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Nº 1539 - Ano 32
13.07.2006

Quarentão, Festival volta
de cara nova a Diamantina

Regis Gonçalves

o ano em que comemora seu quadragésimo aniversário, o Festival de Inverno da UFMG abre, em Diamantina, a 38ª edição de sua história sob o signo da renovação – coerente com o espírito que sempre animou o evento e fez dele o mais importante festival universitário de cultura do país. Na cerimônia de abertura, domingo, 16 de julho, estarão o reitor da UFMG, Ronaldo Pena, a vice-reitora, Heloísa Starling, e o prefeito da cidade, Gustavo Botelho Júnior, além de autoridades municipais e universitárias.

Nancy Fava

O bailarino Alexandrino DuCarmo apresenta As vozes, em Diamantina


“Nossa Universidade está aqui solidamente enraizada e sempre movida pelo desejo de integrar-se à vida diamantinense. Ao mesmo tempo, a UFMG mantém-se aberta para as lições de sabedoria deste povo amigo e acolhedor”, diz o reitor Ronaldo Pena, reiterando o compromisso da UFMG com a cidade.

Já o prefeito Gustavo Botelho Júnior assinala que, “parceira da UFMG há vários anos, a Prefeitura Municipal de Diamantina recebe com grande satisfação o 38º Festival de Inverno da UFMG, na expectativa dos inúmeros benefícios que o evento traz para a comunidade diamantinense.”

Quarentão
Ao longo dessas quatro décadas, o Festival de Inverno da UFMG deixou de ser realizado apenas duas vezes. As pausas, no entanto, não conseguiram quebrar o ânimo dos realizadores e parceiros, como a cidade de Diamantina, que pela sétima vez consecutiva abriga o evento. Falar no Festival é, portanto, falar da coragem e da abnegação de mais de uma geração de artistas e intelectuais responsáveis pela abertura de novos caminhos para a arte e a cultura em Minas Gerais e no Brasil.

Neste ano, não será diferente. A marca registrada do 38º de Inverno da UFMG continua sendo a da ousadia. “Em 2006, o Festival terá estrutura diferenciada e inovadora. A partir das experiências vividas e do amadurecimento das propostas de interatividade, chegou o momento de um novo salto em sua estruturação”, adianta o coordenador-geral, Fabrício Fernandino.

“O objetivo é colocá-lo em novo patamar e mantê-lo como evento de ponta e referência nos cenários artísticos nacional e internacional. Assim, criamos núcleos de excelência, interagindo sob a orquestração de um conselho curador. Queremos estabelecer relações diferenciadas dentro da programação do Festival, gerar novos conhecimentos e ampliar os horizontes da prática artística”, completa Fernandino.

Interatividade
O conceito de interatividade é a palavra-chave deste Festival, que, de 16 a 29 de julho, oferece 1.229 vagas em suas 56 oficinas, sendo 16 de iniciação, para principiantes, e 40 de atualização, para artistas militantes. Segundo o coordenador, “dentro da iniciação, serão realizadas oficinas específicas de cada área e outras híbridas, que relacionam dois campos de conhecimento”.

Para a modalidade atualização, as ofertas de oficinas serão também específicas, dentro dos núcleos temáticos propostos: arte-aprofundamento, arte-ciência, arte-conceito, arte-poética e arte-tecnologia. Nessa modalidade, a interatividade será efetivada por meio dos eventos, relacionando-se os núcleos e as áreas.

Foi programado também seminário sobre Cultura e Desenvolvimento, destinado à formação de gestores culturais na região. Completa a programação uma agenda de 67 espetáculos variados, entre shows, exposições de arte, concertos, espetáculos teatrais, recitais, lançamentos de livros e um sem número de atividades paralelas, que farão de Diamantina, durante duas semanas, a capital cultural de Minas Gerais.

“Apesar do frio intenso, o mês de julho esquenta Diamantina com as cores, a alegria e o calor humano do Festival de Inverno da UFMG. Como nos outros anos, esperamos que esta 38ª edição traga mais música, cultura e conhecimento para a nossa cidade Patrimônio Cultural da Humanidade”, ressalta a Secretária Municipal de Cultura e Turismo de Diamantina, Márcia Dayrell França Botelho.

Que se preparem, portanto, as pedras capistranas das velhas ladeiras diamantinenses para trepidar ao ritmo da juventude que acorre neste inverno à centenária cidade do Tijuco.