A UFMG subiu de colocação no QS World University Ranking, avaliação anual que indica e compara o desempenho de 700 universidades em todo o mundo. A partir da 400ª posição da lista as instituições aparecem agregadas em blocos de 50. Em comparação ao último ranking, divulgado em 2011, a UFMG subiu um bloco: antes figurava entre as posições 501 e 550, e agora figura entre as posições 451 e 500. Abaixo da UFMG estão instituições brasileiras como Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no bloco 501-550; e Universidade de Brasília (UNB), e Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), ambas na posição 551-600. Critérios Esse é o caso, por exemplo, da medida de percentual de estrangeiros nos corpos docente e discente. Quanto mais alunos e professores oriundos de outros países, mais bem colocada a instituição aparece no ranking do QS. Entretanto, o critério prejudica as instituições públicas do Brasil, nas quais o ingresso ocorre por meio de concursos públicos cujas regras dificultam a contratação de estrangeiros. “Não podemos questionar as listas a ponto de dizer que elas não têm importância, mas é preciso ter cuidado”, aponta Takahashi. Para ele, os rankings mundiais são úteis para que se tenha ideia de como as universidades brasileiras se situam no mundo em relação a critérios que são, de fato, comparáveis, como número de publicações e citações. Além disso, o professor salienta a comparação entre universidades brasileiras como outro fator relevante. Adesão
À frente da UFMG aparecem as brasileiras Universidade de São Paulo (USP), na posição 139; Universidade de Campinhas (Unicamp), na posição 228; Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na posição 333; e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre as posições 401 e 450.
Para o professor do Departamento de Matemática Ricardo Takahashi, que acompanha rankings universitários mundiais desde o início desta década, aferir o desempenho de instituições de todo o mundo é tarefa complicada devido às peculiaridades de cada país. “É preciso definir critérios de avaliação, que inevitavelmente terminam por favorecer algumas universidades e desfavorecer outras”, observa.
De acordo com rankings internacionais elaborados nos últimos anos, além da UFMG, figuram entre as instituições brasileiras sistematicamente mais bem colocadas USP, Unicamp, Unesp, UFRJ e UFRGS. A esse grupo, Takahashi acrescenta, ainda, a Unifesp, menor que as demais por ser especializada na área de Saúde, mas que também que apresenta bons indicadores. Observa ainda que os rankings podem servir como um elemento motivador para a comunidade da UFMG avançar coletivamente no projeto de uma universidade de excelência, "que seja reconhecida de qualquer forma como se olhem seus dados".
Em 2011 a UFMG aderiu formalmente ao QS World University Ranking, tendo passado a fornecer pacote de dados institucionais para o programa QS Stars. “Temos a expectativa de alcançar sensível melhora na avaliação, o que deve elevar nossa posição nesse ranking internacional”, comentou à época o pró-reitor de Pesquisa, Renato de Lima Santos (leia mais).