Universidade Federal de Minas Gerais

'O debate sobre 64 ainda está quente', diz Marcelo Ridenti, estudioso da ditadura militar

segunda-feira, 17 de março de 2014, às 8h30

foto%20marcelo%20ridenti3.jpg O professor Marcelo Ridenti [em foto de Marina Cavalcante/Centro Cultural Dragão do Mar], da Unicamp, representa uma corrente de sociólogos que, antes mesmo dos historiadores, se debruçou sobre o regime militar. Combinando viés historiográfico com o que chama de “morfologia social” dos fenômenos de massa, Ridenti é hoje uma das principais referências brasileiras no estudo do golpe de 1964.

Ele é co-organizador do livro A ditadura que mudou o Brasil – 50 anos do golpe de 1964 (Zahar, 2014), junto com os professores Daniel Aarão Reis, da Universidade Federal Fluminense, e Rodrigo Patto Sá Motta, da UFMG, e está lançando edição revista e atualizada de Em busca do povo brasileiro, artistas da revolução, do CPC à era da TV (editora Unesp,2014).

Ao lado de Aarão Reis e Sá Motta, Marcelo Ridenti participará da mesa inaugural do seminário 1964-2014: Um olhar crítico, para não esquecer, que começa nesta terça-feira, dia 18, a partir de 14h30, no auditório do CAD2, campus Pampulha.

Em entrevista ao Portal UFMG, o cientista social analisa o papel das forças contrárias ao regime, incluindo a esquerda armada, que, em sua visão, teve importância “ético-moral” ao não baixar a cabeça para a ditadura. Ridenti também traça um paralelo entre os movimentos da época e as recentes manifestações e sustenta que o debate sobre 64 “ainda está quente”, uma vez que o desafio de se construir uma sociedade democrática sob os pontos de vista econômico e social ainda não foi vencido.

Na mesa inaugural do seminário, o senhor falará sobre as oposições à ditadura. Que balanço é possível fazer sobre elas?
Essas oposições compuseram um arco bem amplo. Não dá para pensar a oposição sem pensar na situação, numa perspectiva de alteridade. As ações da ditadura eram, em grande parte, respostas às demandas da oposição. Se de um lado reprimia duramente, de outro a ditadura tinha a preocupação de se legitimar para ter uma continuidade ao longo do tempo. Havia, por exemplo, uma forte demanda por mais ensino e por uma reforma universitária e educacional de caráter democratizante.

A ditadura não seguiu esse caminho, mas fez uma reforma universitária que permanece até hoje. Ela ampliou o ensino básico público, ainda que no geral a ênfase estivesse na educação privada. Em suas memórias, Jarbas Passarinho [ministro da Educação entre 1969 e 1974] revelou que seu projeto era instaurar o ensino pago no Brasil. Mas isso não se concretizou porque ele disse ter recebido um comunicado da área de segurança alertando que seria uma medida muito arriscada naquele contexto, porque o ensino pago poderia mobilizar novamente os estudantes contra a ditadura. Ainda que o movimento estudantil tenha sido massacrado, havia forças favoráveis ao ensino pago que temiam uma reação. Esse exemplo mostra que, em seus atos, a ditadura levava a oposição em conta. Antes de 1964, havia um movimento de alfabetização baseado no Método Paulo Freire. Depois do golpe, a ditadura implantou o Mobral, modelo de alfabetização de adultos destituído do caráter politizado do Método Paulo Freire. Outro exemplo: a ditadura não fez a reforma agrária, mas tentou resolver a questão de outra maneira, modernizando o campo e impulsionando o agronegócio. Ao mesmo tempo em que reprimia os camponeses, criou o Funrural [Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, em 1971], que representou uma expansão dos direitos dos trabalhadores rurais.

