Além de marcar o bicentenário da morte de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, colóquio que começa nesta quarta-feira, 26, em Tiradentes, pretende incrementar as atividades da UFMG na cidade por meio do câmpus cultural. O evento Aleijadinho – o artista e sua época começa às 14h com palestra sobre cartilha comemorativa do bicentenário do escultor, ministrada por Adalgisa Arantes Campos e Leandro Gonçalves de Rezende, da UFMG. “Pensamos em uma programação que traz conferências sobre o Aleijadinho, mas que se abre para explorar outras características do momento em que ele viveu, o que justifica a escolha do nome do evento”, explica Jacyntho Lins Brandão, coordenador do câmpus cultural em Tiradentes. O objetivo, ressalta o professor, é explorar não só aspectos da vida e da obra do escultor, mas também a recepção de sua arte ao longo dos anos e o ambiente cultural em que ele atuou. Às 16h, Guiomar de Grammont, professora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), fará a palestra O Aleijadinho e o aeroplano: paraíso barroco e a construção do herói colonial. Em seguida, será feita visita guiada à Matriz de Santo Antônio. A programação do colóquio se estende até a sexta-feira, 28, e inclui palestras, concertos, debates, conferências, lançamento de livros, exibição de documentário e visitas guiadas pela cidade histórica. O colóquio em Tiradentes integra as atividades da Semana do Aleijadinho, que é promovida anualmente pelo Museu Aleijadinho de Ouro Preto. Em virtude do bicentenário da morte do escultor, a 37ª edição da Semana foi ampliada e terá atividades também em Belo Horizonte, Congonhas, Mariana, Sabará, São João del-Rei e Tiradentes, cidades em que há obras do artista. Mais informações podem ser obtidas no site do colóquio e pelo e-mail coloquioaleijadinhoufmg@gmail.com. O câmpus A implantação do câmpus teve início em 2012 com a reinauguração do Museu Casa Padre Toledo, após processo de restauração. Em setembro deste ano, um museu de arte sacra que reúne imagens de Sant’Ana produzidas por artistas anônimos entre os séculos 17 e 19 foi instalado no edifício que abrigou a cadeia pública da cidade. O projeto do câmpus cultural inclui ainda a instalação de uma biblioteca sobre o século 18 no prédio da Câmara, um centro de experimentação para a produção de conteúdos culturais e didáticos multimidiáticos no Centro de Estudos.
O câmpus cultural da UFMG em Tiradentes é formado por quatro prédios históricos: o Museu Casa Padre Toledo, as antigas Câmara Municipal e Cadeia Pública e o Centro de Estudos, Galeria e Biblioteca Miguel Lins. Todos pertencem à Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA), controlada pela Universidade desde 2008.