Universidade Federal de Minas Gerais

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Mamede Jarouche traduziu o Livro das mil e uma noites do árabe para o português

‘O tradutor deve gostar mais de literatura do que de tradução’, defende Mamede Jarouche

quinta-feira, 3 de setembro de 2015, às 11h40

Na manhã desta sexta-feira, 4, o Seminário de Estudos Literários da UFMG, que está sendo realizado na Faculdade de Letras, recebe o tradutor e professor da USP Mamede Jarouche [em foto abaixo, de seu arquivo pessoal], que participa de mesa-redonda com o tema Tradução de textos literários: do Oriente ao Ocidente, com início previsto para 8h30, no auditório 2001.

Mamede, que traduziu do árabe para o português do Brasil, o Livro das mil e uma noites em uma robusta coleção de quatro volumes, falou com o Portal UFMG sobre o seu trabalho e sua participação no evento: “O tradutor deve encarar o ofício da tradução como uma ferramenta para servir um ente maior e mais importante, que é a literatura. Ele deve gostar mais de literatura do que de tradução”.

Na entrevista a seguir, Mamede fala sobre a política brasileira e suas implicações no campo literário, detalha aspectos relativos à tradução do Livro das mil e uma noites. “Estamos diante de uma estrutura narrativa onívora cuja história de constituição, creio, ainda não se consumou". E estabelece, fracionadamente, o seu projeto de tradução. “Mais do que estar naquilo que é dito, a literatura está em como as coisas são ditas”, diz Jarouche. “Se o texto é ruim, a tradução tem de ser ruim, sinto muito”.

O senhor participará de mesa-redonda na qual será debatido o tema Tradução de textos literários: do Oriente ao Ocidente. Quais as especificidades dessa categoria de tradução? Em razão da distância entre os dois idiomas, fico com a impressão de que tais traduções podem exigir do tradutor alguma liberdade maior no que diz respeito às estratégias que vai usar para transmitir o que o autor quis dizer, enfim, que ele faça mais concessões...

Mamede%20-%20Lan%E7amento%20Miguel.jpg Bom, são questões bem relativas. Talvez a ideia de “alguma liberdade maior no que diz respeito às estratégias” derive de uma memória difusa a respeito do escritor e orientalista francês Antoine Galland (1646-1715), o primeiro tradutor ocidental das Mil e uma noites, e [derive] mesmo dos jogos literários, quase sempre de uma ironia perversa, de Jorge Luis Borges. Creio, no entanto, que a especialização nas culturas e literaturas orientais demande mais tempo justamente em virtude dessa, digamos, “distância”, que provém, basicamente, do fato de estarmos lidando, no âmbito de uma língua indo-europeia, com línguas que pertencem a outras famílias.

Em virtude dessas realidades linguísticas distintas, não se torna necessário fazer mais concessões?
Pessoalmente, não penso em “concessões”, a menos que se suponha, quiçá com alguma razão, que o próprio ato tradutório é uma espécie de concessão, já que isenta o leitor do conhecimento ou pelo menos da leitura na língua original.

Que distinções o senhor faz entre a tradução de textos orientais e a de textos ocidentais?
Quando se examina uma tradução literária feita do italiano, do espanhol, do inglês, do francês, por exemplo, os mecanismos de avaliação estão praticamente dados, o nível de linguagem, a tendência a que o texto se filia etc. Existe aí, implícita, falsa ou não, a ideia de um sistema compartilhado entre essas culturas, ideia alimentada por inúmeros teóricos que insistem nessa unidade excludente e cujas premissas teóricas se baseiam nelas. O número de conhecedores do assunto, de estudiosos e mesmo de leitores comuns capazes de julgar um trabalho dessa natureza é bem maior. Não é o caso das literaturas orientais, muito menos no Brasil. Mas, repito, não creio que se façam, necessariamente, concessões de maneira sistemática, a despeito de que as façam aqui e acolá, tal como se fazem em todo e qualquer âmbito tradutório.

Poderia exemplificar?
Basta lembrarmos a quantidade de traduções simplificadas, resumidas, que abrangem desde obras volumosas como Os miseráveis, de [Victor] Hugo, até textos mais curtos, como os de Robert Louis Stevenson, o qual, aliás, teve o título de uma obra sua, The new arabian nights, ridiculamente suprimido pela diligente ignorância dos organizadores numa recente tradução brasileira. Excluem-se aqui, claro, as adaptações declaradas, como as infantis, que pertencem a outra esfera e atendem a outras demandas.

