu me esforço para fazê-lo. Não é o que muitos professores da UFMG pensam. Eles acham que os alunos são subordinados a eles. Além de funcionários, pouco simpáticos. Quando se conversa com um, a idéia que se tem é que nós os devemos favores. É triste.
    A UFMG tem de sentir que ela não é o fim dela mesma, que ela não existe em função dela própria, mas da sociedade que a mantém. Afinal, se a UFMG for o fim de si mesma, então por que não privatiza-la?
    Sou a favor de um ensino de qualidade para a maior quantidade de alunos possíveis. E se o número de alunos que formam for reduzido, a UFMG tem de se perguntar onde ela está errando.

    Clayton Ramos Pereira

  90. 230
    Dina Costa disse:

    Concordo com o sistema de cotas, mas acredito que o problema de falta de acesso não é exclusivo dos negros. Creio que seria mais justo se houvesse um estudo para que as cotas fossem sócio-economicas, pois o problema maior é a falta de oportunidade a todos que se encontram em áreas de exclusão social, e não são só os negros que são excluídos. O maior preconceito do povo brasileiro é o preconceito contra o pobre.

    Dina Costa

  91. 229
    marisa vieira disse:

    O que o Brasil está tentando fazer é corrigir um erro brutal que fez a nós, negros, no decorrer de nossa historia. Então, o sistema de cota é direito nosso e obrigação do Estado. Isso é o mínimo porque pela nossa luta, este país nos deve muitos direitos adiquiridos e não respeitados, principalmente o direito de um ensino fundamental, médio e superior de qualidade e de graça. Mas para isso virar realidade tem que mudar o conceito de ensino educacional para preto e pobre no Brasil. Isso não é tudo: junto com o ensino de qualidade têm que vir no mesmo pacote ações afirmativas e políticas públicas comprovadas dentro das leis brasileiras para o povo negro já tão sofrido deste país, que se diz não-racista. Eu faço Ciências Sociais na PUC Minas e estou muito feliz com a oportunidade de estudar, ou melhor, de ter entrado na faculdade através das cotas, pena que não é integral, mas já é uma grande vitória.

    Marisa Vieira

  92. 228
    Sacha disse:

    Eu acredito que o sistema de cotas para negros deva existir. Pois, essa inclusão, só seria uma recompensa para aqueles que até hoje, dentro da sociedade, são massacrados. Vemos isso, no nosso cotidiano, no qual a etnia negra recebe salários mais baixos, não apresenta em sua maioria um curso superior, vive de subempregos, além de não ter, em sua maioria, devida a sua situação socioeconômica condições de cursar uma boa universidade! Tanto que em cursos de expressão, raramente vemos negros! Enquanto o negro continuar \”diferente\” perante à sociedade, medidas efetivas necessitam ser criadas! As cotas não precisam sem para sempre, mas o problema tem que ser resolvido, ao menos, um pouco!

    Sacha

  93. 227
    Guilherme Silva Moreira disse:

    Acredito que o sistema de cotas para negros é uma medida a curto prazo a ser tomada pelo gorverno afim de reparar os danos remanescentes do periódo colinial os quais são claramente perceptíveis e comprováveis através de dados: os negros são 65% da população pobre brasileira 70% dos que vivem na extrema pobreza e 80% dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado, essas cotas deverão ser para sempre caso na haja um intenso investimento na educação básica, e assim, sanando o problema pela raíz.
    Um abraço.

    Guilherme Silva Moreira

  94. 226
    MARIANE CARDOSO disse:

    Sou contra [sistema de cotas e mecanismos de inclusão] porque não é isso que a lei diz; [não] somos todos iguais!!!

    Mariane Cardoso

  95. 225
    ELOIZA LAGARIS DE PAULA RIBEIRO disse:

    Existem inúmeros jovens capacitados nas conceituadas \”camadas pobres da população\”. O que falta é um processo JUSTO de inclusão que permita que eles mostrem o seu potencial.

    Eloiza Lagaris de Paula Ribeiro

  96. 224
    JAIRO DOS SANTOS MATOS disse:

    Eu também acho errado esse sistema de cotas pela cor; justificam que é porque o negro sofreu muito no passado. Ai eu pergunto: -  se mudar o presente, o futuro vai apagar o passado? Não, afinal quem sofreu não são esses aqui agora [estão] e sim seus antepassados e eu acho que eles querem fazer uma injustiça porque vão ter vagas seguradas mais não sabem que desse jeito estão se humilhando, passando por coitadinhos que não têm capacidade para passar direto. E também acho que o dinheiro que investe nisso [inclusão] colocava na educação.

    Jairo dos Santos Matos

  97. 223
    tamara disse:

    Na minha opinião, somos todos iguais. A cor da pele não revela o caráter de cada um de nós.

    Tamara Andrade

  98. 222
    Marcelo disse:

    Condições iguais não quer dizer chances de entrar. As condições vão de acordo com o esforço do aluno.

    Marcelo van Petten

  99. 221
    Anderson disse:

    Uma coisa é certa. Todos somos iguais. Será?

    Por que o pobre deve estudar na escola pública (entenda-se \”ruim\”), e ao entrar no ensino superior deve faze-lo em uma instituição particular?

    R.: As privadas possuem cursos [no turno] noturno e permitem com que o mesmo trabalhe e estude, possuem vestibulares que exigem um nível de conhecimento igual ao que o mesmo obteve no ensino médio e geralmente possuem programas de inclusão social, como bolsas, descontos, convênios, programas de incentivo entre outros.

    Você já parou pra pensar que o contrário nunca acontece. Já viu algum estudante de classe alta entrar em uma escola pública? Por que será? Espera-se que o mesmo se forme em bons colégios e ainda faça cursinho preparatório. Que o pai e a mãe o levem de carro, ganhe mesada, internet banda larga e um celular da moda.

    Definitivamente, nada contra a burguesia, afinal quem pode, pode… (isso eu aceito e não discuto). Mas o que não dá pra entender é porque eles não continuam no ensino privado na hora de \”pular\” em uma faculdade.

    As diferenças começam por aí. Em um país desigual como o Brasil as instituições públicas foram feitas para a maioria, que neste país é pobre. As outras universidades já se tocaram para o que a UFMG até agora finge não enxergar, devido a uma minoria social, que se faz maioria dentro da UFMG, os estudantes de \”boa linha\”.

    Todos somos iguais e por isso: DEVEMOS TER CONDIÇÕES IGUAIS.

    Anderson Lima

  100. 220
    luiz carlos da costa disse:

    Cota é um problema muito serio mesmo, pois as opiniões nunca irão bater. É necessário discutirmos esses problemas que vêm sendo discutidos nos corredores das universidades, sem nenhuma explicação por pesquisadores. A cota é certo ou errado, a quem concorda. Nós temos de parar de discutir o problema sem alguns fundamentos, pois venho estudando a questão do negro em escolas públicas na cidade de Presidente Prudente e me deparei com um grande público de negros que estão frequentando as escolas de periferias, sem algumas perspectivas de um melhor futuro. O que deve ser feito: o futuro desses alunos é sem futuro ou o sistema de cota este momento seria uma das soluções imediatas. Eu ainda não sei até somos capazes de ficar esperando por outras soluções. Eu preciso saber de algo para ser feito, pois estou procurando e não a encontrei essas soluções. O que eu mais fico feliz é saber de todas as heranças que foi deixado para o negro após escravatura, como periferias, empregos, casas e escolas, esses foram as mehores heranças que podemos ter ganhos.
    Sou negro e estudante da Unesp de Presidente Prudente; venho estudando a questão do negro na escola pública de Presidente Prudente.
    Luiz Carlos da Costa

  101. 219
    Aloisio Rocha disse:

    Sr. Moderador

    A propósito da minha correspondência que não foi enquadrada dentro do perfil de Inclusão Social, quero ressaltar que discordo.
    E porque discordo? Porque na minha explanação, deixo claro que a dificuldade de manusear e manipular muitos instrumentos que se encontram à disposição do brasileiro, aí se inclui o Computador, confirma o despreparo da população
    Mas acontece que muitas famílias não tem o que comer e vestir e ficam pessoas, aí, distorcento o foco da questão, falando em modernidade, quando na verdade o que se precisa incluir é o cidadão dentro dos padrões normais de sobrevivência antes de tudo. Não se pode falar em tecnologia, quando observamos milhares de pessoas no nosso país, sem as mínimas necessidades básicas atendidas.
    Existe, também, um outro aspecto muito frequente na atual gestão brasileira: é a corrupção. Todo e qualquer projeto, empreendimento ou ação perpetrada pelo poder público, possui um lastro absurdo de ilegalidade. Aí, fica mais difícil se esperar que alcancemos um nível de desenvolvimento do povo e do país.
    Enquanto o brasileiro tiver pagando tarifas a preço de primeiro mundo e recebendo remuneração de terceiro mundo, vejo como utópica essa tal falada Inclusão Social.
    Grato.

    Aloisio Rocha

  102. 218
    Marcelo disse:

    Todos têm a mesma capacidade. Se tem alguém que se vê necessitado de vagas reservadas, é porque se declara abaixo do nível necessário para entrar numa Universidade.

    Marcelo van Petten

  103. 217
    Jussiene disse:

    [Inclusão social] é mais que necessário.

     Jussiene

  104. 216
    Patricia disse:

    Eu acho o errado as facudades darem previlegio para quem estuda em escola pública,
    ou ate mesmo para quem é negro, pardo ou indigena. No próximo ano eu estarei numa escola particular; eu vi as vantagens de eu entrar numa facudade de medicina pela facudade pública, mas para quem estudou sempre na rede particular, eles não dão \’\'praticamente\’\’ vaga.
    No caso de 1.500 vagas na medicina, 50% e para rede pública, 17% negro, pardo e
    3% para indigena e que resto para nós da rede particular 30%??

    Sou contra essas vantagens!!

    Patricia Domingues
    como mostra em uma lei,DIREITOS iguais a TODOS!!!

    Patricia domingues
    Bariri-Sp

  105. 215
    João Nicoli disse:

    Totalmente contra [sistema de cotas]. Não é dever do estado criar leis que promovam a segregação social. Fazemos parte de um sistema capitalista controlado pela lei do mercado, logicamente a classe favorecida recorre a condições de ensino e vida melhores. O dever do estado é assegurar o funcionamento da máquina publica e a integração social por meio de vias legais que não atrapalhem o próximo, portanto deve haver uma melhora da base e nã o no grau avançado de educação.

    João Nicoli

  106. 214
    José Mauro Pinheiro Rodrigues disse:

    Não sou a favor da lei porque isso só gera ainda mais descriminação com a cor da pessoa. A minha bandeira é igualdade para todos os seres humanos.

    José Mauro Pinheiro Rodrigues

  107. 213
    adelia vaz disse:

    Todos são iguais perante a lei. Direitos iguais para o mesmo nivel de escolaridade. Competencia e não o sucateamento do ensino. O ideal é investimento em educação básica.

    Adélia Vaz

  108. 212
    Lorena disse:

    Sou negra e era contra o sistema de cotas. Mudei de opinião porque quando fui fazer inscrição do meu filho em um pré-vestibular da elite de Belo Horizonte, imagina o descaso da moça da recepção. Ela deixava bem claro através da sua atitude que lá não seríamos bem aceitos.
    Deixo claro que nunca havia me sentido discriminada; saí de lá e desisti. Poderia
    ter denunciado, mas acho que não vale a pena, e penso que na faculdade pública
    os negros têm acesso porque o sistema de cotas favorece. Quando se sente a discriminação na pele é notório que o preconceito é muito vivo, há diferença entre o branco pobre e o negro pobre a cor infelizmente.

    Lorena

  109. 211
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    Elite branca? Movimento negro? Pássaros azuis? Do que vocês estão falando? Até parece que os \”brancos\” se reúnem, na madrugada furtiva, na casa de algum deles para confabular sobre como tirar os \”negros\” da jogada, e mantê-los sempre na margem da sociedade… Acordem! Isso daqui não é livro marxista de história que nós vemos no ensino médio, isso é a vida. O seu vizinho não quer saber se você é preto, amarelo, branco, azul, verde etc., ele está preocupado com si próprio, e pronto. Se alguém aqui deixou de passar no vestibular pela cor da pele, se engana em creditar ao fator cromático seu insucesso; antes, devesse esse candidato repensar a sua educação e buscar melhores condições. O fato de vocês continuamente colocarem aqui termos infantis e idiotas como \”elite branca\”, \”movimento negro\” e companhia, desmoraliza esse importante debate.

    Abraços a todos.

    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo

  110. 210
    Eduarda Amandio disse:

    Eu acho que o negro tem os mesmos direitos que nós. Eles nao podem ser discriminados por sua cor; eles são iguais a nós. A única coisa é que é que sua pele é negra e a nossa é branca.
    Muitas vezes os negros não conseguem trabalho só por causa de sua cor, muitas vezes até crianças discriminam os negros. Eu acho que os negros têm o mesmo direito que nós. Não é é por causa da cor que ele vai se diferenciar tanto da gente.

    Meu nome é Eduarda [Amandio]
    sou aluna do Castro Alves
    e quando estava fazendo uma pesquisa para a feira de História
    achei esse saite muito interesante.

  111. 209
    Marcelo disse:

    De forma alguma as reservas de vagas deveriam existir. Uma opinião que tenho é, se há tantas universidades com reservas de vagas, por que elas não se unem, já que são numerosas, e cobram do governo um maior investimento na educação? Seriam intituições de credibilidade pedindo que o governo fizesse algo para melhorar a situação da educação e dar credibilidade a outras instituições de ensino.
    A reserva de vagas não nivelará o ensino por baixo, mas sim acomodará cada vez mais os estudantes.

    Marcelo Petten

  112. 208
    Warley M. Souza disse:

    AS COTAS. MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL.

    Há alguns meses, posicionei-me com relação às cotas nas universidades. Meu incômodo sempre foi gerado pelo discurso eleitoreiro de muitos candidatos a cargos políticos no Brasil, a despreocupação que estes demonstravam com a qualidade do ensino e, por oposição, a preocupação que os mesmos tinham em relação aos números, números que nos façam parecer uma sociedade mais justa.

    No entanto, em discussões posteriores, deparei-me com o fato de que eu estava desconsiderando talvez o fator mais importante em todo esse processo: o Movimento Negro. E o que percebi é que a elite branca se posicionou como aquela que baterá o martelo, que dará a decisão final. E não é assim que as coisas devem acontecer. E se o Movimento Negro exige uma porcentagem de ingresso de estudantes negros na Universidade, nada mais justo que acatar tal exigência. Enquanto isso não for feito, o Movimento Negro não estará tendo o respeito que merece. Tal movimento está cumprindo o seu papel. Esperamos que o Estado cumpra o seu, promovendo mecanismos para a melhoria da qualidade do ensino.

    Warley Matias de Souza, aluno do oitavo período do curso de Letras, UFMG.

  113. 207
    \”Marcleide Pederneiras\” disse:

    Primeiramente quero dizer que esta interação a partir deste site, entre pesquisadores, professores, profissionais, estudantes e demais interessados é valiosíssima.

    Em leitura a todos os depoimentos, artigos desponíveis e a mensagem do reitor, quando da minha busca pelo assunto Inclusão Social, despertou em mim, o interesse sobre a Inclusão Social na área das Ciências Contábeis.

    Até agora não encontrei nenhum projeto, monografia sobre este tema na área de meu interesse.

    Se algúém econtrou por favor envie a fonte de pesquisa.

    No aguardo de informações.

    Saudações a todos.

    Marcleide Pederneiras, professora do curso de Ciências Contábeis da UFCG/CCJS

     

  114. 206
    Nathan Mendes Souza disse:

    Nathan Mendes Souza (Médico graduado pela UFMG, ex-bolsista da FUMP, mestre em Educação Médica pela ENSP, Havana, Cuba e doutorando da Universidade de McMaster, Hamilton, Canadá.
    A sociedade brasileira produziu evidência ético-científica acerca da validade da implementação da política de cotas em suas IFES [Instituições Federais de Ensino Superior). Portanto, debater ampla e decisivamente a inclusão social em nossa UFMG faz se premente. Ademais, incluir com justiça maior parcela da população pobre no corpo discente da UFMG e apoiá-los via FUMP [Fundação Mendes Pimentel] faz-se necessário.

    Nathan Mendes Souza (Médico graduado pela UFMG, ex-bolsista da FUMP, mestre em Educação Médica pela ENSP, Havana, Cuba e doutorando da Universidade de McMaster, Hamilton, Canadá.

  115. 205
    Dóris Campos Coelho disse:

    Acredito ser importante primeiramente investitir na qualidade da educação básica da rede pública para que nossos alunos tenham condições de acompanhar aqueles que vêem da rede privada. Essa medida torna desnecessária cotas para negros, índios e pobres. A discriminação está é na qualidade da educação básica da rede pública.

    Dóris Campos Coelho

  116. 204
    Renan disse:

    Acredito que o sistema de cotas para alunos das escolas particulares é mais uma maneira de tentar esconder o péssimo nível da educação pública. Não é difícil perceber que se abrirmos essas cotas, assim como para negros (outro absurdo), deveremos abrir também para homossexuais, velhos, loiras, morenas, ruivas, gordos, magros etc. É claro que não podemos maquiar essa realidade em que vivemos, mas acredito, que além de não resolver os problemas sociais, essas cotas podem gerar novos problemas, como por exemplo a elitização das escolas públicas. Tá certo que o nível de informação de alunos do estado são um pouco inferior, mas essa diferença pode ser tirada nos estudos. Eu sou um pré-vestibulando, sempre estudei em escola particular, porém não tenho condições de pagar uma faculdade, e acho um tremendo absurdo, ter que me esforçar mais do que outros com privilégios. Obrigado.

    Renan Carvalho

  117. 203
    Gerson de Freitas Júnior disse:

    É indubitável que há um enorme fosso na qualidade da preparação para o vestibular que separa os alunos de baixa renda dos demais. Não podemos perder de vista, contudo, que o ambiente acadêmico da UFMG é fundado sobre um sistema meritocrático, o qual é essencial para a manutenção e aprimoramento da sua qualidade.

    Como podemos solucionar o conflito entre a meritocracia e a inclusão social?

    O embate é complexo, mas há soluções viáveis. Creio que a principal delas, seja a adoção de um sistema de bonificação de pontos no vestibular. Tal medida impediria o ingresso de alunos desprovidos de base escolar no ensino superior, o que reduziria os índices de evasão universitária e asseguraria a qualidade da UFMG.

    Em algumas universidades públicas, a pontuação necessária para a aprovação no vestibular dos alunos beneficiados pelo sistema de cotas é metade da nota para os alunos não-cotistas, fato que é extremamente preocupante.

    A universidade realmente precisa incluir as classes sociais menos favorecidas, mas não pode permitir o ingresso de alunos que não saibam matérias que são requisitos para o curso de graduação.

    Gerson de Freitas Júnior, aluno de graduação da FD-UFMG.

  118. 202
    Gabriella Rangel disse:

    Sou professora da Município do RJ e do Estado do RJ (Pública). Na Escola já venho desenvolvendo Projetos que envolvem estas temáticas, vejo a questão principalmente relacionada a Direitos Humanos, com Direitos Civis, Sociais e Políticos em direção ao direito à cidadania e à Educação.
    Pela Secretaria Estadual de Educação estou atuando com área de projeto junto a Formação de professores (ensino Normal do Estado do RJ) e estou também atenta se estas questões estão totalmente inseridas na formação desses jovens.
    Gostaria de manter contato com esta pesquisa, pois vem de encontro com o tema que venho trabalhando em Educação.
    Professora Gabriella Rangel-RJ

  119. 201
    Wilma Dos Santos Paiva disse:

    Este estigma racial, vamos carrega-lo por muitas geraçoes, afinal o lema
    do Iluminismo ainda não se concretizou. Sou negra embora me chamem de parda,
    estudei o ensino médio (suplência), o ensino fundamental foi feito em prova de massa.
    Tentei primeiro [o vestibular] a PUC (Enfermagem); passei sem cursinho. Agora almejo a UFMG, este novo curso, a cota para negros nao me seduz pois sinto-me capacitada para assimilar
    bem o apreendizado, o cérebro não tem a cor branca ou preta é uma massa cinzenta;imagina se Albert fosse negro?? A soluçao mais coerente seria uma escola pública de ensino médio e fundamental que atendesse ao preparo destes alunado. Abraços

    Wilma dos Santos Paiva

  120. 200
    alexandre disse:

    Não concordo com o sistema de cotas para negros, creio que a solução não é apenas reservar vagas por questões racias, devia-se pensar que so teremos uma igualdade cultural, quando todos tivermos as mesmas oportunidades.
    De que adianta reservar vagas para um grupo de pessoas, e as mesmas não terem condições de iniciarem, frequentarem e concluirem os cursos escolhidos.
    A inclusão social deveria atender a todas as pessoas que buscassem a oportunidade de estarem adquirindo o conhecimento atraves de um curso, seja por desejo pessoal ou necessidade profissional.
    Não só os negros são marginalizados e descriminados, será que alguem já parou para tentar entender, um profissional que trabalha em uma determinada empresa por anos, lutando pela empresa e sonhando com uma promoção, ou melhor \”a promoção\” que o elevaria a um nivel superior. E esse profissional com anos de conhecimneto e pratica, não teve dinheiro, nem muito menos a oprotunidade de poder cursar uma faculdade.
    De repente é apresentado ao recém-chegado e novo chefe que acabou de sair da faculdade com um canudo, que \”papai pagou\”, sem saber nada sobre a parte pratica do seu curso. E o seu diploma o confere os super poderes de ordenar e desordenar tudo que ele quiser, até o de responsabilizar alguem pelos seus erros. Pois ele tem certeza que tudo que aprendeu e tudo que ele sabe esta acima de qualquer um que não possua um diploma superior ao dele.
    E quantos as empresas que investen em qualidade?será que um simples profissional terá condições de chegar a um elevado cargo?
    Com o ensino com preços tão elevados que oportunidade ele terá?
    Se não estou enganado inclusão social é igualdade para todos. Como pode haver igualdade se sempre exigem mais e mais formação sem dar oportunidades iguais?
    Ou será que inclusão social so pode ser feita aos filhos do Dr Fulano de Tal, ou os indicados pelos Exmos Sr Politicos de nossa cidade?

    Alexandre

  121. 199
    fabiana disse:

    Por que a UFMG fica só discutindo sobre inclusão se, aparentemente, não vai fazer nada? A Justiça determina e ela [a Universidade] não cumpri …..Isso é hipocrisia. E o quê? Cotas para escola pública resolveriam os problemas de brancos e negros …

    Fabiana

  122. 198
    fabrício de oliveira lana disse:

    Creio que a existencia de cotas raciais em universidades públicas não passa de uma forma errada de se encarar o \”preconceito\”, pois não vejo motivos pois o afrodescendente ou outra pessoa qualquer têm a mesma capacidade para conseguir uma bolsa em uma universidade é claro, mas se excluir não dá margens para diminuir o preconceito mas sim aumentar. Cota social, creio que será de boa colocação pois não é justo competir um aluno provindo de escolas públicas com seus ensinos defasados, a comparar com um aluno originário de colégios particulares exemplo um bernouli da vida. Mas como os direitos humanos nos fala que instituição federal é de mérito próprio.

    Fabrício de Oliveira Lana

  123. 197
    Lucas marques disse:

    Ano passado eu fui ao encontro de Economia Mineira em Diamantina. No primeiro dia teve um coquetel de abertura no qual estavam presentes professores, alunos e outros funcionários da UFMG. Entre eles estava nosso reitor. Eu havia lido um artigo dele defendendo as cotas, criei coragem e fui lá bater um papo com ele.
    Ele foi muito receptivo e usou um exemplo que achei ótimo. Não sei se a galera aqui na comunidade tem cabeça aberta suficiente para ler o argumento sem preconceito e emitir opinião. Mas se eu conseguir convencer uma pessoa, tal como ele fez comigo, já me dou por satisfeito.

    O exemplo dele foi:
    Imagina que você tem uma maratona aonde correm dois atletas. O primeiro tem apoio financeiro completo, equipe técnica, material esportivo impecável. Além disso, durante a corrida, ele tem apoio da torcida e corre na parte da pista asfaltada, lisa, perfeita. Corre em tempo nublado, dessa forma, protegido do desgaste do sol.
    O segundo nunca teve apoio financeiro. Sempre treinou em péssimas condições. Não tinha acesso a alimentação adequada, muito menos material esportivo. Durante a corrida não teve apoio nenhum da torcida, pelo contrario, muitas vezes sofreu preconceito e discriminação por ser pobre. Correu numa pista cheia de pedra e cascalho, sobre um sol forte. Se não bastasse tudo isso, para sustentar seu treinamento, ele tinha que trabalhar e isso o deixava extremamente cansado.
    No final da maratona o primeiro colocado chega 30 segundos na frente do segundo. A pergunta que ele me fez foi: Qual é o melhor atleta? Qual merecia o prêmio? Qual deled merece o mérito da vitória?
    Bem, a minha resposta foi: “O segundo atleta”.
    Ele nem precisou dizer o quanto isso se assemelhava a “maratona” em busca de uma vaga de universidade federal. Eu me dei por convencido que um sistema de bonificação de pontos no vestibular não é um distorção, mas sim um ajustamento nas condições de “corrida” dos candidatos.
    Pense em todas as péssimas condições que um aluno de escola pública tem. Pense em quanto ele sofre tendo que trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Lembre-se da falta de infra-estrutura.
    Agora, reflitam sobre as condições dos alunos de escola privada (eu já fui um). Escola boa, apoio dos pais e incentivo da sociedade, não precisa trabalhar, tem livros, professor particular em alguns casos,c ursinho de altíssima qualidade etc.

    Sistema de bonificação não é projeto social, é justiça.
    Eu apenas quero os alunos da UFMG reflitam sobre isso. Só isso…

    Lucas Marques

  124. 196
    Miquéias Henrique Lourenço disse:

    A UFMG deveria sim criar cotas para estudantes de escola pública, e esse valor não deveria ser entre 30 e 50%, esse valor deveria ser proporcional ao número de alunos que saem todos os anos de escolas públicas e privadas. Isso, com certeza, daria mais de 50% para alunos provenientes da rede gratuita. Isso sim é justiça num país em que só vemos injustiças.

    Miquéias Henrique Lourenço

  125. 195
    maele proença disse:

    Penso que se a inclusão for estabelecida, as pessoas normais não terão liberdade
    para fazer qualquer atividade…

    Maele Proença

  126. 194
    Fernanda Dias disse:

    Sou a favor das cotas raciais e sociais na UFMG!

    Fernanda Dias

  127. 193
    alencar disse:

    Não sou a favor das cotas raciais, pois penso que se elas forem estabelecidas vai ser uma forma de discriminar a capacidade intelectual dos estudantes.

    Alencar Catalão

  128. 192
    Angelica disse:

    Não precisaria de cota para pobres, negros ou índios se as próprias universidades auxiliassem os carentes, já que as questões colocadas nas provas são totalmente absurdas, sendo que os alunos das escolas públicas das periferias não têm um ensino qualificado para conseguir uma boa nota para ingressar nas universidades estaduais e federais e para ajudar muitos desses que trabalham e não conseguem pagar um bom pre-vestibular. Muitas universidades falam de inclusão social, mas isso é apenas um pretexto para esconder o verdadeiro propósito é omitir que essas universidades são \”particulares\”, pois não estão ao alcance de todos.
    E a maioria das pessoas que frenquentam essas universidades são de status, e se tiver algum pobre é porque tem um pai que o \”banca\” sem pensar em alimentar seus outros filhos, pois a mensalidade de um bom cursinho não é nada barata!
    Acho que a pergunta deveria ser diferente: \”há de verdade uma inclusão social ou é apenas um modo de esconder o verdadeiro significado dessa palavra\”? Pois, até hoje, vir uma SELEÇÃO SOCIAL.

