Nos próximos dez anos, a economia da capital mineira ganhará novo perfil graças ao Parque Tecnológico de Belo Horizonte, o BH-TEC, empreendimento que receberá investimentos de R$ 500 milhões para abrigar laboratórios de pesquisa de empresas nacionais e estrangeiras dedicadas a produzir tecnologias inovadoras e serviços de apoio. As obras de infra-estrutura do Parque, em construção nas proximidades do campus Pampulha, serão concluídas em janeiro de 2007. No momento, a equipe gestora do BH-TEC negocia com cientistas, empresários, investidores e organismos governamentais a formação de grupos que se estabelecerão no local. Para garantir o aporte de investimentos, a direção do empreendimento já iniciou conversações com o BNDES e o BDMG com a finalidade de definir pacote de linhas de financiamento para os condôminos do Parque. “Por semana, recebemos de cinco a dez empresas interessadas em conhecer o Parque e demonstrar seu desejo de participar do projeto”, informa o professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG (Face), Mauro Borges Lemos, presidente do Conselho de Administração do BH-TEC. Ele explica que, devido à restrição de espaço físico e à grande demanda de empresários e cientistas, os gestores deverão adotar critérios rigorosos para selecionar as propostas. “Não importa o tamanho da empresa”, diz o professor. “O critério de entrada é, basicamente, a inovação: daremos preferência a projetos de tecnologias inovadoras”, esclarece. Parcerias No setor de biotecnologia, os planos do setor produtivo também são ambiciosos. “As negociações para construção de um edifício ancorado por uma empresa de grande porte nessa área de pesquisa estão bastante avançadas”, afirma o professor. O projeto inicial prevê que ela deverá se coligar a outras 25 empresas do mesmo segmento com o objetivo de intensificar a produção de novos conhecimentos. Segundo Lemos, as atividades do Parque deverão produzir a reconversão da economia de Belo Horizonte, que ainda se encontra centrada na indústria metal-mecânica Leia reportagem completa na edição 1.536 do Boletim UFMG.
Uma das parcerias de maior repercussão do BH-TEC resultará no Centro de Excelência de Energias Renováveis, núcleo nacional de pesquisa comandado pelas empresas Eletrobras, Furnas, Cemig e pelo departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICEx). De acordo com Lemos, grupo de empresários da área de informática, ligado à Insoft, também está finalizando planta arquitetônica de edifício que sediará o chamado Porto Digital, dentro do BH-TEC. O projeto vai reunir incubadora e empresas dedicadas à prestação de serviços e ao desenvolvimento de novos produtos.