No dia 05 de novembro de 2020 aconteceu a defesa de tese do discente Emerson Alberto da Fonseca do Programa de Pós-Graduação em Inovação Tecnológica da UFMG.
O trabalho intitulado “Identificação e caracterização de Proteína Amiloide em Camundongos Bitransgênico para Alzheimer através de Espectroscopia Raman: desenvolvimento de uma plataforma de diagnóstico precoce por via intraocular” focou no desenvolvimento um equipamento de espectroscopia intraocular para identificação de placas amiloides na retina, para fins de diagnóstico precoce para Alzheimer.
Emerson relata que teve uma excelente experiência acadêmica e profissional durante o tempo do doutorado. As disciplinas ofertadas do programa oferecem diversidade do ponto de vista do estudo acadêmico, visando oportunidades de aprender sobre conteúdos de outras áreas de conhecimento. Ele ainda ressalta que esse período envolvido em um projeto interdisciplinar e instrumentação científica lhe proporcionou conhecimento e com isso ele pode perceber como é crítico estimular esse tipo de pesquisa, e como é importante haver um ambiente institucional que dê arcabouço para que projetos e iniciativas dessa magnitude tenha chance de êxito. Além de todo o aprendizado prático e teórico que a experiência de laboratório e das discussões de grupo que são proporcionadas.
Sua Pesquisa
O projeto visa desenvolver um espectroscópio intraocular, onde através dele é possível realizar uma imagem de fundo de olho usando um laser infravermelho por espectroscopia Raman. Esse equipamento será o primeiro em espectroscopia intraocular. A técnica (espectroscopia Raman) é capaz de fazer imagem de tecidos biológicos sem usar nenhum tipo de marcação ou contraste. O objetivo específico do projeto, portanto, é desenvolver um equipamento de espectroscopia intraocular para identificação de placas amiloides na retina, para fins de diagnóstico precoce para Alzheimer. Como imagina, um projeto desses não cabe em um doutorado apenas. Ele tem etapas, cuja primeira resultou na minha tese.
Contribuições acadêmicas
O trabalho que foi desenvolvido tem uma relevância muito grande na academia e para o conhecimento científico. Primeiro, porque esse projeto por ser interdisciplinar formou uma equipe com um background muito diversificado com foco em instrumentação científica. Grupos com esse perfil é difícil de construir e leva-se tempo. No nosso caso são pelo menos 6 anos aprendendo a trabalhar juntos em um projeto interdisciplinar. Nesse grupo contém físicos, engenheiros, programadores, biólogo, médico, farmacêutico. Até todo o grupo estar sincronizado leva-se um tempo. Então, conseguimos “formar” um grupo de pessoas com essa interdisciplinaridade.
Agradecimentos
Ao orientador
Ao meu orientador, só posso dizer muito obrigado! E tudo que eu disser em agradecimento será pouco. A oportunidade de poder trabalhar com o prof. Ado Jório e de integrar o grupo do LabNS foi sem dúvida a melhor experiência profissional e de vida que tive. A generosidade do prof Ado é do tamanho do seu lattes!
Ao coordenador do curso
Quero agradecer pela forma visionária com que sempre idealizou esse curso e pela dedicação com que trabalha para que o curso de Inovação seja o melhor que pode ser!
Aos meus colegas do doutorado
Queria desejar muita força, foco e resiliência, para que atravesse esse período com o máximo de energia e aproveitamento. E que se lembrem sempre, que somos apenas uma peça pequena, simples, na composição do sistema que desejamos, e que é nossa ação no coletivo que vai fazer a diferença. Ter um título de doutor não me faz mais humano ou mais cidadão, dos doutores, espero que tenham consciência da responsabilidade social que têm. Nossa responsabilidade para com a sociedade é proporcional ao nosso nível de conhecimento. Que nunca nos esqueçamos disso. No mais, foi um prazer.
Emerson Alberto da Fonseca
Discente do Programa de Doutorado em Inovação Tecnológica – UFMG
Turma Agosto/2016 a Julho/2020
Entrevista realizada pelos os discentes Giovani Santos e Jéssica Caetano (Comissão do site)