    Angelica Leca

  129. 191
    Girlene Galgani Reis de OLiveira disse:

    Considero muito relevante a proposta deste debate. Vivemos em um país de poucas e desiguais oportunidades para muitos e tenho certeza que a UFMG junto com o seu grupo docente, funcionários, alunos, ex-alunos e a sociedade em geral podem juntos avançar na compreensão da importância de criar condições para diminuir as desigualdades sociais através da geração de oportunidades. Desta forma estaremos contribuindo para uma sociedade mais justa e muito mais digna de se viver. Acho prudente rever o elitismo de certos cursos da UFMG, onde só alunos com boas condições financeiras conseguem entrar. Aproveito para agradecer a UFMG que um dia me acolheu como sua aluna; tenho um imenso carinho por esta instituição, pois se ela não existisse, com certeza eu não faria parte do pequeno grupo de brasileiros com cursos superior.

    Girlene Galgani Reis de Oliveira

  130. 190
    Juciel Santos disse:

    Quando falamos em inclusão social é necessário uma profunda reflexção da base do nosso sistema educacional. Sou aluno de escola pública e percebo que entre meus colegas poucos estariam capacitados para a vida acadêmica, nosso sistema de educação é omisso e ineficaz formamos cada vez mais e cada vez pior. Há uma lacuna entre nossos jovens e o conhecimento de realidade do nosso país e do mundo. Imersos em um mar de lama moral e ético vivemos agarrados a políticas públicas incapazes de cumprirem o seu papel. As cotas não resolverão a questão racial, pelo contrário, pode afirmar ainda mais o abismo e a segregação socio-economica em nossso país. Questões afirmativas devem garantir que as pessoas que se sentem preparadas mas sem condições financeiras encarem um processo seletivo de forma democrática, caso do processo de insenção da UFMG que da a estas pessoas o direito de enfrentar seu processo seletivo sem a carga muitas vezes instranponivel que é sua taxa de inscrição.

    Juciel Santos

  131. 189
    marllon xavier disse:

    Bom…eu penso que a cota para negro nas universidades é um dos maiores absurdos que já vi. O ingresso em uma universidade, seja ela pública ou não, se faz por mérito e não por fatores como cor, religião ou coisa parecida; a pessoa entra na universidade por que mereceu e não porque é pobre ou coisa parecida. Isso é uma forma discreta de racismo. Sou negro e não tenho vergonha de assumir a minha cor perante ninguém.

    Marllon Xavier

  132. 188
    Ramon Cirino dos Santos disse:

    A desigualdade social sem dúvida nenhuma é uma das principais causas pela qual os jovens não conseguem entrar em uma faculdade ou só conseguem entrar quando já estão em uma idade mais avançada, seja a universidade pública ou privada.
    Se a corrupção de nosso país não estivesse de forma tão sublime talvez as escolas públicas poderiam apresentar um ensino de melhor qualidade aos seus alunos, fazendo com que os mesmos tivessem a oportunidade de sair do ensino médio e poder brigar por uma oportunidade em uma universidade pública, mas infelizmente hoje o nível é muito diferente o que gera um grande atraso no igresso aos estudos.

    Ramon Cirino dos Santos

  133. 187
    Alexandra disse:

    Não consigo enxergar diferenças nos seres humanos, sejam eles brancos, negros, amarelos, somos todos iguais e formados da mesma maneira, ou alguém já viu esqueletos diferentes por terem tido a cor da pele preta ou branca? Isso é idiotice, preconceito criado por mentes desocupadas que ao inverso de trabalharem em prol do benefício mútuo, visavam apenas o próprio bem estar. Ou seja, na época da escravidão inventaram esta \”diferença\” para poderem se aproveitar das outras pessoas, explorando-as, e para não morrerem de remorsos, então criaram esta idéia demente de que os negros são diferentes, fato este desmentido pela ciência. Aida hoje vivemos em um mundo preconceituoso, e não apenas com os negros, mas com tudo que não entre nos padrões de beleza ditado por uns e outros, e aceito pela maioria, por comodismo e medo de lutar pelas suas opiniões. Acredito que a beleza parte dos olhos de quem olha, se a minha alma quer ver o belo, então tudo que eu olho tem a sua beleza única, mesmo que diferente. Não acho que o preconceito parte apenas dos brancos, ou \”normais\” para o caso de deficientes físicos, mas muitas vezes a própria pessoa alvo da discriminação se discrimina, ou seja, esta onda de cabelos lisos, todo mundo na chapinha, escova de chocolate, progressiva, mil e um produtos químicos para tentar disfarçar um fato que é ter cabelo crespo, então o preconceito é da própria pessoa que quer ser algo que não é.

    Sou branca, de cabelos lisos, tenho uma filha com cabelos crespos e estopu ensinando-a a se aceitar, a valorizar seus belos traços que incluem os seus cabelos, no que depender de mim ela vai crescer assim, se amando como ela é. Dou o maior valos quando vejo alguém que se assume, não esses alienados que se escondem numa capa de frescuras. Pode ser que discordem, mas esta é a minha opinião, não vejo necessiades de cotas, ou similar, acho que isso é um preconceito mesmo, se é para ajudar, então as cotas deveriam beneficiar todos os estudantes com baixa renda, e isso seria democracia.

    Alexandra Bispo

  134. 186
    Isabela Rocha disse:

    Os negros não são diferentes dos brancos,todos nós somos seres humanos e com isso, devemos ter todos o mesmo direito. Só que isso não acontece pois dizem que os negros, a maioria quando entra na escola ou qualquer outra coisa, são olhados com outros olhos, pois algumas pessoas têm preconceito. E eles? Será que eles também não têm nenhum preconceito com os brancos?
    A humanidade faz com que eles se olhem diferente, pois se não houvesse essa pressão toda de direito dos negros…ou o negro que não tem uma boa condição de vida e deseja estudar é mais dificil para ele do que para o branco, eles não se importariam com nada disso.
    Meu nome é Isabela e tenho 14 anos,e tudo que eu escrevi até agora é a minha visão sobre esse assunto. O certo seria que nós tratassemos as pessoas negras ,sem essa cota e tal,porque eles não são nenhum pouco diferentes de nós!

    Isabela Rocha

  135. 185
    Lu Soares disse:

    A discrepante desigualdade social nesse País não envolve somente cor de pele, a condição socio-economica na realidade social brasileira aponta tanto para brancos, pardos, negros etc., no entanto é igual oferecer acesso à educação a quem dela necessitar e se interessar, não fiquemos atrelados somente à cor de pele. Sou branca e pobre, acredito que ainda a única opção que tenho de melhorar um pouco de vida é buscar a educação. Sou otimista em acreditar que ainda exista uma politca de cotas que venha beneficiar independente da cor de pele, aqueles que estão em busca dela e de fato precisa.

    Lu  Soares

  136. 184
    silvia disse:

    Eu sou negra e acho que o sistema deveria beneficiar a todos que precisam, que necessitam estudar. Eu sei que devido à vários fatores eu sofro discriminação racial. O problema é que não existem apenas negros que não têm acesso à escola privada, mas também brancos. Então, deveria haver uma forma de beneficiar pessoas carentes e não somente nós, negros. Existem negros que têm condições de frequentar escolas boas, como também, existem brancos que não têm condições. O problema é mais complexo, não é simplesmente cor de pele.

    Silvia Fernandes

  137. 183
    Renê de Oliveira ( Aluno do curso Serviço Social da Universo de Juiz de Fora ) disse:

    Fico muito feliz em saber que existem pessoas que realmente enxergam este problema de uma forma mais coerente com a que deparamos. Não podemos mais fechar as portas para o desenvolvimento intelectual de ninguem, medir conhecimento pelo vestibular é muito pouco. Acredito que o problema maior será dar estrutura para as universidades receber estes novos alunos. Devemos também nos preparar para as cotas em relação aos indígenas que já estão dando seus gritos por estes direitos. O Iº Congresso Nacional de Educação Superior Indigena em Porto Seguro-BA mostrou que eles estão unidos pela questão, acho importante abrir as universidades para este debate.

    Renê de Oliveira (Aluno do curso Serviço Social da Universo de Juiz de Fora)

  138. 182
    Brescia Nonato ( M.A.D) disse:

    Acredito que todos aqueles que se manifestam contra as cotas raciais não conhecem nada, ou não querem enxergar a trajetória dos negros em nosso país. O que chamam de democracia racial no Brasil é apenas um mito, basta olharmos para nossa sociedade para saber onde estão os negros em nosso país. As cotas são uma das Ações Afirmativas que buscam uma real igualdade de direitos. Porém, ao contrário do que muitos pensam, não basta tratar a todos igualmente, é preciso dar suportes para que tenhamos condições de ser todos iguais. Acredito que não solução para as enormes dispararidades encontradas em nosso país, no que tange à educação, seria em grande parte solucionada com um politica universal de cotas socias e um focalização nas raciais.
    Por isso eu digo: COTAS RACIAIS SIM!!!
    Muitas universidades no país estão compreendendo que cotas são realmente necessárias e indispensaveis em nosso país; sei que a UFMG escolheu (por enquanto) a inclusão através de cursos noturnos, no entanto acredito que isto não vem gerando o resultado esperado. Então será apenas uma questão de tempo para a inclusão de cotas, o problema é que não podemos mais esperar!

    Brescia Nonato (M.A.D.)

  139. 181
    Fernanda Dias (Movimento Afirmando Direitos na UFMG) disse:

    Saiu no site da UFMG o Relatório de Gestão [2002-2006] que insere em sua listagem de análise o item: \”Democratização da educação superior: uma dívida a ser paga\”. Um titulo \”bacana\” com um conteúdo questionável, com uma alegação que, por vezes, demonstra um aspecto questionável: a subalternidade! Então, penso: este link de inclusão tem significado para esta universidade?
    A UFMG precisa se assumir publicamente na discussão sobre a inclusão, dialogar com a comunidade externa, dialogar com os alunos (ouvindo todas as posições), saber que existe um movimento dentro desta universidade que, articulado com movimentos externos, luta pela inclusão e traz a bandeira das cotas raciais: o Movimento Afirmando Direitos.
    Externando um pouco das reflexões que fiz sobre o texto publicado no relatório supracitado:
    \”Em minhas caminhadas, andanças pelo campus uma percepção me é inevitável: o povo que transita nesta universidade fica mais negro com o cair da noite… E me pergunto: isso é inclusão? Talvez sim, se pensada na inclusão feita antes ainda da \’abolição\’ quando o negro era autorizado por lei… Oh, quão grande dádida, a frequentar as aulas somente no turno da noite\”.
    Fernanda Dias (Movimento Afirmando Direitos na UFMG)

  140. 180
    ADARLING CRISTILAINE SANTANA DE CAMPOS disse:

    Eu acho que o sistema de cotas para negros deveria ser aprimorado e não questionado se deve ou não continuar. Eu sou negra e a única chance que eu vejo de de conseguir cursar a faculdade é pelo sistema de cotas. Já que sou assalariada, moro com meus pais e tenho que ajudar [financeiramente]. O que não me deixa nem sonhar em custear a minha faculdade. Se acaberem com o sistema de cotas para negros, estarão acabando também com a minha chance de cursar a faculade.

    Adarling Cristilaine Santana de Campos

  141. 179
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    Alguns defensores das cotas raciais pregam aqui que elas seriam uma medida paliativa, de curto prazo, com o objetivo de diminuir as chamadas distorções que causam desigualdade racial no Brasil. Sem entrar no mérito da questão de racismo ou não - porque não há argumentos que suportem a existência de racismo, isso é o fato, gostaria de focar justamente neste aspecto das cotas. Seriam as ações afirmativas realmente de curto prazo? Suponhamos, em um cenário improvável, que essa estória de cotas realmente dê certo. E aí? Um dia, o governo dirá: \”não precisamos mais desta ação\” e cortará este benefício que os negros receberiam de mão beijada? Com certeza a aceitação do corte desta mamata não seria tão fácil. Adicionalmente, pergunto: há algum lugar do mundo aonde ações afirmativas (de cunho racial, principalmente) deram certo? Digo, existe alguma experiência positiva aonde houve separação racial adequada (quem é negro, quem é azul, quem é checheno etc.), escolha dos tipos que merecem tal misericórdia, acompanhamento eficiente destas pessoas durante a vida acadêmica e resultados sociais consideráveis que valham a pena tanta distorção no meio acadêmico? Se houver, gostaria de saber.

    É importante perceber que, caso as cotas sejam implementadas, não será apenas um erro crasso, será um erro enorme, pois não há volta neste caminho. Cotas raciais não são algo que você simplesmente diz: \”Ok, vou implementar isto, mas apenas por 5 anos\”. E mesmo se fosse, vale a pena cometer uma injustiça por tal período, mesmo que pequeno e definido, em troca de alguns argumentos furados e a pressão de um pequeno número de pessoas que preferem se segregar como raça das outras? Pensemos bem, pensemos bem…

    Abraços a todos.

    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo

  142. 178
    Marcos Auélio Schotka disse:

    As pessoas são contra cotas para negros porque são brancas e não sabem o quanto um negro sofre devido ao preconceito do passado que queira o não quiera passa de geração para geração Ex: piadas sobre negro; comentátrios do tipo não faça serviço de preto etc. O povo não conhece a tal da equidade. Leis que existem para haver uma concorrência de igualdade e por isso que se criou as cotas para negros para também ter acesso ao mercado de trabalho e para sociedade pagar pelo que fez no passado. E não pense que isto são palavras de um negro e sim de um branco que se revolta juntamente com eles.

    Marcos Auélio Schotka

  143. 177
    Cinthia Francesca Barra Rocha disse:

    A questão da inclusão social e do sistema de cotas, além de polêmica, é crucial no que diz respeito ao caminho que a educação no Brasil e em Minas Gerais tomará após a decisão.

    O ingresso na Universidade hoje é excludente e elitista, não há duvidas. O programa de cotas veio a debate por meio de boas intenções de quem se preocupa em dar a todos oportunidades iguais de crescer e se desenvolver no estudo público de qualidade, como é o caso da UFMG.

    Entretanto, há falhas nesse programa que merecem a atenção daqueles que têm o poder de tomar decisões nesse processo. Uma grande conseqüência [negativa] da concessão de vagas por meio de cotas é a possível negligência advinda do governo para com os ensinos básico, fundamental e médio.

    O ensino superior tem passado por um processo de super-valorização nos últimos anos, e é importante que se reflita o quão isso pode ser maléfico se não houver recursos para que haja uma constante renovação, e também inclusão social, nas instituições públicas de ensino básico, médio e fundamental de qualidade.

    A \’elitização\’ do ensino no Brasil e em Minas não é restrita ao ensino superior. Ela vem arraigada desde a base. A baixa qualidade de vida dos professores primários, a falta de infra-estrutura das escolas estaduais e municipais são grandes problemas que afetam grandemente a inclusão social.

    É necessário que se comece a reforma pela base, garantindo qualidade no ensino primário, para que as crianças de hoje cresçam na educação e, por mérito próprio (sem ajuda paliativa governamental por meio de cotas ou outros programas), sejam capazes de ingressar em um Universidade de curso superior e dêem continuidade aos seus estudos.

    O programa de cotas vem como uma ação que não cura a viciosidade do ensino, que continuará corroído nas bases estruturais. Ele vem como ação paliativa, numa tentativa desesperada de remediar uma situação já crônica, que não será resolvida tão facilmente.

    Cinthia Francesca Barra Rocha - pré-vestibulanda de Medicina

  144. 176
    Alexandre Braga-militante da Unegro disse:

    Por ações afirmativas na UFMG
    Considero positiva a iniciativa no sentido de melhorar o acesso e permanência de estudantes oriundos de camadas pobres na UFMG. Considero um sucesso o programa Campus 2000 e outros que visam adequar a UFMG às novas demandas tecnológicas e acadêmicas requeridas pelo século XXI. No entanto, é preciso avançar e debruçar sobre as chagas que ainda persistem na nossa sociedade racista e capitalista. É preciso uma ação da UFMG para extirpar tais chagas; o desemprego, a violência e a exclusão social.Nesse sentido são as próprias pesquisas da UFMG que falam por si. É urgente a adoção de políticas afirmativas para negros, índios, jovens pobres e trabalhadores pobres naquela universidade para, num futuro próximo, chegarmos à verdadeira justiça social pata todas e todas.Tais políticas afirmativas podem ser cotas sociais ou raciais mais o acréscimo de outras melhorias em todos os níveis da educação brasileira, melhoriais salariais de servidores e docentes, na atualização da tecnologia euducacional e nos investimentos em serviços de atenção e assistência estudantil.Também é necessário o avanço da democracia, políticas públicas de desenvolvimento social e econômico para todo o povo brasileiro e a recuperação do papel do Estado na gestão da educação, saúde, cultura e economia nacionais.A opinião pública mineira clama por ações afirmativas na UFMG porque sabe que uma dia não precisará mais recorrer à essa calamidade.

    Alexandre Braga

    Militante da Unegro

  145. 175
    Sérgio disse:

    Todo mundo sabe onde o calo dói. Os brancos não vêem ou não querem ver o racismo, pois não são discriminados pela cor. Os negros sentem o racismo no dia-a-dia e sabem bem o quanto isso dói. Os que defendem o mérito acham justo uma competição desigual. O capital intelectual se distribui igualmente pela população, mas devido a estruturação das classes sociais e ao racismo, só uma pequena parte desse capital é aproveitado. O país precisa de todo o seu potencial para gerar a riqueza e melhorar a distribuição de renda, para isso precisa buscar a inteligência onde ela se encontra, dando a toda população condição de igualdade nas competições (vestibulares). O sistema de cotas é a primeira ação que busca tornar a competição mais justa.

    Sérgio

  146. 174
    murilo inácio alves disse:

    É totalmente inconstitucional qualquer forma de discriminação, pois estão separando os seres humanos através de cores de pele e de outras caracterísiticas raciais, quando, na realidade, o que destaca um homem do outro é a sua capacidade, o seu caráter, comportamento etc.
    Criar cotas para negros signfica separá-los da sociedade e taxá-los de incapazes, pois o cérebro deles não é diferente. Raciocina tanto o do negro quanto o do branco, em igualdade de condições, pois são seres racionais.
    Se o negro não estiver preparado intelectualmente para concorrer, será reprovado juntamente como o branco despreparado, pois a capacidade não se mede pelo raciscmo.
    A solução estar em o Estado, que é omisso, dar condições aos pobres negros e brancos de estudarem e concorrerem em iguadade de condições, já que todos são iguais perante a lei.
    Trata-se puramente de política de imitação de países estrangeiros.
    Caro irmão negro ou branco (somos todos irmãos): lute por sua vaga! Estude!

    Murilo Inácio Alves

  147. 173
    Sérgio Brito disse:

    O debate sobre questões afirmativas é mais que necessário, é urgente no contexto em que vivemos. A luta por cotas em todas as IFES ecoa por todo o Brasil mesmo que as práticas racistas da mídia e de alguns \”intelectuais\” queiram abafar. A implementação de cotas raciais na UFMG não pode esperar a próxima gestão da reitoria, pois ja esperamos muito por isso. A luta não é só por um sonho de mobilidade social, é uma luta por reparações pelos massacres diários a que somos submetidos, por podarem todas nossas possibilidades, e por se esconderem por trás de um falso discurso.

    Sérgio Brito

  148. 172
    Adriana Fonseca disse:

    Não há mais o que se discutir. Não podemos esperar mais 500 anos para que o ensino básico melhore, nem para que indios e negros entrem nas universidades. As cotas certamente não irão solucionar o problema do racismo no Brasil, mas contribuirão muito na medida que precisamos desacomodar os olhares. Constranger a sociedade com a presença de negros e índios em espaços de poder. Além de ouvirmos a voz de um outro olhar sobre o conhecimento, que não o conhecimento que nos é imposto: um conhecimento eurocentrico. Sou a favor das cotas por entender que os privilégios precisam acabar. ser contra as cotas é ser a favor de manter privilégios. Não é justo que as pessoas que pagam as universidades \”públicas\”, inclusive para que eu possa estudar em uma, não usufruam desse bem.

    Adriana Fonseca

  149. 171
    Fernanda Dias disse:

    Digo sim as cotas racias na UFMG!
    Digo sim também as cotas sociais voltadas para os estudantes oriundos de escolas públicas!
    Digo sim para a tirada das \”vendas dos olhos\” dos que se dizem a favor da inclusão e que negram a exclusão racial, insitindo num discurso conservador de mestiçagem, de preconceito ao contrário e de democracia racial!
    Quem se preocupa com o social, enxerga a cor majoritária da pobreza em nosso país!
    Quem quer inclusão social, nao nega a existencia da desigualdade racial!
    Digo sim as cotas para alunos de escolas públicas aliadas as cotas para alunos negros de escolas públicas!

    É por isso que assumo com muita consciência minha luta por esta causa: movimento afirmando direitos na UFMG.

    Cotas raciais, sim!

    Fernanda Dias

  150. 170
    Mateus Sousa disse:

    Não creio que a reserva de cotas resolverá o problema de inclusão social nas universidades, mas a discussão que essa atitude gerará, essa sim, se muito bem feita, com olhos para os niveis sociais necessitados, creio fielmente, que trará frutos nesse quesito, portanto a reserva de cotas foi um passo necessário para que os olhos se voltassem para esse acaso que ocorre com quem realmente precisa.

    Mateus Sousa

  151. 169
    Marcus Vinicius de Jesus Bonfim disse:

    Dou meu total apoio a políticas públicas de inclusão social, que promovam a diversidade de gênero e etnia, através de ações afirmativas!

    Marcus Vinicius de Jesus Bonfim
    Sâo Paulo - SP
    (11) 8107-8515

  152. 168
    Felipe Costa Lima disse:

    Sou totalmente a favor das cotas para estudantes oriundos de colégio público no ensino fundamental e médio. Esse tipo de cota ajuda na inclusão dos estudantes que, por ventura, não tiveram uma educação \”paga\”, pois querendo ou não, as escolas públicas hoje em dia são piores que as particulares.

    Atenciosamente

    Felipe Lima, estudante, - aluno do COLTEC

  153. 167
    MARCELA DE SÁ. disse:

    Essa história de inclusão social é tentar iludir aqueles que um dia sonham ingressar em um faculdade publica. Como exemplo, temos a UNB que foi criada para que pessoas sem condições pudessem estudar. No entanto, sua realidade é totalmente diferente, pois quem estudou em escola particular e que, certamente, teria condições de pagar faculdade, é que faz pública; e quem estudou em escolas públicas a vida inteira, por causa de sua má qualidade, não conseguiu entrar na faculdade publica e se quizer fazer faculdade tem que recorrer ao FIES, isso quando consegue, e sem contar as cotas que são um verdadeiro preconceito porque negro e branco são iguais. Logo, têm a mesma capacidade. Então, deveria ter cotas para alunos de escolas públicas, estes, sim, vitimas de uma má formação, deveriam ter cotas, ou aida melhor, melhorar o ensino público, pois só assim teriamos uma competição mais justa. Afinal essa inclusão é para quem precisa ou não?

    Marcela de Sá

  154. 166
    Stephany Kanashiro disse:

    Na minha humilde opinião, não deveriam colocar um motivo de ódio entre classes raciais e nem entre a população pobre.
    1°- As cotas devem ser dirigidas apenas aos alunos de escola pública:
    - Não é porque os políticos (da esquerda) são os que fazem do Brasil uns dos piores ensinos fundamental (I e II) e ensino público em questão de dever.
    Até porquê o sistema desse país só tem uma única razão para ser assim, derrotar os futuros jovens brilhantes.
    É isso aí, não é a culpa dos brancos e tal..
    Todo mundo diz “melhorar a qualidade de vida dos negros”, por que a minha não?
    Sou mestiça, filha de mãe branca e pai de origem asiática japonesa; não vou dizer que sou POBRE, pois POBRE para mim são aqueles que não saem do lugar em busca de uma vida melhor; não quero alguém passando a mão na minha cabeça dizendo: coitada, vou dar uma vaga reservada para você.
    Eu acho injusto é fazer que os negros parecerem como deficientes mentais, totalmente para denegrir a imagens deles!!!! Tanto negros quanto brancos, em relação a vagas, são iguais perante a leis. Nenhum é superior!
    Em relação aos portadores de deficiência (como já existe cotas em DF-GO), inclusive eu que possuo deficiência auditiva moderada, as leis de cotas estão ajudando realmente mais aqueles que realmente sofrem mais preconceito do que qualquer outra pessoa de cor ou de religião.
    Cada um: visual, auditivo, cadeirantes, físicos (de membros superiores e inferiores) e mentais. Eles têm capacidades limitadas, em relação ao trabalho, principalmente acesso para suas tarefas. Um surdo que usa sinais não poderá utilizar telefones normais, teria que ser TDD (um telefones especial para surdos, não é barato); um visual que não pode enxergar perfeitamente, utiliza o tato (braile) e se tiver uma acuidade muito boa de áudio pode ouvir um programa que ajuda-o mexer no computador. Agora estão até construindo um modelo de carro para pessoas que não têm os dois braços. Por que isso?? Sensibilidade com pessoas que são limitadas em suas atividades físicas ou mentais. Essas sim devem ser ajudadas.
    Uma lição a todos nós, Hellen Keller que fez aniversário esse mês. Uma cega e surda que fez faculdade e deu palestras nos EUA. Isso é capacitação profissional, uma verdadeira e bela tentativa de inclusão social.
    Que os negros, brancos, asiáticos, índios e miscigenados não portadores de deficiência alguma, aproveitem bem da saúde que possuem com maturidade. A vida é muito curta pra sair brigando.

    Stephany Kanashiro

  155. 165
    Carol Fraga disse:

    Sou determinantemente contra o sistema de cotas pois, acho uma forma preconceituosa de inserir o negro na universidade e na sociedade. O negro vem tendo seus direitos tirados desde 1530, quando foi forçado a vir para o Brasil, sendo escravizado depois liberto sem direito algum a indenização ou outro tipo de meio para ser inserido na sociedade. Agora, 500 anos que o negro vem só sendo discriminado, vem o governo achando que uma simples cota irá permitir que o negro brigue no mesmo patamar que um branco? Acho que não..não vai ser dessa forma que o negro vai ter sua ascensão social..e se o governo está tão interessado em reparar os danos feitos aos negros que até hoje sofre, a melhor forma é investindo nas escolas públicas pois, é lá que se encontram 80% dos negros.
    Carol Fraga

  156. 164
    BARBARA HORRANA RIBEIRO DE SOUZA disse:

    Eu acho muito injusto o negro ou qualquer pessoa ser excluída apenas pela cor da pele; isso é um absurdo inadmissível. O negro anda, respira, fala como a gente. Por que tem que ser excluído? Nada a ver na minha opinião! Eu também acho que não deveria existir cotas porque os negros têm os mesmos direitos que nós. A gente que tem consciência deveria revolucionar esta questão.
    Eu acho que a inclusão é um debate necessário, sim. Pois quem tem consciência e sabe o que é certo não deve deixar isso acontecer! Nós devemos pensar nós nossos atos antes das conseqüências. Meu nome é Bárbara, tenho 13 anos e tenho consciência do que falo, do que é justo e certo e as pessoas deveriam começar a pensar assim porque é assim que o mundo, principalmente o Brasil, irá para a frente!

