Universidade Federal de Minas Gerais

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O professor Clélio Campolina coordenou a mesa-redonda sobre financimento do desenvolvimento

Mesa-redonda discute Financiamento do desenvolvimento brasileiro

quinta-feira, 31 de agosto de 2006, às 14h49

Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG, o professor Clélio Campolina coordena, nesta sexta-feira, 1º de setembro, em Diamantina, durante o 12º Seminário de Economia Mineira, a mesa-redonda O financiamento do desenvolvimento brasileiro. Também participam da discussão os expositores Maurício Borges Lemos, do Bndes; Roberto Smith, do Banco do Nordeste do Brasil (BNB); Fernando Nogueira da Costa, da Caixa Econômica Federal; e Sérgio Ricardo Miranda Nazaré, do Banco do Brasil.

Durante a 12ª edição do Seminário, considerado o mais tradicional e respeitado fórum da área, especialistas em economia, demografia e história de todo o país debatem grande diversidade de temas oriundos de recentes pesquisas acadêmicas. Na entrevista abaixo, o professor Clélio Campolina antecipa discussões da mesa-redonda que coordenará, sobre o tema do financiamento, comenta a relação entre o sistema bancário e o desenvolvimento do País e fala da contribuição das universidades para a formulação de políticas públicas.

O senhor coordena amanhã a mesa-redonda O financiamento do desenvolvimento brasileiro. O que se pode esperar da discussão?
Trata-se de debate sobre o papel central do financiamento para um projeto de desenvolvimento de médio e longo prazos, com relação à política dos bancos oficiais e dos sistemas bancários privados no Brasil. Além disso, discutiremos a idéia de que a relação entre política de financiamento e taxa de juros é o sustentáculo para um projeto de crescimento econômico com justiça social.

Os representantes dos bancos públicos também vão expor linhas de financimento para o crescimento nacional?
Eles irão expor as diretrizes gerais dessas instituições para um projeto de desenvolvimento. O debate vai propiciar subsídios para reorientação dessa política no que tange à priorização de atividades ou setores de maior importância social, e que combinem justiça social com estabilidade econômica. Além da política de financiamento, discutiremos a idéia de que a política macroeconômica precisa forçar, no Brasil, a reorientação do sistema bancário privado, que hoje funciona como sugadouro de recursos, haja vista o volume de lucros que tem obtido.

O professor João Antônio de Paula disse, em entrevista ao BOLETIM da UFMG, que o Brasil não cresce há décadas. Isso se deve à falta de recursos financeiros ou a um problema político?
Afora a falta de recursos, a origem da questão é fundamentalmente política. No início, a crise econômica culminou com uma crise mundial. Depois, o país reorientou a sua política para atender as prioridades das instituições multilaterais, e não da formulação de um projeto nacional de desenvolvimento. Com isso, estabeleceu taxas de juros muito altas para atrair o capital internacional, o que realimentou a dívida pública e passou a funcionar como obstáculo para o projeto de crescimento nacional. Todo o excedente do orçamento nacional é destinado ao pagamento da dívida. Temos, hoje, carga tributária altíssima, que não se traduz em financiamento do desenvolvimento do País. É preciso quebrar esta situação e fazer com que uma parcela do orçamento público se destine a financiar o desenvolvimento.

A UFMG tem compromisso com o desenvolvimento regional. Qual a participação da Face, por exemplo, em iniciativas no Vale do Jequitinhonha?
Há 24 anos, temos nos reunido de maneira sistemática nesse Seminário para discutir temas de economia, demografia, história e política pública. Entendemos, na Face, que o processo de crescimento é compreensível e multidisciplinar. Nosso papel, portanto, é o de formular questões para fomentar o desenvolvimento, na busca de maior harmonia social, territorial e regional para o País. Em Minas Gerais, os desequilíbrios regional e territorial do desenvolvimento são muito claros. Há concentração econômica na região central do Estado. Temos regiões mais dinâmicas no sul e no Triângulo e, por outro lado, áreas pobres e estagnadas como o Vale do Jequitinhonha, parte do Rio Doce, Vale do Mucuri, e o Norte.

O evento culminará com a elaboração de algum documento final?
Não elaboramos uma "carta de Diamantina" por termos a idéia de que o trabalho acadêmico deve se basear na paciência do conceito, no rigor da forma. É isso o que dá força à argumentação dos desdobramentos políticos. Queremos que o seminário tenha repercussão política, mas, antes de tudo, conte com fundamentação acadêmica e científica. Da interação do mundo acadêmico com representantes de instituições públicas e de empresas privadas podem surgir subsídios para a formulação de um projeto de desenvolvimento com maior justiça social.

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