As demandas que estavam postas pela sociedade brasileira no pré-64 foram, de certa forma, atacadas pela ditadura...
A ditadura tinha uma proposta modernizadora, não no sentido do capitalismo de massas como parecia propor o [economista] Celso Furtado antes do golpe. Era um modelo altamente concentrador de riquezas e de poder. Depois de 1964, ficou claro o que se chamava de arrocho salarial, principalmente em relação ao poder de compra do salário-mínimo. Por outro lado, veio o milagre econômico, que gerou um ambiente de pleno emprego, ainda que com pessoas exploradas. Bem ou mal, ao menos tinham um emprego. A ditadura então se dividia entre repressão e busca de legitimidade.

É possível estabelecer um perfil para essa oposição?
Talvez possamos dividi-la em uma oposição institucional, de um lado, e clandestina, de outro. O regime permitia algum tipo de oposição formal. Só no final de 1965 é que o antigo sistema partidário foi substituído pelo bipartidarismo, formado por um partido de situação, a Arena, e outro da oposição consentida, o MDB. Embora poucas alas do PTB e do PSD fossem nitidamente de oposição, esses partidos conseguiram eleger governadores em Minas [Israel Pinheiro] e no antigo estado da Guanabara [Francisco Negrão de Lima], o que desencadeou a reforma que instituiu o bipartidarismo. Por outro lado, muitos grupos não puderam mais se organizar livremente, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), e os sindicalistas rurais foram especialmente combatidos. Esses grupos tentaram se reunir em uma oposição clandestina, que grosso modo poderia ser dividida entre aqueles que queriam derrubar a ditadura pela força e os que pretendiam derrotar o regime pela via política pacífica, caso do Partido Comunista Brasileiro, que defendia, inclusive, a articulação com a oposição institucional representada pelo MDB. Outros pregavam o uso de armas para enfrentar a ditadura, como as dissidências do PCB, os trotskistas, a Polop (Política Operária) – que foi muito importante em Belo Horizonte e na qual militou a presidente Dilma Rousseff, gerando uma dissidência que resultou nos Comandos de Libertação Nacional (Colina). Alguns grupos radicais pegaram mesmo em armas, outros não, como a AP, que manteve suas teses radicais, mas que, com exceção do atentado ao aeroporto de Guararapes, em Recife [ocorrido em julho de 1966] não se envolveu em ações armadas. Outras pegaram em armas nas cidades, como a ALN [Aliança Libertadora Nacional], a VPR [Vanguarda Popular Revolucionária] e a Colina, grupos que se aproximavam da Revolução Cubana. Outros eram mais sintonizados com a Revolução Chinesa, como o Partido Comunista do Brasil, que tentou fazer uma guerrilha rural no Araguaia. Essa oposição que se considerava revolucionária era muito dividida; havia mais de 30 siglas envolvidas.

Que relevância essa esquerda armada teve no regime militar? Ela não teria sido mais um bode expiatório para o recrudescimento da repressão?
Creio que ela teve uma importância que podemos chamar de “ético-moral”, de não baixar a cabeça para a repressão. Deram um golpe e não houve resistência naquele momento. Ficou um travo amargo. Mas a questão política é mais complexa. Houve uma radicalização da luta sem uma efetiva sustentação social. A esquerda acreditava que havia um impasse econômico, que a ditadura levaria o país a um retrocesso, num momento em que o país atravessava um processo de urbanização e industrialização – o censo de 1970 já mostrava que o Brasil era claramente um país urbano. Para essa esquerda, a ditadura impediria a modernização da sociedade brasileira, o que se revelou um equívoco de avaliação, porque logo depois veio o milagre econômico. Mas não podemos superdimensionar a importância da esquerda armada. Não foi ela que gerou a radicalização da ditadura em 1968 e também não foi responsável pela redemocratização. Até porque, nos anos 1970, quando se intensificaram os movimentos pela redemocratização, ela estava destruída. O projeto golpista de 1964 estava posto bem antes. Ele remonta, por exemplo, ao episódio do suicídio de Vargas, em 1954, quando tentaram derrubá-lo, continua com a tentativa de impedir a posse de JK, no ano seguinte, e a de João Goulart, em 1961. Essas raízes estavam, por exemplo, na organização das forças de direita nas marchas da Família com Deus pela liberdade, no sistema Ipes/Ibad [Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais/Instituto Brasileiro de Ação Democrática], organizado pelos empresários. Essa dinâmica não foi dada pela esquerda armada; ela vinha da luta de grupos importantes da sociedade brasileira aos quais não interessavam as reformas de base e outras transformações mais fundas. Culpar a esquerda pelo golpe é quase que absolver os golpistas.