    Bárbara Horrana Ribeiro, 13 anos

  157. 163
    bruno mazzoleni portela disse:

    Bom, minha opinião é que em primeiro lugar é uma iniciativa para melhorar a qualidade de vida dos negros e pobres. Com curso superior, a renda aumenta e também negros e pobres entram no mercado de trabalho onde na sua maioria os brancos dominam.
    Em geral os negros são pobres e não têm muitas oportunidades para melhorar de vida. Este projeto antes de mais nada é uma iniciativa de inclusão social pois acredito que o racismo e a descriminação ainda existem e muito em nosso país. Esse é apenas um passo que a nação deu para um futuro brilhante e bem melhor do que os dias atuais, mas ainda tem muito para melhorar. Sou branco e pobre; estou cursando o ensino médio e quero também ser um profissional e ter um emprego bom.
    Para terminar, os meus parabéns para a competência do governo nesse sentido.

    Bruno Mazzoleni Portela

  158. 162
    Benildes Coura Maculan disse:

    Acho esse espaço de discussão super importante, uma vez que a inclusão social é dever global e não pontual. O meu único questionamento em relação a esse espaço aqui criado é porque ele parece se limitar a questões socioeconômicas e raciais (principalmente à inclusão de negros)… Não quero diminuir a gravidade dessas questões, mas gostaria de ver aqui ações proativas relativas à inclusão de pessoas deficientes físicas…
    Um grande abraço,
    Benildes Coura Maculan

  159. 161
    fatima gonçalves disse:

    Entendo que não se deva pensar em cotas com preconceito. O tom que se tem dado a essa questão é de um profundo ressentimento entre ambas as partes; os que se posicionam a favor argumentam sobre a questão apoiando-se numa desigualdade histórica onde o negro foi tratado como objeto e/ou mercadoria e assim sendo lhe foi imposto um \”atraso intelectual\” formal. Contudo a inteligência não se alimenta apenas de conteúdos formais, e ainda bem. A sociedade e a realidade hoje não são mais as mesmas. A arte, essa manifestação da alma, esse grito que revela a nossa face mais individual e solitária que ao ecoar encontra uma outra alma ardente e ávida por decifrar esses sinais e que nos torna tão iguais, acabou por resolver parte desse preconceito, nos dando a dimensão daquilo que realmente somos, humanos.
    Não compartilho da idéia de que negros são mais talentosos em relação à música, dança e outras artes; creio, isso sim, que arte foi um dos canais de aproximação com a vida que lhes foi negada. Portanto, respeito a posição em favor das cotas, que à princípio, penso eu ser viável como uma tentativa de inclusão social, não para resolver problemas individuais, recalques etc., outrossim, para oferecer à sociedade cada vez mais profissionais capacitados em outras áreas senão à musica. O negro hoje por conta dessa trajetória está encontrando, por enquanto, caminhos como esporte, dança, música, legado deixado pelos seus ancestrais. Precisa e quer outros espaços habituados e habitados por brancos, como a Medicina, o Direito etc. Independente de ser contra ou a favor das cotas, o argumento no caso de ser favorável, me parece um tanto anacrônico, a escravidão foi abolida, os negros foram abandonados à própria sorte, porém, não podemos nos aprisionar nesse passado como justificativa para pleitearmos uma vaga, mas sim, tornar esse passado um símbolo de superação. Por outro lado, os que são contra as cotas, por vezes, não me parece que a única preocupação seja a de não permitir que o preconceito se itensifique, até porque não acredito em graus de preconceito. Ou se tem ou não se tem preconceito e ponto. Ninguém nem nada é capaz de interferir naquilo que é foro íntimo. Acho que esse argumento também não é justificável, não sinto aí uma preocupação real com o \”agravamento\” do preconceito, outrossim, mais uma intolerância em relação às necessidades do outro. Outro argumento, ao meu ver, também um tanto frágil, é de que prioritariamente, deva-se investir no ensino básico e fundamental, política essa que já deveria ter sido posta em prática a muito mais tempo, nada impede que seja implementada com ou sem cotas. Enfim, respeito qualquer uma das posições desde que as justificativas tragam contribuições efetivas para uma reflexão.

    Fatima Gonçalves

  160. 160
    Carlos Eduardo Marques disse:

    Nas nações multiétnicas, como no Brasil, a critica à igualdade formal de direitos perante à lei tem-se organizado em torno do diagnóstico de que nestas nações, que durante algum tempo mantiveram grupos de pessoas em posição de subjugação legal, a existência de dispositivos constitucionais e legais de combate à discriminação e ao status de inferioridade, é insuficiente.

    Esta conclusão nos permite afirmar de acordo com o jurista Joaquim Barbosa Gomes em seu livro Ação afirmativa & princípio constitucional da igualdade (2001), diga-se de passagem, o primeiro negro a ser indicado para ocupar uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal que:
    1o – “as proclamações jurídicas por si sós (…) não são suficiente para reverter um quadro social que finca ancoras na tradição cultural de cada país, e no imaginário coletivo (…)”.
    2o – “que a reversão de tal quadro só será viável com a renúncia do Estado a sua neutralidade em questões sociais, devendo assumir, ao contrario, uma posição ativa, e ate mesmo radical se vista à luz dos princípios norteadores da sociedade liberal clássica.”(pp.37)
    é necessário, portanto que durante um determinado período de tempo apliquemos uma política de discriminação inversa, ou seja, os mesmos motivos que levaram uma parte da população(neste caso, a maioria absoluta- pobres e negros) a não ser aceita na universidade deve ser utilizada agora de modo a permitir uma maior participação destes grupos na universidade. Tal diversidade é um imperativo para o próprio desenvolvimento da Universidade e do país.
    Carlos Eduardo- Mestrado em Antropologia/FAFICH/UFMG.

     

  161. 159
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    Praticamente todos aqueles que são a favor da implantação de cotas no exame vestibular da UFMG já começam afirmando que esta atitude não resolveria o problema, seria apenas um paliativo etc. Desculpem-me a ignorância, mas então eu realmente não entendo porque estas pessoas defendem essa manobra populista, racista e, como eles mesmos dizem, paliativa. Além de configurar separação das pessoas por raça, que por si só já é abominável, a necessidade de um comitê ou algo do gênero que decida se as pessoas são ou não negras, índias etc. é completamente absurda e se mostra totalmente ineficiente, na medida em que esta avaliação é subjetiva (talvez por ser desnecessária). Pessoas não são separáveis em categorias de origem como o lixo na coleta seletiva, mas infelizmente é isso que propõem os defensores da erroneamente denominada inclusão social. O dia que ser negro ou pobre for pré-requisito para entrar em uma universidade, tenho medo do que sairá dela. Não que hoje em dia a condição seja a ideal. Mas se afastar de uma trilha segura rumo ao desenvolvimento (ao menos acadêmico) para chafurdar na lama da idiotice latino-americana que tanto mazela as instituições de ensino superior do Brasil nas últimas décadas é um desvio de conduta sério. Felizmente, a UFMG ainda é uma Universidade na qual o princípio para a entrada não se baseia em características externas eventuais e independentes da escolha do indivíduo, como a cor da pele, o tipo do cabelo e do nariz, mas sim na capacidade de responder a uma prova objetiva com base em dados científicos, e demonstrar sua linearidade e organização de raciocínio em uma prova dissertativa de redação. E, enquanto a UFMG ainda não pode solucionar todos os problemas da humanidade, como escolas secundárias ruins, Guerra no Iraque, e tudo o mais, também não deve canalizar todas as soluções propostas por pessoas que não se preocupam com o médio e longo prazo, de modo a se degenerar em uma instituição não-autônoma e controlada por certos grupos políticos que querem destruir os poucos bolsões de pensamento livre (leia-se: livre da influência pseudo-intelectual dos petistas de plantão) que ainda existem no Brasil.

    E tenho dito.

    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo

  162. 158
    .Miriam disse:

    Sobre o sistema de cotas, destinados aos afro-descentes, etc, eu vejo como uma tentativa de reparação as imensas perdas que esta parcela de nossa população sofreu ao longo de nossa história. Queria mesmo que todos tivessem direitos iguais como consta na Constituição Brasileira e desde nossa chegada ao mundo, recebessemos um tratamento justo e humano igualitário, pois nos tornaríamos mais fortes e competentes frente às dificuldades vindouras.
    Até estou admirada de terem sidos intituído alguns outros subsídios destinados à classe média baixa da população, como o PROUNI , o FIES, BOLSA ESCOLA , onde uma parcela da população está conseguindo fazer um curso superior e assim fazer parte de uma nova realidade nas pesquisas e em suas vidas particular.
    Mas eu penso que cada um nós de pode fazer alguma coisa para que essa realidade mude.
    Quando olhamos mais para o nosso redor e nos deparamos com grandes discrepâncias, seja ela qual for, ao invés de dar o passo seguinte , porque não paramos e pensamos se podemos mudar o sentido e direção de determinado caso ou fato.
    Desculpe-me pelas sinceras opiniões.

    Miriam

  163. 157
    Ana Maria Santana Marias disse:

    Sim, sou favorável às cotas na Universidade Federal de Minas Gerais. Aliás, sinto que passa da hora desta medida ser adotada.
    Sabemos que esta medida por si só não resolve o problema da exclusão de estudantes, entretanto, esta ação nesta instituição só vem fortalecer o debate que até então se encontra tão cheio de equívocos, que nos faz pensar até que o meio acadêmico da tão propalada instituição, se faz parecer racista, emblema que utilizo com muito pesar.

    Ana Maria Santana Marias

  164. 156
    Fernanda Dias (Movimento Afirmando Direitos na UFMG disse:

    Será que a universidade pública tem mesmo selecionado os melhores??? Então, quem são os piores??? Por quê??? O que significa ser \”o melhor\”? Mais inteligência? Ter mais sensibilidade para a profissão???? Dom??? Ou esta questão está ligada às OPORTUNIDADES??? A UNIVERSIDADE não é lugar de oportunizar??? É lugar onde entram os que já estão preparados??? Ou lugar que prepara??? Por que tantos trocam de curso ou desistem aqui???? Os que estão aqui não são pessoas CAPAZES e RESOLVIDAS????
    Quando o argumento contra as cotas raciais com um recorte socioeconômico, pois dirigidas aos alunos oriundos de escolas públicas, se baseia na CONTINUIDADE DA SELEÇÃO DOS MELHORES… me parece que, vejo desvelada uma concepção preconceituosa naturalizada. Na qual se pensa (será um ato falho???) os alunos pobres, estudantes de escolas públicas, em sua maioria negros e negras, desprovidos de inteligência para dar conta da rotina e do currículo da UFMG! SERÁ????
    Estou aqui, sou estudante da UFMG e fui estudante de escola pública na Educação Básica…
    Muitas vezes classificada pelos meus colegas de universidade como um \”pouco menos inteligente\”, por fazer Pedagogia… Muitos da Pedagogia já me disseram, coisas do tipo: OLHAM PARA MIM E VÊEM OS PONTOS QUE PRECISEI PARA PASSAR! Vêem que serei PROFESSORA!\” ou \”AH, (num tom de final de conversa) VOCÊ FAZ PEDAGOGIA…\”. Eu entrei, pelo vestibular que \”GARANTE A SELEÇÃO DOS MELHORES\”, o mesmo pelo qual os meus brilhantes colegas matriculados nos cursos \”DE STATUS\” passaram. E será que já não existe discriminação dentro desta UNIVERSIDADE? AS COTAS RACIAIS É QUE IRÃO IMPLANTAR ESTE MAL SOCIAL QUE ATINGE DIVERSOS SETORES, MAS A UNIVERSIDADE É ATÉ O MOMENTO IMUNIZADA!!!! SERÁ????
    DIGO SIM ÀS COTAS RACIAIS, POIS NÃO DÁ PARA COLOCAR DEBAIXO DO TAPETE AS CALAMIDADES QUE ABARCAM AS QUESTÕES RACIAIS EM NOSSO PAÍS. A UNIVERSIDADE ESTÁ INSERIDA NA SOCIEDADE E PRECISA ENCARAR ESTE DEBATE DE FORMA DIALÓGICA E NÃO INFLEXÍVEL NA LÓGICA MERITOCRÁTICA, que não se abre à realidade social brasileira.
    EU VIM DA ESCOLA PÚBOLICA ME DEDIQUEI SIM, MAS NÃO ACHO QUE FIZ MAIS DO QUE MUITOS QUE NÃO CONSEGUIRAM ENTRAR AQUI… ACHO QUE MINHA HISTÓRIA DE VIDA CRIOU POSSIBILIDADES PARA QUE EU PUDESSE TENTAR, NÃO POSSO SER INDIVIDUALISTA AO PONTO DE ACHAR QUE SOU MAIS INTELIGENTE OU ESFORÇADA DO QUE OS QUE NÃO ENTRARAM.
    As cotas pensam o acesso e permanencia no Ensino Superior Público e aos que precisam se informar melhor, as políticas de ações afirmativas e todas as lutas que articulam educação e questões etnico-raciais, pensam e atuam na educação desde as suas bases, basta ver a implementação da lei 10.639/03, está na LDB (Leis de Diretrizes e Base para a Educação Nacional).

    Fernanda Dias (Movimento Afirmando Direitos na UFMG

  165. 155
    Sheila Botelho disse:

    A inclusão é importante e somente através da educação é que iremos tornar a nossa sociedade mais justa.

    Sheila Botelho

  166. 154
    Júnia Bertolino disse:

    A desigualdade social no Brasil acontece devido à ganância de alguns que insistem em afirmar que a democracia racial existe. Sou a favor da cotas para negros porque a questão racial é um sério problema no Brasil e através de dados podemos provar que o racismo e discriminação ocorrem todos os dias na sociedade brasileira. Portatnto, a cor da desigualdade social não é branca, mas perversa e de cor negra, ou seja, atinge brancaso e negros, mas grande parte dos pobres são negros e mestiços. As cotas são uma questão de direito, democracia e respeito para o povo brasileiro que construiu e constrói este país. As cotas precisam ser adotadas, URGENTE.

    Júnia Bertolino

  167. 153
    verimar aparecida mendes de souza assis disse:

    Respeito e admiro a UFMG, porém fico muito chateada pelo fato desta instituição ainda não ter iniciado o sistema de Cotas.
    Defendo as cotas e sei que não serão para sempre. Mas deverão durar o tempo necessário para serem reparadas as perdas de oportunidades negadas à população negra - afro-descendentes brasileiros.

    Verimar Aparecida Mendes de Souza Assis

  168. 152
    Bruno Passos disse:

    Se vier, virá com grande atraso a política de quotas para materialização de princípios constitucionais: a cidadania e a igualdade. O problema é a dificuldade com que, no Brasil, se arranca a conta-gotas das classes privilegiadas os mais básicos direitos. Ainda pior é que, como bem expõe o digníssimo Reitor, é que a hipo-suficiência é estrutural. A política de quotas desacompanhada de todo um ambiente adequado, que possibilite a efetivadade da inclusão social será inócua. É preciso que cada um de nós olhe menos para sí mesmo e mais para a coletividade. Que pais desejamos para nossos filhos? O da esperteza ou o da cidadania?

    Bruno Passos

  169. 151
    Vander Peron disse:

    Parabenizo por essa iniciativa, pois quando estamos falando sobre cotas para negros na UFMG estamos tentando nos redimir do legado que impusemos aos negros, uma raça tão importante para a formação de nosso Brasil, que ajudou a construir nossa nação e o único pagamento que receberam foi a escravidão, mesmo assim quando foram \” libertados\” foram jogados em uma sociedade que não lhe oferecia e nem oferece até hoje nemhum tipo de inserção na mesma. Acredito que desta forma estaríamos abrindo uma pequenina porta que poderá abrir outras portas para essa exuberante raça e poder mostrar todo seu potencial, não ficar somente na sombra dos ditos \”brancos\” uma vez que Eva a mulher mais antiga era Negra.

    Vander Peron

  170. 150
    FREI FLÁVIO VIEIRA disse:

    Dando continuidade à nossa luta cotidiana em favor do povo sofrido e excluído nesse nosso estado, venho expressar minha concordância com as cotas raciais na UFMG e em todas as universidades desse país, uma das formas de oportunizar aos pobres dessa injusta e expropriada nação a garantia de uma vida mais digna e fraterna.

    Frei Flávio Vieira

  171. 149
    Denísia Martins disse:

    Cotas nas Universidades é uma questão de justiça, reparação e ação afirmativa.

    Denísia Martins

  172. 148
    Aline de Jesus Cardoso de Oliveira disse:

    As cotas vêm para dar oportunidades para os jovens que sempre estudaram em escolas públicas, abrindo assim caminhos para cursarem o ensino superior. Só isso não basta, mas é o começo para diminuir a desigualdade social em que vivemos na sociedade.
    Participo do pré-vestibular Educafro \”Núcleo Trinhando Caminhos\” em Montes Claros, onde o cursinho visa a cidadania e cultura respeitando assim as diferenças. Eu estou tentando uma vaga na universidade por reserva de vagas, para mim não é uma discriminação mais sim de ter capacidade como qualquer aluno que sempre estudou na escola particular.

    Aline de Jesus Cardoso de Oliveira

  173. 147
    Erika Pereira de Almeida disse:

    Antes de qualquer coisa quero deixar bem claro. Minhas opiniões nada têm a ver com a minha condição. Sou carente FUMP e sempre estudei em escolas públicas.
    Vejo que é necessáriao que algo seja feito. Mas não acho que as tais \”cotas\”, reservas de vaga ou coisas do tipo possam resolver a questão da \”exclusão\”. Acho que copiar modelos - no caso, importar um modelo dos EUA - não é melhor forma de democratizar o acesso à Universidade. Isso é uma medida \”paliativa\” para calar a boca o povo que necessita de um ensino de qualidade desde a base. Pelo que vejo, estão tratando cotas como medidas de emergência. É engraçado, cotas pra mim não passam de políticas populistas, que ganham a cara de pagamento de dívida social. Cotas só vão acabar com a única coisa de boa que o governo oferece. É no mínimo estranho não quererem melhorar o ensino básico, médio e fundamental e vejam o quão ruim é. Eu saí da escola pública e entrei na UFMG, por quê? Porque me dediquei, e mesmo com todas a dificuldade não desisti.
    Não tem que ter cota não.
    A Universidade pública tem que continuar selecionando os melhores, embora o vestibular seja demasiadamente questionado por muitos, continua sendo a melhor opção. E vai acontecer o que os que são contra dizem: \”Vão ver o cotista como coitado, que só entrou por causa da cota, porque pelo metódo \’meritocrático\’ ele não conseguiria.
    SIM as melhorias das Escolas Públicas no país. Salários justos e em dia pra os professores da rede pública e melhoria do material didático. E digo NÃO a esse sistema injusto, que não avalia ninguém por conhecimento algum!

    Erika Pereira de Almeida

  174. 146
    Larissa Aparecida Camargo do Nascimento disse:

    Eu apoio o sistema de reserva de vagas nas universidades públicas, uma vez que tal medida procura corrigir as distorções de uma sociedae excludente. O ambiente universitário deve ser frequentado não só por uma elite branca, mas por todos os extratos da sociedade, refletindo a diversidade que constitui a população.

    Larissa Aparecida Camargo do Nascimento

  175. 145
    Dener disse:

    A democratização no acesso à universidade publica, de negros e indígenas é condição essencial para o desenvolvimento nacional. As politicas de ações afirmativas, neste sentido, representam a forma mais eficaz de ação, uma vez que esta trabalha no combate à exclusão social que vilipendia etnica e racialmente a população negra e indigena. POLITICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA NA UFMG APOIO COMPLETO.

    Dener

  176. 144
    Adailton Santos disse:

    A abertura para a inclusão social é um fato marcante e importante e os professores e intelectuais são os primeiros que devem discutir e estarem abertos a mudanças nos sistemas.
    A abertura das cotas racias e para os egressos de escola pública são um grande avanço na educação brasileira e proporcionariam oportunidades iguais para todos os segmentos da sociedade. Não pensar as cotas é um ato de discriminação e covardia!
    Adailton Dias dos Santos (Mestrando em Educação, graduado em Letras/Inglês pela Universidade Estadual de Montes Claros

  177. 143
    Marcos T Rocha disse:

    25/08/2006
    Sucesso: universidades avaliam implantação de cotas

    Foi sucesso total a reunião com as universidades que já adotaram cotas. Há um sentimento generalizado de que a inclusão virou um imperativo para se fazer educação no Brasil. Há dois tipos de engajamento das reitorias: as que adotaram cotas por opção e as que adotaram cotas por força da lei. O exemplo mais forte é o caso da UERJ. Só adotou cotas porque o movimento social, com a força da lei, determinou. Hoje, apesar do conjunto dos professores terem posição pró-cotas, a direção da UERJ vacila em ser mais arrojada e abrir os dados para a análise da sociedade. A UnB continua arrojada nos seus métodos e faz o trabalho com objetivo, sabendo onde quer chegar. Preocupam-nos os métodos exageradamente meritocráticos de algumas universidades que dão demasiada importância ao desempenho acadêmico na seleção. A conseqüência é não ocupação de todas as vagas por parte dos cotistas negros. A USP enviou um representante e o mesmo ficou muito apagado durante todo o encontro. Todas as Universidades foram unânimes em solicitar à comunidade negra que ajude mais cada universidade no período pós-implantação das cotas. Elas lembram que não basta só adotar cotas. É fundamental que ovimento negro acompanhe cada passo do pós-cotas, com determinação. A UNIFESP reconheceu que só 10% de cotas é muito pouco e quer iniciar um debate para ampliar esta política, mesmo não sendo a opinião da maioria de seus membros.

    Marcos Rocha

  178. 142
    Sara Angélica disse:

    Eu gostaria de opinar a favor das cotas. O negro e o pardo não estão inclusos na UFMG. Percebe-se nas salas de aula que eles são minoria e deveriam, sim, estar aqui dentro representando a sua desigualdade. Desigualdade sim por se tratar de uma minoria, excluída que não tem nenhuma maneira de acesso a uma universidade pública a não ser através das cotas.

    Sara Angélica

  179. 141
    Paulo A S Vieira disse:

    Adotar ações afirmativas nas universidades significa ampliar oportunidades para os negros, que secularmente estiveram ausentes deste importante espaço público. Espero que a UFMG seja a próxima universidade federal a adotar este sistema e implementar as cotas.
    Paulo Vieira

  180. 140
    Thiago disse:

    \”O movimento não pára! Cotas repara!\” Queremos reparação, reconhecimento e acesso à Educação para a população NEGRA!!!

    Thiago

  181. 139
    Jordana Andrade Borges disse:

    Penso que as cotas raciais são somente mais uma forma de discriminação. Eu sou mestiça, estudei em escola pública por toda a minha vida, venho da periferia e de família pobre e não precisei de cota para ingressar na universidade. A verdade é que minha cor não pensa por mim; eu sei que a maioria da população pobre é negra, mas isso não quer dizer também que não existam brancos na periferia. O que tem que ser debatido não é a reserva de vagas, que é injusta para os que se dedicam e sim melhorias na educação, saúde e distribuição de renda, projetos sociais que criem recursos para dar apoio à população de baixa renda, criação de novas escolas, casas de cultura etc… Liberar cotas raciais só deixa transparecer que o negro é inferior socialmente, o que não é verdade, pois a cultura negra é uma das mais ricas. Devemos administrar melhor a situação do nosso país e não criar conflitos incoerentes, porque se apenas 2% da população brasileira é branca, como vamos criar oportunidades, a partir das cotas, para todos? Estamos falando de inclusão ou exclusão?

    Jordana Andrade Borges

  182. 138
    Adriana Ferreira disse:

    Parabenizo pela iniciativa e creio ser de extrema importância que as faculdades federais venham a aderir as cotas. O programa ProUni por sí só não é suficiente para efetivar a desejada democratização do ensino superior no Brasil, tendo em vista o número expressivo de evasão do programa que é de 20%, que demonstra a necessidade de bolsa integral e não parcial.
    O 69º lugar que o Brasil ocupa hoje no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é drástico e vergonhoso e, em uma população de cerca de 180 milhões de brasileiros, apenas 4% são univesitários, só este dados justificam a necessidade desta política pública.
    Enfim, a resistência existe tanto no ProUni quanto nas cotas, e só evidencia o quanto o país é racista, elitista, desigual e injusto. Mas uma coisa é salutar, observamos que a consciência da negrada ou os chamados excluídos, aumentou representativamente. Isto sim é um marco a ser registrado. Persistam , insistam, pois quem não se expoem, não se impoem.
    Como disse Martim Luter King:
    [red]\” O que me assusta não são os gritos dos opressores mas,
    o silêncio dos oprimidos.\”

    Adriana Ferreira-Presidente da Ong GUNA-Grupo de Universitários do ProUni-MG

  183. 137
    Giovanna (aluna UFMG) disse:

    Acredito que a adesão da UFMG ao programa de inclusão através de cotas é urgente. Deve-se discutir como este programa será executado, se serão cotas raciais ou cotas para população de baixa renda. Porém, acredito que a inclusão de negros através de cotas é uma questão de justiça histórica e social. A população negra vem sendo excluída da universidade desde sua criação, devido a questões sociais de fundo que assolam o Brasil até hoje. Dados confirmam que tanto o corpo docente como o discente das universidades brasileiras são compostos por uma minoria branca. Fico indignada ao ver que não possui nenhum professor negro. Este fato não é normal, já que a maioria da população brasileira é negra ou parda. As alegações de que a qualidade da universidade cairá é extremamente infundada. O ensino superior não pode continuar sendo elitista. Mas as políticas de cotas devem ser acompanhadas por discussões e lutas para melhoria das escolas públicas fundamentais e médias, possibilitando uma verdadeira igualdade de acesso à universidade.

    Giovanna (aluna UFMG)

  184. 136
    Gilmara Coelho disse:

    Não enxergar que as oportunidades entre negros e brancos neste país não são iguais é no mínimo hipocrisia. Vejo discrepantemente essa diferença em cada ponto, em cada local que vou. Falar que devemos ter uma educação de qualidade, investir na educação, isso é querer deixar tudo como está e empurrar mais uma vez a sujeira para debaixo do tapete, como fazem sempre. A educação de qualidade que tanto falam sempre foi o objetivo do governo. Nós negros não estamos falando de mérito, nem de merecimento, a questão não é essa. Estamos falando em reparação, indenização literalmente. Somente através das cotas, diminuiremos o fosso intelectual que há entre negros e brancos neste país. Temos que deixar essa hipocrisia de lado e assumir de uma vez a sociedade racista e preconceituosa que temos e fazer tudo que for necessário para mudar essa triste realidade. A UFMG tem a obrigação de criar e manter uma política de cotas que leve em consideração a situação da população negra que há séculos é excluída e inferiorizada. Se a hora não for agora, então quando será?

    Gilmara Coelho

  185. 135
    Emerson de Paula disse:

    As cotas raciais são extremamente necessárias num país tão plural. Ações como estas são necessárias para mantermos uma verdadeira democracia.