Independentemente da dicotomia Oriente/Ocidente, temos e teremos sempre retraduções de textos antigos e modernos, o que esvazia o pressuposto da univocidade. Retraduzem [James] Joyce, retraduzem Homero, retraduzem [Miguel de] Cervantes. Em outra linha, menor, mas não menos significativa, filósofos também são constantemente retraduzidos, bem como psicanalistas, sociólogos, etc., e não raro a retradução é acompanhada de comentários como: “agora sim, ficou inteligível, ficou bom, finalmente estamos entendendo o que fulano quis dizer”.

O senhor traduz do árabe para o português do Brasil. Quais são os benefícios desse método para o produto final?
É óbvio que isso não pode ter um caráter absoluto, porque a qualidade depende do desempenho do tradutor. Existem traduções diretas nas quais se percebe uma grande ruindade! Acho que um pressuposto básico, um ponto de partida necessário para a tradução literária, é o seguinte: o tradutor deve gostar mais de literatura do que de tradução. Deve encarar o ofício da tradução como uma ferramenta para servir um ente maior e mais importante, que é a literatura. Isso posto, é líquido e certo que, preenchidas tais condições, a tradução só tem a ganhar se for feita diretamente do original. Quanto a isso, não há nem pode haver discussão. Ou melhor: somente os néscios poderão encetá-la. Chega a ser redundante dizer que o tradutor de literatura busca soluções de cunho estético e que poderá encontrá-las bem melhor caso dialogue diretamente com o original do texto que está traduzindo, o que não significa que uma tradução intermediária – francesa, inglesa, espanhola, italiana ou qualquer outra – seja ruim ou “errada”, mas muito simplesmente que tal tradução buscou soluções adequadas para aquelas línguas intermediárias, e não para a língua dita “de chegada”, no caso o português. É nesse diálogo direto que se situa o “ganho” a que você se refere. Mais do que estar naquilo que é dito, a literatura está em como as coisas são ditas.

Quais são seus critérios de tradução? Que liberdades o senhor se dá e que outras não se permite? Que crenças e valores balizam o exercício de sua atividade?
Não saberia definir os “meus” critérios. Não sei se os tenho. Se eu disser que procuro me pautar pela decantada “fidelidade ao original”, além de chover no molhado, estarei sendo demasiadamente genérico, creio. No entanto, não tenho muito mais a dizer! Em geral, decido-me por traduzir algo quando me agrada muito. É claro que a enorme carência de traduções do árabe ao português também funciona como estimulante. Não me dou liberdades, como disse, ou pelo menos acho que não me dou. Tampouco conseguiria falar das especificidades do meu trabalho. Como qualquer tradutor contemporâneo, debruço-me sobre o material a ser traduzido, munido de dicionários de toda espécie. Talvez a especificidade do que faço, se existe, esteja no fato de que, normalmente, traduzo obras antigas, com problemas de fixação textual, o que muitas vezes me faz ficar diante de mais de uma versão. Quanto às crenças e aos valores, julgo que, por trabalhar em um terreno pouco cultivado em nossa língua, tenho a obrigação de me aplicar ao máximo. Porém, é claro que isso é bem genérico, e muitos tradutores, independentemente de seu campo, decerto encaram a sua atividade do mesmo modo. Parafraseando o ex-goleiro Manga, o mínimo que se pode esperar é que se dê o máximo. Devo acrescentar que, no caso de discursos com o padrão narrativo das Noites, o uso contínuo de frases coordenadas pode levar, na tradução, a uma barafunda, a uma mixórdia cansativa e monótona, o que me obriga a variar certas soluções.