Graças à influência de Cuba e do seu ideal de “exportar a revolução”, a esquerda armada brasileira já se estruturava antes mesmo do golpe. Acreditava-se que mesmo que não houvesse golpe, haveria focos de guerrilha no Brasil...
O MRT [Movimento Revolucionário Tiradentes] esboçou uma guerrilha que foi facilmente debelada pelo próprio governo Goulart. De fato, é possível que, sem o golpe, houvesse algum tipo de guerrilha no Brasil, mas seguramente não com o sentido que assumiu concretamente. Antes do golpe, a maioria da esquerda (católica, PCB, todo o setor trabalhista) tinha um projeto institucional. O Brizola [ex-governador Leonel Brizola], que liderava a esquerda do PTB, passou a defender a luta armada, mas antes do golpe ele transitava pela via reformista. Quando o projeto das Reformas de Base foi derrotado pelo regime, uma parte da esquerda decidiu: “Agora temos que ir para o enfrentamento”. Embora todos esses grupos alimentassem pretensões revolucionárias, fossem de caráter democrático-nacional, fossem de viés socialista, o eixo de combate deles, na minha interpretação, era a ditadura.

A questão do "ideal da revolução" exportado por Cuba a que você se refere embute um problema. Parte da direita dizia o seguinte: “O povo brasileiro é bom, só teve guerrilha no Brasil porque Cuba quis exportar a revolução”. Parte da esquerda contra-argumentava: “O povo brasileiro é bom, só houve golpe em 64 porque os americanos fizeram a operação Brother Sam”. Cuba apoiou a esquerda armada e os americanos, o golpe. São fatos históricos incontestáveis. Agora, isso não quer dizer que o golpe só ocorreu porque os americanos queriam e que houve uma oposição armada só porque os cubanos assim desejavam. Havia uma dinâmica interna na sociedade brasileira que levava alguns grupos a buscarem apoio do lado americano na Guerra Fria e outros que recorriam aos cubanos, soviéticos ou chineses.

O senhor publicou um artigo na Folha de S.Paulo que teve muita repercussão no ano passado, intitulado Que juventude é essa?. No início do texto, o senhor registra que as ruas foram tomadas em 2013 tanto pelos netos dos que marcharam pela família, em 1964, quanto pelos descendentes daqueles que engrossaram a Passeata dos Cem Mil, em 1968. Existem pontos de aproximação que podem ser identificados no cenário político-social de 2013/2014 com as turbulências de 64/68?
Há um aspecto comum nas duas conjunturas que é o acesso à educação superior. Naquela época, em termos percentuais, o número de estudantes universitários triplicou em poucos anos. O mesmo ocorre agora. Só que antes se tratava de dezenas de milhares, agora de milhões de jovens. Em 2001 eram cerca de 2,5 milhões e hoje são sete milhões de universitários. Nos anos 60 esse contingente era formado por uma elite mais intelectualizada, egressa, sobretudo, da escola pública. Hoje, há uma massificação muito forte e o predomínio do ensino privado, que gerou expectativas semelhantes às dos anos 60, quando se acreditava que pela escola as pessoas poderiam conseguir uma ascensão social, o que tem sido desmentido pela realidade nos anos recentes. Os meninos que foram presos pela morte do cinegrafista Santiago Andrade estão estudando ou até formados, mas o emprego deles é absolutamente precário. Isso é um exemplo do descolamento entre a realidade e certas projeções de realização pessoal e profissional. Hoje, como ontem, detecta-se um desejo de participação que as instituições não conseguem viabilizar. Ao mesmo tempo, é um número tão grande de gente ascendendo ao ensino superior que assusta certas elites, compostas por jovens que sempre foram privilegiados, mas começam a temer que não mais reproduzirão a vida dos pais, constatam que não é mais tão fácil conseguir um bom emprego, comprar um imóvel. Os movimentos atuais envolvem um jogo de expectativas: parte da sociedade teme perder alguns privilégios e a outra parte deseja uma ascensão social que não se realiza. Esse é o caldo de cultura social que está por trás desses movimentos e que, de algum modo, lembra os da década de 1960, ainda que o contexto seja completamente diferente.