    Emerson de Paula

  186. 134
    kelly cristina de oliveira disse:

    Sou absolutamente a favor da politica de cotas, não só na UFMG, como em qualquer instituição que objetiva o conhecimento e o crescimento humano. As razões para as cotas são inúmeras, no entanto, pessoalmente considero que a mais importante é que essa política e melhor forma de se combater o racismo, desmestificando a idéia que o negro não pode estremecer essa divisão estamental em que vivemos. Naõ só pode como deve abalar as estruturas, até o momento estáticas da nossa sociedade e principalmente do universo acadêmico.

    Kelly Cristina de Oliveira

  187. 133
    Celeste Libania disse:

    Acho um absurdo em um país como o nosso (misto, multiplo, diverso…) olharmos para dentro das universidades e encontrarmos um grande massa de estudantes brancos ou asiáticos frequantando os seus variados cursos, enquanto possíveis estudantes negros estão do lado de fora, guardando os carros. Isso não é por falta de inteligência, capacidade ou qualquer outra forma de diminuição intelectual. Os negros estão do lado de fora porque, entre pagar para estudar e trabalhar para ajudar a família, a segunda opção sempre pesa mais. O que falta é oportunidade de ingressar em uma universidade pública, gratuita e de qualidade. O que precisa é de cotas para que os alunos negros que querem estudar possam passar por um sistema de seleção justo e possam buscar a possibilidade de ascenção social. Só através do conhecimento institucionalizado é que poderemos lutar por uma sociedade igualitária nos seus direitos e mais humana . A UFMG fora da adoção do sistema de cotas está enterrada em um passado racista e excludente e às margens da modernidade.

    Celeste Libania

  188. 132
    LUANA MOREIRA PUFF disse:

    Não sou a favor das cotas raciais, pois penso que se elas foram estabelecidas vai ser uma forma de discriminar a capacidade intelectual dos estudantes.

    Luana Moreira Puff

  189. 131
    Tiago disse:

    Entendo a preocupação da UFMG em debater a questão da inclusão antes de adotar precipitadamente um modelo de cotas. Em primeiro lugar, argumento que sou a favor da política de cotas, pois a sociedade tem uma dívida histórica com a população negra. Temos um histórico de exploração e uma abolição que não permitiu uma verdadeira inclusão. Essa história ainda é bem recente e colhemos ainda os resultados. Basta verificar se a proporção de negros da população corresponde em comparação com os quadros universitários. O problema levantado sobre a questão das cotas é se essas não estariam indicando racismo, uma vez que colocam um critério étnico. Quero fazer então uma proposta alternativa: Sendo a UFMG uma universidade pública, porque não ultrapassar os míseros 20% previstos no PROUNI e aderir a um sistema de cotas de 50% de alunos comprovadamente pobres e provindos do ensino público? Ao contemplar pessoas de baixa renda, automaticamente estaremos abrindo espaço para a população negra que compete desigualmente por vagas na Federal com os alunos bem formados em escolas particulares. O sistema de cotas é só um paliativo para uma questões muito maiores: racismo, má qualidade da educação básica pública e má vontade política.

    Tiago Luís

  190. 130
    PATRÍCIA CAMPOS LUCE disse:

    Totalmente a favor das cotas para afro-descendentes. O racismo existe e exclui essa parcela que é a maioria da população em termos estatísticos, mas que sempre tem os piores salários, níveis de escolaridade etc e tal na sociedade. Está na hora dessa população obter representatividade no meio formador de opinião que é a universidade. É uma vergonha a UFMG não ter adotado até hoje o sitema de cotas. Acorda pessoal!!!!!!!!

    Patrícia Campos

  191. 129
    Leonardo Gomes de Abreu disse:

    Certamente, devemos incluir, na UFMG, aqueles que têm vontade e competência, pois se já existe uma fundação que obriga os universitários a pagarem uma taxa de 115 reais para ajudar os mais carentes que já estudam na UFMG, porque não podemos obrigar uma instituição pública a inserir, de uma forma justa, aqueles que se deparam com uma dificuldade maior de inserção? Cita a Bíblia: “De água aos que tem sede\”.Só para ressaltar: Pobre também tem sede.
    Se pararmos para pensar e refletir perceberemos que já existe uma taxa de inclusão, mas esta atende somente aqueles possuidores de uma boa conta bancária. O que almejamos é redividir esta taxa, ou seja, ao invés de atendermos somente aos ricos, vamos ampliar esta assistência aos pobres.

    Leonardo Gomes de Abreu

  192. 128
    Fabiano Aguilar Satler disse:

    Já não era sem tempo. Espero que a UFMG não fique atrás de outras universidades federais que já tornaram prática alguma forma de reserva de vagas. É momento de avaliarmos com seriedade os argumentos contrários e favoráveis a tais iniciativas, bem como desmontar argumentos falaciosos de alguns meios de comunicação social (a revista Veja é o caso mais evidente) contrários à reserva de vagas.

    Não devemos nos esquecer que já existe uma reserva de vagas de fato nas universidades públicas: elas são reservadas não apenas para uma elite intelectual, mas para uma elite maioritariamente branca e proveniente de um grupo muito específico da classe econômica brasileira. Importa, agora, usar a reserva de vagas para democratizar o acesso ao ensino superior público. As universidades federais são públicas no nome e o devem ser de fato. Instituições públicas como as universidades federais, que abocanham um boa quantia do orçamento público, não devem estar reservadas para grupos pouco representativos da realidade brasileira.

    Vamos ver se o debate realmente prossegue e cheguemos a ações afirmativas de fato.

    Fabiano Aguilar Satler

  193. 127
    RENATA disse:

    Acho desnecessário me prolongar no assunto. A questão é: o preconceito e a discriminação vão deixar de por esta medida, visto que falta amor nos corações das pessoas. Porém, faz-se necessário tomar alguma providência para pelo menos dar a mínima oportunidade para nós, negros do Brasil, nos inserirmos no meio acadêmico. E a UFMG, como instituição séria que se diz ser, tem que estar nesta luta.

    Renata

  194. 126
    Rinaldo Robson de Castro disse:

    Não adotar o sistema de cotas na UFMG para mim é parar no tempo; é justamente andar na contramão da inclusão. Os resultados hoje obtidos com as cotas em níivel nacional mostram que infelizmente só poderemos falar de inclusão quando boa parte da população negra estiver nos assentos de todas faculdades, eu digo todas.

    Rinaldo Robson de Castro

  195. 125
    DANIEL APARECIDO DOS SANTOS disse:

    A UFMG não está fazendo nada de mais pois é obrigação, é dever dela e todas as federais e estaduais de terem cotas para negros e afrodescendentes ou para estudantes que vieram de escolas publicas. Claro que ela está fazendo um execelente papel na socidade.

    Daniel Aparecido dos Santos

  196. 124
    PAULO AFONSO MOREIRA disse:

    Faço minhas as esclarecedoras, inquisitivas, propositivas e inquietas palavras de Marcos Cardoso, Fernanda Dias, entre outras opiniões uníssonas. Reafirmo que já tivemos duas ondas internacionais contra o racismo: nos EUA e na África do Sul. A urgência, agora, é se criar a terceira voltada para o Brasil. A luta pelas cotas deve-se unir a outras para atingir corações e mentes, visando retirar do imaginário popular (sejam essas pessoas brancas, negras, amarelas) as idéias racistas e preconceituosas que são impecilhos na trilha da vitória contra o racismo brasileiro. Conseguir a adesão internacional para essa guerra contra o racismo é de suma importância como ferramenta para um Brasil mais justo, mais igualitário e, realmentre, democrático. Isso, entendendo parceria com outras minorias no poder, como é o caso das mulheres, dos indígenas, sem-tetos etc.

    Além disso, no próprio movimento social negro é necessário acabar (ou, pelo menos, minimizar) a antropofagia de cada um supor que seu varejo (grupos de danças, grupos de intelectuais, entre outros) é o mais importante e é o mais fundamental na luta contra o racismo, evitando (e, às vezes, dinamitando) parcerias do próprio meio
    sob a egoística frase de \”não colocar azeitona no pastel do outro\”, voltando suas armas num \”fogo amigo\” enquanto o inimigo comum continua unido em suas manobras contra todos nós.

    Portanto, todo avanço contra o racismo, para quem o vê como um cancro social, é bem vindo. A luta pelas cotas é um deles.

    Século XXI: A terceira onda internacional contra o racismo é no Brasil!

    Paulo Afonso (CENARAB e ex-Casa Dandara)

  197. 123
    Evandro Passos disse:

    UNIVERSIDADE ELITISTA

    Me graduei em 1990, era o único NEGRO da turma. Por que a Universidade mantêm esta classe \”dominante\”? SE FALAMOS EM DEMOCRACIA? Não me vi representado na Universidade e nem meu povo. Ainda hoje é possível esta política da exclusão em uma universidade pública, com privilégios para poucos. AÇÕES AFIRMATIVAS JÁ, para Negros, Pobres, Inídios, Pardos.

    Evandro Passos

  198. 122
    GRATA - ONG Ambiental, Cultural & Social disse:

    Sim, todos que já sofreram e, sofrem a discriminação, o racismo (preconceito: étnico, social e religioso ) são a favor das Cotas para Afro-Descendentes e Minorias nas Universidades de todo o Brasil… Somente assim, com cotas garantidas, faremos jús à Constituição, ao direito à Educação, para todos, realmente… Principalmente em Universidades Públicas, cujo o recurso vêm do povo e é para o povo que deve prestar-se e ser usado.

    A realidade na UFMG, é gritante… não se vê afro-descendentes, cursando determinados cursos de graduação, quanto menos de pós-graduação… Além da necessidade preemente, de uma reforma do modelo de Universidade Pública, cabe à Administração, ao Reitor, traçar políticas internas para diminuir o eletísmo acadêmico, criando processos mais transparentes, realmente igualitários, públicos, em que favoreçam a capacidade e o currículo do candidato aos diversos níveis de titulação entre os docentes.

    Que todos os processos, sejem honestos, que não hajam, curruptelas e nem \”jeitinhos\” de políticas escusas para se conseguir ser: discente, docente da graduação e da pós-graduação… Na UFMG, o que vemos é uma maioria de alunos, brancos, bem nutridos e todos com carros, até do ano…. Não é uma vergonha, uma univerdiade pública, ser para uma classe socioeconômica privilegiada !!!???

    GRATA - ONG Ambiental, Cultural & Social

  199. 121
    José Saboia dos Santos disse:

    Presados;

    É muito bom saber que ainda existem pessoas, instituiçoes que não se acomodaram e buscam colocar o debate na ordem do dia. Sabemos que a UFMG está demorando por demais assumir seu papel de verdadeiramente promover institucionalmente a comunidade negra e outros segmentos sociais em sua politica. Vamos fazer nosso papel de colocar nossa opinão e ponto de vista para fazer valer nosso direito.
    Lembre-se que até a França, está criando o ministério para tratar destas questões.

    Senhor Reitor. Os povos negro, indígenas e ciganos esperam que está tão competente instituição reconheça a dívida hisrórica que o estado tem com o povo negro.

    José Saboia dos Santos
    Contagem - MG

  200. 120
    Marcos Cardoso disse:

    Penso que a UFMG deva urgentemente adotar o principio das cotas raciais para acesso da juventude negra ao ensino superior como um direito da população negra, a segunda em densidade populacional no Brasil. A questão que se coloca é que se faz ações afirmativas para a população branca no Brasil há mais de 500 anos. A África teve que sustentar 2 continentes durante mais de 5 séculos - a Europa e as Américas. Precisamos formar uma massa crítica no Brasil. As cotas raciais são apenas um grão de areia no processo de reparações que a sociedade brasielria deve à população negra e à população africana. O Brasil deve à África e muito e, sobretudo, deve à população negra.

    A pergunta que se coloca é qual o impacto que a presença negra em termos profissionais terá no futuro com adoção das cotas raciais na vida da população negra, na vida da população pobre e no processo de humanização do desenvolviemnto da sociedade brasileira? Inclusão social no Brasil sem inclusão racial é uma balela. É muito recurso público desperdiçado pelo racismo, pela incompetência e miopia dos gestores públicos em não querer ver que as desigualdades raciais no Brasil, onde as desigualdades sociais tem cor, sexo e etnia.

    Penso que a resistência da UFMG à adoção das cotas raciais é a hipocrisia do racismo sofisticado das instituições que não são nossas, não são públicas, não são do povo brasileiro, mas de uma \”casta\” de privilegiados que não deram os anéis para não perder os dedos e agora querem os anéis que não deram e os dedos de volta para continuar com as mãos sobre a riqueza e o conhecimento coletivamente produzido por todos. Por que a UFMG resiste tanto a adoção de cotas raciais? Por que incomoda tanto? Para além da autonomia universitária, prejuízo qualidade do ensino superior, meritocracia, curso noturnos, estatísiticas de renda e pobreza, ampliação do número de vagas que não acontece, falta de preparo acadêmico, constitucionalidade, racialização da Constituição e tantos outros argumentos frágeis, ou pseudo explicações objetivas sobre a estrutura do ensino Brasil, gostaria que a UFMG me respondesse? O que está por trás desses argumentos? O que está sendo silenciado?

    Marcos Cardoso

  201. 119
    Fernanda Dias (Movimento Afirmando Direitos na UFMG) disse:

    A proposição das Cotas Raciais não diz respeito à uma pre-concepção de inferioridade intelectual do povo negro do nosso país! Muito pelo contrário. Falar em cotas nas universidades públicas é tocar num ponto mínimo diante de todas as demandas que as Políticas de Ações Afirmativas precisam abarcar, entretanto, é um passo importante! Falar da hierarquias de poder, falar do DIREITO a uma educação pública e de qualidade, para quem historicamente se encontra à margem de uma preparação que garanta as possibilidades de estudar num espaço como a universidade pública. Não pelas incapacidades pessoais, visto que, em algumas universidades como a UFBA E UERJ já nos mostram que os alunos e alunas cotistas apresentam produtividade igual e com casos de aproveitamento até superior com relação aos não cotistas… Indo um pouco mais longe, já tem muito tempo que as Teorias Raciais, que diziam sobre a inferioridade da raça negra caíram, sendo que tais idéias outrora possibilitaram a implementação de LEIS que, por exemplo, obrigava os negros a estudarem somente no noturno. Neste sentido, quando fala-se de raça no Brasil e de políticas de ação afirmativa trabalha-se com uma lógica complexa da constituição de nossa sociedade que abrange \”a abordagem social do conceito de raça\” e \”a realidade excludente de um país que vivencia um preconceito de marca\”. Pois vive sob a argumentação de uma falsa democracia racial.
    COTAS RACIAIS SIM!

    Fernanda Dias (Movimento Afirmando Direitos na UFMG)

  202. 118
    Fernanda Dias (Movimento Afirmando Direitos na UFMG) disse:

    Capacidade??? Mérito??? Competência??? Utilizar palavras que estão tão arraigadas no cerne da constutição de uma sociedade capitalista e individualista parece até natural ou simples… Saber utiliza-las fazendo uma análise mais aguçada da história de uma nação como o Brasil é quase que uma necessidade indubitável para quaquer pessoa que pretende colocar suas posições.
    Todos temos qualificações iguais para competir a qualquer que seja o cargo, concurso, trabalho, faculdade etc… Isso nós garante a Constituição! O que reflito é sobre outra palavrinha que muitos confundem com igualdade: A EQUIDADE! Competir é direito, ter as bases suficientes para se inserir nesta competição, infelizmente, num país de desigualdades alarmantes como o nosso, não é real!
    O povo negro de nosso país tem história, tem marcas, tem feridas, tem direitos humanos e civis violados por séculos… A história não mudou em 1.888! Um passo importante foi dado, mas a subinserção, a subinclusão, a subalternidade é uma questão real. Basta verificar os dados de acesso à escola, ao trabalho… O IBOPE divulgou pesquisa em 2006, mostrando que negros em mesma situação de qualificação AINDA ganham menos que não-negros! ESTAMOS FALANDO DE CAPACIDADE??? O Instituito Brasileiro de Analise Economicas Aplicadas (IPEA) divulgou em 2001 que, mesmo com as políticas ditas de universilização do acesso à escola, analisadas de 1920 a 2001, não conseguiram diminuir o deficit de acesso que faz com que negros tenham 2,3 anos a menos de escolaridade que os não-negros em nosso país!

    Fernanda Dias (Movimento Afirmando Direitos na UFMG)

  203. 117
    iamara de lima disse:

    A cota para negro é uma verdadeira discriminação, ou seja, o negro não tem capacidade de competir de igual para igual; é necessario ter uma cota por que ele é negro. Sendo assim, todos somos diferentes e por isso necessito de algum privilégio afinal, sou diferente. Mas a verdade é que todos nós somos capazes de conseguir bolsas nas universidades e para isso o governo também tem que querer, dando uma educação digna para todos, pois a raça que pertencemos não diz exatamente quem você é.
    Iamara de Lima

  204. 116
    Fernanda Dias disse:

    É muito bom ter este espaço para falar sobre Inclusão Social… Mesmo me intrigando o fato de tal discussão ser proposta num caráter interrogativo: “Inclusão Social: um debate necessário?”, diante de um contexto econômico-social historicamente marcado pela desigualdade e exclusão social, me surpreendo que a proposta de discussão ainda não seja afirmativa. Entendendo que, INCLUSÃO SOCIAL É UM DEBATE NECESSÁRIO, em todos os setores da sociedade brasileira.
    Considero que tal iniciativa da Universidade demonstra que existe uma pressão externa, da sociedade – vimos isso na apresentação do site – as universidades federais do país já estão implementando e discutindo a questão. E obviamente, não é conveniente que esta instituição se isente da discussão sobre o assunto, por mais que, a imagem que vemos ao transitar por este belo campus é a do elitismo e as palavras que escutamos nas honrosas cerimônias em seus auditórios sejam meritocráticas. A inclusão social é necessária… Entendo que o argumento do social não está só na análise das desigualdades de acesso à universidade pública.
    AS QUESTÕES RACIAS, por exemplo, SÃO UM PONTO DE ANÁLISE QUE PRECISAM SER CONSIDERADAS, POIS VIVEMOS NUM PAIS CONSTITUIDO SOB O ESCRAVISMO, POR SÉCULOS… Tal legado não nos deixa, se minimamente comprometidos com a real análise da sociedade brasileira, desconsiderar que existe uma real desigualdade racial em nosso país!
    DEFENDO COTAS RACIAIS NA UFMG! DEFENDO QUE A UFMG NÃO PODE SE ISENTAR DE DISCUTIR TAL QUESTÃO, POIS SE REALMENTE COMPROMETIDA COM A INCLUSÃO, TODOS OS ASPECTOS DA EXCLUSÃO PRECISAM SER DISCUTIDOS!!!

    Fernanda Dias

  205. 115
    Maricelia disse:

    Acho que não deveriam existir cotas. Talvez o processo de isenção igual é feito pela Fump (Fundação Mendes Pimentel*), que estuda a vida socioeconômica dos alunos. Dessa forma, podemos incluir brancos pobres (que também existem), negros, índios e demais raças e, talvez, algumas outras pessoas que são excluídas.

    Maricelia

    *Observação do moderador

  206. 114
    CLEIDE DA SILVA HONÓRIO disse:

    Realmente concordo com esse artigo. É preciso repensar a nossa educação brasileira.

    Cleide da Silva Honório

  207. 113
    Clayton Ramos Pereira disse:

    Divertido o título: \’INCLUSÃO SOCIAL um debate necessário\’. Chamar para um debate para debater se um debate é necessário.

    Clayton Ramos Pereira

  208. 112
    Erika Gisselle Pessoa Santos disse:

    Sou a favor da reserva de vagas, desde que seja acompanhada por uma equipe que garanta a autenticidade dos documentos e até mesmo dos dados declarados. O correto seria melhorar o ensino no país, mas se não for dado um incentivo a quem já saiu da escola e que não consegue ingressar em uma faculdade gratuita e não tem condições financeiras de pagar uma escola particular, serão pessoas sem oportunidade de melhoria social, cultural e financeira.
    Seria como condenar uma pessoa por não ter tido um bom ensino fundamental ou médio a estagnação da vida, e isso seria tão injusto quanto para alguns é hoje reservar essas vagas. E, além do mais, essa reserva seria também uma concorrência mas com candidatos que têm, de certa forma, o mesmo estilo de vida: acordar cedo, ter que trabalhar para ajudar a família ou se sustentar, ou sustentar a família, que possui pouco tempo para se preparar, e que tem sonhos de um dia chegar lá!

    Erika Gisselle Pessoa Santos

  209. 111
    Rosana Marcolino disse:

    Sou contrária a reserva de vagas pois a injustiça continuaria, apenas mudaria de lado.
    Na minha opinião seria mais justo uma escola fundamental e média de nível e ainda cursos pré-vestibulares intensivos de qualidade e gratuitos para quem já está às portas do vestibular. Aí sim, todos teriam as mesmas oportunidades de concorrer a uma vaga nas universidades públicas.

    Rosana Marcolino

  210. 110
    Luiza Jamarino Rosa disse:

    No Brasil já foram comprovadas as dificuldades enfrentadas pelas crianças negras no sistema escolar, indicando a necessidade de serem encontrados mecanismos de combate ao preconceito e discriminação raciais ao nível da socialização, na família e na escola.
    A partir destes fatos originou-se a necessidade de descentralizar as atividades relativas à cultura afro como também a sua luta pela valorização da consciência negra, os direitos dos menos favorecidos ao lazer e à cultura. Acredito que através de discussões e de criações, em cima do tema, as crianças possam se conscientizar melhor e aprender brincando.

    Luiza Jamarino Rosa

  211. 109
    Elizete Cristina da Silva disse:

    A inclusão social é um dos pontos primordiais da atualidade; é um assunto que deveria ser discutido na mídia, em horário nobre. Principalmente no que diz respeito à vagas em universidades e faculdades, pois as vagas estão, cada vez mais, sendo preenchidas por uma camada da sociedade que tem melhores condições financeiras, e consequentemente as pessoas oriundas de escolas públicas estão \”perdendo\” o direito de ter um curso superior gratuito.
    Afinal, o grande problema está na base da educação - se a base fosse melhor, a estatística de alunos de escolas públicas nas universidades federais não seria esta vergonha que é atualmente.

    Elizete Cristina da Silva

  212. 108
    LISIANNE disse:

    Apesar de tantos anos de exclusão e escravidão ainda acredito que possa ocorrer a inclusão do negro nas universidades, pois acredito que todos os seres humanos independente de sua cor têm a capacidade de entrar, premenecer e finalmente concluir uma faculdade, apesar da desigualdade ser tão visivel, porém a vontade. A garra e o desejo de um país mais justo levam os negros a se esforçarem a cada dia para conquistar tudo aquilo que foi retirado deles de forma bruta e cruel…Mas a força do negro não esta apenas no fisico, como muitos pensam…A fortaleza do negro esta no pensamento e na atitude de fazer acontecer!Ser negro não significa ser inferior, ser negro é honra!

    Lisianne 

    Lisianne

  213. 107
    Sérgio Brandão disse:

    É muito fácil para um branco de classe média que sempre frequentou escolas particulares, como eu, criticar o sistema de cotas para negros nas universidades públicas. É fácil dizer que o vestibular é igual para todo mundo, e que é preconceito com os próprios negros criar cotas, como se eles não tivessem capacidade de passar no vestibular. Há também aquele outro argumento já bem conhecido de que o sistema de reserva de vagas é maquiagem, é tapar o sol com a peneira, e que o governo deveria é investir no ensino básico etc etc. Além disso, o nível dos cursos pode diminuir se a faculdade começar a aceitar alunos com nível inferior por causa das cotas e tudo mais. Ah, sem contar que os negros seriam decriminados dentro das universidades, e mais tarde, no mercado de trabalho porque não teriam passado no vestibular por mérito, e sim por favorecimentos e etc (Como se eles já não fossem mesmo sem cotas!). É bem verdade também que nem todo negro é pobre, por isso muitos têm mais chances de passar no vestibular dos brancos mais pobres que tiveram que trabalhar e estudar ao mesmo tempo e tudo mais, e então o sistema de cotas seria injusto.
    No entanto, só quem é negro sabe os preconceitos pelos quais tem que passar, sabe que de forma ou de outra, por mais absurdo que pareça, já que somos uma nação de minoria branca, se sentem excluídos da sociedade por causa da sua cor. (…) A criação das cotas é uma tentativa de diminuir a exclusão social no Brasil. É uma medida válida tomada pelo governo para que todos tenham acesso ao ensino de qualidade e possam ingressar no mercado de trabalho com capacidade de competir de igual para igual com qualquer outro candidato. A incluisão social é uma questão que já deveria estar sendo trabalhada há anos no Brasil, e a educação é, incostestavelmente, uma maneira eficaz de tentar fazer com que aqueles que já nasceram de certa forma \”excluídos\” da sociedade passem a fazer parte dela. Com acesso ao ensino de qualidade, todos podem competir de igual para igual dentro do emrcado de trabalho. Está certo que deveria haver mais investimento no ensino básico e etc, mas essa é uma solução a longo prazo, mais complexa e mais demorada, e que não não invalida a medida das cotas. A questão é que as cotas não devem ser a única medida, elas devem estar aliadas a um programa de melhoria da educação do ensino infantil, fundamental e médio nas escolas públicas. Além disso, é saudável para uma país como o nosso haver mais estudantes (e professores) negros nas universidades.

    A incluisão social é uma questão que já deveria estar sendo trabalhada há anos no Brasil, e a educação é, incostestávelmente, uma maneira eficaz de tentar fazer com que aqueles que já nasceram de certa forma \”excluídos\” da sociedade passem a fazer parte dela. Com acesso ao ensino de qualidade, todos podem competir de igual para igual dentro do emrcado de trabalho. Enquanto o governo não proporcionar educação de qualidade para todos, aqueles que estudaram em escolas particulares e já nasceram ricos sempre terão melhores condições de competir no mercado de trabalho, reafirmando e aumentando cada dia mais a desigualdade no país. os ricos cada vez ficam mais ricos, e os exluídos cada vez mais mariginalizados. Qualquer medida tomada pelo governo para tentar diminuir essa exclusão por meio da educação é válida. Está certo que um investimento pesado em escolas de ensino fundamental e médio seria uma solução melhor, porém muito mais demorada e complexa. O sistema de cotas é uma maneira mais rápida, e talvez mais eficaz de diminuir a exclusão dos negros no mercado de trabalho.

    Sérgio Brandão

  214. 106
    Libéria do Carmo Gontijo Hamdan disse:

    Acredito na inclusão sim, pois acredito em homens de caráter. Ela não vai acontecer em pouco tempo, mas será a maior das conquistas na área das políticas sociais; será um grande caminho a percorrer. As pessoas que acreditam na inclusão não devem desistir e no momento em que ela estiver realmente acontecendo, então sim, devem fazer dela um marco para que outras injustiças não aconteçam à partir dela, pois o homem no momento que conquista algo passa muitas vezes desvalorizar a sua própria conquista. O nosso país crescerá muito com a inclusão.

    Libéria do carmo Gontijo Hamdan

  215. 105
    Ivan disse:

    Espero que a UFMG tome logo um posição a respeito do programa de cotas, pois ficar somente no debate de nada resolve… Acaba por encher uns de esperança e outros de raiva.

    Ivan Rocha

  216. 104
    RAQUEL CRISTINA DE CAMPOS FERREIRA disse:

    Reservar vagas não resolve o problema em si.

