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O corpo do professor Cláudio Pinto de Barros, da Escola de Engenharia, está sendo velado na manhã deste sábado, 2, no Parque Renascer. O sepultamento será às 16h. Barros faleceu nesta madrugada, aos 73 anos. “Mais que exemplo de engenheiro, ele foi exemplo de vida”, comenta o professor Paulo Iscold, ex-aluno e colega de Departamento. Aposentado desde 2004, Cláudio Pinto de Barros continuou a dar aulas na UFMG, como professor voluntário, “tamanho era o carinho que tinha pela Universidade”, diz Iscold. Criador do curso de engenharia aeronáutica da UFMG, tornou-se docente da Escola de Engenharia em 1963. Desde sua formação, no ano anterior, esteve envolvido com a construção aeronáutica leve. Entre os títulos obtidos estão o de campeão brasileiro de voo a vela com o planador CB.2 Minuano e duas bienais brasileiras de Design com o motoplanador CB.7 Vesper. Sua dedicação aos estudos aeronáuticos rendeu-lhe, em 1993, o Prêmio Fundep, concedido aos pesquisadores que apresentam contribuição decisiva para a evolução do conhecimento na universidade. Em 1997 iniciou os trabalhos de sua tese de doutorado, na qual apresentaria a metodologia de projeção de aeronaves leves. Em 2000, após concluir o doutorado em engenharia mecânica, passou a se dedicar a converter sua tese em livro sobre projeto de aeronaves leves. No final de 2005, o ultraleve CB-10 Thiathon, projetado por ele, teve seus direitos de propriedade intelectual comercializados com uma empresa de São José dos Campos para produção em escala industrial, segundo noticiou o Boletim da UFMG. Há pouco mais de uma semana, o Jornal Nacional, da Rede Globo, veiculou matéria sobre os recordes de velocidade batidos pela aeronave CEA-308, projetada pelo professor Paulo Iscold, estimulado por desafio lançado pelo mestre Cláudio Pinto de Barros. Assista aqui.