Universidade Federal de Minas Gerais

Pesquisa do DCC financiada pela Google tenta prever que vídeos vão 'bombar' no YouTube

segunda-feira, 3 de junho de 2013, às 5h57

flavio%20figueiredo.JPG Alguns vídeos do YouTube são verdadeiras incógnitas: sem motivo aparente, transformam-se, de uma hora para outra, em grandes sucessos de audiência. Outros, às vezes muito similares ao que fez sucesso, se mantêm no mais completo anonimato. Pesquisa em desenvolvimento busca entender o que faz um conteúdo do YouTube se tornar popular e outro não.

O trabalho é do doutorando Flavio Figueiredo [na foto de Foca Lisboa/UFMG], do Departamento de Ciência da Computação (DCC) do ICEx, sob orientação da professora Jussara Almeida. “Existem padrões de crescimento de popularidade e estamos tentando apreendê-los”, explica a orientadora.

Os primeiros resultados do trabalho foram divulgados no artigo On the prediction of popularity of trends and hits for user generated videos, publicado em fevereiro deste ano. A defesa da tese de Flavio Figueiredo está prevista para 2014. O estudo é um dos três desenvolvidos na UFMG financiados pela Google, que deseja compreender melhor o comportamento dos usuários na web.

A pesquisa se vale de informações disponibilizadas pelo próprio YouTube, para o monitoramento dos vídeos. Ela percorre o caminho feito pelo vídeo até o seu destino e mapeia a interferência de eventos externos e a interação dos usuários com o conteúdo.

“Trabalhamos basicamente com exploração e aprendizado. Primeiramente, um programa navega no YouTube e coleta os dados de que precisamos. A partir deles, fazemos uma série de análises para entender a trajetória de popularidade do vídeo”, diz Flavio Figueiredo. O objetivo é descobrir as variáveis – e qual a relevância de cada uma – para tornar um vídeo popular.

“Há alguns tipos de vídeo que já permitem deduzir, previamente, uma grande popularidade, como um clipe da Beyoncé ou uma novidade sobre os Beatles. O que queremos entender, especificamente, é, para além do conteúdo, como se dá o processo de popularidade na internet de um vídeo gerado pelo usuário comum”, informa o pesquisador.

Como exemplo, ele cita o cantor Psy, que “bombou” no ano passado com a música Gangnam Style. “Até então ninguém o conhecia. É um típico caso que nos interessa para mensurar como ele alcançou tamanha audiência.”

Causa ou consequência?
São vários os parâmetros utilizados pelo modelo que está sendo desenvolvido na pesquisa, mas o melhor índice para se saber se um vídeo vai ou não se tornar popular ainda é a sua aceitação inicial.

“Atualmente, nosso modelo já consegue, com uma margem de erro aceitável, prever o quão popular ele vai ser – com base, principalmente, na sua curva de popularidade. Depois de uma semana, por exemplo, já é possível saber com bastante profundidade como a audiência está crescendo e o quanto ela ainda vai crescer. No entanto, ainda é um desafio adiantar essa previsão para mais perto da data de inserção do vídeo na internet. É algo que nenhum trabalho na área conseguiu fazer. Esse o nosso desafio para essa fase final da pesquisa”, explica Flavio Figueiredo.

O pesquisador esclarece o paradoxo da análise. “Quanto mais se monitora, mais confiável é a previsão do modelo. Ao mesmo tempo, quanto mais se monitora, menos relevante e útil é essa previsão de resultados. O nosso objetivo é alcançar o melhor índice do que chamamos de ‘confiança útil’: a previsão mais breve, com o maior índice de confiabilidade possível”.

Para viabilizar essa previsão mais imediata, a pesquisa vem incorporando outras variáveis. “Hoje levamos em consideração quem é o usuário que postou o conteúdo, qual categoria em que foi inserido, quais características do texto que acompanha o vídeo, em quais canais, blogs e sites foi replicado, quantas vezes e por quem foi tuitado, entre outros aspectos. A nossa expectativa é que, mobilizando essas outras variáveis, possamos aprimorar e adiantar a previsão”, enumera Figueiredo.

Há uma suposição de que os vídeos se tornam populares normalmente após serem replicados por alguma pessoa de maior visibilidade na web. “Também estamos avaliando se essa hipótese confere ou se os vídeos se tornam populares em função de características próprias. Nesse sentido, alguém de relevância disseminá-lo seria consequência, não a causa da popularidade”, afirma o pesquisador, que busca agora determinar o que, da trajetória do vídeo na internet, é causa de sua popularidade, e o que é consequência.

Esse entendimento pode servir para a elaboração de espécie de “cartilha de popularidade”, modelo a inspirar aqueles que desejam criar um conteúdo para “bombar” na web.

(Ewerton Martins Ribeiro/Boletim 1822)

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