    Raquel Crisitna de Campos Ferreira

  217. 103
    lucius Karmenkhar disse:

    É inacreditável que meu comentário de NÃO PUBLICAÇÃO tenha vindo parar no GOOGLE. Não vou repetir, farei outro. Pelo que se pode observar nas opiniões deste espaço, os racistas de plantão estão realizados. Eu dizia que a questão das \”cotas\” não passa de uma artimanha política descortinando e dando visibilidade ao negro como um \”pobre diabo\”. Este é o motivo real, maquiavélico.
    Entretanto os \”doutos\” engoliram ao vislumbrar uma oportunidade de manifestar-se perante a opinião pública, e como podemos bem ver, da forma mais cananlha possível e assim, marca mais um ponto o maqueavelismo político contra o negro. Existe na República um movimento claro de \”mostrar\” o negro à sociedade. Mas esta é uma amostra trágica pois vem impregnada de sinônimos e exemplos de ignorância, deslealdade, inconfiabilidade, sujeira, violência, despreparo, vícios, e etc., e etc.,…. tudo o que é abominável. Portanto, o negro vem sendo sistematicamente aniquilado fisicamente e moralmente. Em menos de cinco anos, os ultimos, a República integra na sociedade os homossexuais de todas as estirpes permitindo até, vejam só, que adotem \”FILHOS\”, nada contra os homossexuais, e as prostitutas, que outrora perseguidas por setores conservadores e até religiosos da mesma forma estão hoje integradas à sociedade, a tal ponto que qualquer prostituta de luxo se considera acima do comum dos mortais brasileiros, nada contra as prostitutas. O enfoque aqui é o negro, para o qual cem anos de República ainda não foram considerados suficientes para os \”donos\” da República\”, não para a integração completa do negro na sociedade como deveria ser, mas para reconhece-lo como ser humano que tem seus direitos assegurados pelo trabalho espunato e doloroso.
    Cem anos, e os cretinos, canalhas e hipócritas querem discutir. Querem discutir o indiscutível, porque esta discução em primeiro lugar é oferecida com base no pensamento do opressor, e em segundo lugar, o principal, esta discussão não passa pelo reconhecimento de que a República é racista. Portanto, toda a panacéia até hoje apresentada e referendada pelo \”MOVIMENTO NEGRO\”, tanto afeto a reuniões, seminários e encontros que nada servem, ou na melhor das hipóteses os documentos oficiais tirados destes eventos muito se prestam para afofar fundo de gavetas e corroborar com as artimanhas da escravidão prolongada em que se encontra o negro, agora não mais brasileiro, e sim afro-descendente. O Coelinho da Páscoa e o Papai Noel têm sido muito mais eficazes do que o \”Movimento Negro\”, isto sem dúvida alguma e lanço aqui meu desafio de provas. O que li neste espaço, vomitado pelos racistas canalhas e hipócritas, me faz lembrar da razão dos negros norte-americanos detestarem tanto o negro brasileiro.

    Lucius Karmenkhar

  218. 102
    lucia maria disse:

    Devemos primeiramente incluir os pais, provedores: mães solteiras… na sociedade. As demais inclusões são consequências da justiça social e ausência de preconceitos para com deficientes, esquizofrênicos… porque todos são dignos e com direitos de serem incluídos no meio em que vivem, com qualidade de vida para todos…

    Lucia Maria

  219. 101
    Erlon Monteiro Lourenço disse:

    Não acho certo a reserva de vagas nas faculdades para \\\’negros\\\’, pois todos são capazes a ter acesso ao ensino superior. O grande problema está na formação, pois a grande maioria é proveniente de familias de baixa renda e as escolas de ensino fundamental e médio públicas de hoje não fornecem um sólido conhecimento para disputar vagas nas federais.

    Erlon Monteiro Lourenço

  220. 100
    Gilberto da Silva disse:

    A economista Miriam Leitão mostra de forma extraordinária e com muita clareza os TRUQUES utilizados pelos opositores das ações afirmativas, tão necessárias para reparar o débito que este país tem com os afrodescendentes.
    Minha admiração por essa senhora aumenta a cada dia.
    Parabéns,

    Gilberto Giba da Silva

  221. 99
    Anneth Trindade Faria disse:

    Não concordo com o sistema de cotas implantado no nosso país. Acho que ele é mais um instrumento de racismo e preconceito. Acho que a sociedade de hoje não tem que pagar por erros do passado. A mudança tem que acontecer na cultura das pessoas. O ideal é que tudo comece da constituição, pois ela fala que somos todos iguais perante a nação.

    Anneth Trindade Faria

  222. 98
    Helbert Góes disse:

    Por várias ocasiões tenho lido e escutado comentários de que a UFMG tem uma postura atrasada e conservadora quanto se fala em inclusão social, e a minha percepção é a de que a Universidade Pública das Minas Gerais é uma universidade elitista, tanto na formação do seu corpo docente, quanto nas políticas de seleção, principalmente quando se trata de seleção para mestrado e doutorado, pois nestes casos a subjetividade e a preferência pessoal são extremas.
    Acredito que a discussão é uma possibilidade, mas levando em consideração que desde 2000 já se discutem as políticas de inclusão nas universidades públicas, creio que a UFMG esta realmente atrasada espero que ao final das discussões e com a implementação destas políticas a postura conservadora não se afirme.
    Helbert Góes - Professor Universitário

  223. 97
    Lúcia Lemos disse:

    Não podemos falar sobre o que é certo ou errado sem que nossas estruturas sociais sejam respeitadas ou discutidas com razões pelas quais os povos do passado lutaram. Hoje encontramos argumentos fragmentados sem base, falamos de cota como falamos de coca-cola, nem aprofundamos na história dos afrodescendentes nem dos imigrantes e queremos afirmar nossas convicções baseadas na exclusão, na discriminação e na incapacidade de analisar a vida dos que aqui construiram nossa história. Falamos, criticamos mas não vivemos e nem viveremos a dor das clausuras nem do carcere da alma, falar sobre o que não se pode sentir, emitir opiniões sem que se possa ver o que vivem os presos, os flagelados os miseravéis é demagogia além da existência. Que educação de qualidade serve aos pobres, que saúde de qualidade servem aos pobres, onde estão os melhores professores, onde estão as melhores escolas , onde estão os melhores transportes.
    Mantemos os pobres distantes dos centros urbanos, longe de nossos olhos, longe da nossa falsa felicidade, longe das escolas que servem a elite desde o começo da colonização e falamos que não há distinção de raças, que não há exclusão. Onde vivem os bons vivás, onde ficam os explendidos filhos da elite que insistem em excluir e manter acessa a chama do poder econômico. Parabéns a todos que mantem a venda em seus olhos qe aplaudem os demagogos.

    Lúcia Lemos 

  224. 96
    Giglianne Acácio disse:

    É fato que nas universidades os negros são minoria, no entanto, será que o sistema de cotas não seria uma forma de racismo? Já que com este sistema estaria admitindo que a cor determina a capacidade intelectual de alguém, ou seu esforço em conquistar uma vaga em uma universidade.

    Giglianne Acácio

  225. 95
    Marcleide Maria Macêdo Pederneiras disse:

    Primeiramente quero dizer que esta interação a partir deste site, entre pesquisadores, professores, profissionais, estudantes e demais interessados é valiosíssima.
    Em leitura a todos os depoimentos, artigos desponíveis e a mensagem do reitor, quando da minha busca pelo assunto Inclusão Social, despertou em mim, o interesse sobre a Inclusão Social na área das Ciências Contábeis.
    Até agora não encontrei nenhum projeto, monografia sobre este tema na área de meu interesse.
    Se algúém encontrou por favor envie a fonte de pesquisa.
    No aguardo de informações.
    Saudações a todos.
    Marcleide Pederneiras, professora do curso de Ciências Contábeis da UFCG/CCJS

  226. 94
    Juliana disse:

    Fiquei espantada ao saber que uma universidade tão conceituada não tem o curso de Serviço Social. Não compreendia ao certo o que fundamentalmente significava o curso, agora que fui apresentada a ele, vi que a base de uma sociedade se firma com o trabalho de amenização da questão social, desenvolvida com o auxílio dos assistentes sociais. Estou extremamente feliz por ter optado por este curso, que humaniza de certa forma cada um de nós estudantes e nos faz crê que nossa visão do que diz respeito a sociedade será ampliada a cada semestre.
    A inclusão social é absolutamente necessária, porém necessita de uma \”alavancada\”, visando a progressão e expansão satisfatória.

    Juliana Lemes- vendedora, aluna do curso de Serviço Social da UFVJM

  227. 93
    http://www.sapatonet.com.br disse:

    Parabéns esse site é um ótimo exemplo do uso da internet para levar informaçao sobre esse problema social.

    http://www.sapatonet.com.br

  228. 92
    Waine Costa Assis disse:

    Bom, acredito sim que deveria existir a inclusão, mas isso não depende somente dos \”poderosos\”, é claro que uma boa parte depende deles, mas não adianta 99,9% ser feito pelos \”poderosos\” e o que sobra não ser feito do outro lado.
    Deve sim haver a inclusão ,mas todos têm que fazer sua parte, não é por que eu sou pobre e negro que eu vou desistir de conquista um sonho. Se eu pretendo eu vou…
    Eu sou negro e sempre estudei em escola pública e nem por isso vou desistir do meu sonho em me formar em MEDICINA; minha cor e minha situação financeira não me atrapalham, pelo contário me ajudam, porque assim eu luto com mais força de vontade…
    Waine Costa Assis

  229. 91
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    É intrigante o texto de um opinador abaixo. Me impressionou tanto a ponto de realmente pensar sobre como se dá a difusão das idéias e como são formados certos estereótipos neste debate, que, pelo menos em princípio, senão em toda sua extensão, deveria ser tocado com base em argumentos reais.
    Este texto exprime a opinião de um homem que: 1) se classifica como negro; 2) pensa que a universidade pública deve ser usufruída apenas por estudantes de escolas públicas; 3) há racismo no Brasil; 4) as \”elites\” perpetuam a situação atual deliberadamente.
    Vamos por partes:
    1) se classifica como negro:
    realmente intrigante que alguém, hoje em dia, tem como parte integrante de sua identidade (e isto é visível na sua apresentação, no seu texto) a cor de sua pele ou qualquer outro caractere relacionado a grupos étnicos. É como se um Hans Schmidt fictício se apresentasse assim: \”Eu sou Hans, louro\”. Ou, se o Tanaka dissese: \”Prazer, Eu sou Tanaka, e meus olhos são puxados\”. Além de ser extremamente superficial e não acrescentar em nada ao debate, já demonstra que esta pessoa enxerga esta diferenciação, as chamadas \”raças\” (comprovadamente não existentes).
    2) pensa que a universidade pública deve ser usufruída apenas por estudantes de escolas públicas:
    talvez a mais lamentável das afirmações do texto, demonstra que realmente não há uma visão clara de quem é prejudicado neste *status quo*. Como veremos mais tarde, afirma que é discriminação racial, mas também foca, nesta afirmação, na discriminação social. E vai além, propondo uma atitude que, no mínimo, seria uma tremenda injustiça. Desnecessário continuar argumentando.
    3) há racismo no Brasil:
    OK, esta questão é complicada. Com absoluta certeza há no mínimo uma pessoa no Brasil que julga as outras com base em caracteres externos, relacionados à etnia. Mas daí a dizer que isto é uma característica cultural do Brasil, é exagero, na minha opinião. Este debate é complicado, intrincado, e foge do escopo deste site.
    4) as \”elites\” perpetuam a situação atual deliberadamente:
    Todos os problemas do Brasil são causados pelas \”elites\”. Todos. As \”elites\” também são agraciadas com o poderoso poder de metamorfose: enquanto para as classes mais abastadas, as \”elites\” são os políticos de Brasília, ou os banqueiros, a parcela da população com menor poder aquisitivo tende a incluir neste conceito qualquer um da classe média para cima. Além disso, é impressionante como as \”elites\” são bem articuladas. Provavelmente devem haver reuniões semanais nas quais eles delberadamente conspiram contra a ascensão social de pessoas de pele escura, por exemplo. Fato é que, apesar de minha pele ser branca, e eu ser originário de escola particular (ou seja, eu sou \”elite\”), nunca fui convidado para uma destas reuniões. Nem mesmo prum cafezinho. Vou deixar a próxima frase em caixa alta pois ela é a síntese de tudo que escrevi aqui: AS ELITES QUEREM BARRAR AS COTAS (RACIAIS OU SOCIAIS) NÃO PORQUE POSSUEM UM DESEJO MALÉVOLO INERENTE DE PREJUDICAR OS OUTROS, MAS SIM PORQUE, COM MÉDIA DE ESTUDO MAIOR, IMPLICANDO EM MAIOR CAPACIDADE ANALÍTICA, ELAS ESTÃO CERTAS EM NÃO VER AS COTAS COMO SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA QUE É MAIS FUNDO. Ou seja, eles são contra porque são mais estudados e enxergam que estas cotas criariam mais injustiças, e não porque realmente possuam um plano conspiratório para negar à parcela da população acesso à educação. Há pessoas que, se acreditando educadas politicamente, apenas recitam a cartilha ensinadas pelos seus mentores, esquecendo de raciocinar antes de falar. E é justamente de raciocínio que este debate necessita.

    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo

  230. 90
    Maria Célia lima moreira disse:

    Não é um debate necessário, e sim uma atitude obrigatória. Pois o descaso dos poderes públicos, principalmente os de execução final, fazem pouca ação e muita enganação. Muita enganação quando \” faz de conta\” que habilita recursos humanos para a atender as necessidades básicas das pessoas diferentes. Em qualquer que seja a área de inclusão, há deficiência humana qualificada, para operar com a diversidade.
    A inclusão é uma vasto leque de atitude a ser praticada para minimizar ou suprir e melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência e o idoso. O que se tem visto é a atitude descontrolada dos políticos para criar ordenamentos jurídicos, e aparecerem na mídia, pois esta é uma questão de modismo. Para a efetização da inclusão, bastaria que se cumprisse a primeira lei da CORDE e seu Decreto, a título de refrescar a memória a Lei foi criada em 1989 e somente 10 anos após foi homologada. Más mesmo assim se a cumprisem, ao menos na parte da educação, já estaríamos com uma acessibilidade inclusiva satisfatória, é que a partir da educaçãoque se permeia as outras educações.

    Maria Célia Lima Moreira

  231. 89
    Warley Matias de Souza disse:

    As cotas - Movimento Negro no Brasil

    Há alguns meses, posicionei-me com relação às cotas nas universidades. Meu incômodo sempre foi gerado pelo discurso eleitoreiro de muitos candidatos a cargos políticos no Brasil, a despreocupação que estes demonstravam com a qualidade do ensino e, por oposição, a preocupação que os mesmos tinham em relação aos números, números que nos façam parecer uma sociedade mais justa.

    No entanto, em discussões posteriores, deparei-me com o fato de que eu estava desconsiderando talvez o fator mais importante em todo esse processo: o Movimento Negro. E o que percebi é que a elite branca se posicionou como aquela que baterá o martelo, que dará a decisão final. E não é assim que as coisas devem acontecer. E se o Movimento Negro exige uma porcentagem de ingresso de estudantes negros na Universidade, nada mais justo que acatar tal exigência. Enquanto isso não for feito, o Movimento Negro não estará tendo o respeito que merece. Tal movimento está cumprindo o seu papel. Esperamos que o Estado cumpra o seu, promovendo mecanismos para a melhoria da qualidade do ensino.

    Warley Matias de Souza, aluno do oitavo período do curso de Letras, UFMG

  232. 88
    JOSENICE SOUZA disse:

    Essa é a hora. Não digo exta, pois já era tempo de acontecer. Penso que essa será a maior reparação que se pode fazer a uma sociedade discriminada, desigual. Espero que todos os bons projetos não fiquem nas gavetas dos que podem \’\'digo aqueles que têm o poder político nas mãos para fazer acontecer\’\’. Penso também que é a hora da nossa sociedade acordar na busca dos seus direitos e deveres, ou seja, serem cidadãos conscientes.

    Josenice Souza

  233. 87
    Moisés Menezes da Paixão disse:

    Não só sou a favor das cotas, como também defendo que as universidades públicas deveriam ser destinadas aos alunos oriundos das escolas da rede pública. É muito simples: quase todos estudantes que entram nas universidades públicas estudaram o ensino médio em escolas particulares. Deveriam, portanto, continuar privilegiando o ensino em faculdades particulares. Acho interessante que as elites colocam seus filhos para estudar em escolas particulares, entretanto, para se graduar, buscam as universidades públicas. Não deveriam continuar pagando seus estudos?
    Sou professor (negro) de Educação Física, formado pela Universidade Federal de Sergipe e tive que trabalhar, ainda adolescente, para pagar uma escola particular e ter a possibilidades de passar no vestibular, por perceber que, quase todos os alunos que obtinham as vagas para a UFS, eram estudantes da rede particular de ensino. Nesse sentido, pergunto: os filhos das elites têm que trabalhar para ter a possibilidade de ingressar em uma universidade?
    Gostaria que deixássemos de demagogia, ao dizer que somos todos iguais perante as leis brasileiras. O que mais se vê nesse país, são as pessoas serem discriminadas por serem negras, ou não é verdade?
    Precisamos é ter a coragem de dizer que somos racistas sim, e como somos, apenas não temos a coragem de enfrentar um tribunal e ser acusado de crime de racismo.
    Infelizmente esses bacanas que são contra as cotas, não passaram por inúmeras necessidades para tentar continuar estudando. Na verdade, estão defendendo seus interesses, para manter os objetivos de suas classes dominantes.

    Atenciosamente,

    Moisés Menezes da Paixão

  234. 86
    Alexandre Roberto disse:

    Acho que independente de cor, classe social ou raça todos têm capacidade e direito de um estudo conceituado. Afinal, vale se você é esforçado e inteligente!!!!!! Abaixo aos preconceituosos!!!!

    Alexandre Roberto

  235. 85
    Camila Chagas -Carvalho disse:

    Chega de debates, o que falta é atitude. Até quando cursos oferecidos por uma Universidade pública continuarão excluindo a maioria da população que paga impostos e não pode usufluir e sim se marginalizar e comformar com o capitalismo educacional?

    Camila Chagas -Carvalho

  236. 84
    Patricia Amanda De Carvalho disse:

    A Fump não é um meio de inserção, pois os alunos que têm acesso a ela chegaram por algum meio, no caso o vestibular e muito estudo. E as pessoas que não têm acesso a um preparo eficiente para ingressarem em uma universidade continuam excluidas. Sou bolsista do Pro-Uni e meu sonho é estudar na UFMG no curso de Medicina. Esforcei-me muito e por conta própria, mas como estudei em toda minha vida escolar em escolas públicas a minha base não foi boa. Com muito esforço consegui vencer isso. Hoje curso Fisioterapia e meu desempenho é excelente, pois precisei de uma oportunidade, o que vocês não concordam em fazer. Esses debates sobre inclusão social não passam de pretestos para iludir a população que vocês estão fazendo alguma coisa. Cursos elitizados como Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e os da aréa da saúde em geral continuam sendo preenchidos por estudantes de classe média alta e que estudaram em cursinhos caros.

    Patricia Amanda de Carvalho

  237. 83
    Ivan R.M. disse:

    Cotas racias são descriminatórias, porém cotas sociais não… Não adianta negar que um aluno de escola pública leva pelo menos o dobro do tempo para engressar em um universidade pública se compararmos com um aluno que estudou em escolas particulares. Sabemos: há um descaso com o ensino público no Brasil. Negros e brancos são iguais em capacidade…… ambos têm as mesmas condições de passar onde quiser. Entretanto, o problema é o aluno ir a uma escola pública, passar, que sejam, 10 anos estudando e sair achando que sabe algo; vai fazer o vestibular e o resultado já sabemos qual é. Devemos é investir na educação de base. As cotas, e repito cotas socias (para rede pública), são necessárias para solucionar diferenças a curto prazo. A longo prazo, investir e investir na educação. E mais: não adianta vir com essa ladainha de que o aluno que entrou por qualquer tipo de cota não vai \’\’ alcançar\’\’ a turma, que os professores vão ter que ensinar coisas básicas …. Lembrem-se: esse aluno foi selecionado entre os \’\'cotistas \” e também teve que estudar ou vocês acham que vagas surgem de acordo com a demanda?

    Ivan Rocha

  238. 82
    Warley Matias de Souza disse:

    AS COTAS. MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL

    Há alguns meses, posicionei-me com relação às cotas nas universidades. Meu incômodo sempre foi gerado pelo discurso eleitoreiro de muitos candidatos a cargos políticos no Brasil, a despreocupação que estes demonstravam com a qualidade do ensino e, por oposição, a preocupação que os mesmos tinham em relação aos números, números que nos façam parecer uma sociedade mais justa.

    No entanto, em discussões posteriores, deparei-me com o fato de que eu estava desconsiderando talvez o fator mais importante em todo esse processo: o Movimento Negro. E o que percebi é que a elite branca se posicionou como aquela que baterá o martelo, que dará a decisão final. E não é assim que as coisas devem acontecer. E se o Movimento Negro exige uma porcentagem de ingresso de estudantes negros na Universidade, nada mais justo que acatar tal exigência. Enquanto isso não for feito, o Movimento Negro não estará tendo o respeito que merece. Tal movimento está cumprindo o seu papel. Esperamos que o Estado cumpra o seu, promovendo mecanismos para a melhoria da qualidade do ensino.

    Warley Matias de Souza, aluno do oitavo período do curso de Letras, UFMG

  239. 81
    Lígia Demboski disse:

    Bem, eu acho que em primeiro lugar não deveria existir vestibulares e os alunos, independentemente de cor, classe social, escola publica ou particular etc, deveriam ir diretamente para a universidade/faculdade pelo seu histórico escolar. Quem é esforçado e bom aluno, estará automaticamente na universidade de sua escolha, não importando que escola tenha cursado tenha sido pública ou particular (quem é bom aluno o é em qualquer lugar). Essa é a verdadeira inclusão, não colocando diferenças. O que realmente precisa ser feito e urgentemente é melhorar a qualidade do ensino tanto em escolas públicas como das particulares - isso sim é que merece atenção. As escolas estão cada vez mais tendo menos qualidade por culpa das autoridades que não dão a devida atenção aos profissionais da educação (e estes por outro lado se acomodam). Quanto aos salários, aos métodos de ensino, as condições físicas das escolas, falta de materiais e equipamentos e de bibliotecas (professores e outros funcionários que ocupam esse lugar indevidamente) como bibliotecárias em cada escola para ajudar nas pesquisas, uso de computadores, promover palestras, cursos etc. Tudo faz parte de uma grande cadeia e uma parte não funcionando põe tudo a perder. Quanto à inclusao de deficientes fisicos e mentais é sensacional, mas para isso tem que se estar preparado. Um professor hoje em dia tem 40 alunos por classe - uma sobrecarga. Todos teriam que fazer cursos para trabalhar com as crianças especiais e nota-se que lançam as ideias e as implantam sem planejamento. Como tudo tem que haver estudo/planejamento/execução.

  240. 80
    Eliane Cristina de Sousa disse:

    Não acredito na falácia dos muito bem incluídos em prol dos excluídos. Muito menos dentro da Universidade. Local que, como em qualquer lugar do mundo, prevalece a lei do mais forte, do mais robusto e do mais abastado perpetuando interesses segregativos do poder e da elite política. Encenem o teatro que for, vamos continuar tendo maioria de médicos oriundos da classes média e alta e a maioria de pobres nos cursos de licenciatura.

    Eliane Cristina de Sousa

  241. 79
    Warley Matias de Souza disse:

    AS COTAS. MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL.

    Há alguns meses, posicionei-me com relação às cotas nas universidades. Meu incômodo sempre foi gerado pelo discurso eleitoreiro de muitos candidatos a cargos políticos no Brasil, a despreocupação que estes demonstravam com a qualidade do ensino e, por oposição, a preocupação que os mesmos tinham em relação aos números, números que nos façam parecer uma sociedade mais justa.

    No entanto, em discussões posteriores, deparei-me com o fato de que eu estava desconsiderando talvez o fator mais importante em todo esse processo: o Movimento Negro. E o que percebi é que a elite branca se posicionou como aquela que baterá o martelo, que dará a decisão final. E não é assim que as coisas devem acontecer. E se o Movimento Negro exige uma porcentagem de ingresso de estudantes negros na Universidade, nada mais justo que acatar tal exigência. Enquanto isso não for feito, o Movimento Negro não estará tendo o respeito que merece. Tal movimento está cumprindo o seu papel. Esperamos que o Estado cumpra o seu, promovendo mecanismos para a melhoria da qualidade do ensino.

    Warley M. Souza

  242. 78
    Severian Clístenes P. Rocha disse:

    Universidades para todos?

    Bom, o tema sobre cotas raciais tem sido bastante discutido no país nos últimos cinco anos, o que é positivo. Entretanto, os índices que mais crescem no país hoje são sobre o aumento da pobreza, a falta de empregos, aumento da criminalidade-dados(IBGE -UNESCO) mostram que hoje, o negro, com idade, entre 16 e 24 anos, tem uma grande chance de morrer assassinado, nas grandes cidades brasileiras - além da moradia, que não existe para a população mais pobre no país. Aí, estão incluídos, negros, brancos, indíos e mestiços. Daí, podemos crer, que tudo isso ocorre devido a uma falta de acesso da população mais pobre a um bom ensino público, tanto no ensino básico, quanto no acesso ao ensino superior.

    Se somos sabedores que as escolas públicas, do ensino básico, não terão financiamento público por muito tempo, por uma questão, de aprisionamento da massa ou controle social. Por que então, os ricos, que estão nas universidades públicas de todo o país, não passem a pagar o custo dos seus estudos no ensino superior? Já que eles, estudaram por muito tempo em escolas particulares \\\”boas\\\”, com preços altos.

    Outra questão: tem muito acadêmico de plantão que não faz nada de útil para o país, porque se fizesse, o país já estaria bem melhor, em vez de ficar falando que a qualidade do ensino vai perder em qualidade com a entrada de alunos negros pelo sistema de cotas. Por que este mesmo mestre, que fica só recebendo dinheiro do governo, realmente não se levanta e faz algo construtivo para o desenvolvimento real deste país?

    Severian Clístenes P. Rocha

  243. 77
    Milton Barbosa Barbosa disse:

    Esperamos que com a política de \”inclusão social\” as pessoas tenham mais oportunidades sobre tudo maiores condições para mudarem sua situação social. No entanto, os jovens, que são maiores prejudicados por falta de politicas que lhes propricie o ingresso no mercado de trabalho bem como a saída do mundo das drogas e da ociedade, a inclusão pode \”acaba\” com um fenomeno chamado depressão social.

    Milton Barbosa Barbosa

  244. 76
    Milton disse:

    Bom dia,
    Sou a favor das cotas para negros em universidades públicas. Sou negro e sempre sonhei em estudar em uma, já que não posso, gostaria que outros tenham esta oportunidade. Moro no interior de Minas Gerais, não tenho condições de arcar com despesas em uma capital. Espero que jovens com capacidade, codições e oportunidades tenham melhores sorte que nós.

    Milton

  245. 75
    Ubirajara Dourado de Medeiros disse:

    Muito obrigado pela oportunidade.
    Acho muito interessante as cotas, mais ao mesmo tempo vejo divergências: por um lado há muitos negros com capacidade de passar numa faculdade como aqui na Bahia, que, por acaso se vôce for observar uma faculdade seja ela estadual ou federal, verá muitos afrodescendentes. Numa outra visão, vejo uma forma de limpar todas as atrocidades que fizeram aos negros durante todos esses anos desde a abolição; é muito fácil dar a liberdade mais a estrutura para que eles hoje não precisassem de favores, como forma de concerto social. Uma forma de burlar a falta de apoio e descaso a nossa educação. O certo é dar um bom ensino básico municipal e estadual para que agora os nossos irmãos afradescendentes não precisem de favores. Obrigado e reflitam !!!!!!

