Data: 23 de novembro

Hora: 18h

Local: Sala de Reunião do Zoom

Como as vozes de pesquisadoras negras têm estilhaçado a máscara do silêncio? E quais têm sido os desafios e as potencialidades teóricas e metodológicas presentes nos caminhos da pesquisa antirracista? Para pensar essas questões, dentre tantas outras que daí derivam, propomos nesta roda compartilhar experiências e práticas de pesquisas desenvolvidas por três mulheres negras na pós-graduação em Psicologia Social da UFMG. A partir de encontros com mães de jovens negros mortos em decorrência de intervenção polícial, Vivane Cunha refletiu sobre o avanço do genocídio negro no Brasil, na pesquisa de mestrado intitulada “Vestígios de histórias silenciadas: Vozes de mães sobre o genocídio negro”. Gilmara Mariosa em seu doutoramento investigou sobre a umbanda como um espaço de saber, poder e resistência de mulheres negras, que a partir das experiências de mães e filhas de santo falam das construções coletivas de enfrentamento ao machismo, racismo religioso e da importância da religião na construção de suas identidades de mulheres negras. Na pesquisa de mestrado “‘Tudo que nós tem é nóis’: continuidades históricas do Movimento Negro e do Movimento de Mulheres Negras nas resistências coletivas ao epistemicidio na UFMG”, Karina Santos analisou como coletivos e o Movimento Negro UFMG fissuram o epistemicídio em diversas áreas de conhecimento.

Nesta primeira década de consolidação das ações afirmativas em diferentes níveis da universidade pública, este encontro reúne vozes que afirmam uma produção de conhecimento negra e feminista como um dos caminhos para a descolonização de corpos, conhecimentos, afetos e vivências. A ideia desta roda é fazer a palavra girar! Assim, esperamos que a partilha dessas experiências e práticas se encontre com a de outres pesquisadorxs antirracistas que lutam pela transformação da universidade e da vida. Venham fortalecer esse encontro com a gente!

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