O senhor tem formação em sociologia (doutorado e atuação como docente), mas se debruça sobre um tema que está mais ligado à historiografia. Por que escolheu esse caminho e como a sua formação como sociólogo favoreceu o diálogo com a pesquisa histórica?
Isso tem a ver com o fato de que as primeiras reflexões iniciaram-se com os sociólogos e cientistas sociais, como Octavio Ianni, Fernando Henrique Cardoso e Francisco Weffort, e economistas como Paul Singer. A seguir vieram cientistas políticos, como Wanderley Guilherme dos Santos e Argelina Figueiredo. Os historiadores chegaram depois, até porque a história do tempo presente ganhou força a partir dos anos 90. Não acredito muito nas divisões rígidas entre as disciplinas. O viés histórico é fundamental para o meu trabalho, mas também é importante pensar o que alguns chamam de morfologia social dos movimentos. Em meu livro O fantasma da revolução brasileira, trabalho com os dados do projeto Brasil: Nunca Mais sobre os perseguidos pela ditadura, para saber sexo, idade, profissão. Enfim, como eles se inseriam na sociedade. Esse é o viés sociológico, que se articula com a reconstituição histórica a partir de análise documental e de depoimentos orais, entre outras fontes.

Os 50 anos do golpe militar são, antes de tudo, uma efeméride. Qual a importância dela para estimular reflexões capazes de iluminar esse tema?
É importante associar essa efeméride com outra, a das Diretas Já, de 1984. Sempre digo que, se o povo brasileiro não tem memória, não é por falta de informação e de análises publicadas. Há centenas de trabalhos sobre esse período, sob diversos aspectos, mas às vezes perde-se o foco de uma questão absolutamente central. A história do Brasil é caracterizada por pactos pelo alto, de modernização social pelas elites. No pré-1964 abriu-se a possibilidade de se criar uma modernização alternativa que envolvesse mais diretamente os setores populares. Não se sabe que sociedade sairia do movimento popular pré-64, mas muito provavelmente seria menos desigual. Só que o problema da desigualdade social não foi resolvido pela modernização conservadora, nem após a democratização. Os principais partidos da atualidade (PSDB e PT) têm raízes lá na oposição à ditadura. Mas como eles se viabilizaram pra governar hoje? Aliando-se a forças favoráveis ao golpe. O Sarney [senador José Sarney] hoje é aliado do Lula; o Marco Maciel [governador de Pernambuco indicado pelo regime no período 1979-1982] foi vice do FHC.

O Brasil de hoje ainda é muito parecido com o de 64?
Ele se urbanizou e modernizou, mas ainda é refém das forças que deram o golpe de 64. Por isso, não houve um processo efetivo de punição dos envolvidos com as atrocidades daquele período. Apesar de mudanças tópicas e importantes, as questões-chave que permitiriam a diminuição da desigualdade no Brasil não foram resolvidas. É isso que torna tão quente o debate sobre 1964. A discussão de fundo era a seguinte: vamos modernizar a sociedade brasileira de uma maneira que se amplie a democracia política no sentido econômico e social. Aí está o vínculo com os movimentos recentes. O regime e depois a redemocratização permitiram, por exemplo, que mais gente chegasse ao ensino superior, ainda que de má qualidade. Projetos de assistência social que minimizariam o problema da fome e da miséria foram viabilizados, mas eles não combateram estruturalmente a desigualdade no Brasil. No fundo, esse ainda é o grande desafio da sociedade brasileira: encontrar um jeito de atacar as desigualdades aprofundando a democracia político-social. A efeméride é importante e está longe de ser ultrapassada, pois tem implicações diretas na política dos dias atuais.

(Flávio de Almeida)

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