Quando começou a atuar na área? O que o motivou? Das obras que traduziu, quais considera mais relevantes?
Comecei a traduzir de modo mais ou menos sistemático no início deste século, e o motivo principal, sem dúvida, foi o meu trabalho: sou professor de literatura árabe na USP, e a falta de materiais traduzidos me impõe, a mim e a meus colegas, a obrigação de traduzir os materiais que utilizamos nos estudos e trabalhos. Meu principal trabalho de tradução foi o Livro das mil e uma noites, em quatro volumes. Também gosto muito de O leão e chacal mergulhador, um fabulário político anônimo do século 12 cujos conceitos – de uma atualidade impressionante, para o bem e para o mal – são emitidos com tal concisão que tornaram a tradução uma tarefa bem árdua. Lembro-me de um em particular: “um pouco de morte diminui as mortes”. Quem não verá, aí, a justificativa contemporânea, na esfera conservadora e popular, da necessidade da punição?

Como foi empreender um trabalho tão grande como a tradução do Livro das mil e uma noites? Quais foram os principais desafios que enfrentou?
Quando comecei a lecionar árabe na USP, em 1992, o meu primeiro projeto, concluído em 1995, foi uma antologia de textos clássicos árabes – aqui o termo “clássicos” compreende textos produzidos entre os séculos 7 e 14. Minha segunda pesquisa foi justamente com a narrativa ficcional em árabe, sua gênese, seu funcionamento, suas estruturas. Evidentemente que uma pesquisa desse tipo necessariamente se voltará para o Livro das mil e uma noites, pois, apesar de não ser o único repositório de narrativas ficcionais em árabe, longe disso, é, com efeito, o mais volumoso e significativo. Mas foi somente no início deste século, a pedido de um grande amigo, o historiador Joaci Furtado [professor da Universidade Federal Fluminense], que, após terminar o doutorado começara a trabalhar como editor, comecei efetivamente a traduzir o livro com propósitos editoriais.

O senhor comentou que o trabalho com obras antigas o obriga a trabalhar com mais de uma versão, desafio que positivamente teve de enfrentar em relação às Mil e uma noites. Como tomou suas decisões na hora de fixar o texto?
Optei pelo manuscrito que a crítica filológica unanimemente reconhece como o mais antigo do livro, justamente o que pertenceu a Galland. Aventaram-se diversas hipóteses para datá-lo, mas hoje se tem como certo que ele não pode ser anterior ao século 15. Ainda assim, é o mais antigo. Está, segundo alguns critérios, “incompleto”, uma vez que contém apenas 282 noites. Existe um do século 16, também incompleto, e os outros todos são do século 17 em diante. Manuscritos “completos”, porém, isto é, contendo 1.001 contadas, somente no século 19. Isso porque, não obstante a sua longa história escritural, o livro somente teria sido “finalizado”, diga-se assim, na segunda metade do século 18. Preservaram-se, ainda, duas folhas de papiro que remontam ao século 9, mas, como se pode imaginar, seu estado de conservação é precário, e sua leitura, dificultosa, além de, evidentemente, não passar de um escasso fragmento.

E as edições em árabe? Pensou em trabalhar com elas?
As edições do livro em árabe não são boas. Não existe até hoje nenhuma edição crítica do livro completo. Em 1994, o erudito iraquiano Muhsin Mahdi [1926-2007], então professor em Harvard, publicou uma edição crítica do manuscrito de Galland que me foi de grande valia durante a tradução graças ao seu rico aparato crítico e, em especial, à leitura de vários trechos dificultosíssimos e quase apagados devido a problemas de conservação. Mas a edição de Mahdi é parcial, e, quando terminei a tradução da parte a ela correspondente, vi-me de fato a braços com manuscritos cujas histórias não possuíam edição impressa ou, quando possuíam, tratava-se de edições ruins. Tive então de fazer um duplo esforço, qual seja, o de editar e o de traduzir. Conquanto cansativo, foi muito gratificante, porque pude aprender muito durante esse processo. Acumulei boa quantidade de cópias de manuscritos das mil e uma noites. É muito agradável frequentá-los, examinar as disposições dos escribas, suas hesitações, erratas, equívocos na numeração das noites, as anotações de leitores eventuais.

Os manuscritos contam com anotações dos leitores da época? O que há nelas?
Lido e entendido é uma que me agrada deveras. Outra é Lido durante minha viagem a Alepo, mas somente nos momentos de folga. [Nos manuscritos], é muito agradável examinar as repetições, as apropriações indébitas e até mesmo a ilegibilidade de certos trechos. Enfim, estamos diante de uma estrutura narrativa onívora cuja história de constituição, creio, ainda não se consumou. E, se a ela não está consumada, tampouco as [suas] traduções, quaisquer que sejam suas virtudes, podem ser consideradas definitivas. No máximo, muito boas, e no mínimo muito ruins.

