A temática dos direitos humanos norteou a programação da Recepção aos Calouros realizada na manhã desta segunda-feira, dia 4, no auditório da Reitoria da UFMG. “É um tema muito caro para todos nós e para a sociedade. A Universidade pública tem de primar por ser o local de formar pessoas para servir à sociedade, mas não apenas do ponto de vista técnico: é servir de forma ampla. A nossa missão é formar cidadãos para o país”, destacou o reitor Jaime Ramírez. Após a cerimônia de abertura do evento, Marco Aurélio Máximo Prado, professor do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), ministrou a palestra Direitos humanos na Universidade. Marco vai presidir comissão encarregada de estabelecer parâmetros e regras internas da UFMG para o efetivo uso do nome social por travestis e transexuais. Em sua fala, enfatizou a importância do tema na história da humanidade e, mais especificamente, na sua história contemporânea. “O campo dos direitos humanos é muito mais um horizonte ético-político, uma lente através da qual podemos olhar para a realidade, do que propriamente uma pauta estanque no presente. Trata-se de um campo ético-político que nos permite perceber direitos e situações de opressão onde a gente inicialmente não veria”, lembrou o professor. Marco ainda destacou a importância da escolha do tema em face da especificidade da Universidade. “A UFMG é uma comunidade plural, diversa, cheia de conflitos. Demarcar o tema é uma forma de encararmos sem medo os dilemas que temos aqui dentro, no que diz respeito à construção de novos direitos e à manutenção dos direitos das minorias que hoje chegam à Universidade trazendo suas contribuições e sonhos. A mesa foi composta pelo reitor Jaime Ramírez, pela vice-reitora Sandra Goulart Almeida, pelo pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, pelo assessor de Assuntos Estudantis, Tarcísio Mauro Vago, e pela diretora-adjunta de Relações Internacionais, Míriam Lúcia dos Santos Jorge. Assuntos estudantis Sandra também lembrou que assuntos estudantis, em geral, e a assistência estudantil, em particular, são funções específicas da vice-reitoria, e reafirmou a atenção dada ao tema pela gestão atual. O professor Tarcísio Mauro Vago, assessor de Assuntos Estudantis, lembrou, em sua participação, que hoje “não há um só estado brasileiro que não esteja representado entre os estudantes da UFMG”, e pontuou que essa diversidade, incluída aí a grande presença de estrangeiros na Universidade, só colabora para o crescimento pessoal dos graduandos. Vago acrescentou que a expectativa é de que, até o fim do ano, esteja definitivamente instalada a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, cuja função será atender às necessidades de estudantes da UFMG, garantindo sua formação acadêmica sob o princípio da equidade de direitos. “Ninguém aqui é menos que ninguém, ninguém é mais que ninguém. Todos somos merecedores de tudo o que, aqui, juntos, pudermos construir de melhor para nós”, afirmou. Antes da fala de Tarcísio, Ricardo Takahashi fez palestra em que detalhou pormenores da vida acadêmica do graduando e abordou a importância da Universidade na construção do conhecimento no decorrer da história humana. Miriam Lucia dos Santos Jorge, por sua vez, traçou panorama das oportunidades de mobilidade e intercâmbio existentes no âmbito da UFMG. Confirma a programação neste link. Aqui é possível conhecer a divisão por turno e auditório. A programação específica de cada curso terá início a partir desta terça-feira, 5, quando os calouros serão recebidos pelos respectivos colegiados. Essa agenda deve ser consultada na página eletrônica de cada curso ou pelos telefones disponíveis no endereço www.ufmg.br/prograd, na aba Cursos. As atividades da Recepção aos Calouros terão sua edição noturna a partir das 19h, nos auditórios da Reitoria e do CAD 1, com transmissão simultânea na internet.
A vice-reitora Sandra Goulart Almeida corroborou o discurso de Jaime quanto ao ingresso na Universidade, que deve ser um marco na vida do cidadão em formação. “A UFMG tem como lema a expressão Incipit vita nova: iniciar uma nova vida. E ele é muito emblemático para este momento. A Universidade é o espaço da coletividade, e aqui os estudantes vão viver novas experiências, novos aprendizados: vão aprender a conviver com a diferença, com a diversidade”, disse.