O reitor Clélio Campolina recebe, da presidente Dilma Rousseff, o prêmio Jovem Cientista na categoria Mérito Institucional, nesta terça, 6, às 11h, no Palácio do Planalto. Também será premiada a pesquisadora Uende Aparecida Figueiredo Gomes, que ficou com o primeiro lugar na categoria Graduado com a pesquisa Intervenções de saneamento básico em áreas de vilas e favelas: um estudo comparativo de duas experiências na Região Metropolitana de Belo Horizonte, orientada pelo professor Léo Heller, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Escola de Engenharia. Estarão presentes Glaucius Oliva, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho; a vice-presidente do Instituto Gerdau, Beatriz Gerdau Johannpeter, e o presidente da GE na América Latina, Reinaldo Garcia. Sustentabilidade A 25ª edição do Jovem Cientista ofereceu R$ 600 mil em prêmios, incluindo bolsas de pesquisas concedidas pelo CNPq. Cada uma das instituições – uma de ensino médio (Rio Grande do Sul) e outra de ensino superior (UFMG) – vencedoras na categoria Mérito Institucional receberá R$ 35 mil. Na categoria Graduado, Uende Aparecida receberá R$30 mil. Todos os premiados ganharão bolsas de estudo do CNPq, caso atendam aos critérios normativos do órgão. Os pesquisadores classificados em primeiro lugar em cada uma das categorias também participarão da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 2012. A pesquisa Os locais escolhidos para a pesquisa foram as vilas Nossa Senhora de Fátima, em Belo Horizonte, Ipê Amarelo e Nova Esperança, em Contagem. Para avaliar como as intervenções se desenvolvem nessas áreas, ela realizou uma análise comparativa de ações, que se dividiu nas categorias participação social, intersetorialidade e regularização fundiária. Uende concluiu que a estrutura da sociedade brasileira, com elevado grau de desinformação e altos índices de desigualdade social, reflete nas intervenções em saneamento básico. Ela acredita que a maior contribuição de seu trabalho para a construção de uma cidade sustentável consiste na geração de conhecimentos originais sobre intervenções de saneamento básico em áreas de vulnerabilidade social, onde exclusão, informalidade e pobreza constituem fatores que dificultam ainda mais o acesso dessas populações aos serviços. “A pesquisa é capaz de contribuir nesse sentido porque foi sensível aos aspectos subjetivos que determinam as crenças, opiniões e valores de técnicos e populações beneficiadas, em contraposição aos trabalhos tradicionalmente desenvolvidos nessa área, que são marcadamente tecnicistas e entendem que a concepção das intervenções requer meramente uma visão da infraestrutura física”, afirma a pesquisadora.
Entre os premiados, estudantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal. Com o tema Cidades Sustentáveis, o prêmio Jovem Cientista comemora 30 anos abordando questões ligadas à sustentabilidade nas metrópoles, planejamento urbano e qualidade de vida, gestão de águas e resíduos, políticas de mobilidade, agricultura urbana e impactos de mudanças climáticas.
Com o objetivo de desenvolver projetos que promovam a ampliação do acesso aos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a pesquisadora Uende Gomes propôs uma avaliação comparativa de intervenções de saneamento básico em três áreas de vilas e favelas da região metropolitana de Belo Horizonte.