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Nº 1480 - Ano 31 - 21.4.2005

Classificação

Os resíduos verdes produzidos no campus Pampulha são classificados em três categorias: lenha e galhada, proveniente da poda da arborização; material bruto, resultante da poda de arbustos, capina e limpeza de gramados; e material fino, que inclui restos de grama podada e rastelamento de folhas. Segundo Geraldo Motta, dois caminhões circulam todos os dias no campus, recolhendo esses materiais, que têm destinações distintas. A lenha maior é doada ou vendida, as galhadas são levadas para o aterro sanitário da Secretaria de Limpeza Urbana (SLU), e o chamado material fino transforma-se em composto reutilizado no próprio campus, como esterco ou cobertura morta para manter a umidade nas áreas cultivadas.

Geraldo Motta explica que, para reaproveitar uma quantidade maior de resíduos, evitando enviá-los para o aterro sanitário, a UFMG precisa montar estrutura adequada, o que inclui aquisição de trituradores e, sobretudo, a organização de área adequada para a realização da compostagem, com pontos de água e de energia elétrica, além de espaço para armazenamento. "É isto que esperamos da parceria com a Escola de Engenharia: que o pessoal de lá nos proponha soluções, após quantificar e caracterizar o material de que dispomos", diz o engenheiro.

Resíduos verdes produzidos anualmente no campus Pampulha

lenha e galhada ( m 3 )
2002 - 3.200
2003 - 3.241
2004 - 2.857

material bruto ( m 3 )
2002 - 2.361
2003 - 1.596
2004 - 678

material fino ( m 3 )
2002 - 1.532
2003 - 3.294
2004 - 3.788

O campus Pampulha tem aproximadamente 3,4 milhões de metros quadrados, dos quais 600 mil metros quadrados são de área gramada.

Norma regulamenta descarte de lâmpadas fluorescentes

Para dar destino correto às cerca de dez mil lâmpadas fluorescentes e multivapores queimadas que descarta anualmente, a UFMG dispõe de norma técnica que regulamenta os procedimentos adotados na substituição, armazenamento e destinação deste material.

O documento, elaborado pelo Programa de Gestão de Resíduos da UFMG, define responsabilidades em todas as etapas do processo. Eletricistas, responsáveis pelos serviços de manutenção das unidades acadêmicas e administrativas, são encarregados de substituir as lâmpadas, acondicioná-las nas embalagens originais e identificá-las como "lâmpadas queimadas". A partir daí, são encaminhadas à área de armazenamento, onde passam para contêineres de pequeno porte, especialmente desenvolvidos para esta finalidade.

Segundo a engenheira Eliane Ferreira, coordenadora do Programa, o armazenamento também é regulamentado. "Há um formulário de controle de troca, no qual deve constar a quantidade e a data", explica. Quando a capacidade máxima do contêiner é atingida, a empresa de coleta é acionada para recolher o estoque. "Tivemos o cuidado de visitar a empresa contratada, para observar se atendia às exigências relativas à qualificação técnica, envolvendo aspectos preventivos de segurança e saúde do trabalho, desempenho ambiental e a tecnologia empregada", relata a Eliane Ferreira.

 

Universidade e Eletrobrás assinam convênio de R$ 1 mihão

oram assinados, no último dia 15, convênios de cooperação técnica-financeira entre UFMG, Cen- trais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás) e fundações Christiano Ottoni (FCO) e de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep). Os acordos prevêem recursos de R$ 1 milhão, provenientes do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico (FDT). A iniciativa pretende estimular o desenvolvimento de ações que busquem eficiência energética e hidráulica em projetos de saneamento, residências e edifícios.

Os recursos serão aplicados na implantação, na UFMG, do Laboratório de Eficiência Energética e Hidráulica em Saneamento (LENHS) e na capacitação de técnicos e pesquisadores do Laboratório de Automação e dos estudantes de engenharia em conceitos de eficiência energética em residências e edifícios. As ações integram o Programa de Conservação de Energia Elétrica (Procel) da Eletrobrás.

Durante a assinatura dos convênios, Aloísio Vasconcelos, diretor de Projetos Especiais e Desenvolvimento Tecnológico e Industrial da empresa, manifestou interesse em ampliar o intercâmbio: "Precisamos de mais parcerias com a Universidade. Neste momento, assumo o compromisso de buscar outros projetos com a UFMG", disse. Em seu depoimento, a reitora Ana Lúcia Gazzola ressaltou que os convênios auxiliarão a UFMG no desenvolvimento de pesquisas fundamentais para o Sudeste brasileiro. "A busca de parcerias é muito importante. Precisamos abrir portas, para que a UFMG, como sempre fez, dê respostas às demandas sociais", disse.

Centro de referência

O LENHS é um laboratório interdepartamental que reúne pesquisadores das engenharias elétrica, eletrônica, mecânica e hidráulica, coordenado pelo Centro de Pesquisas em Hidráulica e Recursos Hídricos (CPH). Com esses investimentos, o laboratório está sendo preparado para se transformar num centro de referência para controle, operação e monitoramento de redes de fornecimento de água, oferecendo treinamento a técnicos e operadores das empresas fornecedoras.

O laboratório abrigará um simulador de rede de distribuição de água residencial e industrial. "Nele poderemos fazer todos os testes e mostrar as ações necessárias para o uso mais racional do recurso. Estimativas revelam que no processo de distribuição de água há perda de 50%, um desperdício enorme", explica um dos coordenadores do projeto, Marco Túlio Correia de Faria, professor do departamento de Engenharia Mecânica.

Já o projeto de Capacitação Laboratorial em Eficiência Energética e Integração de Técnicas de Automação Residencial e Predial tem o objetivo de pesquisar procedimentos que reduzam o consumo de energia elétrica ou garantam o seu uso mais inteligente. "Para isso, é necessário capacitar o Laboratório de Automação para que possamos formar alunos não apenas com a consciência de que é necessário fazer uso mais racional dos recursos energéticos, mas que eles saibam aplicar as técnicas de automação para esse fim", explica a coordenadora do projeto, Carmela Maria Polito Braga.