O professor emérito da UFMG Angelo Machado foi homenageado por sua contribuição à ciência e por sua trajetória na própria SBPC, entidade da qual participa há 65 anos, tendo sido secretário regional e integrante do conselho por quatro períodos.
Na solenidade de abertura da 69ª Reunião Anual, também foram feitas homenagens póstumas ao farmacologista Sérgio Henrique Ferreira (1934-2016) e à pesquisadora Beatriz Bulhões, que atuou por cinco anos como assessora da SPBC.
O vice-presidente da entidade, Ildeu de Castro, destacou a intensa colaboração de Angelo Machado na criação e na manutenção das revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje das Crianças. Como cientista, o professor emérito da UFMG tem vasta contribuição nos campos da neurobiologia e na taxonomia de libélulas. É reconhecido também por seu trabalho como conservacionista e é autor de obras literárias, tendo recebido o Prêmio Jabuti em 1993.
Ao receber a homenagem, Angelo Machado dividiu o mérito do seu trabalho com a esposa, Conceição Ribeiro Machado (1936-2007), e com os pesquisadores Fábio Silvério Pereira e Newton dos Santos. “A grande importância das libélulas é fazer do Angelo Machado um velho feliz”, disse o pesquisador. As homenagens de Angelo Machado à esposa e grande parceira de trabalho são constantes, como mostra o vídeo a seguir, da série 90 Histórias, produção da TV UFMG/Cedecom, que integra as comemorações dos 90 anos da UFMG.
Homenagem póstuma
A 69ª Reunião Anual é dedicada ao médico e farmacologista Sérgio Henrique Ferreira. Sua ex-aluna, a professora Regina Pekelmann Markus, da Universidade de São Paulo (USP), destacou diversas contribuições do pesquisador para a farmacologia, como o desenvolvimento de medicamentos usados no tratamento da hipertensão arterial.
Uma das suas descobertas é o fator de potenciação da bradicinina, peptídeo extraído do veneno da jararaca brasileira. Ferreira foi membro da Academia Brasileira de Ciências e presidiu a SBPC de 1997 a 1999, tendo recebido da entidade o título de seu presidente de honra. Morreu em 17 de julho de 2016, aos 81 anos, de insuficiência respiratória.
Placa de homenagem foi entregue à esposa do professor, Clotilde Rossetti Ferreira, e ao filho, Fernando Rossetti Ferreira.
A trajetória da pesquisadora Beatriz Bulhões foi contada pela professora Fernanda Sobral. Responsável pela interlocução da SBPC com o Congresso Nacional, Beatriz desenvolveu, durante cinco anos, importante trabalho em prol do diálogo entre a ciência e o parlamento.
Receberam a placa de homenagem o filho e o irmão de Beatriz Bulhões, Francisco de Bulhões Mossri e Eduardo Bulhões.