Em entrevista de 2013, um ano depois do lançamento do quarto e último volume do Livro das mil e uma noites, o senhor comentou que eram poucos os que traduziam do árabe para o português do Brasil. "Você conta nos dedos das mãos", disse. Esse cenário mudou?
Infelizmente, ainda não houve tempo hábil para a mudança. Não me lembro do que disse, mas para ser exato eu deveria ter dito: da mão. Uma só mão, não mais. Mas já temos mais alunos capacitados, creio que em breve superaremos os dedos das duas mãos e, em algum momento, talvez nos vejamos obrigados a usar também os dos pés. E, insisto, a demanda, ainda que pequena, existe. Grandes romancistas, poetas e contistas modernos – como Taha Hussein, Tawfiq Al-Hakim, Sonallah Ibrahim, Rachid Al-Daif, Ibrahim Aslan, Rabie Jabir, Mahmoud Darwish, Ghassan Kanafani, Edward Al-Kharrat, Amal Dunqul, Fadwa Tuqan, entre tantos outros – jamais foram traduzidos em português, ou o foram muito precariamente. Mesmo um escritor mais conhecido como Naguib Mahfouz, com a honrosa exceção da tradução de Safa Jubran para o romance Miramar, foi mal traduzido e mal editado. É todo um universo literário à espera de tradução.

Há correntes que sustentam que leitura, edição e, especialmente, tradução, são também modalidades de (re)escrita. O senhor também considera o tradutor um artista, no sentido de que ele não só traduz, mas, de alguma forma, também "cria" uma obra?
Não considero o tradutor um artista. Quando o é, estaremos diante de um excelente ou mesmo genial texto, mas não [de] uma boa tradução. Sem essa de “melhorou a tradução”, como se diz, por exemplo (não sei se é verdade), de Graciliano Ramos em relação a Albert Camus na tradução de A peste. Se o texto é ruim, a tradução tem de ser ruim, sinto muito. E a literatura moderna pode ter essa característica, isto é, textos calculadamente “ruins” para produzir uma espécie de rispidez, de dissonância adrede concebida. É uma espécie de contradição que aquilo que se chamou de “belas-letras” possa ser programaticamente produzido como “feias” ou mesmo “horrendas letras”, mas temos de aceitar a riqueza desse paradoxo. E reitero que o tradutor de literatura deve amá-la a ponto de tornar o seu trabalho um instrumento para servi-la, sem restrições.

Como o atual cenário político, marcado por grave crise, dialoga com o cenário literário?
A insatisfação nas ruas tem uma relação, embora transversal, com o atual momento literário. Não o acompanho com a devida atenção, mas é inegável a floração de excelentes prosa e poesia, ao lado, inevitavelmente, de muita coisa fraca. Não sei se, de maneira mais direta, essa insatisfação, essa efervescência, encontrará os seus poetas, contistas e romancistas, ou mesmo se já encontrou. O fato é que se verifica um retrocesso político e social cujo maior responsável é o partido que hoje ocupa o poder em Brasília. Ele conseguiu a façanha de mediocrizar quase tudo. A desilusão é grande, e não tenho dúvidas de que as ilusões perdidas constituem, por si sós, uma epifania. Parar de acreditar no que se ouve; parar de se desacreditar do que se vê – e aqui estou citando a obra-prima Kalila e Dimna [coleção de fábulas orientais] –; mandar às favas as afirmativas destituídas de efetuação prática; rechaçar, enfim, a conversa mole e picareta que com complacência nos habituamos a ouvir faz tempo: eis aí um legado nem um pouco desprezível que se traduz como experiência e maturidade. Explicito: numa piada árabe do século 9, um homem acusado de avareza se defende dizendo ao acusador: “por Deus que não sou avarento, pois se eu ganhasse um milhão de dinares lhe daria cem mil dinares. Alguém capaz de dar cem mil dinares pode ser chamado de avarento?”. Brasileiros em geral não acham graça nessa piada. Quando começarem a achar, tal legado estará definitivamente consolidado.

(Ewerton Martins Ribeiro)

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