    Ubirajara Dourado de Medeiros

  246. 74
    Tânia Maria Costa disse:

    Acredito que a maior dificuldade das escolas em relação à Inclusão não seja somente a parte física, como todos dizem, mas a falta de consciência, conhecimento, comprometimento e o envolvimento por parte dos profissionais que nas instituições escolares trabalham. Aceitar o diferente ainda é uma tarefa difícil para muitos.
    Se a escola receber uma criança ou um adulto com deficiência, seja ela qual for, tem que ser com alegria. As adaptações vão acontecendo e todos ganham. Também é necessário o envolvimento dos assistentes sociais e outros orgãos competentes para apoiar, discutir e resolver as dificuldades encontradas por estes profissionais, que são os professores, diretores e demais.
    Obrigada!
    Tânia Maria Costa

  247. 73
    nilva ferreira ribeiro disse:

    Gostaria de discutir sobre a Educação Inclusiva no Sistema penitenciário Brasiliero.
    Adorei seu site. Manda por favor, o resultado desse encontro do Mercocul sobre a educação
    obrigada.

    Nilva Ferreira Ribeiro

  248. 72
    Marcelo Macedo de Souza disse:

    Olá para todos.
    Toda iniciativa que vem para melhorar a vida das pessoas é importante. Acho que a sociedade, Estado e instituições não podem é se acomodarem com o que já foi feito, com o que já está constrído. Achar que já está muito bom. Sempre é possível melhorar, e isso se dá com a participação de todos os interessados. União de propósitos, de ações etc. Obrgado

    Marcelo Macedo de Souza

  249. 71
    Maria Alves de Souza disse:

    As questões socias são muito debatidas na sociedade brasileira, mais ainda é necessário constituir algo que de fato confira sustentabilidade aos nossos agentes de desenvolvimento social. Vejo que seria bastante favoravél se tivéssimos o curso de serviço social na UFMG, talvez assim algums discursos não seriam tão contraditórios.

    Maria Alves de Souza
    Ouro Verde de Minas

  250. 70
    haroldo sabino fernandes disse:

    A procura de estender as mãos ao seu próximo norteia o vislumbrar de um amanhã melhor para todos.

    Haroldo Sabino Fernandes

  251. 69
    Ione da Silva disse:

    Bom dia,

    Estou no 2º ano Serviço social, sou negra e discordo do meios que são distribuidos as cotas e bolsas para inclusão na universidade. Tenho observado que é muita ilusão, pois as pessoas que conseguem as bolsas, na sala de aula têm muitas dificuldades e os professores não podem fazer nada porque o perfil de um universitário deveria ser de uma pessoa que teve no mínimo uma instrução devida no primeiro grau. Muitos dos alunos, as vezes não sabem nem falar o português correto.
    Faz 20 anos que parei de estudar e agora voltei para fazer uma faculdade e sinto dificuldades, só que tive um colegial bom em escola particular, mas nem por isso me sinto melhor do que os outros.
    Como sou negra tentei conseguir alguma dessas cotas, mas não pude porque estudei em escola particular, então não é só ser negro para conseguir as cotas. Tem que ser uma pessoa que até agora não consegui entender o perfil. Afirmo que sou contra a maneira de classificação para conseguir uma bolsa, pois deveria ser um direito de todos sem desciminação.

    Ione da Silva

  252. 68
    disse:

    Pequena Eduarda,
    É realmente muito bonita sua vontade de ajudar os pobres e necessitados, mas o problema é que você está tentando ajudar da maneira errada. Você falou, por exemplo, em \”ser de igual para igual\”, mas a verdade é que com projetos de inclusão social, nós não agiremos de igual para igual, mas adimitiriamos que o pobre ou o negro não tem a mesma capacidade do próximo para entrar na Universidade.
    Imagine só, um negro que entrou na Universidade através de um programa de cotas, procurando emprego, o contratador logo pensaria que ele é pior que uma pessoa de cor branca para o trabalho, já que só pôde conseguir o diploma por via de programas sociais.
    Eduarda, a melhor maneira de darmos valor à uma conquista, é conquistando-a sozinho. Ou seja, o ideal é que os pobres ou negros tenham a mesma condição que os de classe média ou brancos, respectivamente, de conquistar uma vaga na Universidade, o que só acontece com investmentos no ensino fundamental e com programas como o próprio FUMP da UFMG.

    Flaviana

  253. 67
    Eduarda Saba disse:

    Devemos nos ajudar e ajudar aos necessitados, que necessitam de comida e abrigo!Quem não tem comida e abrigo sofre, mais a gente não sente isso, por que não somos eles, mas devemos pensar como eles se sentem com fome e sem casa; que moram debaixo de uma ponte, quando você sente um pingo de chuva cair em você e você reclama, isso não é justo!Temos gente com preconceito por aí também, que é o que não devemos fazer, isso é uma coisa desinteressante, uma desigualdade, devemos ser de igual para igual! O que o governo devia fazer é abrigar os pobres que moram debaixo de uma ponte, e dar comida a quem não tem e a eles também! E tem muitos também pedindo dinheiro por passarelas, isso não deve acabar, isso já deveria ter acabado! Uma coisa que se ninguém tivesse dinheiro para comprar um pão, se imaginem assim, o governo não faz muita coisa que promete! Lembrem-se sempre disso gente de qualquer cor, de qualquer raça, de qualquer cabelo, pense você rastafare, pensem vocês todos que o preconceito não deve existir e pricipalmente de crianças na rua e gente em passarelas pedindo dinheiro para comprar pão! Meu nome é Eduarda Saba de Moraes e estou na 3ª série, tenho 9 anos e obrigada por terem lido esta mensagem sobre Inclusão Social!

    Eduarda Saba, 9 anos, estudante da 3ª série

  254. 66
    Diego gomes disse:

    Tá mais que na cara de todo mundo a falta de acesso que um estudante de escola pública tem a uma universidade pública, o problema da segurança e miséria hoje estão diretamente relacionados à educação, o mal investimento em educação de governos anteriores e atuais fez gerar o nosso quadro de hoje. Os programas de inclusão social adotados pelo governo Lula juntamente com o programa de cota são opções certas para casos urgentes como o nosso atual, mas não deve ser levado pra frente por muito tempo apenas até equilibrar a balança entre as classes sociais, fazer do Brasil um país de todos onde a lei atenda a todos e que até as classes menos privilegiadas que também pagam altos impostos tenham acesso à uma educação superior gratuita. Cota sim!!!!

    Diego Gomes

  255. 65
    Eduarda Saba disse:

    Devemos nos ajudar e ajudar aos necessitados, que necessitam de comida e abrigo! Quem não tem sofre, mais a gente não sente isso, por que não somos eles, mais devemos pensar como eles se sentem com fome e sem casa que moram debaixo de uma ponte, onde chove e eles se molham, quando você sente um pingo de chuva cair em você e você reclema, isso não é justo!Temos gente com preconceito por aí também, que o que não devemos fazer, uma coisa desinteressante.

    Eduarda Saba

  256. 64
    Maria Iris dos Santos disse:

    A adoção de sistema de cotas RACIAIS para facilitar o acesso de jovens negros na educação pública superior cria uma grande injustiça com os jovens pobres brancos e de outras etnias que têm a mesma dificuldade de acesso. É necessário que haja a política de cotas. Mas SOCIAIS! Não é inconstituicional fazer distinção de raça?!

    Maria Iris dos Santos - Aluna da Letras e há anos engajada em movimento sociais

  257. 63
    Marcelo Cardoso disse:

    Acredito que o poder público tenta compensar a falta de investimentos no ensino básico e médio, criando as cotas em universidades públicas. Ao aceitar as cotas, a sociedade brasileira se submete ao fato de que os mais ricos possuem uma formação melhor que os menos favorecidos e, ao invés de investir nos ensinos básico e médio para adequar os alunos de escolas públicas às concorridas provas de vestibular e melhorar sua formação, cria atalhos para inserir estes estudantes criando uma falsa inclusão social, ja que estas pessoas serão discriminadas em âmbito universitário, pois possuem formação inferior aos demais alunos, e em âmbito social, já que estes profissionais serão taxados, amanhã, de menos competentes que os demais levando o preconceito para o período pós-estudantil e tirando o mérito daqueles que batalharam e igualaram suas chances aos demais sem ajuda do governo. O que a sociedade brasileira deve aceitar é que não existe pessoas de cor, sexo ou religião diferente; somos todos brasileiros e que tudo que precisamos para crescer na vida ou ingressar na faculdade são condições iguais para competir. Portanto, Brasil, invista na educação básica e no esino médio que seus filhos irão disputar de igual para igual as vagas em universidades e no mercado de trabalho sem atalhos ou mecanismos artificiais; vamos acabar com o preconceito!

    Marcelo Cardoso

  258. 62
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    Concordo plenamente com o fato de que a Universidade cumpre seu papel social à medida em que faz, com qualidade, as atribuições ligadas aos três pilares: ensino, pesquisa e extensão. Por isso, não devemos abrir as portas dos cursos de graduação a alunos que dependem, por um motivo ou outro, de auxílio na obtenção de pontos no concurso vestibular. Os concorrentes são heterogêneos em sua formação e isto é saudável (apesar da discrepância social no Brasil não o ser). Por isso, catalisar mudanças que possivelmente seguirão para um caminho que não é o melhor, pelo motivo único de parecer bonito socialmente, é uma prova de irresponsabilidade com a gestão da Universidade e de oportunismo.
    As instituições que acataram do governo federal petista a política de cotas não têm base ainda para dizer se foram prejudicadas ou beneficiadas. No entanto, o que se sabe é que os vestibulandos que fizeram nota suficiente para entrar, se fosse um concurso normal e constituicional, não entraram, e isso para mim é injustiça.
    Obstáculos têm todos, de uma natureza ou de outra. Dizer que não há alunos carentes ou afro-descendentes em certos cursos é uma falácia, pois pressupõe dois fatos que não são verdadeiros: 1) realmente não há alunos detas procedências. Isto é mentira. Apenas o que muda é que há menos alunos que em outros cursos mais afins com seu perfil; 2) é necessário manter uma proporção de pessoas de origem carente, de escola pública, ou \”negra\” (o que quer que seja que isto signifique) nestes cursos. Neste caso, quem decidiria o ponto ótimo em que se encontra tal proporção? Baseado em que dados? E com qual finalidade? E, mesmo que se encontrasse um ponto ótimo de proporção alunos cotistas/alunos regulares, o que garante que lhes é do seu perfil prestar tais cursos (pois isto tem caráter individual)? É realmente muita miopia aceitar argumentação a favor de cotas: há dois tipos de argumentos usados por aqueles a favor de cotas, os emocionais e os falsos. Eu prefiro, talvez por meu ensino de qualidade na Universidade pública, seguir os caminhos certos dos fatos e da lógica.

    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo

  259. 61
    disse:

    A Universidade pública, como todas as outras áreas do ensino público, deve se manter focada na qualidade do ensino. E esse momento peculiar, em que o ensino fundamental e o médio sofrem de sérios atrasos em termos qualitativos, é também o momento em que a universidade deve manter-se firme na posição de mantenedora de um ensino de qualidade, para justamente não cair na armadilha em que cairam as outras áreas do ensino, quando se instituiu reformas quantitativas (entre elas, as de inclusão social), num momento em que não havia estruturas socias necessárias para que elas ocorressem de forma benéfica.
    Fazendo um retrocesso grotesco, temos que a universidade discute atualmente as políticas de inclusão social porque o ensino médio está ruim, este, por sua vez, está ruim porque foram criadas muitas escolas, para que quase todos pudessem estudar, mas sem a atenção devida a qualidade do ensino. Essa política foi inevitável, uma vez que foi criada anteriormente no ensino fundamental, o que despejou um número enorme de alunos para o ingresso no nível de ensino subseqüente. Já as políticas de aumento quantitativo do ensino só existem para contornar a pobreza (e aí sim, juntamente com outras políticas socias, colocá-la à margem da sociedade).
    E agora vem o X da questão, é também nesse ponto que a sociedade sofre da maior divergência de opinião e de sua maior miopia. A pobreza não se erradica com políticas socias. Elas podem, é claro, criar um ambiente para que ocorram as mudanças mais intrínsecas, mas basear-se nelas para uma melhoria na qualidade de vida é uma crença equivocada. O problema é que existe entre a classe média pouco instruída aquele sentimento de tirar dos ricos para dar para os pobres, é de fato uma ideologia muito bonita, mas seus benefícios reais (isso quando ultrapassam os efeitos deletérios) são pífios quando comparados aos que se conseguem com um trabalho a longo prazo nas mudanças da qualidade do que é oferecido à população. No caso do sistema educacional, da qualidade do ensino.
    O papel da universidade hoje é, portanto, extremamente delicado, e o mais adequado seria que ela se segurasse na posição em que está, mantendo o ensino de qualidade (mesmo que isso soe como um grande desaforo às classes que não têm condição a um ensino médio e fundamental a altura), para forçar uma mudanças nos outros setores de ensino, mudanças que de fato melhorem a atual situação educacional. Somente desse modo seria possível que a decadência do sistema educacional não chegue ao nível superior e bata na porta do mercado de trabalho. Ameaçando-lhe também.

    Flaviana

  260. 60
    Carolina disse:

    O simples fato de se reservar vagas não significa inclusão social. Maior impacto, em minha opinião, seria a criação de cursos noturnos. A maioria dos cursos da UFMG são ofertados em período diurno e muitas pessoas não têm condições de só estudar, sem trabalhar. Facilitar o acesso à educação baseado em cor de pele ou em decendência é um processo muito limitado quando se trata de um país como o Brasil. A priorização de vagas para grupos especificos de pessoas cria ainda um problema de \”desnivelamento intelectual\” dentro das turmas. Será que os professores estarão capacitados para trabalharem com turmas tão heterogeneas? Ou o ensino terá que ser nivelado por padrões de qualidade mais baixo? Será o início do mesmo processo de inversão que ocorreu anos atrás com as escolas publicas e as escolas particulares? Antes as escolas publicas eram excelentes… e hoje todos que têm condições financeiras preferem matricular seus filhos em escolas particulares.

    Carolina

  261. 59
    Márcia Aparecida Martins disse:

    Concordo com o sistema de cotas para negros. Sem esta fresta para conseguir uma vaga nas Universidades, é quase impossível o ingresso. A raça negra é a classe mais marginalizada da sociedade, desde a época da abolição da escravatura, foram abandonados, sem emprego, sem moradia, sem direito a estudar (depois de muitos anos foi dado o direito de estudar apenas à noite, depois de outros tantos anos foi-lhes dado o direito de estudar também durante o dia, mas, sempre em pé de desigualdade, crianças que vinham em completa humildade, geralmente mal alimentadas, sempre acolhidos com preconceito, seja dos colegas, também alunos, seja pelos professores, geralmente de pele branca, raramente um negro conseguia atravessar o caminho estreitíssimo e concluir o nível médio, o que dirá o nível superior), ainda hoje, é possível avaliar a situação difícil para os negros ingressarem nas Universidades, basta visitar qualquer uma e contar nos dedos os negros presentes, diante da grande maioria branca. Também concordo que haja cotas para pessoas de baixa renda, aquelas que não tiveram oportunidade de estudar em boas escolas, nem de pagar um cursinho pré-vestibular, pessoas que também anseiam por um ensino superior gratuito e de qualidade, como é o caso da UFMG.

    Márcia Aparecida Martins

  262. 58
    Missao Tanizaki disse:

    A matéria Inclusão na USP, editorial da “Folha de S. Paulo” ( ahttp://www.saopaulo.sp.gov.br/sis/leimprensa.php?id=79381) nos dá uma idéia do que a USP tem colaborado para a Inclusão dos Pobres nas Universidades.

    Após várias tentativas, encontrei o Link da FMG que apresenta matéria relacionado ao tema \”Inclusão Social\” e onde os nossos cidadãos possam apresentar comentários e sugestões (Podem/devem recomendar espaço para comentários/sugestões às demais Universidades e Instituições de Pesquisas).

    Da matéria \”Inclusão na Usp\” percebi que era oportuno ALERTAR toda a Sociedade Brasileira, em especial aos Profissionais da Área de Ensino, para um aspecto muito importante - a questão da valorização e reconhecimentos dos cidadãos auto-didatas.

    Esses cidadãos conseguem seu desenvolvimento por esforço próprio, sem gasto público - os auto-didatas conseguem adquirir conhecimentos SEM LIMITE, além disso apresentam maior capacidade/habilidade/criatividade muito superior a dos cidadãos com Curso Superior.

    Os nossos Governantes e Parlamentares, assim como os Profissionais da Área do Ensino, precisam melhor aproveitar o potencial dos Auto-didatas e combater o Corporativismo Perverso que anula essa força geradoras de idéias e soluções importantes para os problemas da Sociedade Brasileira.

    Missao Tanizaki
    Fiscal Federal Agropecuário
    Bacharel em Química
    missao@agricultura.gov.Br

  263. 57
    caroline da silva disse:

    É possivel, mas as pessoas devem se consientizar para que esta realidade seja feita o mais rápido possível.

    Caroline da silva

  264. 56
    Christiane disse:

    Acho a discussão legítima e importante, concordo que de fato a inclusão deveria partir do ensino fundamental através de boas escolas, professores motivados e bons livros. Concordo também que existe uma questão (apontada anteriormente por um comentário) acerca do que de fato podemos chamar inclusão social e educação.
    Porém acho que a questão aqui deve ser respondida de forma objetiva e não acho que cotas para negros sejam justas, mas sim justo seriam cotas para alunos de baixa renda, e quando digo de baixa renda não digo alunos que estudaram somente em escolas públicas, pois existem muitas escolas particulares com bolsistas ou escolas que têm a mesalidade acessível. Ora, dívidas com negros e com índios?? Sim ,temos, mas quem neste país é menos ou mais descedente de negro ou índio??? Será que um aluno X que é de pele clara e o aluno Y que é de pele negra podem ser realmente diferenciados como descedentes de negros ou não somente pela pela e não pela genética???
    Uma proposta realmente inclusiva é pensarmos em uma universidade realmente para todos…negros, brancos, pobres, classe média ou rico..

    Christiane

  265. 55
    Sérgio disse:

    Penso que uma boa universidade não deve ser medida somente pela qualidade e quantidade de conhecimento que produz, mas também pela sua capacidade de se situar social e historicamente dentro da nação na qual está inserida. Não se pode aceitar passivamente que a sociedade brasileira no seu conjunto coloque uma venda nos olhos e negligencie os graves problemas que a assolam.
    Sérgio, educador em pré-vestibulares alternativos

  266. 54
    Cleidane disse:

    É muito fácil defender a idéia de que a única saída é a melhora do ensino público no Brasil. Com certeza esse é o principal ponto, mas e a nossa geração, como fica? Melhorar o ensino público poderá ajudar as novas gerações que ainda farão o ensino médio a entrar numa universidade pública, porém não resolverá o problema daqueles que já o fizeram e estão a espera de um ensino superior e um emprego descentes. As cotas são sim uma saída, a curto prazo, porém cotas raciais não são necessárias, visto que dando auxílio aos alunos de escola pública, os afrodescendentes já estarão sendo incluídos. As cotas devem vir auxiliadas por um plano de governo para melhoria na educação, pois cotas não podem ser para sempre…

    Cleidane

  267. 53
    Rany Freitas disse:

    Sou aluna de uma escola pública do interior de Minas Gerais, e no ano que vem estarei prestando vestibular pra Medicina na UFMG. Um assunto que muito me intriga é o fato de eu ter que concorrer com alunos oriundos de escolas particulares com grande infra-estrutura de ensino em relação à minha escola, a qual não tem ao menos um laboratório de fisico-química à disposição dos alunos.
    Li sobre estatísticas que apresentam que para os cursos noturnos existentes, observa-se neles uma maior presença da escola pública, dentre esses cursos se encontram Administração, Ciências Biológicas e Engenharia Mecânica. Fiquei feliz, porém eu gostaria de ver qual é o índice de alunos provenientes de instituições públicas que conseguem entrar em um curso de Medicina.
    Não digo que os alunos de escolas públicas são menos capacitados do que aqueles de escola particular, porém estes, na maioria das vezes, possuem capacidade intelectual mas não dispõem de recursos necessários para desenvolvê-la.
    A meu ver deve-se existir reservas de cotar para alunos oriundos de escolas públicas, não pelo fato de eu ser proveniente de uma, mas porque acredito que todos os alunos devem ter a oportunidade de conseguir a realização profissional,visto que esta é para toda a vida.

    Rany Freitas

  268. 52
    Mateus disse:

    Muitas pessoas têm falado em dívida histórica com afro-descendetes e indígenas. Reservar cotas para negros e índios é uma prática infundada e preconceituosa. A partir do momento em que um negro, ou índio, participa do sistema ele é automaticamente qualificado como incapaz de “entrar” para a universidade por conta própria. Ou não? (…)
    Quanto aos que estudam em escolas regulares:
    A inclusão social mais eficiente a ser feita nesse aspecto, é melhorar a educação pública brasileira, para que todos que nessas escolas estudam (brancos, negros, descendentes indígenas, mamelucos, mulatos, etc.) possam passar, igualmente, por um processo seletivo justo nas universidades do Brasil.
    O sistema de cotas é um fiasco. Não será uma solução, mas sim uma injustiça com os demais membros da sociedade e queda no padrão de ensino universitário. Eu, como cidadão brasileiro e estudante, espero que essa idéia seja abolida do meio acadêmico nacional.
    Mateus

  269. 51
    Ráulia disse:

    Sugestão:
    A universidade poderia criar um pré-vestibular oferecido apenas aos alunos das Escolas Públicas.

    Ráulia

  270. 50
    Raphael disse:

    A inclusáo social é feita por ações sistemáticas e permanentes. A melhor inclusão social é a educação de qualidade. A Constituição diz que todos têm direito à educação. O que falta é qualificar a educação das escolas públicas. Por que a escola particular (!) oferece ensino de melhor qualidade? Melhores professores? Melhores livros?

    Raphael

  271. 49
    Conceição disse:

    Vejo que muitas coisas estão relacionadas a inclusão e uma delas é a valorização da educação brasileira que não existe. O professor do ensino fundamental, da 1ª a 4ª série, ganha menos do que o de 5ª a 8ª série. Não acho que o de 5ª até 8ª deve ganhar pouco, mas que isto deve ser observado pelo nossos governantes, em prol daqueles que ensinam a todas crianças que chegam à escola a gostar da escola com seu carinho ajudando colocar no papel a sua verdadeira identidade. Outra inclusão que observo é a falta de atenção que falta em nosso país com relação ao jovem de renda baixa que está na idade escolar e precisa ajudar a família e não pode trabalhar por ser de menor (de idade). Quantas vezes fala-se em trabalho, mais é dificil de encontrar. Existe estágio, mas para quem já se formou na 8ª série. Acho que isto é que leva nosso jovem a viver uma vida arriscada para contínuar sobrevivendo até chegar a idade que lhe permitir a trabalhar.

    Conceição

  272. 48
    marilda disse:

    Acredito que a inclusão no Brasil não mudará muita coisa. Porque a mentalidade brasileira é de que nada dá certo. O brasileiro sempre tá buscando coisas, idéias em outros países. E esses, que são pobres, sempre terão que lutar muito mais que os ricos. Se você já nasce em uma classe abundante, sua crença cresce junto, e o pobre, ele tem que ser muito mais inteligente e mostrar que sabe mais do que aquele que simplismente já nasceu em uma classe superior. Mesmo que ele estude, ele sempre vai ter que mostrar que sabe para confiarem nesse cidadão. O brasileiro por sí é preconceituoso por natureza. É o que acho. Basta olhar na sociedade e ver quantos pobres são beneficiados, a sociedade é esta e acredito que não mudará. Apenas os idiotas acreditam nisso.

    Marilda

  273. 47
    margah disse:

    Não só o debate é necessário quanto é razoável que as ações afirmativas estejam acontecendo. Incluir implica acolher o outro como \”legítimo outro\” em suas diferenças, sejam elas étnicas, de gênero, necessidades especiais, escolhas religiosas, sexuais etc. Afinal, depois de séculos de privilégios calcados em paradigmas racistas, intolerantes e que cultuam a guerra, a competição desenfreada e o egoísmo/individualismo é mais que hora de refletirmos sobre as bases de um projeto de nação verdadeiramente democrática, cujo discurso de paz seja coerente com atos que afirmem a diversidade sem, contudo, ignorar nossa história de injustiças sociais, hipocrisias e leis abjetas. Agora, ao menos, o debate está na ordem do dia, mas há muito a se fazer pois o desafio é o de mudar toda uma cultura impregnada pelo mote da concorrência a qualquer preço e do mérito individual e esquecem a História…

    Margah

  274. 46
    Alessandra Gama disse:

     

    Se a gente não tiver o hábito de refletir e de criticar, deixaremos que poucos continuem mandando na nossa educação, na nossa saúde, enfim, nos nossos direitos. Continuaremos tendo em Minas Gerais uma universidade elitista, com uns poucos cursos sendo ofertados à noite e com grande parte dos currículos ocupando uma carga horária integral… Isso somado à péssima qualidade do ensino superior, que em nada difere da má qualidade dos ensinos fundamental e médio, em BH e em MG, respectivamente.

    É muito bonito falar em inclusão social, ler textos sobre inclusão social, assistir aulas e mais aulas falando de inclusão social, mas eu pergunto: CADÊ A INCLUSÃO SOCIAL NA EDUCAÇÃO? Por onde ela passa.

    Há duas semanas encaminhei para alguns endereços - incluindo o grupo de Psicologia da UFMG - um e-mail levantando o tema de inclusão para alunos de graduação portadores de transtorno mental na UFMG. Ninguém comentou nada… Há também vários alunos e alunas de cor negra que participam de grupos de discussão sobre racismo na UFMG, mas esses grupos não são amplamente divulgados. Sei que há pesquisas sobre a homossexualidade, mas o assunto não é discutido abertamente nas salas nem nas disciplinas… Ouve-se, até hoje, as explicações mais estúrdias para o homossexualismo…

    Qualquer tipo de preconceito está DIRETAMENTE relacionado à educação: quem não sabe respeitar os direitos dos outros, procurar entender e conviver com as diferenças, não tem educação, não sabe viver em sociedade! Educação não é somente aprender a ler e escrever ou exercer uma profissão. Não é ficar decorando um montão de coisas, das quais a maioria é supérflua. Não é ficar enchendo linguiça na sala de aula para cumprir a carga horária. É muito mais do que isso - e muito diferente disso: é exercício de cidadania, de democracia. Educação é, por isso, um DIREITO de toda a sociedade e um DEVER do Estado.

    Assim, como discutir educação sem pensar em igualdade, democracia, e, principalmente, em ATITUDE?!

    Aí, pergunto: QUE INCLUSÃO É ESSA DE QUE TANTO FALAM ????????? QUE ACESSO É ESSE DE QUE TANTO FALAM????? ATÉ ONDE ESSE ACESSO CORRESPONDE À EDUCAÇÃO DE VERDADE, À EDUCAÇÃO QUE FORMA O CIDADÃO, QUE FORMA O SER HUMANO? QUAL É O COMPROMISSO QUE AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS TÊM EM CONTRATAR PROFESSORES QUE GOSTEM - E SAIBAM - EDUCAR?????

