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Feira de Artesanato do Vale completa 20 anos

Confira a programação

Por Polo Jequitinhonha em

Evento acontece na UFMG entre 6 e 11 de maio

A região do Vale do Jequitinhonha é marcada por uma vasta produção de bordados, tecelagem, peças de cerâmica e outros tipos de artesanato. A cada ano, a UFMG traz para Belo Horizonte parte dessa riqueza cultural de Minas Gerais com o objetivo de promover esses artistas e ampliar as possibilidades de reconhecimento e comercialização de seus produtos. No ano passado, o evento gerou quase 280 mil reais. Neste ano, representantes de 27 municípios e de 48 associações, além de 90 expositores, incluindo os povos indígenas Aranã e Cinta Vermelha de Araçuaí, participam da feira.

Em 2019, a Feira completa duas décadas, seguindo o princípio de valorizar a troca de experiências entre artesãos, universidade e comunidade local. Para Maria das Dores Pimentel, coordenadora do Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, “a Feira não é somente um espaço para venda, é mais do que isso, é um espaço de encontro. É fundamental que a comunidade universitária e a população de BH conheçam esses saberes ancestrais, tão importantes quanto os acadêmicos”.

Organizada pela Diretoria de Ação Cultural da UFMG (DAC), pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e pelo Polo Jequitinhonha, a Feira, segundo Sérgio Diniz, produtor cultural da DAC e coordenador do evento, é resultado da articulação de diferentes órgãos da UFMG e esferas governamentais. “Contamos com o apoio financeiro de diversas instituições num entendimento de que o esforço conjunto é que constrói o êxito da feira. É importante frisar o papel do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para com o evento”, diz.

Além da exposição e da comercialização dos produtos artesanais, a Feira conta ainda com uma intensa programação cultural aberta e gratuita. Logo em sua abertura, por exemplo, será lançado o Sabença, livro do programa Saberes Plurais, que reúne histórias das novas gerações de artesãos do Vale do Jequitinhonha. Em seguida, Rubinho do Vale apresenta as cantigas do Jequitinhonha. Na sexta (10), será a vez de Carlos Farias, com a apresentação “Canções e Histórias do Brasil Profundo”.

Durante a Feira, a audiência pública “Artesanato Mineiro: perspectiva”, requerida pelo deputado Jean Freire, na Assembleia Legislativa do Estado, discutirá as ações e caminhos para o artesanato mineiro, da qual representantes de artesãos, de organizações sociais e estudiosos de economia solidária participarão.

Delicadeza. Peças são apenas uma das muitas manifestações dos saberes da região. Foto: Acervo Polo.

Histórico

A ideia de realizar um evento que pudesse colocar os artesãos do Vale do Jequitinhonha em evidência na capital mineira surgiu em setembro de 2000, período da Semana do Conhecimento da UFMG. No ano seguinte, foi decidido que era melhor realizá-la na semana que antecede o dia das mães, data comercialmente mais favorável.

Em 2003 realizou-se o diagnóstico do artesanato do Vale com os artesãos presentes. Também foram criadas publicações para orientá-los no sentido de organização de cooperativas e associações, uma demanda deles próprios.  Desde então, na tentativa de promover o diálogo entre os saberes acadêmicos e populares, artesãos vêm ministrando diversas oficinas como de cerâmica, trançado em taboa, bordado, tecelagem, dentre outras, na Escola de Belas Artes e no Centro Pedagógico da UFMG.


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