Encontro incomum entre povos indígenas e guardas de reinado, com mais de 200 participantes, marcou o encerramento da programação científica da 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na noite desta sexta-fera, 21 (Assista ao vídeo acima, produzido pela TV UFMG).
“A Universidade recebe e presta homenagem a duas das grandes raízes de Minas Gerais”, comentou a diretora de Ação Cultural da UFMG, professora Leda Martins. O cortejo saiu da Escola de Belas Artes para a Reitoria, onde autoridades e demais participantes do evento foram saudados com cantos e ritual celebratório, e terminou na Praça de Serviços, com performances de cada grupo e jantar oferecido pela Universidade.
Participaram do evento representantes dos povos indígenas guarani, maxakali, pataxó, pataxó hã hã hãe e xakriabá e os reinados dos Arturos, do Jatobá e Treze de Maio. De acordo com Leda Martins, há 15 anos, a UFMG promoveu, pela primeira vez, esse tipo de encontro, em evento de etnomusicologia.
Os indígenas, primeiros povos que habitaram as Américas, abriram o cortejo com cantos e foram seguidos por três dos reinos mais tradicionais da capital mineira. Em primeiro lugar, integrou o cortejo o Reinado Treze de Maio, fundado em 1944 por sua rainha, Isabel Cassimira. Até a sua morte, no ano passado, ela contribuiu com diversas atividades da UFMG, em edições do Festival de Inverno, palestras e no conjunto de disciplinas acadêmicas Formações Transversais.
Em seguida, entrou o reinado Jatobá, cujas origens remontam a meados do século 19. O grupo foi tombado em 1995 como patrimônio cultural de Belo Horizonte. Por fim, fechando o cortejo, vieram os integrantes da Comunidade dos Arturos, tombada como patrimônio imaterial do estado de Minas Gerais e um dos reinos mais antigos da Região Metropolitana.
Mais fotos do cortejo estão disponíveis no Facebook da UFMG.