Adotado desde o Vestibular 2009, o programa de bônus – que acresce percentuais às notas de candidatos oriundos de escola pública e que se autodeclaram negros ou pardos – foi objeto de minucioso estudo, realizado pela Pró-reitoria de Graduação, em parceria com a Comissão Permanente do Vestibular (Copeve) e a Comissão de acompanhamento e inclusão social (Cais). “Não queremos diminuir a inclusão, mas temos consciência de que ampliar demasiadamente o efeito do bônus pode nos causar problemas, devido à questão da permanência dos estudantes”, diz a professora, ao destacar a necessidade de políticas que garantam trajetória acadêmica eficaz para esses alunos.
A análise revela que um terço dos candidatos aprovados pela UFMG desde então são bonistas. A pró-reitora de Graduação, Antônia Vitória Aranha, defende a continuidade do programa – ao destacar seu importante papel como política de inclusão – e sugere que o patamar de 30% de bonistas seja mantido.
A manutenção desse limite depende da aplicação de medidas, com base em análises permanentes da conjuntura, para evitar que fatores como a transposição linear das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para as notas da segunda etapa do Vestibular UFMG beneficiem os bonistas “para além do que a Universidade programou”. Segundo ela, se mantido o patamar de 30%, “os problemas não estão resolvidos, mas nos levam a desafios que vão nos tornar melhores”.
Veja entrevista sobre o assunto no Boletim UFMG.