    Alessandra Gama

  275. 45
    sandra dumont disse:

    Acredito que este país necessita da inclusão social favorecendo não os negros,  mas os que se encontram numa situação de necessidade, exemplo:
    - melhorando as condições das escolas públicas. Do jeito que está o aluno de escola pública não tem como competir com os de classe alta;
    - cobrando mensalidade dos alunos que podem pagar e investindo no ensino;
    - elaborando projetos onde os alunos de faculdade tenham matérias práticas, exucutando projetos em escolas e instituições carentes.

    Sandra Dumont

  276. 44
    José Geraldo Rodrigues Silva disse:

    Todos esses recursos são para fugir do real estado das escolas. O ensino está de mal a pior, os estudantes provenientes da rede pública municipal e até mesmo de particulares \”pretos, brancos e mestiços\” se não tiverem muita força de vontade não vão a lugar nenhum. Gostaria que as provas de final de ano fossem realizadas pelo estado,só assim o estado teria tempo de identificar o ensino de baixo nível e tomar providências da base fundamental até a formação, e assim detectar até mesmos os superdotados para melhor proveito de suas habilidades. Acredito que o ensino é importante, só fico triste em saber que a educação e o ensino não estão andando juntos em boa parte das pessoas.

    José Geraldo Rodrigues Silva

  277. 43
    gilvana disse:

    A questão da cota é muito importante para quem ja saiu do ensino fundamental, pois só assim coseguiríamos nivelar a desigualdade de informação acadêmica e, em contrapartida, qualificar a pré-escola e os outros segmentos escolares. É com a valorização do estudo que vamos mudar a nossa consciência e quebrar a  oligarquia brasileira.

    Gilvana

  278. 42
    Alessandra disse:

    Vi que está sendo discutida a inclusão de pessoas de baixa renda e também de negros na universidade.

    Acho legítima essa discussão e também acho que é um bom ponto de partida a criação de uma política de cotas nas universidades públicas.

    Entretanto, não vi discussões sobre inclusão de pessoas portadoras de transtornos mentais, com acompanhamento e tutoração na universidade. O que a UFMG e as outras universidades têm feito para alunos com depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, enfim, como a UFMG tem acompanhado essas pessoas? A universidade e os departamentos têm sido orientados com relação ao tratamento e às possibilidades de acompanhamento dos cursos por pessoas portadoras de transtornos mentais?

    Atenciosamente,

    Alessandra, aluna de graduação do curso de Psicologia na UFMG

  279. 41
    Moisés Coimbra Pereira disse:

    Instituição de Cotas nas Universidades públicas. Justo ou Injusto? Certo ou errado? Existem argumentos formidáveis, tanto a favor quanto contra. Mas não quero me delinear nesse caminho. Pois tenho certeza de que o grupo que perderia parte das vagas com a instuição das Cotas sempre as achará injustas e erradas, conquanto o grupo que será beneficiado por elas, e por isso as reivindicam, serão de opinião favorável às mesmas.

    Mas, para não ficar em cima do muro, mesmo porque corro o risco de cair de cima dele, quero falar um pouco de Democracia.

    Como é sabido, numa democracia a opinião que deve prevalecer é aquela conferida pela maioria. Na nossa sociedade quem é a maioria? Jovens de classes abastadas, estudantes de escolas particulares, na sua maioria branca ou jovens da periferia, estudantes de escolas públicas e predominantemente pardos e negros?

    Evidentemente a maioria são esses segundos. Pontanto, democraticamente falando, a intituição das cotas nesse momento é o “melhorzinho que está tendo”, uma vez que se percebe que essa reivindicação é a da maioria.

    Moisés Coimbra Pereira, aluno do 1º período de Direito da UFMG

  280. 40
    Moisés Coimbra Pereira disse:

    Instituição de Cotas nas Universidades públicas. Justo ou Injusto? Certo ou errado? Existem argumentos formidáveis, tanto a favor quanto contra. Mas não quero me delinear nesse caminho. Pois tenho certeza de que o grupo que perderia parte das vagas com a instuição das Cotas sempre as achará injustas e erradas, conquanto o grupo que será beneficiado por elas, e por isso as reivindicam, serão de opinião favorável às mesmas.

    Mas, para não ficar em cima do muro, mesmo porque corro o risco de cair de cima dele, quero falar um pouco de Democracia.

    Como é sabido, numa democracia a opinião que deve prevalecer é aquela conferida pela maioria. Na nossa sociedade quem é a maioria? Jovens de classes abastadas, estudantes de escolas particulares, na sua maioria branca ou jovens da periferia, estudantes de escolas públicas e predominantemente pardos e negros?

    Evidentemente a maioria são esses segundos. Pontanto, democraticamente falando, a intituição das cotas nesse momento é o \”melhorzinho que está tendo\”, uma vez que se percebe que essa reivindicação é a da maioria.

    Moisés Coimbra Pereira

  281. 39
    Eliane Cristina de Sousa disse:

    Pensemos a inclusão social com todo cuidado que a questão requer e não apenas como mais um modismo. A discussão é fácil, a teoria é fácil. Difícil é agir a favor da inclusão e contra os episódios de exclusão vivenciados em esferas menores e no dia a dia. Posicionamento desta ordem demanda trabalho, responsabilidade atuante, revisão e mudança de paradigmas, e, ainda, o desembolso de uns para favorecimento de outros. O discurso é facilitado quando se colocam os “pobres” como objeto (haja pobre para tanta gente bem intencionada – para os políticos, para as igrejas, para as entidades filantrópicas e agora também as universidades). Que o sistema educacional brasileiro é parte essencial para a transformação desta realidade no país é notório e não é de hoje.

    Que é exatamente a área educacional o maior palco de ações excludentes e desigualdade social, não há mais como negligenciar. O que fazer para minimizar este quadro? Tornemos então legítima qualquer discussão, porém, muito cuidado para com o discurso de Inclusão Social de cima para baixo. A Inclusão, ou, ao menos a não realização de ações excludentes, há de ser realizada dentro de nossas mentes e lares, inicialmente, e depois levada a termo extramuros. Para daí, termos a concepção internalizada de inclusão que refletirá em ações cotidianas, das mais simples às mais elaboradas e alterará toda a concepção fossilizada que nossa sociedade apresenta. Do contrário, soará apenas como mais uma satisfação plástica a ser dada para a sociedade que nos mantém. Não engana ninguém e nem leva a transformações significativas!

    Sou servidora da UFMG há 12 anos e mãe do Leandro, aluno do CDC que não terá mais uma escola boa e de qualidade a partir de dezembro de 2006 dentro da Universidade e conto com um auxílio escolar no valor de R$ 89,00.

    Eliane Cristina de Sousa

  282. 38
    Clayton Ramos Pereira disse:

    Gostaria de propor outra forma de inclusão:

    1) Criação de um curso pré-vestibular (cursinho) gerido pela própia UFMG;

    2) As vagas do cursinho, seriam dadas por sorteio;

    3) Bolsa de estudo dada aos alunos durante o cursinho (provas ao longo do cursinho para determinar quem levará as bolsas);

    4) Trabalho remunerado de 4 à 6 horas por dia na própia UFMG, durante o cursinho;

    5) Trabalho remunerado durante o curso de graduação;

    6) Banheiros para se tomar banho;

    7) Vestibular por meritocracia.

    Clayton Ramos Pereira

  283. 37
    Marlene disse:

    Realmente o tema em questão é bastante actual e a necessitar de medidas de actuação urgentes. Sou Portuguesa, e gostaria de dar a minha opinião se me permitem sobre a realidade brasileira, que é diferente um pouco da portugesa a nivel social, mas também temos de ter em conta que Portugal é um país com muito menos população que o Brasil. No entanto, penso que o Brasil é um país de fortes contrastes, por um lado os muito ricos, e por outro os extremamente pobres!! Considero que a educação é a chave de sucesso para o futuro do Brasil, e deveriam criar planos de apoio aos mais carenciados de forma a poderem ter acesso a um ensino de qualidade. Há que incluir com QUALIDADE os mais desfavorecidos! As quotas que falam para os «negros» acho descabido uma vez que isso sim é uma forma de racismo ao mais alto nível!! Mesmos os próprios individuos se achariam diferentes!! E os outros desfavorecidos do Brasil?? OS MAIS CARENCIADOS NÃO DEVEM SER DEVIDIDOS POR RAÇAS!! Isso é a meu ver inconcebivel!
    Não me posso estender muito mais na minha opinião devido a não ter total noção da vossa realidade, mas gostaria que realmente houvesse mais apoio para todos terem acesso a uma educação de qualidade!! Isso é o futuro de todos os países!!
    Sou licenciada em serviço social, e já me candidatei várias vezes para exercer funções no Brasil, porque gostaria de conhecer outra realidade social, daí tambem o motivo de deixar aqui a minha opinião.
    Desde já agradeço!!
    E um bem haja para todos!!

    Marlene

  284. 36
    Lúcio Manga! disse:

    Incluir é, por construção do verbo palavra, algo que está fora. Daí o erro de se entender a gentileza do abuso social como uma esmola caridosa da formação acadêmica ou seja lá em que situação for.
    Ora, nessa sociedade calculada, não há espaço para quem está fora da conta. E negar isso é a nossa impropriedade. Penso que há uma urgência maior do que essa de levar o indivíduo para a universidade. É preciso incluir os indigentes da saúe pública amontoados nos hospitais; incluir os presos sociais… os que roubaram pela necessidade do momento e não pelo crime em si… ; incluir os que estão no esgoto da piramide social.
    Acredito que há uma sociedade muito mais abandonada. Uma sociedade que ninguém se lembra.
    Aos que lutam por cotas nas Universidades valeria uma visita a miséria… é ela quem determina uma conjugação mais significativa do verbo INCLUIR.

    Lúcio Manga

  285. 35
    Cristiano Aiala Ferreira disse:

    É uma questão muito delicada, cujo resultado irá influir na vida de quase todos os alunos de Minas Gerais. A decisão deverá atentar para a possibilidade de aumentar ainda mais o preconceito, embora latente, de nossos jovens. Não tem de visar a tão almejada isonomia entre raças, pois essa virá apenas com a mudança de mentalidade, mas sim criar condições iguais para os vestibulandos, através de cotas para estudantes oriundos de escolas públicas. Não devemos cometer os mesmos erros de outras universidades públicas, que acirraram uma disputa racial infrutífera para a nossa sociedade. Se o governo federal investe pouco na solução mais apropriada - a melhoria na educação BÁSICA pública - temos de criar a solução de cima para baixo: a implementação de cotas em universidades públicas para estudantes de escolas públicas, e só.

     Cristiano Aiala Ferreira

  286. 34
    Sergio disse:

    Não basta apenas incluir por meio de cotas, tem que dar um suporte depois que o aluno entra na Universidade, para que não haja uma desistência por parte do aluno carente, porque o processo de resistência de exclusão dentro da Universidade ainda é muito grande.

    Sergio

  287. 33
    Warley Matias de Souza disse:

    As cotas vão eliminar toda a defasagem escolar e social do indivíduo beneficiado? Não. As cotas vão fazer com que a Universidade possa experimentar a ilusória sensação de dever cumprido? Talvez sim. Afinal de contas, qual os benefícios das cotas? Dar ao indivíduo beneficiado a ilusão de que está sendo valorizado? As cotas, com certeza, servem para engrossar os números das pesquisas nacionais que provarão por A + B que a porcentagem de negros e pobres brasileiros cursando o ensino superior aumentou consideravelmente. Mas os números não falarão das dificuldades desses indivíduos jogados na Universidade porque algumas pessoas precisam dormir à noite com a falsa sensação de desejo cumprido ou porque alguns políticos querem dar uma resposta à sociedade ou porque há brasileiros que querem fazer bonito lá fora, mostrando os números surpreendentes da inclusão social brasileira ou, ainda, porque há muitas pessoas querendo desviar os olhos do grande problema: a qualidade dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas brasileiras.

    Talvez eu peque, aqui, por desconhecer a rede burocrática em que a universidade pública está inserida. Mas, em minhas inquietações em torno do assunto, pensei que, talvez, a Universidade pudesse incluir esses indivíduos, vitimados pelo cruel sistema de exclusão que domina nosso país, de uma maneira talvez mais justa e eficaz.

    É a Universidade o lugar do conhecimento, onde podemos adquiri-lo e compartilhá-lo. Estão envolvidos nesse processo não somente professores e pesquisadores, mas alunos. E o conhecimento que esses alunos já adquiriram devem e podem ser aproveitados enquanto eles ainda estão na Universidade. A Universidade possui também uma estrutura não completamente utilizada. Em algumas faculdades, encontramos salas vazias, em determinados períodos do dia, que poderiam estar sendo ocupadas por grupos de estudantes em busca do conhecimento.

    A proposta que, a meu ver, não tem nada de utópica, é:

    1- A Universidade deve selecionar indivíduos dentro do perfil contemplado pelas chamadas “cotas”;
    2- A seleção deve ser feita não a partir de testes que avaliam o conhecimento, mas a partir de níveis de carência;
    3- Esses indivíduos selecionados terão um período de um a dois anos em que serão preparados para o vestibular por alunos voluntários, utilizando, obviamente, a estrutura da Universidade;
    4- Após esse período, a Universidade concederá a cada um desses indivíduos uma pontuação extra que os beneficiará tanto na primeira quanto na segunda etapa do vestibular.

    Obviamente, a proposta está longe da perfeição, mas me parece mais justa que o sistema de cotas. E é uma opção paliativa que envolve maior participação social. Mas não elimina o verdadeiro problema: a péssima qualidade dos ensinos fundamental e médio das escolas públicas brasileiras. Não podemos esquecer isso e devemos pensar em ações que eliminem a defasagem desses ensinos que, na formação humana do cidadão, cumprem (deveriam) um papel socializador talvez muito mais importante que o do ensino superior.

    Warley Matias de Souza

  288. 32
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    Eu já escrevi minha opinião, está na página 4.

    Gostaria apenas de acrescentar o que acho devido. Alguém aqui trouxe o argumento pró-cotas de que o estudante de escola pública não tem acesso à vaga na universidade federal por alguns motivos, dentre eles pela presença de uma prova de língua estrangeira.

    Ao contrário de ser, como pretende o opinador citado, esta uma prova de que as cotas são necessárias, é mais um argumento contra elas, pois o aluno que não tem noção de língua estrangeira apresenta a tendência de ser um estudante com menor absorção de conhecimento. Não sei na área do conhecimento de você, leitor, mas eu, um estudante de medicina veterinária, sei que vários conceitos, novos e velhos, estão em material em idioma estrangeiro, notadamente o inglês. E a ciência hoje se faz nesta língua, não importa aonde no mundo você esteja. Por isso, acredito, o idioma inglês deve, sim, ser cobrado no vestibular, e não deve haver também restrições quanto a isso nas disciplinas dos cursos (digo, quanto a cobrar interpretação de textos em inglês). Não se rebaixa o nível acadêmico da universidade para pessoas mais diversas entrarem. Antes, proponho que a escola de ensino fundamental e médio seja menos mal tratada pelos sucessivos governos, e, ao invés de formarem quadros de recursos humanos mal preparados para a vida atual e futura, graduem o estudante com espírito empreendedor e curioso, com o conhecimento básico que lhe formará a base do saber universitário.

    É curioso pensar que os \”cotistas\” procuram, através da discriminação racial e social, selecionar grupos para tomar as vagas de injustiçados que, preparados, passaram em provas vestibulares comprobatórias, se não de seu preparo para a vida acadêmica, pelo menos para o raciocínio que lhes exigem tais testes.

    Mais uma vez, infelizmente, os defensores das cotas, sejam elas para \”negros\” ou para oriundos de escolas públicas, usam argumentos que, contorcidos, trazem para seu lado alguns adeptos incautos. Daí, a necessidade do debate.

    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo

  289. 31
    TAMIRIS RODRIGUES disse:

    Infelizmente fazer um curso superior hoje é para poucos!!!
    Eu tenho um sonho: fazer Medicina na UFMG, mas como estudei em escolas públicas todo o período anterior, eu teria que fazer um cursinho pré-vestibular, mas não tenho condições!!! Creio que assim como eu existem milhões de pessoas que querem e não podem. Mas o diferencial entre todos nós é que eu jamais desisto!!!!!!!!!
    E um dia estarei aí para provar para mim e para todos que eu sou capaz.

    Até breve!!!!!!

    Tamiris Rodrigues

  290. 30
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    Eu já escrevi minha opinião, está na página 4.

    Gostaria apenas de acrescentar o que acho devido. Alguém aqui trouxe o argumento pró-cotas de que o estudante de escola pública não tem acesso à vaga na universidade federal por alguns motivos, dentre eles pela presença de uma prova de língua estrangeira.

    Ao contrário de ser, como pretende o opinador citado, esta uma prova de que as cotas são necessárias, é mais um argumento contra elas, pois o aluno que não tem noção de língua estrangeira apresenta a tendência de ser um estudante com menor absorção de conhecimento. Não sei na área do conhecimento de você leitor, mas eu, um estudante de medicina veterinária, sei que é vários conceitos, novos e velhos, estão em material em idioma estrangeiro, notadamente o inglês. E a ciência hoje se faz nesta língua, não importa aonde no mundo você esteja. Por isso, acredito, o idioma inglês deve sim ser cobrado no vestibular, e não deve haver também restrições quanto a isso nas disciplinas dos cursos (digo, quanto a cobrar interpretação de textos em inglês). Não se rebaixa o nível acadêmico da universidade para pessoas mais diversas entrarem. Antes, proponho que a escola de ensino fundamental e médio seja menos mal tratada pelos sucessivos governos, e, ao invés de formarem quadros de recursos humanos mal preparados para a vida atual e futura, graduem o estudante com espírito empreendedor e curioso, com o conhecimento básico que lhe formará a base do saber universitário.

    É curioso pensar que os “cotistas” procuram, através da discriminação racial e social, selecionar grupos para tomar as vagas de injustiçados que, preparados, passaram em provas vestibulares comprobatórias, se não de seu preparo para a vida acadêmica, pelo menos para o raciocínio que lhes exigem tais testes.

    Mais uma vez, infelizmente, os defensores das cotas, sejam elas para “negros” ou para oriundos de escolas públicas, usam argumentos que, contorcidos, trazem para seu lado alguns adeptos incautos. Daí, a necessidade do debate.

  291. 29
    Laila Vieira de Oliveira disse:

    Acho que a frase não deveria ser uma interrogação e sim uma afirmação. O debate sobre inclusão social deve ser, a todo dia, fomentado dentro da Universidade, pois é aqui, que toda a comunidade acadêmica pode discutir os problemas e propor soluções.
    É impressionante como esse tipo de discussão fica restrito e ainda é pouco direcionado ao estudante, professor,reitor, pesquisador e todos os funcionários. Quem está dentro da Universidade sabe o lugar que ocupa, muitas vezes privilegiado em relação à toda a sociedade. A diferença entre número de vagas e concorrentes à tais vagas é enorme; o acesso ao vestibular, a realização das provas, a preparação para elas é totalmente discrepante. Não é possível que isso ainda seja uma pergunta no site da UFMG! Não é cada um dentro de sua unidade, dentro da sua sala de aula, seu trabalho ou laboratório de pesquisa que, resolveremos este tipo de problema. Há sim muito o que fazer, mas é preciso começar algum dia. Discutindo o que será melhor, como por exemplo, ir à raiz do problema, pelo menos o educacional. Entretando há necessidades que não podem esperar, então o que for urgente deve ser direcionado aos órgãos competentes e deve haver vontade política e pressão da comunidade para que realmente seja feito.
    Qual o papel da reitoria? Dos estudantes? Da FUMP? Da pró reitoria de assistência estudantil que ainda não existe na UFMG? Só conhecendo a realidade do estudante é que será possível verdadeira inclusão e condições de permanência na universidade.
    A inclusão só acontecerá realmente quando cada um de nós descobrir qual o nosso papel, quando o realizarmos e quando lutarmos para que os nossos dirigentes realizem o seu.

    Laila Vieira de Oliveira, aluna do 3º período de Letras

  292. 28
    Thiago Nascimento disse:

    A reserva de vagas a oriundos de escolas pública é o mínimo que deve ser feito no campo social da educação. A escolarização de uma elite que pode pagar seus estudos, mas onera cofres públicos com sua vaidade é a perpetuação das desigualdades sociais.
    Vim de escola pública e lutei muito para entrar numa faculdade, ou seja, me degladiei com feras para sobreviver e conquistar direitos. É injusto ver que tão bons alunos poderiam nascer e tão bons profissionais poderiam florecer se não fosse a gana de poucos, que se respaldam na meritocracia para esconder seus ideais de perpetuação da expoliação social.
    As cotas devem ser discutidas já. Sou contra cotas étnicas, pois são deveras preconceituosas, mas sou a favor de cotas para egressos de escolas públicas, que são verdadeiros celeiros de multietnicidade e potenciais acadêmicos que são constantemente usurpados de seus direitos com base numa seleção, ainda desigual e favoritista.

    Thiago Nascimento

  293. 27
    marcelo jose goncalves disse:

    Há dez anos atras tentei meu primeiro vestibular na UFMG para o curso de Medicina.  Não foi bem. Formado em escola pública, onde sempre estudei, percebi que não tinha condições de disputar uma vaga com os outros candidatos.
    Estudei durante 2 anos em um cursinho da minha cidade, Ponte Nova (MG), mas ainda assim não foi o suficiente. Agora sabendo dessa mudança, penso porque não tentar novamente.
    Seria ideal se fosse adotado o sistema de cotas como na Universidade Federal de Juiz de Fora, mas não exatamente como esta, que divide em três categorias:
    1- Alunos que sempre estudaram em escolas particulares;
    2- Alunos que estudaram por sete anos em escolas públicas;
    3- Alunos que estudaram por sete anos em escolas públicas e que se autodeclaram negros.
    Penso que o sistema de cotas deveria ser dividido em duas categorias:
    1- Alunos que cursaram o ensino básico e fundamental em escolas particulares e aqueles que cursaram o ensino básico em escolas particulares e o fundamental em escolas federais com Cefets;
    2- Alunos que cursaram o ensino basico em escolas públicas municipais e que cursaram o ensino fundamental em escolas estaduais ou federais como Cefets;
    Mas surge uma pergunta, qual seria a porcentagem da cota?
    A minha resposta seria.
    Utilizando os dados das secretarias estaduais de educação, calcularia-se a porcentagem de alunos matriculas nas respectivas instituições de ensino, denvendo-se ter o cuidado de agrupá-los de acordo com o sistema de cota adotado - este resultado seria o valor da porcentagem da cota.
    Vejo que isto trará um outro benefício, que é a maior participação dos pais dos alunos da rede pública para a melhoria das escolas públicas, porque eles ficariam motivados em cobrar de pessoas mais próximas como professores e diretores, e estes por sua vez cobrariam dos gestores.
    Espero que governantes, gestores, reitores e a sociedade tenham a sensibilidade de atender este anseio da grande maioria da população brasileira que vive em um país democrático.

    Marcelo José Gonçalves

  294. 26
    Thiago Nascimento disse:

    A reserva de vagas a oriundos de escolas pública é o mínimo que deve ser feito no campo social da educação. A escolarização de uma elite que pode pagar seus estudos, mas onera cofres públicos com sua vaidade é a perpetuação das desigualdades sociais.
    Vim de escola pública e lute muito para entrar numa faculdade, ou seja, me degladiei com feras para sobreviver e conquistar direitos. É injusto ver que tão bons alunos poderiam nascer e tão bons profissionais poderiam florecer se não fosse a gana de poucos, que se respaldam na meritocracia para esconder seus ideais de perpetuação da expoliação social.
    As cotas devem ser discutidas já. Sou contra cotas etnicas, pois são deveras preconceituosas, mas sou a favor de cotas para egressos de escolas públicas, que são verdadeiros celeiros de multietnicidade e potenciais acadêmicos que são constantemente usurpados de seus direitos com base numa seleção, ainda desigual e favoritista.

    Thiago Nascimento

  295. 25
    Lucas disse:

    Nas escolas públicas, o ensino é precário, o que acaba gerando uma diferenca e uma dificuldade dos alunos dessas escolas passarem nos universidades, porem, isto não é motivo para separarmos cotas para eles. O que o governo deveria fazer é melhorar o ensino público, e não prejudicar aqueles que estudam em escolas particulares.
    Já diz a lei, somos iguais, então pra que criar diferencas?
    Sou contra a lei.

    Lucas

  296. 24
    Patrícia Carla Oliveira Carneiro disse:

    Acredito que a UFMG deve estebelecer o regime de reservas de vagas (entre 30 e 50 % das vagas) para estudantes de escola pública. Isto porque são estes estudantes que têm dificuldade de concorrer aos cursos de maior prestígio, como Medicina, Engenharia de Automação, Direito, entre outros. Embora uma uma boa parcela dos alunos da UFMG, cerca de 40%, sejam de escolas públicas, esta porcentagem não se repete de maneira uniforme nos vários cursos. Basta verificar quantos são os alunos de escola pública nos cursos de Medicina e Letras, por exemplo. Enquanto não for estabelecido o regime de cotas para estudantes de escola pública, por mais que se diga que a UFMG tem quase metade de seus estudantes provenientes destas ecolas, isso não significa que a UFMG é uma universidade verdadeiramente democrática, visto que internamente, a diferença entre os cursos é clara, o que gera uma estratificação dentro da própria universidade.

    Patrícia Carla Oliveira Carneiro

  297. 23
    Joana Xavier disse:

    No nosso país, ultimamente, tudo é voltado para aquelas pessoas que são pobres.
    Logo, a inclusão social não poderia também ser voltado para favorecer eles. O certo, é que isso ocorre devido a preguiça do governo de melhorar a qualidade da educação no Brasil.
    Podemos citar como exemplo diversos países, que têm a educação básica pública, e que gera um enorme número de pessoas nas faculdades sem o sistema de cotas, seja ela para negros, brancos, pobres ou ricos. O que nos mostra, que como já dito antes, o problema é na educação e não nas faculdades. Além do mais, com isso, a nota de corte da federal e de qualquer outra faculdade que aderir a este sistema, será baixissimo, afinal, os \”pobres\” não passam na faculdade por falta de ensino, sabedoria, e não pelo simples fatos de serem pobres; isso na verdade, so influi quando a faculdade é particular, pois aí é preciso pagar mensalidade. Isso também serve para os negros, qual a diferença entre os brancos e eles? Entre os ricos e eles? Isso na verdade, so influi quando a faculdade é particular pois é preciso pagar mensalidade, e eles conseguem bolsas, que diminuem bastante o valor desta mensalidade. Com o sistema de inclusão social, o problema de educação brasileira fica mais aparente, mostrando que realmente o governo do nosso país não consegue resolver os problemas internos.
    Devemos todos dizer não a inclusão social.

    Joana Xavier

  298. 22
    Daniel disse:

    Inclusão social… não seria melhor dizer preconceito racial? Isso, de cotas para negros, é uma forma do governo tentar mostrar que o Brasil é um país de todos, coisa que é um absurdo, pois se o Brasil é um país de todos, ao invés de criar cotas, deveria é dar chances para essas pessoas estudarem e terem condições de competir de igual para igual com todos! Por isso sou CONTRA!!

