A tragédia grega Prometeu Acorrentado, de Ésquilo, ganhou inédita versão satírica no Brasil, montada por estudantes de diversas unidades da UFMG, sob a liderança da Faculdade de Letras (Fale). Com o nome de Prometeu Liberto, o espetáculo teatral, viabilizado pelo programa Artista Visitante, estréia, em junho, no Teatro de Arena, da Serra da Piedade. Por iniciativa da aluna Ângela Bacon, do 6º período de Comunicação Social, a iniciativa conta, a partir de agora, com site oficial. Basta acessar o endereço eletrônico da peça para que o intenauta conheça a história, a agenda e os contatos do projeto. Dirigida por Geraldo Octaviano, artista convidado da Fale, a peça conta com a participação de uma equipe multidisciplinar da UFMG formada por bolsistas e voluntários de áreas que vão das Artes Cênicas à Física. A coordenação do projeto está a cargo da própria Tereza Virgínia e do professor Marcos Antônio Alexandre. “Com o drama satírico, fizemos uma opção por uma abordagem mais irreverente, embora o gênero não seja estudado e nunca tenha sido encenado no Brasil”, explica a professora Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa, coordenadora do Programa Letras e Textos em Ação, ao qual o projeto é vinculado. O elenco é formado por 15 alunos do curso de Teatro da UFMG, além de convidados, como o ator e diretor Glissério Rosário, voluntário na dramaturgia. A trilha sonora, composta para instrumento de orquestra, está a cargo de Ronaldo Cadeu, ex-aluno da Escola de Música da UFMG. Sua execução será feita, ao vivo, por alunos de Música da UEMG e da UFMG. “Prometeu exigiu atores, produção de texto, tradução de fragmentos de dramaturgia grega e pesquisas. Convidamos estudantes e professores de áreas que nem imaginávamos e assim o projeto ganhou outra dimensão”, explica Tereza Virgínia. Uma disciplina criada na Fale permitiu que os alunos se debruçassem sobre o texto, contando com o auxílio da professora Sônia Queiroz e com a supervisão de pesquisadores do projeto Contos de Mitologia. O mito Saiba mais sobre a peça no Boletim da UFMG.
Prometeu foi o mais humano dos titãs gregos. Tanto que roubou o fogo dos deuses e o entregou aos homens. Enfurecido, Zeus o aprisionou a uma rocha no Monte Cáucaso onde, a cada dia, uma águia devorava-lhe o fígado, que se regenerava durante a noite.