Participar de um intercâmbio internacional sempre foi privilégio para poucos. Mas agora essa experiência poderá ser vivenciada por universitários carentes, ampliando seus horizontes acadêmicos e culturais. No final de junho, estudantes assistidos pela Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump) foram selecionados para sete vagas de intercâmbio financiado, ofertadas pela primeira vez pelo Programa de intercâmbio internacional para graduação, organizado pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI). Os estudantes receberão passagens aéreas e seguro-saúde. Alojamento, alimentação e material serão negociados diretamente com as universidades parceiras. Na modalidade tradicional de intercâmbio da DRI, que oferece 119 vagas anuais abertas em edital, o aluno tem direito apenas a isenção das taxas cobradas pela instituição estrangeira, além de ser obrigado a bancar as despesas com a viagem. O intercâmbio financiado não prevê ajuda em espécie, alternativa encontrada pela DRI para poupar o estudante de procedimentos extremamente burocráticos para um cidadão estrangeiro, como a abertura de contas bancárias. O programa é viabilizado pelo Fundo de apoio para intercâmbio internacional discente de graduação, parceria entre a DRI, a Fump e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep). Ele conta atualmente com R$ 30 mil (cerca de 10,1 mil euros e 12 mil dólares) , volume modesto para fazer frente aos custos de atividades de intercâmbio no exterior. Estima-se que a média semestral de gastos de um intercambista na Europa fique entre 2,8 mil e 4,5 mil euros, enquanto nos Estados Unidos varia de 5,7 mil a 7,2 mil dólares. “Nossa intenção é que o Fundo cresça e seja mantido por mais parceiros, como bancos e consulados”, diz Maria Aida Arancíbia, coordenadora do Setor de Convênios e Programas Internacionais da DRI. Dos sete estudantes selecionados, quatro seguem para a Alemanha, um para os Estados Unidos, um para a Holanda e outro para Portugal. “Apesar de estarem enquadrados como carentes 1 e 2 ( classificação da Fump) eles passaram pelo processo seletivo como todos os outros. Nunca deixamos de considerar o mérito”, aponta Aída Arancíbia. Leia mais na edição 1492 do Boletim UFMG