    Daniel 

  299. 21
    Maria Luisa disse:

    O sistema de inclusão social não é ético. De acordo com a Constituição brasileira, todos são iguais perante à lei, então por que darmos mais chance para aqueles que são pobres?
    A resolução para este problema está no ensino da escola pública e este é mais um meio fajuto do governo brasileiro de empurrar os problemas com a barriga. Ao invés disso, eles deveriam fornecer um bom estudo, base para os jovens brasileiros, e não ter vagas para eles numa faculdade que atualmente é uma das melhores do Brasil.
    Com a inclusão social, as pessoas da classe média, classe média alta e classe alta são prejudicadas, pois os pais destes jovens trabalham honestamente para conseguir um bom emprego, e assim, pagar uma boa escola para seus filhos, já que o ensino público no Brasil não é bom. Assim como eles trabalham, os pais \”pobres\” também têm o mesmo direito e dever e oportunidade de trabalho iguais a dos pais \”ricos\” então por que fornecer cotas para eles?
    Com isso o preconceito só ira aumentar, e isso não é expectativa, é fato.
    Portanto, este não é o método para fazer com que os \”pobres\” tenham uma melhor qualidade de vida no futuro.

    Maria Luisa

  300. 20
    Andreia disse:

    É muito fácil falar que os alunos provenientes de escolas públicas apresentam as mesmas condições de concorrerem a uma vaga ao curso de Medicina e Direito no vestibular da UFMG. Infelizmente a realidade é outra, pois a cada ano que se passa o processo seletivo torna-se cada vez mais dependente de conhecimentos específicos e complexos. Toma-se por base a prova de lingua estrangeira, que favorece em muito o aluno da classe media alta, ja que grande parte dessa pratica ou pelos menos estuda outra língua desde a infância. É fato que só o sistema de cotas nada adianta se não houver políticas de melhoria para o ensino fundamental e básico, mas é preciso encontrar uma solução que beneficie a grande massa de jovens que já formaram ou estão concluindo o ensino médio. Enquanto isso não ocorre, só nos resta aguardar e acreditar que ainda exista pessoas que sensibilizem-se com a causa dos menos desfavorecidos.

    Andreia

  301. 19
    ramon rodrigues ramalho disse:

    Sobre a questão das cotas gostaria de ressaltar:
    1- a exclusão do negro da sociedade no Brasil não se dá devido ao preconceito racial, mas primieramente devido ao preconceito econômico. O brasileiro tem preconceito contra a pobreza. Ricos negros sofrem descriminação somente quando são confundidos com negros pobres e os brancos pobres, como ficam?
    Assim, as cotas deveriam estar vinculadas à condição social do indivíduo, ou no mínimo ao tipo de escola que estudou a maior parte da vida, pública ou privada.
    2- a inserção de pessoas mais pobres não irá diminuir muito o nível da acadêmia, pois ele já é baixo, e essas pessoas, de classes socias que só raramente frequentam universidade, podem mesmo servir de estimulante para discussões e conhecimento. Essas pessoas podem colocar pontos de vista diferentes e carregam uma bagagem cultural diversificada.
    grato
    ramon

  302. 18
    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo disse:

    As opiniões do debate sobre inclusão social na UFMG (e, por extensão, em todas as universidades públicas) apresentam, obrigatoriamente, dois planos: o nível do princípio básico e o nível da conseqüência primária. O primeiro plano diz respeito à intenção da qual surgiu aquele argumento. Assim, a negação do acesso por cotas, raciais ou escolares, por exemplo, surge do princípio da meritrocracia, enquanto o acesso por cotas parte de um óbvio princípio excludente e classificatório. Esse plano representa a idéia básica por trás do argumento, a favor ou contra cotas. Já o outro nível, o da conseqüência primária, permite analisar os fatos que, supostamente, ocorreriam se adotados um ou outro modelo. Desse modo, a conseqüência primária da adoção de cotas de entrada poderia ser prejuízo acadêmico, maior representatividade da sociedade no ensino superior, ou outra qualquer. Já a conseqüência primária da não adoção de cotas, em um ambiente sem a abertura de novas vagas, provavelmente é a manutenção da qualidade acadêmica com um trade-off em relação à inclusão social.

    Do ponto de vista do princípio básico, podemos notar o seguinte fato: a adoção de cotas é classificatória e separa, por raça ou origem escolar, o vestibulando. Esse tipo de atitude, denominado eufemisticamente de \”ação afirmativa\”, apenas afirma que seus idealizadores não conseguem visualizar o ambiente em que estão pisando, muito menos um futuro próximo. Acreditam eles que deve-se promover um auxílio, injusto com os demais concorrentes, para que a sociedade seja melhor representada no ensino superior. No entanto, a sociedade a ser representada parte da idéia deles. Além disso, esquece-se do vestibulando, que, apesar de ter conseguido nota classificatória, foi retirado de sua vaga adquirida por direito e recebe, como prêmio de consolação, a satisfação de contribuir para a formação de alguém que não conhece, nunca viu e que possivelmente nunca lhe trará benefício.

    O nível da conseqüência primária traz um quadro parecido para o defensor do acesso por cotas. De início, já se tem uma desculpa para não aumentar o número de vagas: a representatividade já estaria garantida. Se as cotas forem raciais, temos aí a prática, pela instituição (no caso, a UFMG), de classificação racial dos vestibulandos, o que já é, por si só, uma prática absurda e anti-científica. Será que o concorrente, ao preencher a ficha de inscrição no vestibular, terá de escolher a sua \”raça\”? Ou, talvez, uma comissão avaliará as feições morfológicas do candidato e debaterá sobre a composição étnica de seu genoma? Essa linha de pensamento, a da cota racial, é tão anti-científica que pode-se encontrar freqüentemente o termo \”afro-descendente\” para determinar a população brasileira cuja pele é mais escura. No entanto, filhos de marroquinos também são afro-descendentes. Assim como o são os loiros sul-africanos descendentes dos boeres. A maior parte dos brasileiros apresenta
    algum ascendente negro, e isso não é problema para ninguém. O gargalo se encontra na falta de educação formal de alguns grupos sociais, e no pensamento de que a abertura da universidade às poucas pessoas oriundas desses grupos que terminaram o ensino médio vai mudar o Brasil para melhor. Porque os que realmente terminam o terceiro ano do ensino médio, sendo originados de bolsões de pobreza ou da classe média baixa, são poucos; infelizmente, desses vencedores, menos ainda estão em condições de cursar, com aproveitamento semelhante aos atuais estudantes, cursos universitários (especialmente aqueles mais puxados, como medicina, medicina veterinária, odontologia…). Sem dúvida há os capazes, mas o esperado fluxo de negros desfavorecidos no caso de adoção de cotas raciais certamente não é o melhor meio de garimpá-los.

    Douglas Kiarelly Godoy de Araujo

  303. 17
    Heloisa Figueiredo disse:

    A inclusáo social é feita por ações sistemáticas e permanentes. A melhor inclusão social é a educação de qualidade. A Constituição diz que todos têm direito à educação. O que falta é qualificar a educação das escolas públicas. Por que a escola particular (!) oferece ensino de melhor qualidade? Melhores professores? Melhores livros? A escola pública, se nãoo tiver os melhores professores poderá vir a tê-los. A univesridade pública deveria criar soluções para qualificar os professores de escolas públicas e o governo deveria incentivar, através do salário, estes professores. Pois se os alunos de escolas públicas não se saem bem nos vestibulares é por falta de mérito e mérito se conquista. A conquista vem por diferentes meios e o melhor deles é ter em sala de aula professores e livros bons. Livros, estáo aí, para ricos e pobres, basta prover; as bibliotecas e professores também temos. Um professor bom, motivado é capaz de ensinar 35 a 40 alunos/sala e o efeito multiplicador da qualificação do mestre é permanente. As cotas visam pessoas específicas e determinam a promoção por outros fatores que não o mérito e o ensino. A promoção pelo saber dignifica e melhora a sociedade por inteiro e não em partes.

    Heloisa Figueiredo

  304. 16
    Mariana disse:

    Sou totalmente contra a reserva de vagas … ao invés de promover a inclusão social isso estimula o preconceito … se todas as pessoas são iguais, todas devem ter a mesma chance e não serem prejudicadas ou privilegiadas desse jeito …

    Mariana

  305. 15
    patrícia amorim disse:

    A reserva de vagas nas universidades públicas é simplesmente um \’curativo\’ na educação brasileira; é uma forma de o governo adiar a melhora no ensino das escolas públicas.
    Essa medida só fará com que o ensino das universidades caia cada vez mais para poder, assim, acompanhar o nível de conhecimento dos alunos.
    Sem levar em consideração que vários estudantes que têm capacidade não são escolhidos pelas vagas já estarem preenchidas por alunos que entraram não devido à sua capacidade, mas à sua posição social, ou raça. É um preconceito disfarçado de boa ação. Se todos tivessem acesso ao mesmo nível de educação as cotas não seriam necessárias.

    Patrícia Amorim

  306. 14
    Marina disse:

    Essa questão é muito discutida em todos os lugares.
    Podemos ver que nas faculdades que adotaram essa medida o problema não foi resolvido. Assim, podemos concluir que esta não é a solução para os problemas de educação brasileira.
    Eu, particularmente, sou contra as cotas. Sejam elas para negros, para pobres, para quem for. Acredito que somos todos iguais, e que não devemos dar chances para ninguém. O certo a se fazer é melhorar as escolas públicas do país, de modo que todos tenham uma boa educação e assim possam competir igualmente nas faculdades.
    Não é fácil para ninguém entrar em uma faculdade, seja ele com boas ou más condições financeiras. Ouvimos casos sobre pessoas que são pobres entrando com ótimas notas na faculdade, enquanto ricos não passando.
    Isso, só aumentará o preconceito, gerando uma maior desigualdade social, pois muitos poderão falar que não entraram na faculdade pois a vaga foi tomada por um pobre.
    Se formos pensar na sociedade brasileira como um todo, a grande maioria é pobre e todos são mestiços. A maioria entraria na faculdade dizendo que são pobres e negros. Isso não é certo.
    Não podemos privilegiar quem é pobre. Deveriamos, como já dito antes, melhorar o ensino público do Brasil.

    Marina

  307. 13
    Luiza disse:

    Eu sou totalmente contra a inclusão social. Ultimamente no nosso país tudo gira em torno de pobres e negros. Isso só serve para aumentar o preconceito social. Além disso, o país deveria dar uma boa base para todos e não começar por uma boa faculdade. Acho totalmente errado.
    Quer dizer que só porque sou pobre e negro tenho direito a cotas na faculdade? Cadê a tal democracia de que todos são iguais?

    Luiza

  308. 12
    samuel parolini disse:

    Sou contra as cotas na universidade.

    Samuel Parolini

  309. 11
    Renan Dias disse:

    Acredito que essa não seja a melhor opção, fazendo isso você estará colocando a prova que exite uma diferença entre negros e brancos e isso não é verdade. Devemos mudar é a base da escola pública para ter um melhor ensino e poder lutar em pé de igualdade com aqueles que estudam em colégios particulares. Quantos casos nós já vimos sobre isso, de jovens de escola pública que conseguem um alto índice de aprovação porque eles querem ser aprovados. É uma oportunidade de valorizar essa diferença inexistente e fazer que o vestibular fique mais fácil para os negros. Será que é a melhor opção? Eu acho que NÃO.

    Renan Dias

  310. 10
    Thiago de Sousa Caires disse:

    Sou Contra. Pois o sistema de inclusão social é um metodo preguiçoso para tentar resolver um problema sério, é o que chamamos de “empurrar com a barriga”.
    Os problemas no sistema educacional devem ser resolvidos em primeiro lugar nas suas bases, 1° e 2° grau. O metodo de inclusão social só mostra o quão falha é nossa adiminstração e tende a causar mais problemas do que beneficios. Baste olhar para as outras federais que incluiram esse sistema e notar todos os problemas que são gerados com ele. Deveriamos analizar formas possiveis de melhorar as bases do nosso ensino, pois não se constrói um edificio a partir do terceiro andar.

  311. 9
    Silvana disse:

    Bem eu li um comentário que me deixa bastante indignada há bastante tempo. A UFMG gosta de dizer que a maioria de seus alunos são de escolas públicas, na verdade o são, mas são alunos provenientes do CEFET OU COLTEC. Eu fico pensando: - será que dar colocar essas escolas no mesmo patamar das escolas estaduais ou municipais? Se avaliarmos bem, se as escolas estaduais ou municipais fossem do nível do CEFET OU COLTEC não precisaria desse debate de inclusão. Acho que a UFMG deve avaliar bem esse conceito. Um aluno dessas escolas tem uma formação melhor que muitas escolas particulares e não são esses alunos dessas escolas que precisam ser incluídos, os outros sim. Penso que deveria repensar se a UFMG deveria ou não ter cotas.
    Eu sou a favor de cotas, pois eu me encaixo nesses alunos, seja por questão social ou racial. São dois fatores, por assim dizer, que sempre me atrapalharam muito na vida. E acho que um paleativo não faria mal a ninguem. Há muitos estudantes bons em escolas públicas, que não entram por uma defasagem de ensino, que não é culpa deles ou nossa. Eu demorei 2 anos para entrar na faculdade. Posso dizer que tenho dificuldades. Sim, tenho que correr atrás para aprender coisas que para os outros alunos é muito fácil e que para mim não é, mas eu me esforço o bastante para conseguir minhas notas, melhorar cada vez mais e estou conseguindo. Não aprendemos tudo na escola pública, mas isso não deve ser empecilho para as cotas na universidade, e nem todos os alunos da rede pública querem entrar em universidade; os que querem são os melhores ou os mais esforçados e eu penso então porque não dar essa chance a eles.
    Eu cresci numa família pobre, de 6 filhos, numa favela de BH, mas isso não tornou um empecilho para estudar. Hoje tenho 4 irmãs formadas pela UFMG, e eu que estou estudando, e acredito que deve haver sim cotas para negros em universidade sim, e acho que se tiver meios para garantir a permanência bom, do contrário, pelo menos a cotas existem.

    Silvana, estudante

  312. 8
    Eliane Lina Guglielmelli disse:

    Não fiz nenhuma leitura das opiniões até então dadas para não me sentir influenciada. Eu acredito na Educação como o ponto primordial de crescimento de um país. E o nosso país tem muito o que se trabalhar neste sentido. Não acho que abrindo cotas na Universidade Pública irá facilitar o acesso dos mais pobres, pois o que lhes impede de entrar nela é o conhecimento adquirido de baixa qualidade dos ensinos básicos, fundamentais e médio.
    Fui aluna de escola pública toda a minha vida, e fiz o curso técnico de contabilidade no IMACO. Não me sentia em condições de concorrer, mas não desisti, fiz 3 (três) anos de cursinho PRÉ- UFMG, e só então consegui passar no vestibular.
    O que pretendo dizer com essa declaração:
    Em primeiro lugar, não acredito que o negro tenha menos condições psicológicas de aprendizado, que não consiga aprender para passar em um concurso de vestibular. Acho que para aqueles que já se formaram e estão se formando e não possuem condições de pagar um cursinho, o ideal é o que muitos estão fazendo, reunindo grupos de voluntários para ensinar aqueles que precisam. Aí, sim, estaremos dando a eles a OPORTUNIDADE DE CONSEGUIR POR SI SÓ, e não abrir as portas através de cotas e eles terem que sofrer para entender o que o professor está dizendo ou explicando.
    Há uma necessidade enorme de se trabalhar na base e os políticos, agora em época de eleição, falam que farão e acontecerão, mas praticamente…..
    Enfim, porque existem muitos jóvens sem perspectiva, porque precisamos nos reunir em sociedade e encontrarmos meio de fazer a nossa parte.
    Parabéns à universidade por essa iniciativa de debate; espero poder contribuir de alguma forma, na melhoria de nossa sociedade, é por isso que só agora depois de 12(doze) anos de casada com 2(dois) filhos - 10 e 2 anos, que estou na faculdade e estou procurando assimilar o máximo, para produzir alguma coisa de útil em prol daqueles ,que na maioria das vezes, perderam a fé no país e a esperança de se incluir na sociedade.

    Eliane Lina Guglielmelli

    Estudante de Ciências Sociais da UFMG

  313. 7
    Fernando disse:

    Cumprimento a todos e todas responsáveis por esta iniciativa, considerada de extremo valor por mim, que é aproximar o povo acerca das discussões sobre a inclusão social, desigualdade. Com a discussão restrita aos meios políticos e profissionais, torna-se impossível colher o máximo de opiniões e idéias diferentes sobre o assunto, tornando superficial e ineficaz as decisões a serem tomadas. Portanto, dedico minha afeição aos responsáveis e colaboradores do projeto, por validar um assunto tão importante.

    Sou a favor, sim, da redução das desigualdades e de uma reforma política, educacional e social, visando a alcançar um progresso do país, como nação e uma garantia da dignidade. Apesar disto, não acredito que os fins justificariam os meios e discordo de certas vias para que se vislumbre a almejada liberdade e igualdade. Sugiro, então, a criação de um fórum virtual, que facilite, ainda mais do que esta iniciativa, a troca de idéias e argumentos, para uma discussão mais saudável.

    Abraço cordial a todos!

    Fernando, estudante

     

  314. 6
    Alessandra disse:

    Vi que está sendo discutida a inclusão de pessoas de baixa renda e também de negros na universidade.

    Acho legítima essa discussão e também acho que é um bom ponto de partida a criação de uma política de cotas nas universidades públicas.

    Entretanto, não vi discussões sobre inclusão de pessoas portadoras de transtornos mentais, com acompanhamento e tutoração na Universidade. O que a UFMG e as outras universidades têm feito para alunos com depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, enfim, como a UFMG tem acompanhado essas pessoas? A Universidade e os departamentos têm sido orientados com relação ao tratamento e às possibilidades de acompanhamento dos cursos por pessoas portadoras de transtornos mentais?

    Atenciosamente,

    Alessandra

    Aluna de graduação do curso de Psicologia da UFMG

  315. 5
    Meirilene da Silva Pereira disse:

    Bom Dia!
    Muito interessante e importante esse meio de acesso ao público social. Mas acredito que precisamos começar tendo uma ótima base, e pode começar com a a implantação do Curso de Serviço Social, aí sim acredito que estaremos começando bem.

    Essa questão de inclusão social, é algo para ser tratado na raiz. Por que até hoje uma Faculdade Federal não possui esse curso ainda? Espero ser respondita essa pergunta.

    Obrigada pela atenção.

    Muito Obrigada!

    Meirilene da Silva Pereira, auxiliar administrativo, - aluna do curso de Serviço Social da UNA 

     

  316. 4
    Cantidio Lelis Pereira disse:

    Democracia é tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, com o objetivo primordial de dar oportunidades a todos de construirem suas vidas dignamente.
    Quando se propõe um sistema de quota, não estaremos na contramão da democracia ?
    Com este sistema, estamos admitindo que cor é uma desigualdade. Não é esta a segregação que se combateu e se combate há anos? Não somos todos nós uma mistura de raças? Hoje, a exclusão já não se alicerça simplesmente na questão racial, como querem muitos defender, mas principalmente em critérios culturais, sociais e econômicos. Defendo sim, a inclusão social na educação de base, ou seja, que todos tenham acesso ao ensino fundamental de qualidade, para que, o mérito e o esforço individual possam ser, realmente, o diferenciador, a seleção justa e igualitária.

    Cantidio Lelis Pereira, analista de tecnologia da Informação

  317. 3
    Diego Souza Silva disse:

    Gostei muito da colocação do Reitor a respeito do contraste social infelizmenre presente na sociedade brasileira. Sou a favor da criação de quotas para estudante de ensino público, não acho necessária a criação de quotas para negros. Digo isso pois sou negro, sei que realmente a carência brasileira se encontra nas camadas sociais mais baixas que dependem de um ensino público extremamente deficiente.
    Sou negro, e isso fortalece meu argumento de que não há necessidade alguma da criação de reservas de vagas para minha raça em específico. Tenho consciência absoluta e devo admitir que a quantidade de negros em escolas particulares é notavelmente menor do que a de brancos ou pardos, todavia não é algo que exija tais atitudes por parte das Universidades Federais e Estaduais, já que não é algo tão \”primordial\” quanto as de criar reservas para alunos vindos de escolas públicas.
    Infelizmente, como negro devo admitir também que muitos (negros) partem da prerrogativa de terem vagas reservadas para ficarem despreocupados e alheios aos estudos.
    Agradeço desde já a atenção e espero que minha opinião tenha mais um peso (mesmo que pequeno) nesse debate.

    Diego Souza Silva, estudande do ensino médio

  318. 2
    Maurilio Sebastião Martins disse:

    Há algum tempo venho acompanhando, de forma intensa e bem próxima, o debate que se trava sobre qual procedimento tomar para amenizar a desigualdade gritante que existe hoje nas universidades públicas brasileiras, onde quem predomina é o filho das classes mais favorecidas economicamente (principalmente naqueles cursos mais valorizados pela nossa sociedade) relegando ao restante a frustração de nunca poder fazer parte do corpo discente daquela instituição ou a de se contentar com aqueles cursos que são ofertados no período noturno (quase todos de licenciatura). Assusta-me o fato de que, nesse tempo todo, muito se gritou e pouco se agiu, ou quando agiram, fizeram isto de forma equivocada. E nós, estudantes que não tiveram o privilégio de nascermos em familias abastadas, prosseguimos em nossa via-crucis, que passa por financiamentos pelo FIES (que é outra tarefa hercúlea), mensalidades exorbitantes, transportes caríssimos etc., para não citarmos a falta de estrutura e de professores qualificados que é marca registrada em muitas faculdades. Mas o que fazer, se é só isso que nos resta? Estudei na UFMG por alguns períodos, em um curso noturno, que não condizia em nada com o que eu sempre gostei, e fiz isso por que era a minha única forma de fazer parte de um corpo acadêmico, por que trabalhava para me manter e ajudar em minha casa. Comunicação Social era um sonho distante para mim, pois é um curso que só funciona em regime diurno. Mas por quê? É um curso tão extenso assim? Ou será que já não faz parte de uma lógica incutida de que é um curso para a elite? Se tiverem outros argumentos, que me apresentem.
    Por isso, por fazer parte desse processo, é que sugiro aqui, não como uma receita ou como uma fórmula, mas como uma visão de quem está dentro do \”olho do furacão\”, que uma das melhores coisas a se fazer para colocar jovens como eu, como meus amigos de bairro, os jovens que lutam para estudar e aqueles que possuem afinidades com algumas áreas mas se sentem amputados em seus sonhos por conta desses muitos fatores supracitados, é prepará-los antes de entrar na universidade. É dar lhes condições mínimas de prestar um vestibular. Uma das idéias, já adotada por uma federal do interior do Rio Grande do Sul, é a universidade custear um pré-vestibular, usando da sua estrutura e de parte de seu corpo docente (fazendo uso também dos alunos formandos como estagiários). Além disso, o que poderia ocorrer também era uma cota para alunos oriundos de escola pública, mas não para ensino superior e sim para o Pré-Vestibular e para uma nova modalidade que seria criada nas escolas técnicas federais: o ensino médio voltado para esse público. Digo isso, por que em pesquisa recente divulgada pela revista Veja sobre as melhores escolas da cidade, as escolas federais (o CEFET em questão) figurou entre as primeiras. Ou seja, o correto seria dar condições aos alunos vindos da periferia e dos aglomerados preparando-os em escolas capacitadas e com uma metodologia específica. E essas escolas federais podem fazer esse papel muito bem.
    Como o espaço físico dentro das universidades não suportaria todo o contigente de alunos, poderia-se fazer um projeto de capacitação de professores e estender o cursinho através de parcerias com instituições de fins-não- lucrativos. Pensemos, então, uma escola dentro das universidades federais voltada, pelo menos em metade de suas vagas, para aqueles que não possuem condição de pagar escola particular ou cursinhos. Depois, esses mesmos alunos ainda teriam preferência em frequentar o cursinho, de um ano, preparatório para o vestibular. E mesmo aqueles que não conseguirem vaga nessas duas modalidades, poderiam se beneficiar da estrutura da universidade, através de palestras proferidas por profissionais das universidades federias e envolvidos no projeto, cursos para os professores, capacitação de monitores, intercâmbio entre alunos em fase de graduação para atuarem como monitores etc. Esses cursinhos, gratuitos, teriam o selo de um ensino de qualidade e vinculado a melhor instituição de ensino superior do estado. Isso, por si só, já serve como estimulo e a UFMG passaria, a partir de decisões como essas, a fazer parte de nossa realidade e não mais ser esse sonho distante que é hoje. Pensem bem. Isso é importante para muitos que pensam como eu, só que nesse momento não possuem sequer um computador para escreverem depoimentos como esse.

    Cordialmente

    Maurilio Martins
    Bolsista integral do PROUNI e aluno do curso de Cinema do Centro Universitário UNA

  319. 1
    Carlos Lúcio Custódio disse:

    Parabéns à direção da universidade pela democratização do debate!

    Acho importantíssimo haver cotas distribuídas pelas classes sociais.

    Não concordo com os discursos copiados da sociedade norte-americana, de cultura anglo-saxônica, baseados em conceitos de raça. Lá nos EUA negro é negro e não gosta de branco. Branco é branco e não gosta de negro. Eles se matam. Não gostam de imigrantes também. São xenófobos.

    Na nossa terrinha com cultura de origem latino-lusitana, somos um povo misturado (branco/preto/índio etc…). Não somos xenófobos. O estrangeiro é bem-vindo no Brasil e o recebemos com muita cortesia e curiosidade sobre seu exotismo.

    O preconceito dominante no Brasil não é contra o negro, o homossexual, o índio, a mulher; embora exista espalhado por aí. O preconceito aqui é contra o pobre, o sem condição. (Como disse famoso carnavalesco: Quem gosta de pobre é filósofo. Pobre gosta e de luxo, riqueza e beleza.)

    O que exclui o cidadão pobre de entrar na universidade pública é uma prova baseada no puro conhecimento. Ele recebeu este conhecimento muito mal no ensino básico e médio público, não podendo pagar escola particular igual ao cidadão de classe mais alta que pôde pagar.

    Aí está a desigualdade. Para os cursos melhores e em quase todos eles, quem vem de classes mais altas consegue entrar, indiferentemente da cor de sua pele. Quem vem de classes mais baixas, só teve ensino público e aí só vai poder estudar em universidades pagas, pois já estará em idade de pagar seus próprios estudos (alguns, nem todos!)

    Senhores dirigentes da UFMG, querem torná-la democrática? Façam cotas em todos os cursos baseadas na classe social.

    Por exemplo: Estratifiquemos a sociedade do Brasil em 3 classes: Alta (uns 10% por exemplo), Média (uns 30% por exemplo) e Baixa (uns 60% por exemplo). Reservem 10% das vagas de cada curso para a classe alta, 30% para a classe média e 60% para a classe baixa.

    Aí vejo justiça social e inclusão.

    A cor da pele não diz nada.

    Sou mestiço (pele morena no meu conceito). Na Escola de Veterinária da UFMG onde me formei, em 5 anos de passagem só conheci dois estudantes de veterinária negros. Todos dois pobres. Em minha sala (60 alunos) só havia uns 10 a 15 no total que eram pobres, incluindo a minha pessoa. O resto todo era \”filhinho de papai\”, que poderia pagar qualquer escola particular. Tinha até filho de presidente de multinacional.

    Justiça social é pela condição social, não pela pele de alguém.

    Muito obrigado!

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